Melissa Malfoy



Capítulo 2 – Melissa Malfoy

Harry não fez mais nenhuma tentativa de agarrar Gina. Sabia que seria inútil. Se ela ainda sentisse alguma coisa por ele não teria tentado fugir tantas vezes. E nem muito menos tentaria resistir aos beijos dele. Definitivamente esse era um sinal de “mantenha-se afastado”. Ao invés de tentar puxar conversa ou qualquer coisa do tipo, Harry sentou-se de volta na poltrona e esperou até que o Sr. e a Sra. Weasley descessem para o café. Durante o café, Harry não dirigiu uma só palavra a Gina.
Depois do café Harry esperou os Weasley se vestirem para só então irem para o hospital. Chegando lá, encontraram Hermione amamentando Natalie e Rony roncando na cadeira ao lado da maca.
- Ronald Weasley! – falou a Sra. Weasley tentando conter o tom de voz, afinal, estavam em um hospital.
- Ã? Que? Que foi? ... a Natalie acordou? – bombardeou o garoto assustado, olhando para todos os lados. Todos riram, inclusive Hermione.
- Não querido. É só a sua família e o Harry que chegaram – respondeu ela ainda rindo.
- Ah...oi pessoal – falou Rony ainda se recuperando do susto.
- Gina, você já falou com o Malfoy? – perguntou Hermione – ele esteve aqui hoje mais cedo. Disse que estava te procurando.
- O Draco? Mas ... – a garota olhou para a janela que dava para o corredor e abriu um enorme sorriso – bom, vai ver ele quis me fazer uma surpresa. – e dizendo isso saiu para se encontrar com o namorado, que a aguardava no corredor.
- Tisc tisc tisc – fez o Sr. Weasley pensativo – estranho. Muito estranho esse garoto estar aqui sem ter combinado nada e ainda por cima tão cedo...
- Ah, papai, deixa de implicância. – falou Rony – Harry, vem cá. Bom...tínhamos pensado em fazer o batizado da Natalie na virada do ano. O que você acha?
- Na virada do ano?
- É. Lá na casa dos meus pais.
- Na casa dos seus pais? – Harry então parou...pensou...olhou para o corredor e por fim disse – ótimo. Deixa eu pegar ela um pouquinho pra já ir treinando...
E ali, enquanto carregava sua mais nova afilhada, Harry começou a se arrepender de ter acabado com Gina ao invés de tê-la pedido em casamento de uma vez por todas. Ela parecia tão feliz agora com Malfoy...Harry não podia acreditar que um sentimento alimentado por anos e anos tinha se acabado assim. Mas pelo visto, essa era a mais pura e dura realidade. Nada parecia ter o poder de separar aqueles dois agora. Draco até ficara esperando por ela no hospital...e eles se beijavam com tanto amor...ou melhor dizendo: com tanto ardor. Coisa desprezível para se fazer em um hospital – pensou Harry. Seus pensamentos foram interrompidos quando uma cascata de cabelos muito louros se pôs em sua frente, entre Draco e Gina, impedindo que ele visse o os dois estavam fazendo. O “garoto” ficou tentando se esquivar para ver quem era, mas não conseguiu. Assumindo então a personalidade fiel de Harry Potter, foi até o corredor ver do que se tratava.
- Vou passear um pouquinho com a Natalie – e dizendo isso saiu.
- Agora não. – dizia Malfoy tentando se livrar da garota loura.
- É urgente. É realmente importante. – insistia a garota.
- Não. É...agora eu...to com a Gina...- Draco tentava disfarçar – ah, Potter! – todos viraram e olharam para Harry, que vinha chegando com o bebê nos braços – passeando com a Weasleysinha...
- Pois é. – respondeu o garoto sem emoção.
