Nos Portões do Inferno



Atualizada em 21/12/2007

Cap. 14 - Nos Portões do Inferno.



A batalha em Hogsmaede estava acirrada, pouco a pouco os comensais estavam começando a ganhar terreno. Susana lutava ferozmente contra três Lycans, espada e magia sendo usados com primor contra os adversários. Viu seu tio e alguns dos seus primos lutando, realmente era impossível impedi-los de participar daquela batalha. Aonde as Trevas atacassem, Atreides e Pendragons contra-atacavam.

Havia eliminado mais um oponente quando dois tomara o lugar do companheiro caído, então um pulso de energia percorreu o campo de batalha, fazendo com que os Lycans que enfrentasse voltassem à forma humana urrando de dor, ela não perdeu tempo e os nocauteou e amarrou antes que eles voltassem a se transformar. Viu vários comensais caírem no chão gritando de dor quando uma nova onda de energia os atingiu, nova onda de energia e os poucos que ainda estavam conscientes aparataram. Olhou na direção onde seu primo Alex e Harry Potter lutavam contra os demônios, não se surpreendeu quando viu os dois avançando contra os demônios e nem ao perceber que eles haviam sido destruídos, mas se surpreendeu bastante ao se dar conta que a magia que virou aquela batalha veio deles, por mais incríveis que fossem as coisas que seu primo lhe contara não era capaz de imaginar algo dessa magnitude. O jovem Potter havia usado Magia Branca em um nível que não julgava que fosse possível. Ele havia purificado um Demônio.





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- GINA! - Assim que derrotou o Balrog Harry vasculhou o campo de batalha a procura dos amigos. Focalizou Gina no exato momento em que ela era atingida pela luz verde, mesmo a distância pôde sentir a vida se esvair do corpo da ruiva e antes mesmo que ela tivesse chegado ao chão lá estava ele a segurando entre os braços, as lágrimas que ele não fez questão de conter começavam a banhar a sua face e a cair na da ruiva.

Nicole, que estava ao lado de Gina, só percebeu o que havia acontecido ao ouvir o grito de Harry e ver o corpo pálido de Gina caído nos braços do rapaz. As lágrimas vieram em abundância junto aos soluços e a dor que lhe apertava o peito. Sentiu uma mão tocar o seu ombro, se virou e assim que viu Alex se atirou nos braços do namorado e soltou todo o choro que lhe vinha na garganta. Não entendeu quando Alex se afastou até ouvir a voz de Harry e ver a luz que emanava dele em direção a Gina, linhas de luz saiam do corpo dele até uma esfera de luz branca e brilhante que flutuava acima dos dois e da qual novos fios de luz saíam em direção ao corpo da ruiva, o corpo da garota parecia vivo de novo.

- Droga Harry! - A voz de Alex chamou a atenção de Nicole para o namorado, e ele parecia bem preocupado, e isso não podia significar boa coisa. E perguntar ao rapaz o que estava acontecendo quando ele abriu os braços e ela se viu envolvida por sombras, nem teve tempo de se assustar, pois logo as sombras se afastaram e ela se viu num quarto grande e luxuoso, decorado em vermelho e dourado, Harry e Gina estavam sobre a cama, a ruiva ainda estava desacordada nos braços do moreno, que parecia em transe recitando um feitiço numa língua que ela nunca havia ouvido. As luzes que ligavam os corpos de Harry e Gina continuavam do mesmo jeito. Alex conjurou um falcão prateado, que logo voou rumo à parede, atravessando-a, certamente era uma mensagem para alguém.

- O que é que o Harry está fazendo? A Gina vai ficar bem? - Havia tanta esperança na voz da garota que Alex ficou com pena de contar a verdade.

- A Gina morreu Nick. - Disse Alex, o rapaz fez uma pequena pausa antes de continuar. - Mas existe um encantamento de Magia Branca que permite restaurar a vida de uma pessoa, desde que o corpo esteja saudável e a morte tenha ocorrido há pouco tempo.

- Mas que ótimo, então a Gina vai ficar bem não é? - A morena estava eufórica com a possibilidade, mas não entendia o porquê do rosto triste do namorado. - Tem mais alguma coisa Alex?

