Que a Batalha Comece
De trás das árvores, Dumbledore surgiu. Junto dele estavam Tonks, professora McGonagall, Hagrid, e Snape.
Essa é a hora – pensou Harry. Dumbledore havia desarmado Voldemort, e os dois iniciaram um duelo. Os comensais começaram a lançar feitiços aos membros da Ordem, ninguém parecia olhar para ele.
- Accio Gina – disse ele, firme, porém baixo o suficiente para não chamar a atenção. A ruiva voou em sua direção. Ela a abraçou e começou a sacudi-la, tentado a acordar.
- Accio varinha. – em segundos sua varinha surgiu em sua mão. Ele a apontou para o peito da ruiva. – Enervate.
Gina abriu os olhos. Estava fraca. Alguém a abraçava. Quem seria?
- Gina, você está bem? – perguntou uma voz rouca, que ela reconheceu imediatamente como sendo de Harry.
- Me sinto fraca... – disse ela. Agora já podia ver bem o moreno. À sua volta, a batalha acontecia.
- Sabe Potter, você me cansa. Pensou mesmo que ninguém estaria observando vocês? – disse Draco, que estava atrás dos dois.
- Sabe Malfoy, você também me cansa. Mobiliventis! – gritou o moreno. Um vendaval começou. As folhas e a terra criaram uma barreira em volta do casal, impedindo que alguém os visse.
- Preciso que você me ouça. – disse ele voltando-se para Gina.
- Eu sei de tudo. Me desculpe. – disse ela passando a mão no rosto dele, enquanto várias lágrimas caiam de seus olhos.
- Isso adianta tudo. Olhe nos meus olhos. – pediu ele. O vendaval ainda os protegia, mas estava perdendo a força. Ela fez o que ele pedia, fitando os olhos verdes do garoto.
- Eu te amo. Acredite em mim! – disse ele. Sua voz vinha cheia de súplica. Seus olhos demonstravam exatamente o que ele sentia. – Você é tudo pra mim. Sem seu amor eu não sou nada. – Gina ouviu aquela declaração, em meio ao caos, e algo parecia fortalecê-la.
- Eu acredito, meu amor. – disse ela. Uma última lágrima caiu de seus olhos castanhos, e tudo parou. O vendaval se dissipou, e ela podia ver tudo o que acontecia. Snape duelava com Rodolfo Lestrange. Tonks acabava de acertar um feitiço em sua tia, que caia. Havia vários comensais já inconscientes. Hagrid parecia ferido no braço direito. Draco, junto a seu pai, se preparavam para matar o meio gigante. Dumbledore e Voldemort duelavam. Todos estavam imóveis, mas pareciam estar conscientes e ver tudo o que acontecia. Uma luz intensa envolveu Gina, cegando a todos. A garota parecia levitar. A lua, no céu, brilhou mais intensamente nessa hora. Quando a luz cessou, uma lança dourada surgiu nas mãos da ruiva. Harry olhou para ela, que estava ao seu lado.
- Atire-a em Voldemort. – disse ele, que era o único que podia se mexer.
- Eu não sei usar isso! – falou ela, assustada.
- É só mirar. E se concentrar no alvo. Confie em você.
Ele sorriu para ela. Ergueu sua varinha, esperando o momento certo. Gina levantou a lança, olhou bem para Voldemort, e lançou, com toda a sua força. O que aconteceu em seguida surpreendeu a todos. A lança atravessou as costas de Voldemort, saindo em seu peito. Novamente uma luz intensa surgiu, e quando essa se apagou, todos puderam se mover novamente.
- Desgraçados! – disse Voldemort, se virando e olhando para Harry. Sua voz sibilada trazia consigo a dor, e em suas pupilas vermelhas se via medo. Essa foi a única vez que aqueles olhos demonstraram tal sentimento.
- Adeus Riddle. Avada Kedrava! – gritou Harry a plenos pulmões, e de sua varinha um jato verde saiu e acertou o inimigo. O corpo já sem vida de Voldemort começou a cair. A lança foi se desintegrando, tornando-se pó.
Harry sentiu sua cicatriz doer forte. Tudo a sua volta se tornaram apenas borrões. A cicatriz começou a queimar e arder muito, e ele sentiu seu sangue escorrer dela. Suas forças se foram, e ele caiu inconsciente.
****
Hermione enfrentava um grupo de dementadores que a cercavam. Após lançar seu patrono e os dementadores se afastarem, conseguiu ver Rony ao longe, enfrentando um lobisomem. A batalha era terrível. Vários dementadores, lobisomens e comensais atacavam, enquanto os outros membros da Ordem e vários alunos tentavam defender-se e proteger a escola. Ela viu Luna cair, ao ser atingida por um feitiço, Neville estuporar outro comensal, alguns colegas pelo chão, junto a outros comensais e lobisomens, todos mortos. De repente tudo parou. Uma luz intensa surgiu, e ninguém conseguia se mexer. Depois disso, outro clarão, e uma onda de energia muito forte foi sentida. A batalha havia terminado.
Estavam agora na enfermaria. Muitos alunos tinham ferimentos por todo o corpo, e os que não tinham se machucado ajudavam Madame Pomfrey a cuidar dos outros. A enfermeira entregou uma poção a Gina, e saiu rapidamente. A ruiva estava muito fraca. Tomou a poção revigorante e adormeceu. Ao seu lado Rony estava com o braço envolto em ataduras, e Hermione com alguns hematomas e arranhões, mas os dois estavam bem. Em seus rostos se via o alívio. Voldemort estava morto! Vários comensais haviam sido presos, outros tantos fugiram com a queda de seu mestre. E mortos. O Ministério chegou e se encarregou deles. Os corpos dos alunos mortos em combate foram levados aos seus familiares. Entre eles se encontrava Simas Finningan, colega de quarto de Rony e Harry.
