A Noite de Natal



- Pelo visto vocês dois fizeram as pazes, não é? Graças a Merlin! Não agüentava mais o mau humor dos dois! – exclamou Rony. Eles estavam sentados no salão comunal fazendo seus deveres.

- Eu não estava mal humorado. – disse Harry.

- A não... claro que não. Você é azedo assim mesmo! – disse Rony.

- Não briguem, ok? – disse Hermione.

- Não estamos brigando. E então Mione, descobriu alguma coisa sobre aqueles desenhos?

- Nada ainda. Não tenho tido muito tempo para pesquisar. Ser monitora chefe é muito desgastante.

- Vocês vão passar o Natal lá em casa, certo? Mamãe está preparando um jantar e tanto. – perguntou Gina

- Se vocês me convidarem... – respondeu Harry.

- Ora Harry. E alguém precisa te convidar pra ir pra Toca? Você já é da família. – disse Rony.

- Então eu vou. E você Mione?

- Falei com meus pais e eles vão para a Alemanha, na casa de uns amigos. Eu disse que não queria ir e eles me deixaram ficar na Toca com vocês.

- Ótimo! Acho que vou subir pra arrumar umas coisas. Boa noite pra vocês. – disse Gina.

- O que ela está aprontando? Todas as noites ela vai dormir mais cedo! – disse Rony.

- Ela não quis me dizer. Acho que tem a ver com o Natal mesmo. – disse Hermione.

- Nossa! Tinha esquecido dos presentes de Natal! – disse Harry, se levantando assustado.

- Então é melhor se apressar. Iremos amanhã lá pra casa.

Harry subiu para seu quarto para pensar. Tinha que comprar alguma coisa pra Gina! Já tinha comprado os presentes de todos, mas não sabia o que dar a ruiva. Tentou pensar em algo que ela não tivesse, então se lembrou do baile de Halloween.

- Dobby! – chamou ele. Do nada surgiu o elfo doméstico, com suas orelhas de morcego gigante o os olhos enormes. Vestia meias coloridas e uma espécie de roupa feita com um tecido vermelho enrolado ao corpo.

- Senhor chamou Dobby! Dobby feliz de rever mestre Harry Potter! – disse ele, feliz.

- Também estou feliz de rever você. – disse Harry acariciando a cabeça dele.

- O que Dobby pode fazer pelo senhor? Dobby faz tudo o que Harry Potter pedir.

- Eu queria que você comprasse uma coisa pra mim. Sabe onde você pode encontrar um colar bem bonito?

- Claro. Dobby já comprou muito para os Malfoy. Dobby compra o mais bonito de todos. No Beco Diagonal tem uma joalheria onde vende colar bonito! Dobby vai lá para Harry Potter.

Harry enfiou a mão dentro de seu malão e pegou um pequeno saco de couro e entregou-o a Dobby.

- Mas isso é muito dinheiro mestre Harry Potter!

- Eu quero que você compre o mais bonito que tiver na loja, não importa quanto custe, entendeu?

- Dobby entendeu. Dobby vai rápido comprar presente para Harry Potter. – disse o elfo, e depois desapareceu com um estalo.

Harry resolveu arrumar suas coisas, já que iriam cedo para a Toca. Pouco depois Rony entrou no quarto e se jogou em sua cama, dormindo instantaneamente e começando a roncar. Harry terminou sua arrumação e foi também dormir.

Na manhã seguinte vários alunos desciam de seus quartos com suas coisas e seguiam em direção aos portões da escola. Iriam todos de trem. Harry e seus amigos foram em busca de uma cabine vazia, encontrando-a no meio do vagão. Estavam entrando quando uma voz chamou a atenção do grupo.

- Olha só quem está aqui. O grande Potter e seus amigos idiotas. Que azar o meu em ver pessoas de tão baixo nível em plena véspera de Natal. – zombou Malfoy, que estava acompanhado de Pansy, Crabbe e Goyle.

- Acho que o azar foi todo nosso em ver um ser tão desprezível como você. Que eu saiba não foram os meus amigos que não conseguiram nenhum NOM no quinto ano. – respondeu Harry.

- Muito divertido Potter. Aonde estão as suas fãs agora para gritar o seu nome?

- Harry não precisa que ninguém o bajule para se sentir bem, ao contrário de você. – disse Gina, irritada.

- Ora vejam só. A fã numero um do Potter me desafiando! Sabe Weasley, você já deixou de ser aquela garotinha ridícula e se tornou até jeitosinha. No dia que você entender que o Potter não quer nada com você talvez nós dois possamos nos divertir um pouco. – disse o loiro com um sorriso zombeteiro.

- Não se atreva a se aproximar dela Malfoy, senão vai se arrepender. – gritou Harry enfurecido.

- Mas não é que o Potter tem uma quedinha pela pobretona? Mas até que vocês se merecem. Dois otários. – disse Draco se virando e saindo com seus amigos sonserinos.

Harry ficou sem reação diante das palavras de Draco. Estava tão visível assim que ele gostava de Gina?