- Oh, que coisinha mais fofa! – disse a prima de Malfoy se aproximando de Natalie e Harry. – então, você é o Harry Potter...é um prazer revê-lo. – Harry então pode observar assim mais de perto, o quanto a garota era bonita. Tinha olhos azuis e a pele bem alva. Na testa, uma franja loura jogada para um lado, e do outro, uma presilha em forma de borboleta. O nariz era perfeito: nem muito curto nem muito comprido, nem muito fino nem muito largo.
- O prazer é todo meu. – por mais que ela fosse prima de Draco Malfoy, sobrinha de Lucio Malfoy, filha de Altos Malfoy, enfim, uma Malfoy, Harry não conseguiu acha-la feia. – e você...você é a Melissa Malfoy, não é? Prima do Draco. Estava aqui ontem a noite também...não foi?
- É. Estive aqui – disse ela dando um olhar discreto para Malfoy – há um conhecido nosso internado.
- Ah. E o que ele tem? É grave? – perguntou Harry entregando Natalie a Melissa, que tinha feito várias tentativas de pegar a criança um pouquinho.
- Não. Ele só engoliu um pedaço de planta venenosa. Mas não se preocupe, você não o conhece mesmo. – respondeu a “garota” sem dar atenção à reação de Harry, que foi de pura indignação. Não era porque ele não conhecia o conhecido da Melissa que ele não ia se preocupar!
- Não é bem assim.
- Não é bem assim o que? – repetiu ela ainda sem dar atenção a Harry.
- Não é porque eu não o conheço que não vou me importar. – respondeu ele. E pela primeira vez Melissa prestou atenção a Harry, e não a Natalie. Por um minuto pareceu que ela não sabia o que dizer, mas depois ela fez uma expressão de quem acha exatamente o que procurava.
- Hum...eu ouvi falar da sua grandeza, mas não imaginei que fosse tanta assim – disse ela entregando Natalie ao padrinho e virando-se para ir embora.
- Espere – pediu Harry – espero que fique tudo bem com o seu conhecido.
Melissa já esperava algum comentário desse tipo, afinal ela estava lidando com Harry Potter. Então disse:
- Me mande um memorando para este endereço – e colocou na mão de Harry um papelzinho. – assim, poderemos nos ver depois. – sussurrou ao ouvido do “garoto” deixando Gina, que estivera assistindo a tudo, irritadíssima.
Harry ficou simplesmente sem palavras. Uma garota maravilhosa e muito bem dotada de “abundancia e petulância” como Melissa Malfoy queria que ele a convidasse para sair? “Até que não é uma má idéia” – pensou Harry dando muita atenção à parte embaixo da cintura de Melissa e pouca a Natalie.
- Um pouco metida essa prima do Draco, não acha? – falou Gina juntando-se a Harry enquanto Melissa s’e juntava a Draco.
- É – delirou Harry sem prestar atenção ao que Gina tinha dito – o que foi mesmo que você disse?
- Nada – disse a garota de forma grosseira. Entrou no quarto e bateu a porta.
- Espera, Gina...
- Silencio vocês dois! – reclamou a Sra. Weasley.
- Desculpe – falaram Harry e Gina juntos.
- Então Harry, você pode batizar a Natalie na virada do ano? – perguntou Hermione
- É claro que ele pode – falou Rony
- Não Ronald. Não é claro que o Harry vai poder, afinal ele é professor. Primeiro ele tem que olhar se ele não vai dar aula.
- Mesmo que ele de aula ele poderá.
- O que?
- É só ele deixar a aula vaga. Eu como aluno adoraria – falou Rony com uma cara de quem relembra os bons tempos.
- Ronald! – exclamou Hermione abismada – acho bom você mudar seu comportamento. Você agora é um pai de família. Mas então, Harry? Será que você vai poder?
- Bom, eu acho que sim. – respondeu o garoto.
- Ótimo, então. – falou Hermione satisfeita.