- Esse é um feitiço muito poderoso, só os mais poderosos Magos brancos podem utilizá-lo, por que só eles são poderosos o bastante para sobreviver tempo o bastante para completá-lo.

- Como assim? - Perguntou a garota se deixando cair numa cadeira próxima, algo lhe dizia que ela não seria capaz de ficar de pé por muito mais tempo.

- A alma humana tem a capacidade de manter um corpo vivo e funcionando, para que o corpo da Gina esteja apto a receber a alma dela de novo a alma do Harry está mantendo o corpo dela também. Fazer com que uma alma sustente dois corpos ao mesmo tempo desgasta muito da energia vital dela, e, além disso, ele ainda está procurando a alma da Gina no mundo dos mortos, e ele tem que achá-la antes que a energia vital dele se esgote e os dois morram.

- E A GENTE NÃO PODE FAZER NADA? – Nicole estava em pânico, o fio de esperança que havia sentido ao saber que a amiga poderia ser salva se transformou em desespero ao saber que além dela poderia perder também um de seus melhores amigos.

- Eu vou, mas você tem que se acalmar, daqui a pouco Dumbledore virá aqui, talvez ele traga o Rony e a Hermione. Ele vai explicar pra vocês o que é essa sala. Eu vou por uma barreira ao redor do Harry e da Gina pra que ninguém interrompa o feitiço e depois eu vou buscar a Gina.

Nicole se acalmou um pouco, confiava no namorado, e até se sentiu um pouco envergonhada por perder o controle daquele jeito. Ia perguntar o que ele ia fazer quando mais uma vez seu queixo caiu. Alex cortou a mão e a pôs no chão, o sangue dele se espalhou pelo ar formando uma cúpula de símbolos estranhos sobre os amigos. Os símbolos começaram a emitir um brilho prateado e a seguir uma intensa luz dourada, até que se estabilizaram numa luz dourada que parecia ser sólida. A magia emanada por aquela barreira chegava ser palpável mesmo a distância em que Nick se encontrava.

- Eu já volto. – Disse Alex. Nicole ia perguntar aonde ele ia, mas teve de conter um grito de espanto quando um par de asas negras brotou das costas do namorado e os seus olhos mudaram para um verde frio. Ele bateu as asas e voou em direção a um imenso portão negro que ela podia jurar que não estava ali alguns segundos atrás. O portão se abriu para a passagem de Alex, e desapareceu assim que ele passou.






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- Altaya!

- Sim Minha Senhora. – A bela elfa em sua armadura dourada se curvou em respeito à Rainha dos Elfos.

- Sinto que a presença do príncipe está se enfraquecendo rapidamente, ele está executando um encantamento perigoso e que o está deixando muito exposto. Como capitã da sua guarda pessoal, você está incumbida de reunir seus soldados e ir a Hogwarts cuidar da proteção do seu príncipe e garantir a sua recuperação.

- Partiremos o mais rápido possível minha senhora.

- Ótimo, eu enviarei uma mensagem a Alvo Dumbledore alertando-o da sua chegada.






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- Por Merlin Alvo, onde é que está a minha filha? – Era um transtornado Arthur Weaslley que interrogava Alvo Dumbledore, na sala do diretor, quanto ao destino de sua filha, estava em casa com a esposa quando o relógio que mostrava o que acontecia com cada membro da família indicou a morte de sua filha caçula. Fato confirmado por seus filhos, que viram a maldição da morte lançada por Bellatrix Lestrange atingir a mais nova dos Weaslleys. Já haviam passado na enfermaria para ver como estava Rony, que para o alívio deles havia tido apenas uma concussão, assim como Hermione, sendo que ambos já estavam acordados e choravam pela morte da pequena Weaslley.

- Entendo a sua aflição Arthur, creio que no seu lugar estaria agindo da mesma forma, mas agora vocês precisam se acalmar, eu lhe garanto que nem tudo está perdido ainda.

