Hogsmeade



Cap.7

Domingo finalmente chegou. Rony acordou, esfregou os olhos com força fazendo a visão turvar. Olhou para o lado ainda sonolento - Socorro!!! Soltaram o basilisco de novo!
- Cala a boca, Rony!- exclamou Harry quase sem mexer os lábios.
- Graças a Merlim! Pensei que você estava petrificado.
-Será que vocês podem parar de gritar?- exclamou Neville- Eu ainda estou tentando dormir.
- Foi mal, cara- respondeu Harry.- Rony, eu acho que não vou mais.
- POR QUE?
- Psiu!!!
- tá, foi mal, Neville!- respondeu Rony sem realmente se preocupar com o companheiro de quarto - Você está ficando maluco?
- Não, eu não posso ficar sozinho com ela, sempre dá alguma coisa errada.
- a única coisa errada aqui e a sua cara! Você tem que ir lá e ficar com ela!
- Rony, você é um gênio! - falou dando um pulo
- Odeio quando vocês fazem isso, posso saber por que? Qual foi a craniosa idéia que você teve.
- É só não ficar sozinho com ela. Eu não me sentiria tão constrangido se você e a Hermione estivessem lá comigo!
- HARRY POTTER, eu vou te dar um muro, está me ouvindo? Você quer ou não ficar com ela?
- Claro que quero, seu tratante!
-Pois deixa de ser idiota! Se eu e a Hermione formos vocês não vão ficar nunca!
- Tá certo, eu desisto de dormir- falou Neville se levantando e indo para o banheiro.


Harry correu os olhos pela paisagem da estrada para Hogsmeade. Não estava nevando, graças a Merlim, o futuro casal andava silenciosamente por entre as arvores, ouvindo o zunzunzum dos grupinhos de alunos que também iam ao povoado.
- Quando vai ser o próximo jogo? - Perguntou liv tentando quebrar o gelo. Era incrível como falar com ele era difícil, tinha tanto medo de falar alguma besteira.
- ainda não foi marcado, você gosta de quadribol?
- Passei a me interessar mais de uns tempos pra cá.
- Hum...gosta de voar?
- Voei poucas vezes no primeiro ano, depois disso nunca mais. Foi uma sensação maravilhosa.
- E antes de entra em Hogwarts? Seus pais...
- Hermione não te contou? Sou nascida trouxa.
- Mas você tem um imã pra indignos, Potter - a voz de arrastada de Malfoy atingiu os ouvidos deles - seria bom você casar com essa sangue ruim, terminaria de jogar seu nome na lama.
- Cala a boca, Malfoy!
- Harry, deixa esse idiota pra lá- falou Liv segurando o rapaz pelo braço.
- Aí mamãe, o Potterzinho arrumou mais uma gata pra segura-lo dos seu impulsos. - Malfoy continuava - serio, você é gay, não é? Um monte de meninas dando mole pra você e você...
-Chega Malfoy! Você tem todo direito de ser idiota com quem merece, não com o Harry, que muitas vezes já provou ser melhor que você em TUDO! Accio firebolt! Exclamou Liv respirando fundo pelo nariz, a vassoura apareceu três segundos depois, a moça montou-a e puxou Harry pela manga da camisa fazendo-o ficar na garupa e decolou, Malfoy gritou:
- Pobre sangue ruim, não pode suportar o fato do amado ser gay?
- Que idiota, pousa Liv! Eu quero ir lá quebrar o nariz dele.
- Se acalma, Harry, é isso que ele quer – Falou olhando para ele – E eu vim pra ter um dia legal com você, não quero que esteja bufando de raiva.
- Mas ele...
- Me chamou de sangue ruim?
- É - falou Harry muchando.
- Já estou acostumada com esses idiotas- falou dando um lindo sorriso.
- Você é incrível! - concluiu ele abraçando-a
- incrível é essas sua vassoura! – Falou a moça acelerando mais.
- você quer que eu dirija?
- e acabar com a minha festa? De jeito nenhum!
Liv pousou a firebolt no meio da praça central do povoado. Vários alunos pararam e ficaram olhando aquela cena, alguns fofocavam com a mão na boca. Harry ignorou o movimento que eles mesmos causaram, descendo da vassoura.
- o que faremos com ela agora? - perguntou Liv corando - eu nem lembrei que teríamos que carregá-la o resto o dia, quando a chamei.
- Relaxa, eu carrego, sem problemas.- falou Harry sorrindo.
- Potter! A voz de Snape rachou o vento- Aqui, agora- O professor arrastou o menino para longe do aglomerado - está se achando o máximo, não é? Será que você não pode fazer nada sem chamar atenção, Potter? Menos vinte pontos para grifinoria.- Snape virou e saiu.
- O que ele queria?- perguntou Liv se aproximando
- Descontar a raiva que ele tem do meu pai- falou amargurado deixando-a sem intender- ao de você quer ir?
- Não sei, que tal comermos uns doces pra tirar essa sua cara azeda? – perguntou com tom brincalhão.
-Pode ser.


