O Cofre dos Potter



O Cofre dos Potter


O vagonete viajava a uma velocidade impressionante. Já estavam andando a um bom tempo, e Harry tinha certeza que estavam mais fundo do que da que da primeira vez que ele tinha estado no Banco. Quando estava prestes a perguntar ao duende se faltava muito para chegar viu que a velocidade começou a reduzir. O vagonete parou, e ao seu lado dava-se para notar um corredor de pedra rústica no mais profundo breu. Harry tentou avistar alguma coisa, mas concluiu que aquela escuridão era mágica, pois não conseguia enxergar um metro a sua frente.

– É aqui senhor – falou Urge – Fique a vontade para demorar o quanto precisar, eu irei lhe esperar aqui.

– Mas como eu vou chegar até o cofre se não consigo nem ver onde por os pés? – perguntou o garoto exasperado.

– Simplesmente vá em frente Sr. Potter, as luzes se acenderão para o senhor. Quando chegar até as portas anuncie seu nome em voz alta, se você for realmente o dono ou tiver permissão do dono para entrar nos cofres as portas se abrirão.

– E o que acontece se eu não tiver o direito de entrar? – questionou o garoto interessado.

– Não sei – respondeu simplesmente o duende.

– Como não sabe? Ninguém nunca tentou entrar em um cofre que não lhe pertencia? – questionou Harry muito interessado em aprender mais sobre a segurança dos seus cofres.

– Na verdade acontece com uma certa freqüência de pessoas tentarem entrar em cofres aos quais não tem direito – falou Urge, mas ao ver a cara de interrogação do garoto completou: – Eu disse que não sei o que acontece porque nós nunca nos demos o trabalho de procurar pelos corpos dos que não voltam – completou com um sorrisinho irônico.

– Corpos...??

– Sim Sr. Potter. Mas não se preocupe, esses cofres são seus desde um ano de idade e os cofres dos Black foram passados ao seu nome pelo próprio Grampo, e ele um dos duendes mais competentes de todo Gringotes. A propósito, ele pediu para mim lhe entregar isso – falou ele alcançando ao garoto o que parecia ser uma mochila trouxa – É uma mochila de carga, cortesia do Banco. Se apresse senhor, se ainda quer visitar o cofre dos Black essa manhã era bom que não demorasse muito.

– Esta certo Urge. Até logo – E dizendo isso o garoto jogou uma alça da mochila sobre o ombro e saltou sobre a lateral do vagonete em direção ao corredor escuro.

Ao dar o primeiro passo viu dois archotes se acenderem no corredor, mas mesmo com a luz não conseguia enxergar muito alem do ponto em que estava. Tinha que tomar cuidado ao caminhar pois a pedra apresentava um corte tosco, de superfície completamente irregular, a medida que ia avançando novos archotes se acendiam enquanto os que ficavam para trás voltavam a se apagar. Depois de um tempo o garoto entrou em algo que parecia ser um pequeno saguão, mas não teve tempo de ver o que havia lá, pois os archotes as suas costas se apagaram e nada se acendeu para que pudesse ver o lugar onde estava. Sacou a varinha e metalizou Lumos, mas o pequeno feixe de luz não foi capaz de vencer o breu mágico. Estava prestes a tentar achar o caminho de volta quando se lembrou das palavras do duende, e num tom de voz calmo e imponente proclamou :

– Harry Tiago Potter.

O resultado foi instantâneo, logo que terminou de anunciar o próprio nome teve que proteger os olhos devido à luz ofuscante que surgiu na sala. Quando se acostumou com a claridade pode finalmente fitar o salão onde se encontrava.

O salão era circular e feito de pedra, mas diferente do corredor a pedra era bem cortada, apresentando uma superfície impecavelmente lisa. A luz proveniente das paredes parecia não atingir o teto que continuava mergulhado na escuridão, mas a luz não vinha somente dos archotes que se encontravam em grande abundancia por toda a parede. Três portas de ouro fulgurante ajudavam muito na iluminação do local, emitindo um brilho espantoso. Uma das portas se encontrava a sua frente, uma a sua esquerda e outra a sua direita, mas todas as três tinham talhadas em seu centro o mesmo símbolo. Um P de desenho rebuscado se encontrava sobre um G que possuía os mesmos traços finos.

