De volta aToca



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cap 3 - De volta a Toca


Desde que saiu do cofre que Harry estava tentando falar com o professor, mas este sempre fazia um sinal para que o garoto esperasse mal abria a boca, deixando o garoto sozinho com seus pensamentos.

Harry sequer havia percebido que o vagonete já tinha chegado à entrada do salão principal do Gringotes quando Dumbledore sinalizou para que ele o seguisse.

- Desculpe por não permitir que você me faça as perguntas que você com certeza quer fazer Harry, mas não é a hora e nem o lugar para falarmos de coisas dessa importância, mas lhe aceguro que em breve chegaremos à um local onde poderemos conversar a respeito de tudo.

- O senhor está falando da Toca professor. Perguntou um Harry muito preocupado, pois entre as várias coisas que ele queria falar com o diretor, haviam algumas que ele não desejava partilhar com os amigos, como por exemplo, as relacionadas ao seu destino como vitima ou assassino.

- Não Harry, por mais que eu ache que você deva aliviar o seu fardo com seus amigos, eu sei que existem coisas que você vai preferir discutir em particular.

- Então pra onde vamos professor. Perguntou um assombrado Harry impressionado com a onisciência do professor enquanto segurava firmemente no braço que este lhe oferecia.

-Isto Harry, eu só poderei lhe dizer quando chegarmos.

Harry sentiu novamente a desagradavel sensação de aparatar, para então se ver à frente de uma grande mansão. Grandes paredes de pedra faziam as divisas do terreno que se localizava numa colina, abaixo da qual se estendia um vilarejo, a mansão era de um vermelho vivo, não overmelho frio dos olhos de Voldemort, mas um vermelho ‘que aquecia”, com detalhes em dourado, ladeando os portões, sobre os muros de pedra, haviam dois grandes leões, feitos do que Harry poderia jurar ser ouro, e no portão ele viu mais uma vez o brazão com o grande leão dourado com um “P” vermelho sobre ele.

-Professor, essa casa ...

- É sua Harry. Éssa é a mansão Potter, é a casa em que seus pais moravam antes de terem de se esconder de Voldemort, como você pode ver pelo gramado que está muito bem cuidado, os elfos domésticos da mansão continuam trabalhando aqui e cuidando dela, embora Lily tenha feito questão de tentar libertar todos, como sua amiga Hermione ela não apreciava a escravidão dos elfos, se bem que os elfos da família Potter não aceitaram de forma alguma. Tenho certeza que eles ficarão muito felizes em vê-lo Harry.

Harry não sabia como estava se sentindo, por um lado ele estava feliz por estar no lugar em que seus pais viveram, mas alembrança deles veio acompanhada de tantas coisas naquele dia que foi impossivel não sentir a dor da perda de todos aqueles que se foram.

Ele foi caminhando em direção aos portões, que se abriram magicamente para receber o seu senhor. Harry seguiu a pequena estrada de pedra que levava até a entrada principal, enquanto observava cada detalhe daquele imenso jardim, pois não havia palavra melhor para descrever o lugar, o belo gramado era coberto quase que totalmente coberto por flores e árvores dos mais variados tipos, tamanhos, e cores.

Era possível sentir o poder e a imponência que aquela casa transmitia, e ao chegar na porta e tocar a maçaneta ele sentiu como se uma onda de calor passasse por seu corpo.

- A Mansão dos Potter acabou de reconhecer o seu novo dono. Explicou gentilmente o professor Dumbledore ao ver a perplexidade de Harry quanto ao que acabara de acontecer.

Harry abriu a porta e se surpreendeu com o que viu, se a casa era bela e imponente por fora, por dentro não haviam palavras para descreve-la, tudo nela era maravilhoso. Os quadros, os móveis, tudo, enquanto ele admirava a casa, dois elfos domésticos aparataram na sala, e depois de um segundo de espanto, se curvaram e saudaram o jovem amo.