- Nós não temos tempo pros seus enigmas Dumbledore. A minha Gina morreu, e eu exijo saber por que diabos você não me deixa ver o corpo da minha menina. – O senhor Weaslley estava completamente vermelho, e sua voz carregada de dor e raiva. Minerva McGonnagal, que havia acompanhado os Weaslleys a sala do diretor não sabia com quem ficava mais chocada, se com Arthur, que ela nunca havia visto dessa maneira, ou com Dumbledore, cuja forma de lidar com a situação. O velho diretor ia argumentar quando uma bela Fênix, três vezes maior do que Fawkes e muito mais brilhante e bela surgiu bem ao seu lado, deixando uma carta na mão do diretor para logo sumir outra vez. Dumbledore leu a carta e não pode conter um sorriso, aquilo definitivamente viria a calhar.

- Eles estão aqui Alvo, como você me pediu. – Robert Faillen entrou na sala do diretor trazendo consigo Rony, Hermione e Daniel Atreides.

- Obrigado Robert. Minerva, a guarda pessoal do príncipe herdeiro da casa real de Lennorien está se dirigindo à Hogwarts para reforçar a segurança do castelo, eles devem chegar em pouco tempo, e eu gostaria que você os acomodasse e trouxesse a capitã deles à minha sala assim que eles chegarem.

- Mas por que os Altos Elfos iriam mandar uma tropa, eu achei que eles não pretendiam se envolver? – Perguntou Daniel, que apesar de ansioso por saber notícias do filho, não pode deixar de se preocupar com o que teria sido responsável por essa mudança de postura dos elfos.

- Acontece que a família Potter é descendente direta de uma das filhas do atual casal real de Lennorien, e quando ele visitou o reino élfico foi reconhecido como herdeiro da casa real e príncipe de Lennorien. Ele só manteve isso em sigilo dos senhores, - Disse se dirigindo a Rony e Hermione. - por que eu pedi, essa informação é importante demais para ser posta em risco, infelizmente a atual situação não permitirá que isso seja mantido em sigilo. No momento Harry está conjurando um feitiço muito antigo e poderoso além de potencialmente perigoso para quem o conjura. Uma das mais poderosas artes da Magia branca, um encantamento que permite trazer dos mortos alguém que se ama.

- Mas Alvo, não existe magia que possa reviver os mortos. – Disse Minerva.

- Isso quer dizer que a nossa menininha vai voltar. – A voz chorosa da senhora Weaslley foi o suficiente para que Dumbledore priorizasse as explicações ao casal Weaslley. Mas foi Robert Faillen quem o fez.

- O feitiço que o Harry está usando se chama A Troca das Almas, em resumo ele consiste em buscar a alma de alguém que morreu em quanto que sua alma mantém os dois corpos funcionando. Quando a alma procurada é achada, ela é trazida de volta, mas o custo para isso é deixar lá a alma de quem conjurou o feitiço.

- Então o Harry... – Um soluço de Molly Weaslley transmitiu o pensamento que a falha na voz de Hermione não permitiu que ela pusesse em palavras.

- Esse é um feitiço que só os mais poderosos magos brancos podem executar, e mesmo assim só sobre condições bem específicas. – Dessa vez foi Daniel quem falou, ele também já havia lido algo sobre esse feitiço.

- Que condições? – Perguntou Hermione.

- A Magia Branca é uma arte que se baseia no poder do amor. As duas condições para que esse sacrifício seja feito é que a morte tenha ocorrido há pouco tempo e que o conjurador ame verdadeiramente a pessoa por quem ele pretende se sacrificar.

Todos ficaram em silêncio por alguns instantes. Os Weaslleys e Hermione ficaram divididos entre a felicidade pela volta de Gina e a tristeza pela perda de Harry, os demais compartilhavam o mesmo sentimento, todos também sentiam uma admiração cada vez maior pelo menino-que-sobreviveu.

- Minerva, se você nos dá licença, nossos convidados devem chegar a qualquer momento, então seria melhor que você fosse recebê-los enquanto eu levo os demais até onde estão o Senhor Potter e a Senhorita Weaslley.






