De volta ao beco Diagonal



De Volta ao Beco Diagonal


Tom estava fechando o bar, mais um dia sem receber praticamente nenhum cliente, somente algumas pessoas que passavam apressadas por ali, assustadas demais para parar e tomar uma bebida ou comer alguma coisa. Alvo Dumbledore havia morrido há quatro dias e o mundo bruxo ainda não conseguira absorver essa perda. O Profeta Diário só falava sobre a falta que Dumbledore faria e ficava enumerando seus feitos, havia esquecido dos problemas. Tom por morar ao lado dos trouxas tinha costume de comprar o jornal trouxa “The Times” para ler os quadrinhos, mas por ali dava para ver que a situação estava critica, o jornal falava de explosões de gás, atentados terroristas, terremotos e furacões. Os trouxas estavam apavorados e falavam que um tal de “El Niño” tinha chegado ao hemisfério norte, e que um árabe chamado Bin Laden havia trocado de alvo e agora queria acabar com a Inglaterra. Quem era o Niño ou o árabe pirado Tom não sabia, mas para ele estava claro que aquilo tudo não passava de uma comemoração dos comensais de você-sabe-quem.

Estava guardando copos na bancada de baixo do armário quando ouviu alguém aparatar no centro do bar. Deixou um copo cair no chão e se levantou rapidamente de varinha em punho.

– Ora Tom, baixe essa varinha e me ajude aqui – falou um garoto alto de aspecto muito doentio. Tinha os cabelos negros muito desarrumados e aparentava não se alimentar a dias.

O garoto largou de qualquer jeito o malão no chão e se largou em uma cadeira. Mesmo não vendo o garoto há quase quatro anos não tinha como não reconhece-lo. A voz estava mais grossa, estava e bem mais alto e encorpado, mas ainda tinha os mesmos olhos verdes penetrantes, embora estes não tivessem mais o mesmo brilho de outrora. Sem contar que qualquer um no mundo bruxo reconheceria aquela cicatriz em forma de raio que ele tinha na testa. Sem duvida nenhuma aquele era Harry Potter, o menino-que-sobreviveu.

– Sr. Potter, o senhor está bem? – apressou-se Tom a perguntar, já se encaminhando até o garoto para ver o que ele precisava.

– Estou bem sim Tom, só a sensação de mal estar por ter aparatado, sabe como é não? Ainda não me acostumei – Respondeu o garoto com um sorrisinho um tanto quanto forçado. A verdade era que usar três vezes seguidas o Avada havia o cansado muito, somando isso ao fato de não se alimentar a dois dias e ainda ter aparatado então podia-se entender o porque do garoto estar jogado de qualquer jeito na cadeira.

– Sei sim como é a sensação Sr. Potter, com o tempo você se acostuma, mas você parece muito magro e abatido, tem certeza que está realmente bem? – perguntou o atendente observando o garoto de perto. Os lábios estavam rachados, mostrando que alem de não se alimentar ele não havia ingerido líquidos nos últimos dias.

– Já disse que estou bem homem, que insistência – falou o garoto irritado.

– Desculpe Sr. Potter, mas se me permite a franqueza devo dizer que o senhor está num estado realmente deplorável – falou o velho senhor – Mas o que deseja senhor? – completou em tom prestativo.

– Desejo um quarto para passar a noite de hoje e se possível um bom banho de banheira, mas de imediato me sirva à janta, pois estou faminto – falou o garoto, se sentando de maneira correta na cadeira.

– Claro Sr. Potter, importa-se se eu acompanha-lo? – perguntou o dono do bar.

– Obvio que não Tom, mas tente trazer essa janta o mais depressa possível, e traga também uma garrafa de cerveja amanteigada – respondeu o eleito.

– Então é pra já. Hills – Chamou ele olhando para a porta do balcão.

Harry pode ver um elfo muito velho, de orelhas caídas e aspecto cansado se aproximar rapidamente.

– Chamou meu amo? – perguntou a criaturinha olhando para o dono da estalagem.

– Sim Hills, por favor, leve as malas do Sr. Potter para o quarto nº 7, coloque a mesa para duas pessoas e depois prepare um banho quente – ordenou o velho bruxo.

– É pra já meu amo – falou a criaturinha com sua voz esganiçada. Já se afastando levitando o malão e a gaiola vazia.

– Enquanto isso eu vou esquentando nossa janta. Fique a vontade Sr. Potter – disse Tom já partindo em direção a cozinha.