- Seja bem vindo ao lar mestre Harry Potter. Disseram os dois com suas vozinhas esganiçadas.

- Eu sou Willow e essa é Quiry, é uma honra poder servi-lo jovem mestre.

Harry ainda estava espantado com a saudação quando se deu conta que aqueles elfos agora eram dele, e não pode deixar de esboçar um sorriso ao pensar em qual seria a reação de Hermione se ela descobrisse isso.

O ronco da barriga de Harry pareceu mudar o totalmente a situação ali formada, o garoto passou de espantado a envergonhado, não havia percebido mas já eram 21:00 horas, e ainda não havia jantado, enquanto que os elfos, temerosos de não corresponder as expectativas do novo amo se animaram imediatamente ante a perspectiva de mostrarem a sua eficiência, o único que não esboçou reação foi Dumbledore.

- Por aqui jovem mestre, em instantes lhe serviremos o jantar. Disse Willow enquanto os guiava até uma porta lateral que dava para uma grande sala de jantar, com uma longa mesa de madeira na qual se acomodaram, assim que Willow se retirou Harry se virou para o professor Dumbledore, que se antecipando ao garoto, começou:

- Creio que seja a hora para termos a nossa conversa Harry, e peço desculpas por não ter permitido que você falasse antes, mas creio que certos assuntos não devem ser tratados em qualquer lugar.

- Professor, o senhor sabia que eu era descendente de Griffindor e Ravenclaw ?

- Sim, mas achei que seria melhor se você descobrisse por si mesmo.

- Mas então por que o Chapéu Seletor quis me por na Sonserina ?

- Por que o chapéu seletor não liga para coisas como o sangue Harry, ele escolhe para cada casa aqueles que possuem as características especificadas pelos fundadores.

- Professor, quantas pessoas sabem disto ?

- No momento só eu, você. Os Griffindor mudaram o nome para Potter para tentar ter um pouco de paz, já que a fama que eles tinham como inimigos das trevas lhes arranjava uma gama considerável de inimigos.

- Parece que não adiantou muito não é mesmo.

- Infelizmente Harry, mas seus antepassados jamais deixaram de lutar pelo que era certo para se esconderem. Eles sempre lutaram com todas as forças as batalhas que julgavam dignas, tal qual você.

- Isso também é algo sobre o que eu queria falar com o senhor professor.

- Pois então fale Harry.

- Professor Dumbledore, como o senhor disse, ao me contar sobre a profecia, no final serei eu a enfrentar Voldemort e eu gostaria de pedir que o senhor me ajudasse, eu estou treinado sozinho, mas não sei se isso será o suficiente, e tenho certeza que o programa letivo de Hogwarts não vai me preparar para algo desse tipo, por isso que, apesar de não saber se tenho o direito de lhe pedir isso, eu gostaria de pedir que o senhor me enssinasse magia mais avançada para quendo eu tiver de enfrentar Voldemort.

Harry disse tudo iso de um fôlego só e ficou encarando o velho diretor esperando por uma resposta, apesar do diretor permanecer calmo, o garoto teve a impressão de ter visto uma sombra de tristeza passar pelos olhos do diretor antes dele começar a falar.

- Como eu já lhe disse uma vez Harry, eu faria qualquer coisa para poder aliviar você do fardo que carrega, mas sei que eu não tenho poder para isso, um dos assuntos que eu gostaria de tratar com você era exatamente esse, o seu treinamento, daqui a duas semanas, logo depois do seu aniversário, eu o levarei até um velho amigo meu que concordou em treina-lo, eu sei que parece pouco tempo, mas não será, eu só gostaria de lhe pedir que você passe o tempo que falta para o inicio do seu treinamento na Toca, relaxando e se divertindo com os seus amigos.

- Mas professor Dumbledore, eu não tenho tempo para isso, Voldemort não vai tirar férias, e se ...