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Nicole levou um susto quando a porta atrás dela se abriu um grande grupo de pessoas. Correu para abraçar Rony e Hermione assim que os viu, estivera muito preocupada com os dois desde que vira os dois serem arremessados para trás pelo feitiço de Bellatrix Lestrange, assim que olhou em volta percebeu um senhor e uma senhora ruivos (supôs se tratar dos pais de Gina) que correram de imediato em direção a ruiva, o pai de Alex, Dumbledore e um senhor que ela nunca havia visto em sua vida.

- O que é isso? Por que não podemos chegar até a nossa filha? – Gritou a senhora Weaslley.

- O Alex conjurou essa barreira para impedir que alguém encoste neles e acabe interrompendo o feitiço. – Respondeu Nicole. Não se sentia apta a dar mais detalhes sobre os riscos que os dois corriam.

- Muito inteligente da parte dele. – Disse Dumbledore. – Se o delicado equilíbrio que compõe o feitiço fosse perturbado os dois poderiam acabar morrendo.

- E por falar em Alex, onde está o meu filho. – Perguntou o senhor Atreides, os olhos já vasculhando o quarto a procura do rapaz.

- Eu sei que pode parecer loucura, - Nicole começou, tendo certeza que ela mesma não acreditaria se não tivesse visto. – Mas ele disse que ia ajudar o Harry e então surgiu um par de asas nas costas dele e ele saiu voando por um portão negro que apareceu naquela parede, eu não faço a menor idéia do que aconteceu.

- De que cor os olhos dele estavam? – Perguntou o senhor que Nicole desconhecia.

- Verdes.

- O Dom das Valkirias Alvo. – Disse o Senhor.

- Esse rapaz pode ir ao mundo dos mortos. Desse jeito pode ser que os dois sobrevivam.






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Mesmo tendo sido avisada da chegada dos elfos Minerva McGonnagal não pode deixar de se impressionar como uma criança ao ver os cerca de trinta elfos em brilhantes e belas armaduras, cada um portando uma espada, arco e flecha, saírem de um portal circular que mostrava um bosque diferente de qualquer coisa que ela já tivesse visto antes. A exclamação de surpresa que Hagrid soltou ao seu lado a despertou, mesmo que ela não tivesse sido a única a se impressionar, não seria de bom tom deixar isso transparecer em demasia. Os elfos se puseram em formação, quatro deles se adiantaram rumo aos portões do castelo. A frente ia uma elfa de armadura dourada, a armadura de todos os outros era prateada, o que a fez supor que essa fosse a capitã de que Dumbledore lhe falara, dois outros elfos vinham a trás dela, e um outro vinha ao seu lado, carregando um estandarte onde se podia ver um imponente leão de fogo sobre o fundo vermelho e dourado, o mesmo leão ornava o peito da armadura e os escudos de todos os elfos.

- Sejam bem vindos a Hogwarts, eu sou Minerva McGonnagal, vice-diretora dessa escola. O Diretor Dumbledore não pode estar presente por que no momento ele está examinando o estado do Senhor Potter, mas me instruiu a acomodar seus soldados da melhor forma possível e a levá-la até ele assim que chegassem.

- Fico feliz em constatar a preocupação que seu diretor dispensa ao nosso príncipe. Meu nome é Altaya, capitã da guarda pessoal de Lorde Potter, Príncipe Herdeiro da casa real de Lennorien. E se me permite, eu gostaria de distribuir meus homens ao redor do castelo para garantir a proteção deste e levar dois deles comigo para reforçar a segurança do príncipe. – A voz melodiosa da elfa era doce e encantadora, mas não disfarçava o poder que carregava, a velha professora de transfiguração percebeu na mesma hora que, se desejassem, os elfos não precisariam pedir permissão para nada.

- Sintam-se a vontade, Hagrid, notifique os Aurores a cerca dos nossos convidados para que não ocorram mal entendidos. Capitã, por aqui, por favor.

Enquanto a vice-diretora e os três elfos avançavam rumo ao castelo, cinco elfos seguiram rumo à floresta proibida, dois se puseram junto aos portões, e os demais se espalharam ao redor do castelo. Por onde passava a comitiva atraia olhares curiosos e maravilhados. Não houve ninguém que não virasse o pescoço para poder dar mais uma olhada nos belos e misteriosos visitantes.






