Brigas e Dor
Meu capítulo favorito da FIC!!!!!!
Espero que voces gostem!
O salão comunal estava lotado. Todos olhavam espantados a situação. Gina estava em frente a Harry, com as mãos na cintura, parecendo-se com a Sra Weasley quando vai dar uma bronca. Mas isso não seria só uma bronca...
- Gina, eu não sei o que está acontecendo, mas eu juro que não é nada disso que você está pensando. – disse ele se levantando e indo em direção a ruiva.
Paf! Gina acertou um tapa no rosto dele, deixando a marca de sua mão na pele clara do moreno.
- Não tinha nada mais clichê pra dizer não? E não se aproxime de mim! – disse ela enquanto as lágrimas caíam. Ela se virou e saiu do salão comunal, apressada. Harry a seguiu. Correu atrás dela pelo corredor e segurou-a pelo braço.
- Você precisa me ouvir. – disse ele suplicante.
- E o que você acha que tem a me dizer? – falou ela. Sua voz era firme, e estava carregada de tristeza e raiva.
- Eu não sei o que aconteceu! Ontem a noite eu estava sentado sozinho quando a Sofia apareceu, e então...
- Poupe-me dos detalhes! Já não basta a humilhação que você me fez passar?
- Nós só estávamos conversando. Eu estava indo pro meu quarto e então apaguei. Não me lembro de mais nada! Acredite em mim!
- Como? Se nem mesmo você parece acreditar em si mesmo! Não venha me dizer que ela apagou sua memória, porque eu não vou acreditar! Eu me lembro daquela noite do baile, em que eu vi vocês dois se beijando...
- O quê? Foi ELA que me beijou! Eu não fiz nada!
- Eu não acredito em você. Eu te amava... você não podia ter feito isso comigo! Não dessa forma... no mesmo sofá em que nós...
- Eu te amo Gina! Posso não saber o que aconteceu direito, mas eu nunca trairia você! – disse ele desesperado.
- Não se aproxime de mim novamente! Estou me sentindo mal... – disse ela segurando o estômago. – Você me enoja, Potter. Nunca mais sequer fale comigo. Eu não quero nunca mais ter que olhar pra sua cara! – falou ela e se virou. Harry a viu se afastar, as palavras ainda ecoavam em sua mente. Ela tinha nojo dele! Olhou para si mesmo e só então se deu conta de que estava no meio do corredor só de cueca! Entrou no salão comunal e passou pela multidão que ainda estava aglomerada ali. Sofia chorava compulsivamente em um canto, mas isso não importava. Harry subiu apressado para seu quarto. Vestiu uma roupa e ouviu que a porta do quarto havia sido aberta.
- Rony! Eu não sei... – começou ele, mas foi impedido de continuar. O ruivo acertou um soco no olho direito do moreno, fazendo o óculos desse quebrar. Com o impacto, Harry caiu no chão.
- NUNCA MAIS CHEGUE PERTO DA MINHA IRMÃ! – gritou o ruivo. Hermione, que vinha logo atrás, lançou a Harry um olhar indignado, cheio de repulsa. Os dois saíram do quarto, deixando Harry sozinho.
- Ótimo. Nem meus amigos acreditam em mim. Ninguém acredita em mim! Realmente, perfeito. – falou ele sarcástico. Consertou seus óculos e saiu. A maioria dos alunos já havia ido para suas aulas. Os que ainda estavam ali o olharam com desaprovação. Ele saiu para o corredor. Seria assim agora. Todos o olhando como se ele fosse um tarado, um cafajeste. Andou sem olhar para os lados. Como aquela garota podia ter sido capaz de forjar aquilo? E por que?
Entrou na sala. Seu primeiro horário era com Lupin. A sala já estava lotada. Rony e Hermione estavam sentados nas primeiras carteiras, e o olharam com desagrado. A sala inteira o olhava assim. Procurou uma carteira vazia ao fundo da sala, e se sentou isolado do resto.
Ao final da aula esperou que todos saíssem para não ter que cruzar com ninguém. Lupin veio até sua carteira, e se sentou ao seu lado.
- O que aconteceu? Por que todos estão te olhando assim, e pior, por que Rony e Hermione não estão com você? – perguntou ele com sua voz paternal. Harry explicou tudo o que tinha acontecido.
- Mas você não se lembra de nada?
- Nada! Eu... eu sei que não fiz nada! Não posso ter feito! Eu saberia!
- Eu acredito em você. Fique calmo. Não discuta com ninguém. Vou te ajudar a descobrir o que aconteceu. Agora você tem que ir almoçar.
- Não estou com fome.
- Mas não pode ficar sem comer.
- Não quero ver ninguém.
- Certo. Então vá lá pra fora. O ar puro vai te ajudar a esfriar a cabeça.
Assim Harry fez. Foi para o pátio. Chegando lá viu uma mancha no chão, e Luna ao lado, com um olhar aéreo, só que dessa vez parecia preocupada. Harry se aproximou e viu que a mancha no chão era sangue.