- Harry, você deveria seguir os conselhos dos seus pais e de Sírius, seus pais e seu padrinho já viveram sobre o estigma de Voldemort, valorize os conselhos deles. Viva e seja jovem, pois só vivendo que você terá o verdadeiro desejo de continuar vivo, e só tendo pessoas que você ama e que lhe amam também é que você encontrará forças para vencer qualquer desafio e continuar em frente.

- Mas professor, e se ele atacar a Toca ?

- A Toca estará recebendo segurança reforçada do ministério e da Ordem, eu mesmo preparei alguns dos feitiços de proteção que foram lançados na Toca, e qualquer coisa que aconteça eu serei avisado imediatamente. Não se preocupe Harry.

O jantar foi servido e Harry acabou concordando com o pedido do professor, que se recusou a dar maiores detalhes sobre o treinamento e sobre quem o ministraria. Apesar de aceitar ir para a Toca, Harry não pretendia deixar de estudar e treinar, pois ele não queria retroceder no pouco que ele avançara. A comida estava realmente boa, e Harry pensou que aquele seria um bom lar quando tudo acabasse, isso é, se ele sobrevivesse. Esse pensamento o deixou triste por um instante, quando pensou em todas as coisas que ele queria fazer e que ainda não havia feito, mas pensar em todas as pessoas poderiam morrer se ele não conseguisse foi o suficiente para que ele voltasse a velha determinação, ele venceria Voldemort, nem que tivesse que morrer para isso.

Ao término do jantar Harry já estava mais animado, estava indo para a Toca, iria rever Rony, Hermione e Gina... Gina, a ruiva estava definitivamente mexendo com ele, não conseguia parar de pensar nela, e só esperava não dar nenhuma bandeira enquanto na casa dos Weaslley, pois além da ruiva ter namorado, ela também tinha seis irmãos mais velhos, motivo mais que suficiente pra afastar quase qualquer um, quase, por que ele gostaria de ter de encarar os ruivos por causa dela...

“Ai meu Deus, chega de pensar na Gina, ela namora o Dino, ela gosta dele, não de mim, mete isso na sua cabeça e trata de esquecer de vez essa ruiva Potter”

- Pronto para ir Harry ?

- Sim professor.

Os dois saem da propriedade, “ da minha casa” pensa Harry, se despedindo dos elfo domésticos e quando atravessam os portões Harry segura firmemente no braço do professor Dumbledore para instantes depois os dois estarem parados em frente a Toca.

Antes de entrar Harry não pode deixar de sorrir, estava de volta a um dos poucos lugares em que já se sentira em casa, mal podia esperar para ver todos e observa ansioso o professor Dumbledore bater na porta.

- Quem está ai ?

- Somos nós Molly, Alvo e Harry.

A porta foi aberta quase que instantaneamente por uma sorridente Sra. Weaslley que envolveu Harry em um de seus famosos abraços..

- Harry querido, entre, olá Alvo, estava começando a ficar preocupada, as malas do Harry chegaram a tanto tempo.

- Desculpe-me por preocupa-la Molly, acabamos por nos estendermos mais do que devíamos, bem Harry, Molly, eu já vou indo, ainda tenho mais um compromisso hoje, nos vemos no seu aniversário Harry.

- Até lá Alvo. E você Harry, quer comer alguma coisa, você parece ter emagrecido nessas férias.

Harry não pode deixar de sorrir, algumas coisas nunca mudam.

- Não obrigado Sra. Weaslley, eu já jantei, e os outros, como estão ?

- Estão todos bem, Hermione chegou hoje cedo e está dormindo no quarto de Gina, os Gêmeos estão ótimos, a loja deles está indo muito, mesmo não tendo aprovado no inicio, tenho de admitir que eles estão se saindo muito bem, o resto dos meninos estão como sempre, todos já estão dormindo, você vai ficar no quarto do Rony como sempre, e por falar nisso é melhor você ir dormir logo.

- Eu estou um pouco sem sono, será que eu poderia ficar aqui e ler um pouco Sra. Weaslley.

- Claro querido, mas não vá dormir muito tarde .

- Sim Sra.

