Chegando no Gringotes



Chegando no Gringotes


As escadarias do banco continuavam impecavelmente brancas. Subiu elas rapidamente, sendo invadido por uma imensa ansiedade, sentia que tinha muitas coisas a serem descobertas nas profundezas do Gringotes.

Chegou até as imponentes portas de bronze polido e atravessou-as rapidamente encaminhando-se até o corredor que dava acesso ao banco. O corredor mantinha o mesmo aspecto, tirando que ao lado das portas de prata se encontrava um duende que, munido de um sensor de segredos, revistava um bruxo. Ao lado do baixinho se encontravam dois trasgos, que como o duende, vestiam o uniforme do Gringotes. Os dois brutamontes observavam o bruxo com interesse, enquanto batiam com seus grandes porretes na palma da mão.

Harry se aproximou lentamente, já que parecia que demoraria muito para que o baixinho carrancudo permitisse que o outro bruxo passasse. Passados uns três minutos, o bruxo entrou pelas portas muito irritado pela demora. Prontamente, sem nem cumprimenta-lo, o duende começou a revista-lo. Já estava ali há quase um minuto quando viu outro duende surgir apressado, este tinha um ar mais inteligente e aparentava ser mais velho, embora seu rosto demonstrasse que estava irritado com algo.

Chegando por trás do duende que revistava o garoto, o outro baixinho desferiu um tapa certeiro na nuca do companheiro, antes de se pronunciar.

– Ora seu tapado, quantas vezes tenho que repetir que não se revista os clientes especiais – Falou ele repreendendo o companheiro, pouco antes de se virar para o garoto – Desculpe Sr. Potter, não irá se repetir, perdoe o garoto, mas ele é novo e como o senhor não vem muito ao banco ele não lhe reconheceu, até mesmo eu quase não lhe reconheci – completou, com uma voz que Harry julgou reconhecer.

– Não a problema nenhum Grampo, presumo que você seja o Grampo, não? – perguntou o garoto, e mediante ao gesto afirmativo feito pelo duende continuou – Só acho que os clientes deveriam ser tratados com um pouco mais de educação. Mas não é para discutir sobre o atendimento do banco que vim, mas sim para ver meus cofres, presumo que já posso entrar não?

– Claro senhor, temos que resolver algumas burocracias primeiro, se importa de me acompanhar até minha sala? – questionou Grampo.

– Tudo bem, mas vamos logo, estou com um pouco de pressa – mentiu o garoto, pois mesmo que não tivesse nada para fazer depois queria chegar logo aos cofres.

– Claro Sr. Potter, me siga.

Harry acompanhou Grampo pelo meio das bancadas onde haviam duendes trabalhando. No banco, ao contrario do resto do Beco, ainda haviam clientes, pois mesmo com a guerra que se encontrava o mundo aquele ainda era o único banco bruxo, sendo sua sede central ali em Londres. Viu que um dos duendes lia o Profeta Diário, que apresentava na capa a foto de Rufo Scrimgeour em um discurso inflamado.

O rapaz entrou em uma sala que se encontrava em um canto, e viu o duende girar uma chave, sendo que com isso uma luz azul envolveu todo a ambiente. Harry olhou aquilo intrigado, e o duende logo se apressou em explicar:

– Isso é um conjunto de feitiços que se acionam por gatilho, no caso a chave. Tudo que for dito nessa sala não poderá ser escutado lá fora, nenhum objeto sairá daqui de dentro sem o conhecimento do dono da sala e nada do que for acertado aqui dentro poderá ser repetido pelo duende sem o consentimento do cliente. Somente os duendes competentes tem acesso a uma sala como essa – falou com certo orgulho na voz – Pode se sentar e ficar a vontade Sr. Potter – completou apontado com a mão duas poltronas que se encontravam em frente a uma mesa. Harry sentou-se em uma poltrona, e Grampo acomodou-se em uma cadeira mais alta que se encontrava do outro lado da mesa.