Ainda espantado com a beleza e o ar misterioso do lugar foi se aproximando lentamente da porta a sua frente, e antes que pudesse tocar sua mão nela viu a porta se abrir para trás sem fazer nenhum ruído, revelando uma sala retangular.

O chão da sala era de um granito muito liso branco como a neve. As paredes e o teto côncavo aparentavam ser feitos de ouro que emitiam um brilho semelhante ao das portas. Todo o lado esquerdo era tomado de prateleiras de madeira branca, e se encontravam abarrotadas de livros. No lado direito haviam diversas jóias, espalhadas de modo displicente sobre bancadas, alguns baús e, mais ao fundo, uma mesa branca com alguns pergaminhos sobre ela. O centro da sala apresentava uma pilha de livros que certamente não faziam parte do local, e que estavam colocados de forma que chamassem atenção. Mas nada disso era observado pelo menino-que-sobreviveu, já que o garoto tinha os olhos fixos na parede a sua frente. A parede possuía dois quadros que retratavam pessoas em tamanho real que se encontravam um de cada lado de uma tapeçaria vermelha e dourada, e era um destes quadros que tinha toda atenção do garoto sobre si.

Nos quadros, uma belíssima mulher de cabelos e olhos negros apresentava um sorriso acolhedor, os olhos demonstravam uma bondade imensa e as roupas de época denunciavam que devia ter vivido a aproximadamente 1000 anos atrás. Uma aura dourada circundava sua figura mostrando que estava longe de ser indefesa, e ela portava na cintura algo que parecia ser um punhal. Sobre seu quadro podia-se ler seu nome, Morgana Potter.

Mas o quadro da mulher que possuía seu sobrenome não era o alvo da atenção do garoto, que fitava abobalhado uma figura que ele já conhecia. Já havia visto aquele homem diversas vezes em figurinhas de sapo de chocolate e tinha estudado muito sobre seus feitos em Hogwarts. Os cabelos loiros caiam de forma majestosa até seus ombros e os olhos azuis possuíam a profundidade do mar, muitos de seus inimigos provavelmente desistiam das batalhas só de receber um olhar daquele homem de feições bonitas porem duras. Seu rosto demonstrava coragem e valentia em tal intensidade que certamente jamais alguém na terra viria a ter igual. Trajava uma bela armadura de ouro, usava sobre os ombros uma capa vermelho vivo pela parte de dentro e preta pelo lado de fora. Em sua cintura podiam ser vistas uma espada, uma adaga e uma varinha, todas colocadas em um cinto de couro. Uma aura intensa de cor vermelha mostrava que aquele certamente era um dos bruxos mais poderosos de todos os tempos. O que ele fazia no cofre de sua família Harry não sabia, mas sem sombra de duvidas aquele era Godric Gryffindor.

Contornando a pilha de livros que se encontrava no meio da sala, Harry foi caminhando em direção aos quadros ao fundo com o olhar fixo no de Gryffindor. Ficou algum tempo admirando o aspecto majestoso que ele apresentava, o quadro sem duvida nenhuma era uma obra-prima mas parecia que havia sido pintado por algum trouxa, pois não se mexia. Harry tinha certeza que marcharia para a morte certa se aquele homem ordena-se, só não sabia se era pela confiança que ele inspirava ou por medo de ver todo o poder daquele bruxo despejado sobre ele. Sempre havia imagino o fundador de sua casa como uma pessoa portadora de um sorriso indulgente e que possuía feições bondosas, mas estava postado perante um guerreiro implacável, de feições duras e olhar determinado.

Seus olhos vagaram do quadro de Gryffindor para o de Morgana Potter. Ela não tinha todo aquele ar majestoso, nem um olhar de congelar a alma, mas sim possuía um jeito simples e um olhar bondoso. Os cabelos negros como os de Harry eram compridos e estavam soltos, e ela não tinha varinha, carregava somente um punhal. Mesmo ela não possuindo uma varinha a possibilidade de ela não ser uma bruxa era simplesmente absurda, já que a aura dourada que estava retratada a sua volta era muito parecida com a que circundava Gryffindor, auras estas que lembravam aquela que Harry havia visto emanando de Dumbledore no seu quarto ano, quando este havia lhe salvado, estuporando Barto Crouch Jr.