- Anda Harry. Não liga pro que aquele cara de fuinha diz. – disse Hermione puxando Harry para dentro da cabine.

Enquanto guardavam suas coisas o olhar de Harry se encontrou com o de Gina e assim permaneceram por alguns instantes. Tenho que esquecê-la, pensava ele. Ela me vê como um irmão.

A viagem foi silenciosa. Harry só conseguia pensar em tentar esquecer a ruiva, enquanto essa pensava nas palavras de Malfoy. Estaria o sonserino certo? Não, Harry me vê como uma irmã, pensava Gina. Rony olhava para a paisagem passando pela janela, e Hermione observava o amigo. Era óbvio que Harry gostava de Gina, e Gina gostava de Harry. Por que os dois não ficavam juntos? Era tão simples. Depois se lembrou dela e de Rony e no quanto demorou até que eles se acertassem.

Na estação de Kings Cross o Sr Weasley os esperava, junto a Moody. Os garotos cumprimentaram os dois.

- E então, como vamos para casa? – perguntava Rony.

- O ministério emprestou um carro para nós. Vamos? – disse Moody. Seguiram pela estação até a rua, onde um carro preto estava parado. Junto a ele dois homens, vestindo ternos cinza. Estes abriram a porta do carro para que pudessem entrar e se sentaram nos bancos da frente, sem dizer nenhuma palavra.

Chegaram a Toca rapidamente. A Sra Weasley os esperava na sala, vestindo um avental florido sobre um vestido verde.

- Até que enfim chegaram! Ah venha dar um abraço na sua mãe Rony! Aposto que sua namorada não vai se importar! – disse ela sorrindo, e Hermione corou violentamente, assim como Rony.

- Fiquei tão feliz quando soube do namoro de vocês! – disse ela abraçando Hermione. – e você, minha pequena, não está namorando ninguém, certo? – falou ela virando-se para Gina.

- Não mãe! Já chega desse assunto, certo? Você está deixando a Mione envergonhada. – disse Gina se soltando dos braços da mãe.

- Oh, me desculpe. E você, querido? Não está se alimentando direito? Tão magrinho... – disse ela abraçando Harry.

- Você sempre acha Harry magro demais mãe! – disse Rony.

- O que há com vocês? Resolveram implicar com sua pobre mãe? Disse ela com a voz chorosa.

- Ah Molly querida. Não faça drama. Nossos filhos já estão crescidinhos. – disse o Sr Weasley se aproximando da mulher. – e vocês vão levar essas coisas lá pra cima. – disse ele voltando-se para os garotos.

Harry foi com Rony para o quarto do ruivo e Hermione com Gina. Passaram a tarde toda jogando Snap explosivo e falando bobagens até que a Sra Weasley gritou para que eles fossem se arrumar para o jantar. Depois de prontos, Harry e Rony desceram para a sala, encontrando Fred e Jorge.

- Hermione deveria ir ao St Mungus. Ela deve estar muito mal. – disse Fred.

- Por que? – perguntou Rony, preocupado.

- Namorando com você! Ela deve ter batido a cabeça, ou estar sob a maldição Imperius. – respondeu Jorge.

- Só está falando isso porque eu tenho uma namorada e vocês não! É inveja. – vociferou Rony.

- Inveja de você Roniquito? De forma alguma. – disse Jorge.

- Nós não temos namorada porque não queremos. – falou Fred.

- Boa noite a todos. – disse Gui entrando ao lado de sua noiva, Fleur Delacour. Harry a conhecia do torneio tribruxo que disputou no quarto ano.

- Como vai Arry Potter? – cumprimentou ela.

- Muito bem e você?

- Ótima. Sabe, eu e Gui vamos nos casarrr.

- Fico feliz por vocês.

Aos poucos foram chegando Tonks, Moody, Carlinhos, que agora trabalhava em Londres no Ministério, a professora McGonagall e Dumbledore.

- É uma pena que hoje seja noite de lua cheia. Remo não pôde vir. – disse Tonks, que conversava com Harry. Ela estava com uma aparência triste, mesmo com seus cabelos rosa.

- Você e Lupin...

Ela corou.

- Ele te disse que estamos namorando? – perguntou ela envergonhada.

- Na verdade acabei de ficar sabendo por você. Ultimamente ele tem estado muito romântico, então eu suspeitei.

- Ah.

- Fico feliz por vocês. – disse ele sorrindo.

- Obrigada. Nunca imaginei que amar me fizesse tão bem.

- Venham, vamos jantar! – disse a Sra Weasley. Sentaram-se a mesa o Sr Weasley ao lado da esposa, Fred, Jorge, Tonks, Gina e Carlinhos do lado esquerdo. No direito estavam Gui e Fleur, Rony e Hermione, Moody, Harry e Dumbledore, de modo que Harry estava de frente para Gina.