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Assim que Alex atravessou portão ele se viu num gigantesco túnel de nuvens negra e vermelhas que desciam numa espiral que parecia não ter fim. Fosse o tempo da terra igual ao do mundo dos mortos seus amigos já teriam morrido quando finalmente atingiu a saída do túnel.

As nuvens que compunham o túnel se espalhavam a partir do término deste e cobriam todo o céu daquele mundo, cuja única iluminação era o brilho vermelho-sangue de algumas nuvens. Haviam diversas saídas como aquela pela qual Alex veio espalhadas pelas nuvens, várias esferas de luz saíam desses túneis em direção ao chão, ele pode constatar que se tratavam de almas quando viu que elas assumiam forma humana ao se aproximar do chão. Todos seguiam a passos lentos e sem consciência em uma mesma direção. Sentia que a presença de Gina, apesar de fraca, vinha da mesma direção. Não fossem suas assas teria levado anos para alcançar o grande o porto em que embarcariam nos barcos para atravessar o grande rio dos mortos, tão extenso que sua outra margem estava afastada demais para ser vista.

- Que bom que não teve problemas pra chegar aqui, mas não pense que será tão fácil resgatar a alma de sua amiga. – Voando ao seu lado estava Freya, a Valkiria que lhe apresentou o poder que lhe permitia estar no mundo dos mortos.

- Como assim? Você disse que eu tinha o poder de devolver uma alma ao seu corpo pela minha simples vontade. Então qual será a dificuldade. – Perguntou Alex, apesar de ter se espantado com a presença da Valkiria não achou o fato tão estranho assim, a final de contas ele estava no mundo dos mortos.

- Você pode religar a alma dela ao corpo sem problemas, assim como não terá dificuldade em carregá-la consigo por esse mundo e pelo outro, mas os Reinos dos Mortos possuem guardiões que protegem as almas dos mortos. Você terá de passar por eles se quiser remover uma alma daqui, se você tivesse sido mais rápido você poderia tê-la pego antes dela passar para o seu reino de transição, aí não haveria problema algum.

- O que é um reino de transição?

- É um reino em que a alma habita até estar pronta para reencarnar. São variações dos céus e infernos da cultura humana, cada um é ocupado pelas almas que, baseado no seu comportamento em vida, merecem estar lá. Veja, esse é Cérberus, o guardião do primeiro portão, ele é um guardião que você não terá escolha a não ser enfrentar quando tiver de sair. – A Valkiria apontava para um imenso cão de três cabeças que guardava a entrada de uma caverna logo após a trilha formada pelas almas que saíam dos barcos que chegavam nessa margem, os dois já haviam atravessado o rio. O cão era três vezes maior que Fofo, possuía uma imensa calda reptiliana e serpentes brotando como pelos junto à região do pescoço. A fera não se incomodava com as almas que entravam, mas pareia pronta para atacar qualquer coisa que tentasse sair da caverna. – Eu não posso seguir com você, estive aqui te esperando para te passar essa última orientação, mas uma vez que eu atravesse o primeiro portão eu terei de seguir o meu caminho e você seguira o seu.

Os dois seguiram rumo ao portão guardado por Cérberus. Assim que atravessaram a Valkiria desapareceu, assim como as almas que entraram, Alex se viu imerso numa profunda escuridão. Procurou sentir a presença de Gina e deixou isso guiar as suas asas. Viu uma luz brilhante ao longe e acelerou em direção a ela, quando a alcançou se viu no mais belo jardim que já havia visto. Flores de beleza e perfume sem igual, animais corriam livres e brincavam com as pessoas. Continuou seguindo a presença de Gina até encontrá-la. A ruiva estava cercada por crianças, brincando feliz com elas, por um momento sentiu pena de levá-la de volta para um mundo de guerra e dor. Esse era o principal motivo para ter se irritado com a atitude impensada do amigo. Ele não tinha o direito de interferir na ordem natural das coisas, a única coisa que o impulsionava a seguir com o que viera fazer é que sabia que Gina escolheria voltar para a luta se tivesse escolha, a ruiva não era do tipo que se permitia ter paz e conforto enquanto outros sofriam injustamente. Mesmo assim era ela quem devia escolher. Alex desceu até onde a amiga estava, algumas crianças se assustaram e saíram correndo, Gina o olhava espantada.