Desviando sua atenção dos quadros resolveu olhar a tapeçaria que se encontrava entre eles. Seu olhar foi diretamente ao topo da arvore genealógica onde se encontravam os nomes de Godric Gryffindor e Morgana Potter Gryffindor, destes dois nomes um traço dourado saia, se ligando ao nome de Thomas Godric Potter. Estranhando o fato de o filho do casal levar o sobrenome da mãe o garoto resolveu acompanhar a trajetória da arvore. A família ia crescendo com o passar do tempo, alargando-se e criando mais ramificações, mas dava uma nítida diminuída na período onde Harry sabia que havia havido a inquisição. A partir daí a família ia definhando, perdendo o numero de descendentes, até chegar no ponto onde podia ver seus bisavós. Allan, seu bisavô, possuía uma irmã mais velha chamada Allana, que se ligava a Tibério Fortescue, estes tinham um único filho chamado Florean Fortescue. Já seu avô Felipe ligava-se a Margareth Bagshot, deles a linha descia até Tiago Potter que se encontrava com Lílian Evans, e ali estava ele, o ponto extremo da tapeçaria.

Ainda surpreso em descobrir que o simpático senhor que cuidava da sorveteria era seu tio-avô, o garoto correu os olhos rapidamente pelos nomes e viu que só havia uma quebra na sucessão dos primogênitos homens da família Potter. O nome de Michael Brian “Leão” Potter não havia se casado sendo que a família tinha sua continuidade com seu irmão mais novo. Isso significava que ele era, por direito, o herdeiro do trono de Lord Godric Gryffindor.

Um tanto quanto desnorteado com a descoberta que era descendente de um dos maiores bruxos da historia resolveu se apressar em olhar tudo pois pretendia sair do banco antes do almoço. Encaminhando-se até a mesa que ficava no canto, sentou-se e puxou o pergaminho para ler:

A pedido do meu amado marido Felipe, com o auxilio de minha mãe, resolvemos pesquisar a fundo os bens que se encontram dentro desses cofres. Diversas jóias de família foram encontradas, espalhadas e desorganizadas, agora a maioria encontrasse catalogada e organizada por ordem cronológica. O real objetivo era encontrar os itens pertencentes a Godric Gryffindor, e isso também foi feito. Sobre esta mesa está o anel de sucessão da casa Gryffindor, bem como o medalhão criado por ele em conjunto com os quatro grandes de Hogwarts. Outros itens de Godric podem ser encontrados dentro do cofre do arsenal, sua adaga e armadura estão lá, bem como a empunhadura da varinha, mas não a nem sinal da varinha ou da espada.

Um mistério é o que o medalhão de Rowena Ravenclaw faz aqui, mas isso nos leva a crer de que o mito de que Rowena não possuía descendentes e deixou tudo que era seu para o afilhado Thomas, filho de Godric e Morgana. No cofre do arsenal podem ser encontradas sua bela cota de malha feita de Mitral e sua espada curta, ambos presentes oferecidos a ela pelos mesmos Duendes que produziram armas e armaduras para seus outros três companheiros.

Outro item de muito valor encontrado dentro do arsenal foi à lendária espada Michael Potter, conhecido também como o “Leão”. Esse é um dos mais importantes bruxos da historia de Hogwarts, mas por sua vida não ser um exemplo a ser seguido ele foi retirado de livros como: Hogwarts, uma Historia. Um vingador nato, provavelmente o bruxo que derramou mais sangue até hoje, jurou de morte todos os descendentes de Slytherin, quando estes em uma de seus infrutíferas tentativas de tomar Hogwarts mataram a noiva dele. Cegado pelo ódio, passou a sucessão da casa Gryffindor a seu irmão mais novo e partiu de Hogwarts.Os duendes produziram uma belíssima espada para ele, embora não tão poderosa quanto às criadas para os fundadores, pois a técnica empregada naquelas armas se perdeu com o tempo. Dizem que ele morreu em batalha, protegendo o filho de seu irmão que havia sido emboscado perto da Floresta Negra, e acreditava-se que sua espada tive-se se perdido no lago da Escola. Tentamos eu e mamãe juntas levantar a espada, mas pelo visto a profecia feita sobre ela é verdadeira, que diz que somente quando um dos herdeiros precisar dela para batalhar pela Honra da família ela poderá ser brandida novamente. Com a morte de Michael, seu irmão viu que permanecer em Hogwarts só trazia problemas a família Potter, que mesmo escondendo o nome de Gryffindor acabava sempre sofrendo perdas. Ele resolveu então se mudar para mansão de Godric’s Hollow, usando toda sua influencia para ocultar a real origem da família Potter, e diga-se que ele conseguiu, pois hoje em dia praticamente ninguém tem conhecimento sobre isso.

