O batizado



Depois do almoço em companhia da agradável Melissa Malfoy, Harry desaparatou e aparatou em Hogsmead. De lá, foi andando até Hogwarts.
Assim que pisou o pé em sua sala Edwiges chegou trazendo uma carta amarrada à patinha direita. Parecia extremamente cansada. E com razão. O envelope pesava muito para ser uma simples carta, o que para uma coruja tão velha como ela era a morte.
Ao abrir o envelope, Harry viu algo muito estranho: havia uma carta e um tipo de broche em forma de fênix. E era de Dumbledore, que relatava as suas “aventuras” durante a aposentadoria. Parecia que ele se encontrava em uma praia tropical, ao sul da Grã – Bretanha.

Caro Harry,
Estou lhe escrevendo para lhe contar como está a minha vida de aposentado. Resumidamente falando, está ótima. Nunca pensei que umas férias pudessem me fazer tão bem. Bom, na verdade não são férias, não é?
Estou em uma praia tropical situada ao sul da Grã – Bretanha, onde praticamente só há eu e Fawkes. Ela tem sido uma ótima companheira.
Estou pensando em ir passar umas duas ou três semanas aí em Hogwarts, para acompanhar mais de perto o trabalho de Minerva e dos outros professores, inclusive o seu.
Soube do nascimento de sua afilhada, a filha do Sr. Weasley e da Sra. Granger. E soube também do batizado, que está planejado para a virada do ano. Porém, a fonte que me informou era um tanto quanto suspeita: Lucio Malfoy.
Não quero com isso deixar-lhe preocupado. Apenas te peço um favor: como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, investigue sobre o priore e o marjorie encataten.

Grato e saudoso,
Alvos Dumbledore

“O priore e o merjorie encantatem? O que será que isso tem a ver com o Malfoy?” – questionou-se Harry.
De qualquer jeito, o “garoto” não tinha muito tempo para pensar. Precisava planejar todas as suas aulas de depois do ano novo antes do batizado, porque depois não teria tempo.
Na quinta-feira ele desaparatou de Hogsmead e aparatou na casa dos Weasley. Acabou pisando no pé de Hermione, que tentava botar Natalei para dormir, mesmo que a criança parecesse detestar a idéia.
- Ai! – gritou Hermione.
- Desculpe – disse Harry.
- Harry! – exclamaram Rony e a Sr. Weasley ao mesmo tempo.
- Harry, querido, que bom que você chegou – saudou – o a Sra. Weasley. – estávamos preocupados, porque pensamos que você fosse vir ontem.
- Ah...ontem eu tive que providenciar um bicho – papão para a turma do segundo ano. – justificou ele.
- Harry! – disse Jorge que vinha chegando com Licia, sua filha mais nova no colo – como vai indo?
- Bem, e você?
- Melhor impossível – respondeu ele e de repente saíram duas menininhas de detrás de suas pernas – a produção vai de bem a melhor. – completou ele dando uma risadinha.
- E onde está o Fred? – perguntou Harry
- Ele ficou ajeitando umas últimas coisas lá da loja. Daqui a pouco deve estar chegando com o Peter e a Malva.
Ao fim do dia haviam mais pessoas do que a própria Toca poderia abrigar: o Sr. e a Sra. Weasley, Fred, Malva e Peter, Jorge, Cindy, as gêmeas e Licia, Percy, Laila, John e Jake, Carlinhos, sua esposa (que Harry não conhecia) e seus dois filhos, Gui, Fleur, Laura e Danielli, Rony, Hermione e Natalie, Gina e por fim Harry.
Como todas aquelas pessoas dormiriam, Harry não tinha a mínima idéia, só sabia que teria que ajudar a dar um jeito. Então foi que teve uma ótima idéia: iria dormir no Largo Grimauld, 12. Era o único lugar que conhecia.
E assim fez. Esperou todos os Weasley se arruarem e já ia saindo quando...
- Harry! Espere – disse Gina correndo atrás dele – eu queria...eu queria...queria saber se eu não posso ir pra casa do Sirius com você. É porque o quarto das meninas está cheio...e nenhuma delas podem dormir fora por causa das crianças. Parece que somos os únicos solteiros aqui – ela abaixou a cabeça.
- Solteira? Você? Mas...você não namorava com o Draco? – perguntou o “garoto” sem entender.
- Namorava. Agora será que dá pra você tomar uma decisão logo? – falou ela nervosa tentando desconversar.
- Bom, se não tem jeito...
Os dois desaparataram e aparataram novamente na 12ª casa escura do Largo Grimauld. Estava mais do que suja, e nem precisa dizer que haviam inúmeras fadas mordentes nas cortinas e incontáveis teias de aranha pelo teto. Uma aranha passou pelo pé de Gina, e ela deu um grito se agarrando a Harry.
- Desculpe – disse ela – eu não esperava por isso.
- Não tem problema – disse ele afastando-se um pouco. – parece que vamos ter que dormir aqui. Lá em cima deve estar bem pior, não acha?
- É. Deve sim.
Harry então conjurou uma cama pra ele e outra para Gina. “Hoje sim eu vou passar a noite com ela” – pensou. E de fato não estava enganado: por mais que os dois tivessem tentado dormir um de costas para o outro, no meio da noite Gina levantou-se e foi até a cama de Harry. Sentou-se, olhou no fundo dos olhos e o beijou. Sábia pessoa que disse que tudo começa com um beijo.
No outro dia de manhã estavam dormindo abraçadinhos.
- Acho que isso quer dizer alguma coisa, não é? – perguntou ela a Harry, que ostentava no rosto um sorriso de orelha a orelha.
- O que?
- Como assim o que, Harry?
- Bom, talvez pra mim signifique uma coisa e pra você outra – disse o “garoto” displicentemente.
- Não nesse caso. – disse Gina virando-se para beija-lo.
Os dois aparataram na casa dos Weasley bem na hora do café, e já chegaram de mãos dadas, o que foi motivo para que todos se entreolhassem. A mesa, quilométrica, estava cheia de guloseimas dessas que se achavam na Dedosdemel: abacaxis cristalizados, tortinhas de abóbora, varinhas de alcaçuz, feijõezinhos de todos os sabores, dentre outras mais.
Para relembrar os velhos tempos, depois do café, Harry, Rony e os gêmeos foram jogar snap explosivo, o que não foi muito bom, porque as crianças começaram a tomar isso como exemplo, mas nada que um bom castigo não resolveu.
À noite, todos estavam prontos, e Harry estava realmente nervoso: ele nunca havia batizado ninguém antes. Aos poucos os convidados foram chegando: Dumbledore, Minerva, Tonks, Lupin e seu filho, Hagrid e Olívia Máxime, Neville e Luna, dentre outras pessoas, das quais Harry conhecia muitas
Uma hora depois, a cerimônia estava quase concluída, só faltava mesmo Harry dizer as últimas palavras: sim, em caso de falta dos pais, eu assumo a responsabilidade sobre esta criança. Exatamente no momento em que Harry ia abrir a boca para dizer isto...ouviu-se um grito: “accio” – era uma voz de mulher, e, enquanto Harry olhou para ver quem era, Hermione dava um grito desesperador: Natalie havia sumido dos braços dela.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.