Rony olhou em volta. Viu alguns rostos familiares, como o de Luna e Neville, no meio da multidão ferida. Mas quem ele realmente queria ver não estava ali. Após a batalha, Harry foi examinado pela Madame Pomfrey, que ordenou que o levassem rapidamente ao St Mungus, pois o caso dele era muito grave. Como será que o moreno estava? Sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Não teve a chance de pedir desculpas a ele. Ao seu melhor amigo. Ao seu irmão. A pessoa que sempre esteve ao seu lado.
Hermione olhou para Rony. Sabia o que ele estava pensando. Era também a maior preocupação dela. Será que Harry vai sobreviver? Começou a chorar com a idéia. O irmão que a vida tinha lhe dado estava entre a vida e a morte. Rony a abraçou e os dois ficaram assim, chorando juntos.
Na manhã seguinte Gina acordou e contou a eles como havia acontecido tudo. Ela não entendia como aquela lança tinha surgido em sua mão. Mas a resposta para suas dúvidas havia chegado. A professora McGonagall entrou na enfermaria e veio na direção do trio. Seu rosto mostrava sua preocupação.
- Professor Dumbledore quer falar com vocês. Não precisa de senha. – disse ela. Sua voz era cansada. Ela se afastou e foi ajudar Madame Pomfrey. Os três saíram da ala hospitalar e foram até a sala do diretor. Pelos corredores vários alunos olhavam para eles com um misto de admiração e respeito. Rony sozinho tinha derrubado cinco comensais, três lobisomens e afastado um grupo de sete dementadores com um único patrono. Hermione não ficava atrás. Com um único patrono ela conseguiu afastar dez dementadores que a cercaram. Gina dispensa comentários. A história de seu poder imenso já circulava os corredores.
A gárgula que guardava a entrada da sala de Dumbledore estava afastada. Subiram a escada e bateram na porta, temerosos. O rosto de Gina estava marcado pelas lágrimas, que teimavam em continuar caindo. Entraram na sala e viram o diretor parado diante da janela. Ele se virou para fitar os jovens, e em seu rosto podia-se ver o quanto ele estava abatido e preocupado.
- Sente-se bem, Srta Weasley? – perguntou ele.
- Estou melhor. Quero saber do Harry. Como ele está? – perguntou ela nervosa.
- Eu vou falar sobre ele depois. Primeiro acredito que esteja interessada em entender o que aconteceu na noite anterior, não?
- Claro! Como foi que aquilo aconteceu?
- Sentem-se. – disse o diretor indicando as cadeiras, e se sentando também. Contou a eles tudo o que já havia dito a Harry no dia anterior. Rony olhava cada vez mais surpreso para a irmã, e Hermione parecia impressionada com tamanho poder.
- Então eu sou a sacerdotisa da lua? – perguntou ela, incerta.
- Exato.
- E Harry era o único capaz de libertar esse poder nela, por que é a alma-gêmea dela? – falou Rony. O diretor assentiu com um sorriso.
- Sempre disse a Harry o poder que o amor tem. Para nossa felicidade ele acreditou.
- E como ele está? Vai ficar bem? – perguntou Gina, preocupada.
- Sinto dizer que não há certezas sobre isso. Harry está em coma profundo. Durante toda essa noite fizeram exames nele, e agora pela manhã descobriram que ele tem um aneurisma cerebral. – disse Dumbledore, demonstrando sua tristeza na voz. Gina começou a chorar compulsivamente, e Hermione a abraçou, junto a Rony.
- Professor, e agora? – perguntou Gina desesperada.
- Para retirar esse aneurisma é preciso uma cirurgia extremamente perigosa, mesmo usando magia. Não há nenhum medibruxo em toda a Europa que aceite realizá-la. Não se tem estrutura para essa operação aqui. O melhor medibruxo nessa área é dos EUA, mais precisamente de Salém. O doutor Eduard Jones já foi informado do caso de Harry e se encontra a disposição para fazer a cirurgia. Harry será enviado para lá dentro de alguns minutos.
- Oh meu Merlin! – disse Rony.
- Nós não podemos ir com ele? Eu não vou deixá-lo num momento como esse sozinho! - disse Gina, se levantando de repente.
- Sinto informar que isso não será possível, Srta Weasley. Já foi muito trabalhoso conseguir que Harry fosse mandado para os EUA, não tem como ir mais alguém. O ministério de lá não permite entradas em seu país assim. São meio que paranóicos em relação a segurança, ainda mais em tempos de conflitos como o que nós estávamos vivendo.
- E não há nada que possamos fazer? - perguntou Hermione
- Se a Srta acredita em Deus ou algo do tipo, diria que você pode rezar.
- Só nos resta esperar. E torcer.
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Sorry gente!
O capítulo ficou curtinho...
Como diria uma amiga minha, simples e objetivo.
Não me azarem, por favor!!!!
Ainda estou pensando se vou fazer ou não uma continuação.
De uma forma ou de outra, a fic termina no capítulo 23
Aceito sugestões sobre uma possível continuação, então DEIXEM COMENTÁRIOS, OK?
T+
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