Capítulo 14
Cap. 14
N/A: gente esse ultimo capitulo ta melhor que o penúltimo.. Espero que vocês tenham gostado, eu to me esforçando... Será que Ginny vai morrer? E Harry como ele vai ficar? Vou deixar no suspense mesmo...
Beijos
Ginny acorda, está deitada em cima de algo, ou melhor, alguém, quando ela finalmente abre os olhos, a luz que vem da janela aberta tira sua visão momentaneamente, ela tenta se mexer, mas além de estar toda dolorida tem dois braços fortes segurando ela. Ela percebe que não tem como se levantar sem acordá-lo, então é só agora que ela percebe, quem está ali é Harry. Seu corpo parecia um pouco rígido e dolorido, especialmente na perna direita, ao menos sua cabeça não dói mais tanto como no dia anterior, não estava mais enjoada, e nem tonta, até a febre tinha passado. Ela estava bem melhor, definitivamente este era o tipo de veneno para que atrai vitima, ela não morreria tão cedo, mas não era por isso que poderia relaxar, ela tinha mais ou menos uma semana, talvez menos, e ela já estava a dois dias assim. Ela ainda não sabia que tipo era, poderiam ser três, de acordo com as suas suspeitas. Tudo dependeria de como ela iria amanhecer no próximo dia. Hoje seria o dia no qual ela não sentiria muita coisa, talvez algumas dores. Bom pelo menos era isso que ela achava. Ela desfez o abraço de Harry e se sentou na cama, e sentiu Harry se mexer durante o seu cochilo e assim acordou.
- Me desculpe acordei você.-ela disse de costas para ele prestando atenção na sua cocha, onde o dardo a tinha acertado.
- Não. Eu é que não deveria ter dormido.
- Sem problemas.-ela disse ainda sem encarar ele.
- Você se sente melhor? Ainda tem febre?
- Não, estou bem melhor hoje, sem febre, sem tonturas, sem dores... é, bem algumas. Mas não se pode querer tudo na vida não é mesmo?-disse ela sarcástica, já tinha recuperado o bom humor, isso era um bom sinal.
- È, você parece bem melhor, mas é melhor não arriscar... Hei onde você está indo?- disse Harry enquanto ela se levantava xingando em alto e bom som, ela entrou no banheiro e se trancou lá dentro. O tinha acontecido era, ela tinha visto na sua perna, do lugar onde o Dardo tinha lhe acertado, saiam veias escuras, arroxeadas que se estendiam pela sua perna como pequenas raízes. Ela sabia o que era aquilo, era o veneno ocupando suas veias, e aquilo era um aviso, era como o veneno tomava conta dela, iria se espalhando pelas veias, e vasos, deixando-os daquela cor, aquilo fez ela ter quase certeza de o que era, o veneno, mas ela precisava de um ultimo sintoma para confirmar, mas este só viria provavelmente no dia seguinte. Talvez de noite. Do outro lado da porta do banheiro Harry esmurrava a porta, preocupado, e ela não demorou muito a sair.
- Gárgulas vorazes, Ginny o que ouve.- e ela viu no rosto dela, muita raiva.- Oh meu Deus o que é isso na sua perna?
- O veneno.
- Foi ai que o dardo lhe acertou?- ele perguntou. E ela respondeu apenas com um aceno da cabeça.- Calma nós vamos achar um antídoto para isso, não vai acontecer nada com você e essa macha vai sair da sua perna.-disse ele tentando acalmar ela, mas Ginny não parecia nervosa com a perspectiva de morte, não, esta já era uma velha conhecida, podia-se dizer que as duas se chamavam pelos nomes de batismo, tamanha era a intimidade.
- È bom quem fez isso rezar para que isso saia da minha perna, sem deixar seqüelas, e eu posso pensar em dar uma morte rápida para o sujeito.-ela realmente parecia possessa. Harry ficou sem palavras - Eu vou por uma roupa melhor e vou descer.
- Certo, eu vou dizer a todos que você está melhor, para não se preocuparem.-disse ele saindo do quarto para ela poder se trocar. Ela colocou uma calça que cobrisse as suas veias roxas na perna esquerda, se olhou no espelho, escovou os dentes e desceu. Lá já estavam todos acordados a sua espera, inclusive Fred, Jorge e Angelina, com o seu barrigão, pelo visto a criança não demoraria a nascer. Todos foram até ela enchendo-a de abraços apertados e sorrisos de satisfação em saber que ela já estava melhor.