- O que aconteceu aqui Luna?
Ela o olhou por um tempo, como se estivesse pensando se devia falar ou não.
- Até você! Estou perdido mesmo... – disse Harry se virando para ir embora.
- Foi Gina. – disse a garota parecendo acordar de um transe.
- O que aconteceu com Gina? – perguntou Harry assustado.
- Nós estávamos aqui... ela queria ficar sozinha, longe das pessoas. Todos ficam olhando pra ela, ela estava chorando... chorando muito. Estava pálida. Aí Malfoy apareceu e começou a zombar dela. Disse que sabia que isso ia acontecer. Que você não ficaria pra sempre com uma garota como ela. Que ela era uma otária de acreditar em você. Ela ficou nervosa. Gritou com ele. Aí...
- Ele machucou ela? Fala Luna!
- Não. Ela começou a sentir muita dor. Segurava a barriga. Então começou a sangrar...
- Sangrar? Sangrar por onde? Pelo nariz?
- Não! Sangrar como se... sabe... coisas de mulher. Mas não era normal. Então Hagrid estava passando por aqui e a levou para a ala hospitalar.
Harry saiu desesperado pelos corredores em direção a ala hospitalar. Há dias Gina não vinha se sentindo bem, e agora... o que seria isso? Entrou devagar. Gina estava deitada em uma cama mais ao fundo. Ao seu lado estavam Rony e Hermione. Hagrid conversava com Madame Pomfrey, próximos a Harry.
- O que ela teve? – perguntou ele a Madame Pomfrey. A senhora o olhou por uns instantes antes de responder.
- Ela sofreu um aborto.
- Um aborto? Mas então ela estava...
- Grávida. Você ia ser pai. – disse Hagrid, num meio sorriso. – Sinto muito Harry, muito mesmo. Adoraria ver o filho de vocês dois. Quem sabe no futuro? – falou o meio gigante, antes de sair.
Aquilo tudo estava acontecendo muito rápido. Como assim ia ser pai? Se lembrou dos enjôos de Gina, de seu comportamento nos últimos dias. É... ela estava grávida. E agora havia perdido o filho deles. E a culpa era dele. Por que não conseguia se lembrar do que tinha acontecido?
Arriscou se aproximar da cama de Gina. A ruiva estava muito pálida, e em seu rosto haviam marcas das lágrimas. Ela o olhou. Um olhar frio, congelante. Como se ele fosse um inimigo.
- Gina, por que não me contou? – disse ele, suavemente.
- Eu fiquei assustada. Só soube ontem à noite. Ia te contar hoje de manhã, mas você tinha outros planos.
- Não fale assim. Eu...
- Mas não precisa se preocupar. Qualquer garota de Hogwarts vai adorar ser mãe do seu herdeiro. Agora que você está pegando o jeito pra coisa...
- Eu não quero nenhuma delas. Eu quero você.
- Não existe mais nada entre nós. A única coisa que você tinha deixado em mim se foi, junto com meu amor por você. Até mesmo minhas células rejeitam qualquer coisa que venha de você. Meu organismo não aceita mais o contato com algo que venha de uma pessoa que me fez tão mal. – disse ela, enquanto as lágrimas caíam.
- Acho melhor você ir embora agora antes que eu quebre sua cara, aí você vai ter muitos motivos pra ficar aqui. – disse Rony, encarando o antigo amigo.
- Suas palavras têm um efeito mais doloroso do que qualquer maldição que alguém possa lançar em mim. É por te amar que eu vivo, e é por isso que eu vou continuar vivendo. Pra não deixar nada te acontecer. Você pode não acreditar em nada do que eu diga, pode pensar que tudo o que nós vivemos até hoje foi uma ilusão, mas pra mim não foi. Nunca fui tão feliz quanto eu era com você. Você me fez descobrir o amor, a alegria de viver. Sem você minha vida é só dor. Eu faria, e faço, tudo pra que você seja feliz. E se pra isso você tenha que viver longe de mim, eu farei. Nunca me importei comigo, e não vai ser agora que vou me importar. Mas não se esqueça, Eu te amo e vou te amar pra sempre.
E, em uma das pouquíssimas vezes, eles viram Harry chorar. Ele se virou e saiu, sem olhar para trás. Gina o olhou cruzar a porta, e chorou. A dor invadia seu peito. Havia perdido seu filho. Havia perdido o amor de sua vida. As palavras dele soaram novamente em seus ouvidos. Cheias de tristeza. Cheias de dor. Ele sofria também. E tinha parecido sincero.
- Por que Mione? Por que ele fez isso comigo?
E a garota mais esperta da escola, mais inteligente, que tirava as maiores notas, que percebia as coisas no ar, foi obrigada a admitir.
- Eu não sei Gina. Não faço idéia.
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Pessoal esperto... adivinharam tudo tão rapidinho!
Se bem que tava muito na cara, né!
Adoraria ver o filhinho dos dois mas não foi dessa vez...
Agora é a vez de voces COMENTAREM!!!!!!!!!
Bjins
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