– Bom senhor, vou ser objetivo como o senhor mesmo pediu. Primeiro, quero comunicar que grande parte dos seus imóveis esta alugada por bons valores, mas todos os contratos rompem quando o senhor atingir a maioridade, podendo assim você decidir o que fazer com suas propriedades. Em segundo lugar, gostaria de informar que tomamos a liberdade de juntar todos os documentos em um cofre só, mas eles continuam separados, os da família Potter a direita e a dos Black a esquerda. E por ultimo, gostaria de pedir para o senhor escrever um testamento, pois com essa guerra o numero de pessoas que morrem jovens sem deixar especificado seus herdeiros é enorme, e dá muito trabalho dividir a herança de forma acertada sem um testamento – falou o duende em tom profissional, e com um sorrisinho completou – É claro que um bruxo menor de idade não poderia mexer com a fortuna, nem escrever testamentos, mas no caso do senhor nós vamos abrir uma exceção.

Harry havia sido pego de surpresa, fitou os joelhos e pôs-se a pensar. Nunca imaginou que antes de completar 17 anos precisaria escrever um testamento. É claro que sabia que era caçado desde que nascera, mas escrever um testamento dava a impressão de que estava com os dias contados.

Havia também a profecia. De que adiantava ele deixar seu dinheiro para alguém se com a sua morte o mundo estaria condenado a viver sob o domínio das trevas? Pensou por um tempo e chegou a uma conclusão: Se ele morresse, Ela deveria ter dinheiro para fugir dali e tentar se esconder em um lugar bem distante da Inglaterra.

– Não a necessidade de eu escrever um testamento Grampo, você pode providenciar ele pra mim, a única beneficiaria é Ginevra Molly Weasley. Enquanto você faz o testamento eu poderia escrever uma carta para ser entregue junto com a herança? – Perguntou o garoto fitando o duende.

– Tudo bem senhor, pegue aqui este papel – Falou alcançando uma folha muito branca – É papel timbrado do Gringotes, e só poderá ser aberto pelo destinatário. Aqui esta pena e tinteiro – Disse alcançando estes ao garoto – Se me permite, vou à sala ao lado arrumar os detalhes do testamento, já volto. – Falou já se retirando. Girou a chave e o garoto viu a proteção azulada sumir.

Harry olhou o pergaminho a sua frente e pensou no que escrever, sabia que seria difícil convencer aquela cabeça dura a abandonar a guerra, mas precisava tentar. Molhando a pena no tinteiro começou a escrever:


Querida Gina

Espero que não tenha que ler essa carta, se você estiver lendo é porque o pior aconteceu. Saiba que está sendo muito difícil escrever essa carta, pois ela é uma despedida e eu não queria nunca me despedir de você. Se eu acabei o nosso namoro foi somente pensando no seu bem, porque prefiro viver com essa saudade imensa que sinto do que saber que por minha causa você acabou morrendo nessa guerra infeliz. Saiba que eu te amo e o que me da mais forças pra seguir em frente é saber que só assim poderei talvez levar uma vida feliz ao seu lado. Peço que não duvide nunca do meu amor por você, pode parecer besteira eu afirmar isso sendo que ficamos juntos por tão pouco tempo, mas saiba que esses poucos dias foram os mais felizes da minha vida, e que tenho certeza que é com você que eu gostaria de envelhecer e ter os meus herdeiros.

Infelizmente se essa carta chegar nas suas mãos temo que nada disso será possível, então peço que pegue o dinheiro que deixei para você e fuja para o mais longe que puder da Inglaterra. Isso mesmo Gina, estou pedindo para você fugir, pois se eu morrer o outro lado vence, prefiro não entrar em detalhes sobre isso mas o Rony e a Mione sabem sobre o que estou falando e pode dizer a eles que os autorizo a contar os nossos segredos para você. Então fuja Gi, leve com você todos que conseguir reunir e partam para o mais longe possível.