- Alex? Você também morreu?

- Não Gi, eu vim perguntar se você quer voltar.

A ruiva não entendeu por um instante, mas Alex tocou a testa dela com um dos dedos e ela viu. Imagens de tudo que havia ocorrido desde que tinha sido atingida pela maldição da morte. A derrota dos comensais, o feitiço que Harry havia executado para tentar trazê-la de volta, as explicações dadas por Alex e Dumbledore.

- Você não pode impedir o feitiço do Harry? O que aquele idiota têm na cabeça para se sacrificar assim? – Começa a ruiva transtornada.

- Ele te ama sua ruiva cabeça-dura. – Disse Alex com um sorriso e fazendo o queixo de Gina cair. – Ele te ama e não consegue aceitar a idéia de te perder, mesmo que ele tenha que morrer pra te proteger, mas aquele outro cabeça-dura tem tanta certeza de que você não sente mais nada por ele que desistiu de correr atrás. Ele tem medo de te afastar.

- Eu quero voltar. – Responde Gina com firmeza, não podia deixar sua família sofrer enquanto estava tão bem, não podia desistir do Harry.

- Então nós vamos voltar, mas infelizmente você vai esquecer de tudo que aconteceu aqui. Regras.

- Tudo bem. Vamos?

Alex tocou os ombros da ruiva e ela se transformou em luz e fluiu para dentro do corpo dele. Ele alçou vôo, mas foi barrado em pleno céu por uma bela mulher nua de pele e cabelos brancos. Ela emanava uma aura de poder impressionante.

- Você não será capaz de chegar ao mundo mortal. Jamais passará por Cérberus.

- Eu não pretendo desistir até tentar! – Disse Alex Com firmeza.

- Eu sei! – A mulher falou. Ela apontou as mãos para Alex e este sentiu um forte impacto arremessar seu corpo para trás, quando deu por si estava na margem do rio dos mortos aonde tinha chegado. – Vocês ainda têm muito o que fazer no mundo mortal. – A voz da mulher ressoou em seus ouvidos.

- Obrigado então. – Disse Alex com um sorriso e avançou a toda velocidade contra as nuvens. Um túnel se abriu para sua passagem, mas era muito mais difícil subir. Era como voar contra os ventos mais fortes da pior das tempestades.






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Mal Dumbledore encerrou suas explicações a cerca da situação e um imenso portão de ossos negros se materializou no quarto assustando os presentes, inclusive Nicole, que não havia percebido os detalhes da estrutura. O portão se abriu, revelando uma tempestade de nuvens negras e vermelhas. Logo Alex sai voando do portão, que se fecha e desaparece ao que o rapaz toca o chão. As asas se desfazem soltando as penas que somem no ar.

Mesmo tendo ouvido a descrição feita por Nicole não ouve ninguém que não tivesse ficado chocado com a chegada de Alex, as asas, o portão misterioso e a intensa luz verde emitida pelos seus olhos. O brilho se intensificou quando uma energia rosada começou a se desprender do seu corpo em direção a Harry e Gina e se uniu a esfera de luz branca que ligava os dois. A esfera brilhou em tons de branco e rosa e iluminou todo o aposento com tal intensidade que todos tiveram de proteger os olhos por um momento. Assim que o brilho cessou todos puderam ver a barreira conjurada por Alex se desfazendo, dentro dela Harry e Gina estavam deitados, aparentemente inconscientes, nenhuma luz os ligava no momento. Ao lado da cama aonde os dois haviam sido depositados jazia o corpo imóvel de Alex.

Passado o choque inicial o casal Weaslley avançou em direção a Gina, a senhora Weaslley chorava de felicidade ao constatar que tanto Harry quanto Gina estavam vivos, e seu marido não ficava atrás. Nicole e Daniel correram para Alex, que estava no chão. Nicole, que estava mais próxima, chegou primeiro e abraçou o namorado com lágrimas de preocupação nos olhos. Chorou de alívio ao constatar que ele estava vivo e o abraçou com mais força ainda. Daniel olhava a cena tocado, era evidente que seu filho havia encontrado alguém que o amava, e isso o deixava muito feliz.