No porão da dedos de mel...
-Eles entraram! – Anunciou Hermione para os outro três que estavam escondidos atrás de uma grande caixa de pirulito incha língua – Fred e Jorge, desçam e comecem a.. Tem alguém subindo se escondam – anunciou se jogando onde os amigos estavam.
- Que estranho- afirmou a dona da loja – podia jurar que tinha deixado essa porta trancada. Por favor, Minerva, entre. Gostaria de algo para beber?
-Não, muito obrigada. Lamento informar que minha visita traz algumas notícias ruins, mas antes – minerva levantou a varinha e sibilou alguma coisa- não estamos a sós – concluiu se aproximando da caixa de pirulitos. Afastou-a e deixou ver os três Weasley e Hermione.
-Nossa, como você sabia? – perguntou a mulher pasma
-Acredite em mim, se aprende muito quando se trabalha em uma escola- A professora tornou a observá-los com seu típico olhar severo – posso saber o que estão fazendo aqui, senhores?
O coração dos quatro acelerou ao máximo.
-Professora não é nada do que a senhora está pensando- Defendeu Hermione, a primeira a recuperar a voz – Não estávamos tentando roubar nada.
- Pois adoraria saber o motivo desse comportamento totalmente lastimável – falou crispando os lábios.
- E tudo um plano pra juntar um casal tímido
- Mas será que não haveria uma forma melhor, que não fosse arrombando o armazém de uma loja?
- Até teria, professora- continuou Rony – mas nossos últimos planos não foram o que a gente poderia chamar de bem sucedidos, sem feridos é claro – complementou – a senhora bem que poderia ajudar esse casal, a senhora deve saber como o amor é uma coisa linda.
- Ora, francamente! Terão que arrumar outras formas! – Falou Minerva corando – Desçam daqui agora, menos 10 pontos para grifinória por cada um.
Os garotos não questionaram, desceram fechando a porta – Plano dois afundado – anunciou Fred – graças a uma professora mal amada. Sabe, não seria má idéia tentar juntá-la com alguém.
- Eu sugiro o Dumbledore – falou Jorge. 


Harry e Liv saíram da dedos de mal e andavam devagar pela rua principal, tomando, cada um, seu sorvete de asa de morcego.
- Você tem um gosto estranho – concluiu Harry com um meio sorriso.
- Mas o gosto é bom, não é?
- É sim.
Crabbe passou com uma enorme caixa nas mãos, empurrando Harry com força, mesmo que houvesse muito espaço na rua “ sai da frente, Potter, está atrapalhando a passagem” Harry, que em uma das mãos trazia a vassoura e na outra o sorvete, se desequilibrou jogando seu peso em cima da moça, esta escorregou e caíram os dois juntos, ficaram ali, os dois deitados no chão, com os rostos muito próximos , podendo sentir a respiração um do outro. Harry sentiu uma súbita vontade de beijá-la. Foi aproximando o rosto do dela. Um jorro de luz os separou atingindo Liv em cheio, ela desacordou.
-Droga! Errei a mira – Ouviu a voz arrastada do Malfoy – Mas até que não foi ruim, se o Potter vale cinqüenta diria que a sangue ruim vale vinte e cinco.
Harry não se importou, sacudiu a moça, chamou seu nome várias vezes, nada parecia acordá-la. Harry tomou a vassoura,meio que achou ser mais rápido, montou , colocou a moça desacordada e levantou vôo, completamente desesperado. Voou o mais rápido que conseguiu, impulsionando a vassoura colocando o peso de corpo para frente. Pousou na torre de astronomia, largou a vassoura, colocou Liv nos braços e saiu correndo em direção à enfermaria sem se incomodar com o peso da moça.
Abriu a porta da enfermaria com um chute, assustando madame Pomfrey que dormia em cima de uma mesa.
- O que houve, Potter?
-Malfoy a amaldiçoou, ela vai ficar bem? – perguntou tentando recompassar a respiração.
-Deixe-me examiná-la – Observando que Harry ainda a trazia apertada firmemente nos braços. O Rapaz colocou-a devagar em uma cama próxima. A curandeira se aproximou, mexeu e observou um pouco a menina, tentou lançar alguns contra-feitiço, mas não funcionou – Que feitiço horrível! Onde será que o senhor Malfoy aprendeu uma coisas dessa? Potter, você não vai poder ficar aqui. Com licença, tenho que tratar sua namorada.
- Ela não é minha namora – falou tristemente – como é que eu vou saber notícias dela?
- Passe aqui no horário de visitas.
- Mas..
- Nem mas, nem meio mas. Potter quanto mais tempo você ficar me atrapalhando mais tarde eu vou atendê-la! – falou expulsando-o do cômodo e fechando a porta.


Harry entrou no salão comunal como um furacão, estava suado e descabelado, cheirava mal. Precisava de um banho concluiu, não apenas para lavar o corpo, precisava esfriar a cabeça. mataria o Malfoy assim que o encontrasse.
- O que aconteceu com a moça que estava com você? - indagou uma garota do segundo ano, pelo visto a história já se propagara.
- Ainda não sei a concluiu cabisbaixo.
- Aconteceu alguma coisa com a Liv?- indagou Hermione entrando no salão comunal.
- Malfoy tentou me atingir com um feitiço, mas acertou a Liv.
- Aí meu Merlim! Como ela está? Foi algo mito ruim?
- Ainda não sei, madame pomfrey disse que foi um feitiço poderoso.
- Quem levou um feitiço perigoso?- perguntou Rony que chegou arrastando os pés.
- poderoso, Ron, poderoso!- resmungou Hermione.
- Mione, se incomoda de contar pra ele? To querendo tomar um banho.
- Está precisando mesmo - falou fred se juntando ao grupo- o que você estava fazendo?
- carregando a Liv desmaiada nos braços
- Nossa beija tão ruim assim? - falou Jorge se aproximando.
- Harry vai tomar seu banho, eu explico pra eles - falou Hermione lançando um olhar crítico ao grupo

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Realmente esse beijo só sai qd chover canivete não?O Draco vai ser castigado né?

    2011-04-28
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