O jantar estava delicioso. Todos conversavam felizes e despreocupados. Parecia que nada estava acontecendo de ruim, que Voldemort não existia. Foi ficando tarde e os que não iam dormir na Toca foram indo para suas casas. Os que ficaram iam buscar o calor e conforto de suas camas, até todos já se encontrarem em seus quartos. Harry ouvia Rony roncando na cama ao lado, mas não conseguia dormir. Resolveu ir tomar um pouco de água na cozinha. Desceu pelas escadas escuras silenciosamente, com medo de acordar alguém. Mas ao entrar na cozinha viu que não era o único que não conseguia dormir.

- O que a caçula dos Weasley faz acordada a essa hora? – perguntou ele a garota, que estava sentada e parecia divagar, olhando pro nada. Ela se assustou ao ouvir a voz dele e virou-se para olhá-lo nos olhos.

- Talvez o mesmo que você. Então por que não me diz o que faz aqui? – dizia ela indicando a cadeira ao seu lado para que Harry se sentasse.

- Eu perguntei primeiro ruivinha. – disse ele se sentando ao lado dela e olhando-a atentamente. Ela estava com uma camisola rosa e um robe da mesma cor por cima. A luz da lua iluminava o ambiente, fazendo os cabelos da garota se tornar como fogo. Estava linda. Linda e misteriosa. Harry sentiu um ligeiro arrepio ao constatar isso.

- Não consegui dormir. E você? – perguntou ela olhando nos olhos verdes do moreno. Ele estava de pijamas, os cabelos negros em total desalinho. Tinha uma aparência largada, descontraída, que dava a ele um charme incrível.

- Insônia também. Seu irmão ronca demais, então resolvi descer para tomar água.

- Eu estava indo fazer um chá, aceita?

- Se não for te dar trabalho...

- Claro que não. É só colocar a água pra ferver. – disse ela se levantando e pegando uma chaleira de dentro do armário e a enchendo de água, colocando-a em seguida sobre o fogão.

- Aonde é que estão os fósforos? – disse ela procurando pela bancada.

- Se não se importa... – disse Harry se levantando e indo em direção a garota. Parou bem próximo a ela e fez o fogo surgir no fogão. A ruiva o olhou e agradeceu, corando um pouco ao vê-lo tão próximo. Em instantes a água ferveu e ela pegou duas xícaras, colocou um pouco de ervas nelas e a água fervendo, entregando uma a Harry logo em seguida.

Ela parou diante da janela e ficou a observar o céu. Apesar de ser inverno, nessa noite não nevava e se podia ver a lua e as estrelas. Harry parou ao seu lado e ficou também a observar o céu. A proximidade mexia com ambos, despertando seus desejos. Harry ficou observando a ruiva, como se estivesse hipnotizado. Ela percebeu os olhares dele e se virou para fitá-lo também. Ele sorriu.

- O que foi? – perguntou Gina, seu coração disparado, mas a voz permaneceu serena.

- É incrível que eu tenha demorado tanto pra perceber o quanto você é incrível. – disse ele acariciando o rosto da garota.

- Você me via com olhos de irmão.

- Mas agora não mais. E não consigo me controlar. Ao seu lado eu me torno o garotinho que era aos 11 anos de idade, que não conhecia nada e não sabia o que fazer. – disse ele ainda segurando o rosto dela entre as mãos.

- E por que lutar contra o que sente? – disse ela, acariciando o rosto dele.

- Acho que por medo do que pode acontecer. Mas não consigo mais lutar. Você me encanta de uma forma que eu jamais pensei que existisse. – disse ele se aproximando mais dela, até que ficaram a alguns centímetros de distancia um do outro. – eu me rendo a você.

Harry sentia o perfume dela, e parecia que este era capaz de fazê-lo esquecer todos seus problemas. Os lábios se aproximaram, num desejo a tanto tempo guardado no peito, até que se encontraram, e aconteceu o que eles tanto queriam. Um beijo suave, que foi se tornando mais intenso a medida que o tempo passava. Era como se nada pudesse os interromper, e no universo só existissem os dois. O beijo apaixonado os unia, e isso era tudo o que precisavam saber.

Harry se afastou apenas o suficiente para poder olhar o rosto da ruiva em seus braços. Ficaram assim, se olhando, um olhar que dizia tudo o que estavam sentindo e não eram capazes de transformar em palavras. O sorriso era inevitável aos rostos de ambos.

- Pensei que nunca fosse fazer isso. Desde a primeira vez que te vi desejei esse momento. – sussurrou ela.

- E foi como você desejava?

- Foi muito melhor do que eu pensava. – disse ela se aproximando mais dele e o envolvendo em outro beijo.

A maioria das pessoas adoram a noite de Natal. Mas para esse novo casal, nunca uma noite poderia ser tão maravilhosa como aquela.

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eeeeeeeeee!!!!!!!!!!!!!
Obrigada pelos comentários!!!!!!!!!!
deixaram a autora aqui mto feliz!!!!!!!

Ellessar, meu querido, eu sei que andei judiando um pouquinho do casal, mas tá aí o tão esperado beijo dos dois.

Rafael, valeu pelo apoio.

Mas isso não significa que eu não queira mais comentários, ok?
rs
Bjinhos

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