Quero que siga sua vida, saiba que onde quer que eu esteja eu estarei zelando por você, e que continuarei te amando para sempre. Uma vez Dumbledore me disse que a morte é apenas a grande aventura seguinte e Dumbledore quase nunca erra. Por favor Gi, entenda que é preciso fugir, não caia na bobagem de tentar buscar uma vingança infrutífera, saiba se que se realmente quer me fazer feliz você tem que simplesmente ser feliz.

Com amor, Harry



Quando completou a carta harry se espantou. Nunca havia falado a Gina que a amava, mas agora que lia aquilo no papel sabia que era realmente aquilo que sentia. Desejando com todas suas forças que aquela carta nunca precisasse ser lida e que ele tivesse a oportunidade de falar tudo aquilo para ela pessoalmente ele fechou o papel, onde logo surgiu um brasão de cera com o emblema do Gringotes. Como se uma mão invisível escrevesse, surgiu no canto do papel a frase:

Para Gina Weasley

Nesse momento viu o Grampo entrando na sala com um papel na mão, o duende se aproximou dele e lhe entregou o documento. Nele havia escrito:


Eu, Harry Tiago Potter em plena consciência dos meus atos e por livre e espontânea vontade, declaro que Ginevra Molly Weasley deve herdar todos meus bens, fazendo deles o que bem entender e usando-os da maneira que julgar melhor.


Logo abaixo via-se a assinatura de Grampo como testemunha e havia um espaço pra assinatura dele. De posse da pena, molhou-a no tinteiro e escreveu seu nome rapidamente.

– Já fiz tudo que precisava Grampo? – perguntou impaciente, corroendo-se de vontade de descobrir logo o que havia dentro daqueles cofres.

– Só assine esse documento Sr Potter, como cliente especial e completamente confiável o Gringotes gostaria de informar que o senhor tem o direito de aparatar dentro do saguão do banco, o que vem a ser útil já que não se poderá mais aparatar no Beco Diagonal.

– Como assim não se poderá aparatar mais no Beco Diagonal? – Perguntou o garoto espantado com essa informação.

– Ora, essa é uma das medidas que Scrimgeour anunciou ontem à noite. Ainda não leu o Profeta de hoje Sr. Potter? – questionou o duende.

– Ainda não tive tempo Grampo, mas fico lisonjeado em ter a confiança de vocês. De-me esse documento para assinar.

– Aqui esta Sr. Potter – Disse ele estendendo um papel onde se encontravam algumas assinaturas. – Depois de assinar pode ir até os vagonetes, já a alguém lhe esperando lá.

– Ok, até mais Grampo – despediu-se o garoto, logo após assinar o papel se virou e partiu em direção aos vagonetes.

Chegando lá se deparou com um outro duende, que parecia estar cansado. Quando se aproximou ele fez uma reverencia e apressou-se em apresentar-se:

– É um prazer conhece-lo Sr. Potter, meu nome é Urge e vou acompanha-lo na visita dos seus cofres. Qual família pretende visitar primeiro? – questionou o duende já entrando no vagonete.

–Vamos iniciar pelos cofres dos Potter, Urge – respondeu o garoto, também embarcando.

– O senhor que manda, próxima parada, Cofre dos Potter!

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ACABEI O CAPITULO AGORA, A 1 DA MANHA...... AINDA NÃO DEU TEMPO DE LER, ENTÃO DESCULPA AI ALGUM ERRO, AMANHA DEPOIS DA AULA EU REVISO...... QUERIA AGRADECER A TODOS OS COMENTS E PEDIR PARA CONTINUAREM A COMENTAR E VOTAR, POIS EH ISSO QUE ANIMA A PESSOA A FICAR ATE DE MADRUGADA DIGITANDO AO INVES DE ESTUDAR PRA PROVA DE RP...... FLW




















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