Já o arsenal por incrível que pareça esta praticamente vazio, tendo lá dentro somente algumas peças de grande valor. A inscrição na parede leva a crer que o resto do armamento se encontra em Hogwarts, mas infelizmente a lendária Sala de Reuniões nunca foi encontrada.

Quando Felipe propôs o trabalho achei que seria enfadonho e chato, mas eu e minha mãe acabamos nos divertindo e aprendendo muitas coisas a mais sobre a fundação de Hogwarts. Uma pena é que não poderemos publicar o que descobrimos, para manter a segurança da família. Despeço-me aqui de quem quer que esteja lendo isto, e espero que as pesquisas feitas possam futuramente ajudar alguém.

Margareth Bagshot Potter


Ainda com o pergaminho nas mãos ele buscou pelas peças sobre a mesa. Há algum tempo ele não sabia nada sobre sua família, agora descobrira que era descendente de um dos fundadores de Hogwarts, que sua avó era historiadora, provavelmente filha de Batilda Bagshot, a mulher que escreveu os livros de historia da magia que usava na escola e que possuía até mesmo um parente vivo, porem este infelizmente estava nas mãos de Voldmort.

As peças realmente estavam sobre a mesa. Primeiramente tomou um bonito anel nas mãos, feito de ouro e que apresentava um G todo feito de pequenos rubis. Colocou o anel no dedo central e viu que ele ajustava-se perfeitamente ali. Depois fitou os dois colares, um deles era um G feito de ouro que possuía alguns rubis engastados na composição. O outro era um belo R de um material brilhante que lembrava prata, que tinha uma águia no topo e algumas safiras espalhadas por ele. Resolveu levar também aquelas jóias, e abriu a mochila para guarda-las.

Teve um susto ao constatar que provavelmente poderia colocar uma casa dentro da mochila, já que esta parecia não possuir fundo. Jogou os medalhões ali sem se preocupar, pois Grampo havia dado aquela mochila a ele, e o duende não daria a um de seus clientes uma mochila que engolisse seus bens sem ter como tira-los depois.

Aproveitando que estava com a mochila aberta se encaminhou para as prateleiras com o intuito de pegar alguns livros. Pegou entre outras, obras como: Legilimência, uma arte ; Todos os segredos de como manter sua mente fechada ; Aparatando em todas situações ; Poções, Feitiços e Azarações Defensivas ; Dicas de como vencer seus combates.

Passou diante das jóias da família sem pegar nada, não estava ali para se enfeitar, e já estava saindo pela porta quando os livros que se encontravam empilhados no centro da sala chamaram sua atenção.

Ao se aproximar viu que no topo da pilha se encontrava uma carta, e sobre esta estavam duas correntes de ouro fino. Preso a uma das correntes, havia um leão, sentado sobre as patas traseiras, a boca escancarada como se estivesse rugindo. Na outra se encontrava uma leoa, as pernas flexionadas, como se estivesse prestes a atacar. Guardando as correntes na mochila tomou a carta nas mãos.

Sentiu uma felicidade incomensurável ao ver aquele envelope. A carta estava endereçada a Harry Tiago Evans Potter Gryffindor e tinha como remetentes seus pais. Contendo a curiosidade de ler agora mesmo o que estava escrito ali, resolveu deixar para depois devido ao avançado da hora e guardou a carta na mochila. Um sorriso involuntário surgiu em seu rosto a ver o titulo e o escritor do primeiro livro. Defendendo-se das Artes das Trevas em Todos o Níveis, por Remo John “Lobinho” Lupin. O lobinho estava escrito em letras maiores e piscava de diversas cores, provavelmente obra de seu Pai ou de Sirius. Já sem tempo para analisar todos os livros jogou tudo para dentro da mochila, partindo rapidamente de dentro do cofre.

Ao sair viu que as portas silenciosamente se fecharam logo atrás dele. Encaminhou-se para a porta a sua direita, à esquerda de quem entrava pelo corredor. Ao abrir viu uma sala abarrotada de papéis, iluminada por archotes e com uma mesa posta ao centro. Certamente era a sala dos documentos.