Harry viu o jornal trouxa jogado no canto da mesa, o pegou para ler e já na capa pode ver que o que ele temia realmente estava acontecendo. Sem ter mais a quem temer com a morte de Dumbledore os comensais estavam atacando com tudo, o ministro provavelmente estava mais preocupado em se manter no cargo do que tomar alguma providencia e a Ordem da Fênix deveria estar completamente desestruturada por ter seu líder morto por um dos membros.

Enquanto lia os jornais viu o elfo por a mesa, e logo após tom chegar carregando uma grande panela fumegante. Harry não sabia dizer se a sopa estava muito boa ou se era ele que estava com muita fome, mas repetiu três vezes antes de se sentir satisfeito.

Pode ver que o dono do bar parecia estar com sono e resolveu se retirar para não obrigar o velho senhor a ficar ali fazendo compania a ele. Desejou boa noite e se retirou para o seu quarto para tomar um bom banho.

Durante o banho ficou refletindo sobre os acontecimentos recentes. Ficou pensando em tudo o que teria que fazer para dar um fim nessa guerra. Primeiramente sabia que tinha que treinar muito, pois a diferença entre os poderes dele e os de um comensal poderoso ainda era imensa. A luta com Snape não saía de sua cabeça, a forma com que o ex-professor o humilhara e o derrotara ainda gerava um sentimento de completa inutilidade no garoto. Ele tinha tido a chance de vingar Dumbledore e havia falhado miseravelmente. Não desperdiçaria uma segunda chance, a próxima vez que encontrasse Severo Snape era bom este estar preparado, pois Harry estaria e não pouparia esforços para acabar com aquele traidor.

Chegou a pensar nas Horcrux, mas viu que ainda era cedo demais para aquilo, não tinha capacidade suficiente para aquela missão ainda. Tentava entender o porque de seu mestre ter dado aquela tarefa árdua só para ele, mas não quebraria a promessa, não contaria a mais ninguém, quando julgasse que estava preparado partiria em busca delas.

Saiu do banho e vestiu um pijama. Deitou-se e tratou de esvaziar a mente, mas era difícil tirar uma certa ruivinha de sua cabeça. Não fazia nem três dias que havia acabado seu namoro com Gina e já sentia uma falta imensa dela, mas não podia se dar o luxo de sonhar com ela. Se o Lorde das Trevas descobrisse o quanto gostava daquela garota certamente daria um jeito de usa-la. Esforçando-se para não pensar em nada fechou os olhos e adormeceu.

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Acordou com o sol batendo em seu rosto, sua cabeça doía um pouco, mas não se lembrava de ter sonhado com nada e isso era um bom sinal. Sempre fora péssimo em Oclumência, porem o fato de ter de esconder de Voldemort que sabia sobre os Horcruxes e principalmente ocultar o que sentia por Gina era um estimulo e tanto. Certamente não conseguiria resistir muito tempo frente a um Legilimênte habilidoso como o Lorde das Trevas ou Snape, mas já tinha a capacidade de manter a mente fechada enquanto dormia.

O relógio do quarto dizia que era 7:30, então resolveu que era hora de partir. Desceu para tomar o café da manhã, e encontrou a mesa já posta. Hills informou que seu senhor havia saído para resolver uns problemas mas que logo estaria de volta.

Acabou de comer e foi para os fundos do bar. Tocou os tijolos exatamente como vira Hagrid fazer no seu primeiro ano, e quando o beco se abriu levou um choque. Havia somente alguns comerciantes abrindo suas lojas, mas o lugar que antes sempre estava apinhado de bruxos se encontrava completamente vazio.

Resolveu fazer uma visita a loja dos gêmeos, pois todos deveriam estar preocupados com ele já que havia aparatado na estação sem conversar direito com ninguém. Viu que a sorveteria e a loja de varinhas não eram mais as únicas que se encontravam fechadas. Diversas outras lojas tinham sido aparentemente abandonadas por seus donos.

Chegou nas Gemialidades Weasley e abriu a porta que estava escorada. Viu Fred, que estava sentado atrás do balcão com a cabeça apoiada sobre os braços, levantar rapidamente a cabeça. O garoto não tinha uma cara muito animada. Foi até o balcão e cumprimentou o jovem com um aperto de mão.

– Bom dia Fred – cumprimentou Harry – Tudo bem?

– Dia Harry – respondeu o ruivo – Os negócios estão horríveis e isso desanima um pouco mas o resto esta tudo na boa. E você como está?

– Tudo bem na medida do possível – devolveu Harry tentando parecer animado. Na verdade a recente perda de Dumbledore o abalava muito, mas sabia que ficar se lamentando não ia trazer ele de volta. Havia ficado abatido muito tempo com a morte de Sirius e isso não tinha adiantado nada. Estava determinado a vingar os dois de qualquer maneira, sabia que isso não os traria de volta também, mas pelo menos daria a ele uma sensação de dever cumprido.