A cada minuto o clima entre Harry e Gina ia piorando. Ele estava chateado com ela porque ela ainda não desistira de Malfoy. E ela parecia inconformada com o fato de que Melissa Malfoy havia dado em cima de Harry. “Quem entende a cabeça das mulheres?” – pensava o “garoto”.
Após algum tempo, Harry se retirou. Não queria aparatar em Hogsmead muito tarde, porque teria que andar um tempo razoável para chegar a Hogwarts. Então, antes mesmo do almoço se despediu dos Weasley e foi até o corredor para lá desaparatar. Para sua imensa surpresa, Melissa estava lá.
- Oi – disse ele.
- Ah...oi – respondeu ela de um jeito que não animou Harry nem um pouco. Parecia que ela estava triste.
- Algum problema? – quis saber o garoto.
- Não. Bem, na verdade sim. – admitiu ela – lembra daquele conhecido do qual eu lhe falei?
- Sim, me lembro. Claro – respondeu Harry tentando parecer compreensivo.
- Bom, ele...ele vai ter que ser transferido para a seção de tratamentos especiais. Parece que é mais sério do que pensaram. – disse a garota chorosa.
- Eu sinto muito. – falou Harry. Um silêncio cortante permaneceu por uns dois minutos até que o “garoto” resolveu perguntar – o que exatamente ele é seu? – parece que por essa Melissa não esperava.
- O que ele é meu? Bom...ele é um grande amigo de meu pai. Quase como um tio pra mim, sabe?
- Entendo. Bom, me desculpe, eu realmente gostaria de ficar, mas tenho que ir para Hogwarts. – disse ele se levantando
- Espere – disse Melissa segurando o braço de Harry – talvez você queira almoçar comigo.
A idéia definitivamente não era ruim, e era por demais tentadora. Como resistir ao pedido de uma mulher linda daquelas? “Seu pedido é uma ordem” – pensou Harry.
Como ainda iria demorar um pouco até a hora do almoço, Harry e Melissa ficaram conversando. Ela contou sobre como esse conhecido tinha ingerido a tal planta, contou como foi a infância dela, já que o pai era um comensal, e então pediu a Harry algo que queria ter pedido desde que o tinha visto:
- E então? Como foram os seus sete anos como estudante de Hogwarts? O Draco sempre chegava nas férias contando como você tinha derrotado o Voldemort. Mas eu sempre quis ouvir da sua boca.
- Bom... – então Harry contou. Contou com um orgulho que nunca sentiu antes. Era como se ele merecesse se gabar um pouquinho por tudo que tinha feito, nem que fosse ao menos uma vez.
Algumas horas depois eles desceram até a lanchonete e foram almoçar. Mel, como Harry tinha sido autorizado a chamar, não tinha só os olhos, o nariz, a pele, o cabelo e a boca, bonitos. Tinha também um dos sorrisos mais encantadores que Harry já tinha visto.
- Então, você já namorou com a Weasley que atualmente namora o meu primo, certo?
- Bom...é, namorei sim. – assumiu ele corando.
- Ela e o Draco formam um casal tão bonitinho, não acha? – perguntou ela provocante.
- Se você diz que sim... – concordou Harry abaixando a cabeça e desviando o olhar.
- Você ainda gosta dela, não é?
- Ã? O que? Gosto? Gosto de quem? – falou Harry super atrapalhado.
- Da Gina. Está nos seus olhos. – respondeu ela calmamente.
- Do que você está falando? – perguntou o “garoto” tentando parecer confuso.
- Não precisa admitir.
- Mas eu não gosto dela – protestou ele indignado.
- Ok. Eu não estou dizendo que gosta, estou?
- Bom, achei que estivesse...- respondeu Harry, dessa vez realmente confuso. – ok. Pra te provar que eu não quero mais nada com a Gina, te convido para o batizado da Natalie. Vai ser na virada do ano.
- Ah, não precisava – falou ela, e, por mais que tentasse, não conseguia esconder o quanto estava feliz.

*** - *** - *** - *** - *** - *** - *** - *** - *** - *** - *** - ***
Gente, não desanimem agora, pq é a partir do terceiro capítulo que esta fan fic fica realmente maravilhosa!!! juro... vale a pena ler...
COMENTEM - COMENTEM - COMENTEM - COMENTEM - COMENTEM

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.