Aquilo realmente era uma coisa enfadonha de se olhar, mas foi observando por cima os documentos. Descobriu ser o possuidor de propriedades espalhadas por todo mundo, algumas lojas no beco diagonal e na travessa do tranco, era dono da casa dos gritos e uma outra propriedade em Hogsmeade. Descobriu também que o espaço em que o hospital St. Mungos havia sido doado pela família Potter, e que diversas famílias bruxas é que tinham bancado a construção do Ministério da Magia, como os Black e os Malfoy, e por isso tinham direito de pedir favores ao ministro. Até mesmo o castelo de Hogwarts lhe pertencia, embora o contrato estipulasse claramente que a escola deveria continuar funcionando.

Ordens de Merlin de todas as classes e por todos os motivos estavam espalhados dos dois lados da sala. Viu que haviam dois documentos que possuíam pequenos pedaços de pergaminhos anexados. Eram as escrituras do Largo Grimmauld e da casa de Godric’s Hollow. Nos papeizinhos, liam-se respectivamente:

A sede da Ordem da Fênix encontra-se no largo Grimmauld, número doze, Londres.

A casa de Lílian e Tiago Potter é em Godric’s Hollow, número sete, povoado ao sul de Bennington.


O primeiro era escrito com a letra de Alvo Dumbledore, e o segundo tinha uma escrita tremida e quase ilegível. Harry rapidamente chegou a conclusão de que não se podia esconder o segredo de uma casa sem deixar esse segredo com o dono dela. Seguindo esse raciocínio logo constatou que o segundo papel havia sido pelo traidor, Pedro Pettigrew.

Usando um feitiço de cópia não-verbal, copiou os dois segredos e guardou-os no bolso. Sabia que o quando o guardião do segredo morria o segredo ia com ele para o tumulo, e o papel com a grafia de Dumbledore possibilitaria que a ordem continuasse usando sua Sede. Já o segundo papel permitia que ele visitasse a casa dos pais sem antes ter que encontrar Rabicho, se bem que estava morrendo de vontade de caçar aquele rato.

Já estava de saco cheio de ver papeis e documentos, então abandonou aquela sala rumando a ultima das três portas, a porta que levava ao arsenal.

Ao entrar na ultima sala reparou que era menor do que as outras. A iluminação era feita por poucos archotes e era feita de pedra como a antecâmara. Ao centro uma espada de prata com o punho de ouro de ouro estava enterrada no chão até metade da lamina, à direita e a esquerda bonecos de pedra retratando Godric Gryffindor e Rowena Ravenclaw trajavam belas armaduras e portavam poderosas armas. Ao fundo uma tapeçaria vermelho sangue tapava a parede de pedra, e nela em letras douradas podia ser lida a seguinte mensagem:

Herdeiro do Leão, se um exército precisares armar
No seu castelo às armas irá encontrar
Guardadas elas estão
Na antiga Sala de Reunião
Mas para a sala poder abrir
Os símbolos dos quatro grandes deverá possuir


O garoto foi lentamente andando em direção da espada, já que alguma coisa nela o atraia. Sem nem ao menos se lembrar das palavras de sua avó pegou o cabo e puxou a espada do chão. Notou que o mesmo símbolo presente nas portas, o P sobre o G, podia ser visto na junção do cabo com a lamina, o cabo de ouro possuía alguns rubis, mas esses não eram tão grandes como os da espada de Gryffindor. A lamina de prata emitia uma luz azulada, e não apresentava nenhum marca ou ferrugem, a espada era incrivelmente leve e o seu fio chegava a dar medo só de olhar, de tão afiado que era. A espada tinha as mesmas proporções da que ele havia empunhado em seu segundo ano e ao tomar a espada nas mãos o garoto sentiu como se uma energia vinda dela tomasse seu corpo, aquecendo-o.