Rony e Hermione se dividiam entre os amigos a fim de saber como eles estavam. Ainda no mesmo lugar, Dumbledore e Robert trocavam olhares de satisfação e alívio pela segurança de seus pupilos e pelo incrível potencial que eles estavam demonstrando. Restava agora garantir a segurança deles durante o período em que estivessem se recuperando.

- Eles precisam ir para o St. Mungus, precisam ser examinados por um medibruxo. - Começou a falar uma ansiosa Sra. Weaslley.

- Não acredito que haja um único medibruxo no mundo apto a lidar com uma situação dessas. - Disse Robert.

- Então o que nós podemos fazer? - Perguntou Daniel.

- Acredito que Minerva já esteja retornando com nossos convidados. Tenho certeza de que os Altos Elfos saberão tratá-los melhor do nós somos capazes de fazer. - Disse Dumbledore antes de deixar o quarto.






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No dia seguinte ao ataque histórias das mais fantasiosas as mais verídicas percorriam o mundo mágico. E o pior é que quanto mais próximas a realidade, mais difícil era acreditar na história. Tanto no Ministério da Magia quanto em Hogwarts, assim como em qualquer lugar do mundo mágico, pessoas escolhiam as versões que julgam mais dignas de confiança e começavam a discutir suas opiniões, o medo estampado em seus olhos e vozes, embora nem sempre pelos mesmos motivos.

Enquanto uns exaltavam a grandeza de Harry Potter, que sabidamente havia combatido os comensais, outros falavam nele preocupados, pois como um garoto de dezesseis anos poderia fazer essas coisas sem usar magia negra.

O Massacre de Hogsmaede

Na tarde do dia anterior, o vilarejo de Hogsmaede sofreu um ataque de comensais da morte e criaturas das trevas, felizmente, graças a ação providencial dos nossos eficientes aurores, o ataque foi contido antes que nossas estimadas crianças fossem feridas seriamente. Infelizmente um grupo de alunos, se achando acima das leis do mundo mágico, não só interferiu na ação dos Aurores, atrapalhando-os e pondo em risco a vida dos cidadãos de bem, como, fazendo uso de poderosa magia negra, chacinaram indiscriminadamente centenas de pessoas, sem fazer distinção entre comensais e pobres reféns da maldição Império. Esses alunos, liderados por Harry Potter, mataram, não só em combate, como também executaram covardemente inimigos já tombados. Apesar de desejar manter a fé nas boas intenções do Eleito, é fato que ele e um de seus escudeiro, Alexander Atreides, usaram de poderosa magia para conter Demônios, isso mesmo caros leitores, demônios, criaturas que só podem ser afetadas pela mais poderosa Magia Negra, cabe aqui perguntar aonde dois jovens que ainda nem se formaram aprenderam magia negra tão avançada que nem mesmo os mais poderosos servos daquele-que-não-deve-ser-nomeado se atrevem a usar, esperemos que eles se tornem mais humildes agora que perderam um dos seus, a jovem Gina Weaslley, que aderiu as seguidores de Harry Potter movida por sua paixão juvenil pelo rapaz, e pereceu durante a batalha. Essa repórter deseja de todo coração que uma tragédia como essa não se repita no futuro, e que essas crianças não trilhem o caminho das trevas, como parecem estar trilhando. Quais serão as medidas que Alvo Dumbledore, diretor da renomada escola de magia e bruxaria de Hogwarts, está tomando para evitar que o jovem Potter e seus amigos se afastem das trevas? Será que ele sabia do que se passava com o Eleito? Espero, assim como, creio eu, todos os meus leitores, que as autoridades competentes ajam com o devido rigor para que crime algum fique impune, independente de quem o tenha praticado.

Rita Skeeter.




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Fl4v1nh4, Lari Forrester Black, Juh_, Fábio Hapikido/D.E., Srta’s Lupin e Weaslley,DrBlack, Michi o.O, dk-tom, Luanne Davis, Muito obrigado pelos comentários, o cap tá curtinho mas é pq eu não podia por mais coisa nele sem fugir um pouco do tema do cap, até a próxima.

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