– Ta todo mundo lá em casa preocupado com você cara, porque você foi embora da estação sem falar com ninguém?

– Eu precisava de um tempo sozinho para botar a cabeça no lugar. Pode tranqüilizar o pessoal, ta tudo bem comigo, só preciso de um tempo pra pensar. E o Gui como esta?

– As cicatrizes ainda estão feias, mas ele já acordou. Ta até fazendo piadinha aquele palhaço, depois dizem que sou eu e o Jorge que não temos limite – Falou Fred em tom magoado – Você acredita que ontem ele começou a uivar no quarto e quando todo mundo chegou lá preocupado ele começou a rir feito um louco. Tinha que ver a Fleur e a mamãe dando um sermão nele – completou em tom divertido.

– Que bom que ele esta melhor. E a Gina como está? – perguntou tentando parecer casual.

– Ahhh... ainda bem que você me lembrou disso Sr. Potter, que historia é essa de beijar minha maninha na frente de toda a Grifinória e depois namorar ele por quase um mês sem pedir minha permissão? –perguntou Fred com um sorriso maligno no rosto já sacando a varinha.

– Hmmm.... Bom.... É que.... – começou Harry muito atrapalhado.

– Não tem problema Harry. Sabe, se a Gina tem que namorar alguém que seja o poderoso Eleito, aquele que vai livrar o mundo do terrível você-sabe-quem. – Fred falou rindo do garoto. Com um aceno de varinha colocou uma caixa que estava caída de volta na prateleira.

– Os negócios vão muito mal mesmo? – disparou o garoto tentando mudar rapidamente de assunto.

– Bom, se não ganhar grana suficiente pra pagar o aluguel é ir mal digamos que nós estamos quase chegando lá – respondeu o garoto visivelmente abatido. – A propósito sócio, tudo que nós lucramos ano passado está sendo empregado para pesquisar novas invenções e pagar os gastos.

– Como assim sócio? Aquilo foi só um empréstimo, os donos da loja são você e o Jorge. – falou Harry.

– Negativo, você tem por direito 20% das ações da Gemialidades Weasley, como o nosso único investidor. Eu e meu maninho temos 40% cada um, como fundadores e inventores.

– Falando no Jorge, onde ele esta?

– Aquele vagabundo ficou dormindo até mais tarde. Eu, ele e o Rony estamos encarregados de vigiar a Toca durante a noite. Ele ficou no ultimo período de ontem e daí eu deixei ele dormir um tempinho depois do café. Mas já são 8:30, se ele não chegar até as 9:00 eu demito ele – falou o ruivo enquanto olhava as horas em um relógio de pulso muito bonito.

– Nossa, vim aqui só dar um oi e dizer que tava tudo bem e acabei ficando de papo tempo demais. Até mais Fred, avisa o pessoal que eu to bem, diz pra eles não se preocuparem comigo e manda um beijo pra Gina e um abraço pro resto do pessoal.

– Ta bom Harry, e vê se cuida.

– Pode deixar, se cuida também.

Saindo da loja o garoto se encaminhou para o Gringotes para descobrir o que havia dentro dos seus cofres. Ele só não sabia que o que ia descobrir lá mudaria sua vida para sempre.

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DESCULPA A DEMORA DO SEGUNDO CAPITULO, MAS NA SEGUNDA DESCOBRI QUE TO COM TENDINITE E DAI MINHA MAE ME PROIBIU DE MEXER NO PC E JOGAR PADEL. MAS HOJE CONVENCI ELA QUE O PROBLEMA É SO O PADEL E DAI ELA DEXO EU MEXER UM POQUINHO NO PC........ TO COMEÇANDO O TERCEIRO CAPITULO JA E ACABO HOJE MESMO OU AMANHA, SE A VEIA PIRADA NÃO DESCOBRIR QUE NA VERDADE O PROBLEMA É O PC E NÃO O PADEL..... HEHEHEHEHE..... MAS SE ELA PROIBI U PC EU DO UM JEITO DE MEXER ESCONDIDO, SO QUE DAI DEMORA MAIS A SAIR O CAPITULO, MAS NÃO SE PREUCUPEM, EU NÃO VO DESISTIR. INTAUM ERA ISSO, ESSA EXPLICAÇÃO TA GRANDE DEMAIS JÁ E MEU PULSO TA COMEÇANDO A DOER......
QUERIA AGRADECER A QUEM COMENTO E PEDIR PARA QUE CONTINUEM COMENTANDO E VOTANDO, PQ ISSU EH UM ESTIMULO E TANTO...... VLW





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