Com a espada em punho caminhou até a estatua de Gryffindor. Enfiou a espada na bainha que se encontrava no lado esquerdo do cinto e viu que o encaixe era perfeito, como se aquela bainha tivesse sido feita para a espada que se encontrava em suas mãos agora e não para a que se encontrava a milhares de quilômetros dali, no escritório de Dumbledore em Hogwarts. Observou o cinto e viu que no lado direito repousava embainhada uma bela adaga toda trabalhada em ouro, adaga essa que se encontrava logo atrás de um aro pequeno que certamente servia para colocar a varinha. Tirou os olhos do cinto e fitou a armadura dourada. Placas de algum material muito resistente banhadas a ouro se sobrepunham umas as outras dando a garantia de total proteção ao portador. Não possuía nenhum detalhe, a não ser o monstruoso rubi que se encontrava no ombro esquerdo, sendo essa a maior pedra preciosa que Harry já vira. No rubi, um leão dourado que parecia viver dentro da pedra andava de um lado para o outro, às vezes parando para rugir, embora o gesto não produzisse som. A estatua esticava os dois braços à frente, e com as palmas das mãos voltadas para cima oferecia a quem estivesse no recinto uma empunhadura para varinha. Toda feita de ouro e com detalhes feitos em alto relevo, estava aberta, aguardando que uma varinha fosse posta em seu miolo. Sacando sua varinha Harry colocou-a dentro e automaticamente ela se fechou, a cabeça de leão que se encontrava talhada na ponta escancarou a boca e soltou um pequeno rugido como que em aprovação a nova varinha a qual havia se integrado.

Sabendo que já havia se passado muito tempo desde que abandonara o vagonete, o garoto tirou a armadura da estatua. Achou que não caberia dentro de sua mochila de carga, mas viu que subestimara o presente de Grampo, a armadura e o cinto foram aceitos facilmente pela bolsa, que aparentava manter o mesmo peso de quando estava vazia. Olhou para a replica de pedra de Rowena Ravenclaw e primeiramente achou que o certo era deixar ali a bela cota de malha e a espada curta, mas pensou melhor e chegou a conclusão de que na guerra em que o mundo bruxo se encontrava seria muita idiotice abandonar artefatos de tamanho poder dentro de um cofre. Colocando a armadura e a espada também dentro da mochila partiu em direção a saída.

Ao chegar ao saguão observou novamente as três portas. Havia descoberto mais sobre sua família naquelas poucas horas mais do que em quase dezessete anos de vida, e devia tudo isso aqueles cofres. Pensando em tudo que já havia acontecido partiu e viu as luzes se apagarem atrás de si. Caminhou rapidamente em direção ao vagonete, sem saber que seu dia estava apenas começando.

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Po.... esse capitulo deu trabalho..... inventar nomes definitivamente não é meu forte, e embora tenha criatividade para imaginar armas e armaduras (anos de D&D) descreve-las é algo realmente dificil........ To tentando convence meu amigo desenhista a desenhar todas as coisas que eu inventei, mas ele começo a trampa numa agencia de markting e ta tri estressado.....
Em relação a demora do capitulo so posso pedir desculpas.... maior tempão que naum via meu pai e passei o finde inteiro fazendo "programas em familia" com ele..... então o tempo que eu tinha reservado para escrever acabou morrendo.... devido aos comentarios sacrifiquei boa parte do meu sono de segunda e to trabalhando desde as 7 de hj( sao 11)..... Não que eu sente na frente do pc e fique digitando, mas to sempre na volta digitando uma coisinha... alterando otra..... Bom chega de papo furado......
Quanto as perguntas, Harry é herdeiro de Gryffindor? Sim, e acho que ficou claro com a quantidade de ouro e rubis .... de inicio ate achei que ficou meio exagerado, tudo era feito em ouro e cravejado em rubis ^^.... mas fazer o que? onde ja se viu o herdeiro de Gryffindor usando artefatos de latão???... e quanto a questão do dinheiro.... Os black eram uma das familias mais ricas, somanando isso com a grande riqueza dos Potter-Gryffindor realmente da uma quantia consideravel.... e como barras de ouro valem mais do que dinheiro como sempre friza o Silvio Santos acho que Harry passou o Bill Gates sim!!!!!
Rony e Mione irao aparecer??? Claro.... mas só mais para a frente, e somente muitoooo mais pra frente é que haverao aventurazinhas do trio, de começo o Harry vai agir meio sozinho.....
Peço desculas(tenhu feito isso d+ ultimamente naum??) por não responder individualmente a cada comment mas o tempo esta realmente escasso..... Manda um abraço ai pra gurizada e um beijo pras guria que tão acompanhando, agradecer os comentários e os votos e pedir pra que continuem prestigiando a fic..... VLWW era issu.... teh +

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