Após a subida da Sra. Weaslley, Harry se pôs a examinar os livros que pegou no seu cofre. A cada livro que ele folheava mais impressionado ele ficava, aqueles livros ensinavam como usar a espada no lugar da varinha, de formas que numa batalha lhe dariam uma vantagem incontestável, o livro sobre os poderes da mente ensinava coisas que nem todos os livros de Oclumência e Legilimência do mundo poderiam lhe ensinar, mas o que mais lhe impressionou foram sem dúvidas o livro sobre magia branca e o livro sobre magia antiga, era difícil imaginar aquele tipo de magia depois de tudo que ele havia aprendido em Hogwarts.

Terminados os livros, Harry fez um planejamento pessoal para um padrão de estudos daqueles livros, como nas semanas que passaram, ele se dedicaria aos estudos das habilidades mentais. Enquanto ele guardava os livros, reparou numa caixinha, a caixinha onde estava o colar em forma de coração, ele pegou o colar e ficou admirando-o durante longos momentos, aquele colar lhe dava uma sensação boa, e ele não podia deixar de pensar em Gina enquanto o olhava.

- Harry ?

Era difícil para Harry definir se ele estava sonhando ou se tinha morrido e ido para o céu, se bem que no céu ele provavelmente não poderia pensar nas coisas que estava pensando naquele momento. Gina estava descendo a escada, vestia uma camisola rosa bebê que terminava no meio das coxas da garota, o moreno só conseguia pensar em como ela estava ... maravilhosa.

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Gina havia descido para beber um copo de água, como já era tarde, e portanto todos estavam dormindo, ela nem se preocupou em vestir o robe por sobre a camisola, ela havia se esquecido completamente que estava só de camisola quando avistou Harry na sala de costas para ela com alguns livros espalhados ao seu redor.

- Harry ?

O olhar do garoto percorrendo o seu corpo foi o suficiente para lembra-la da falta do robe e faze-la corar violentamente, sorte que estava escuro e ele não poderia reparar nessa reação dela.

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Harry despertou do seu “transe” ao sentir o desconforto da garota. “Droga seu idiota, precisava ficar secando ela desse jeito ? ”

- Oi Gina, como você está ? Achei que você estivesse dormindo.

“Não tinha nada melhor pra falar não ?”

A pesar de ter ficado levemente desconcertado com o fato da ruiva se dirigir à poltrona a sua frente em tão belos trajes, o moreno conseguiu raciocinar o suficiente para guardar o colar dentro das vestes, não sabia o por que, mas sentia uma necessidade imensa de guarda-lo só para si, assim como o sentimento que começava a descobrir.


- Eu estava com um pouco de sede, e você ? Quando foi que você chegou ? E por que você não está dormindo?

Harry não pode deixar de sorrir ante a série de perguntas de Gina, mal sabia ele do efeito devastador que o se sorriso tinha sobre a ruiva.

- Eu cheguei deve ter umas duas horas, e como tava sem sono e resolvi ler um pouco enquanto o sono não chega.

- Animagia ??? Disse a ruiva ao pegar um livro grosso e de capa negra do colo de Harry e ler o título. Você pretende se tornar um animago Harry ?

- To cogitando a possibilidade, quando voltar a Hogwarts eu vou tentar, quem sabe com um pouco de sorte eu não consigo.

- Mas você pretende se registrar ou vai tentar ser um animago ilegal ?

- Acho que eu vou ficar sem me registrar mesmo, vai ser meu tributo aos Marotos.

- Se é assim, não deixa a Mione saber, ou ela vai te azucrinar até dizer chega.

- E eu não sei.

E os dois continuaram a conversar sobre os mais diversos assuntos, passando pelo que esperar desse novo ano em Hogwarts, até sobre um possível romance entre Rony e Hermione, só parando quando ambos já estavam caindo de sono. Os dois subiram para seus quartos, ambos muito felizes, mas tentando negar para si mesmos o motivo desta felicidade.


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