- Tem certeza que não sente mais nada querida?- perguntava toda hora a sua mãe.
- Não.-era melhor não falar ainda sobre a perna e os membros doloridos.
- Como está se sentindo?-perguntou Rony, que agora já voltara a sua cor natural.
- Ótima.-ela mentiu.
- Estou feliz que esteja melhor, todos nós estávamos tão preocupados.-disse Arthur.
- Eu sei, mas realmente não tem com o que se preocupar, foi só, uma virose, ou gripe passageira.
- Eu, Fred e Jorge estávamos tão preocupados, Hermione nos disse que a sua febre não cedia.-disse Angelina.
- Realmente eu admito foi um resfriado bem forte, mas já esta tudo bem.-ela garantiu.
- Tem, certeza?-perguntou Hermione a olhando desconfiada, então ela teve o pressentimento de que não conseguiria enganar a amiga também.
- Claro.
- È parece que a nossa irmãzinha é muito mais forte do que parece!-disse Jorge, e todos riram.
- Mesmo assim é melhor você continuar tomando os remédios, só por garantia.-insistiu a mãe.
- Não precisa, mamãe, veja, eu já estou realmente boa!-ela tentou convencê-la.
- Nada disso, você vai continuar tomando os remédios.
- Tudo bem.-ela sabia que não adiantava insistir, com certeza ela não iria tomar remédio nenhum, poderia piorar a sua situação, já bastava o que ela tinha tomado, quando estava com febre. Ela decidiu fingir que tomaria só para acalmar a todos.- Onde estão os remédios?
- São aqueles.-disse o seu pai, apontando para os que estavam em cima de uma bancada.
- Eu vou levá-los lá para o meu quarto e quando der o horário eu tomo, assim, não tenho que ficar alugando ninguém. – então a partir dai, ela levou os remédios para o seu quarto, colocou-os em cima da sua escrivaninha e desceu para tomar café, junto com todos os outros. Eles riram alegres, e comeram, a comida maravilhosa da Sra. Weasley, Ginny ignorava as pontas esporádicas que sentia na perna. Depois de comer, foram conversar, e sentaram, bateram papo, jogaram conversa fora, até que a Sra. Weasley disse que era melhor Ginny voltar para a cama, ela precisava de muito repouso, afinal, tinha desidratado muito com febre e vômito, e que era para ela não se esquecer de tomar os remédios. Ela obedeceu, e voltou para o quarto, olhou para os remédios em sua escrivaninha e para a colher ao lado dos vidros era uma colher de cada após cada refeição. Ela poderia simplesmente deixá-los ali, mas se alguém entrasse e reparasse que o nível do liquido no vidro continuava o mesmo de sempre, iria saber que ela não estava tomando. Então ela encheu uma colher do liquido do primeiro vidro e se encaminhou para o banheiro, derramou tudo na privada. Quando ia fazer isto pela segunda vez Harry entrou no quarto completamente sem avisar, ela pêga no ato, soltou a colher que bateu no chão derramando o liquido. Ela tentou esconder, mas Harry apenas disse.
- Pare com isso, você não precisa fingir que vai tomar os remédios para mim.
- Ah, então você sabe que eu não vou tomar.
- Claro, você não é nenhuma idiota, se você tomar pode piorar, por isso eu ainda não lhe ofereci benzoar, porque ele pode não ser eficaz!
- Naturalmente você sabe, desculpe.
- Mas você tem algum palpite do que pode ser?
- Bom nós temos três opções.
- Pelo que eu vi na sua perna parece Ithilem.
- Era essa uma das três opções. Mas ainda é muito cedo para diagnosticar, ainda existem mais duas possibilidades que também possuem os mesmo sintomas.
- Quais?
- Se eu apresentar tosse seca, com sangue nos próximos dias é infusão de Erva do Diabo, mas se voltar ater febre, sumo de Macassia. Eu tenho o antídoto apenas para Ithilem aqui comigo, os outros não estão aqui.-ele ficou calado. Ficou preocupado, com as possibilidades, provavelmente ele não teria os antídotos, ele tinha apenas para venenos comuns, mas este que ela acabara de citar eram raríssimos, nem nos laboratórios do Ministério da Magia ele tinha certeza se tinha, se não tivesse, apenas dois deles poderiam ser preparados a tempo, o outro demorava um mês para ficar pronto, e Harry suspeitava que ela não tinha todo este tempo. Ginny leu a preocupação que transparecia em seus olhos, e disse com um sorriso, leve:
- [Não se preocupe, eu irei sobreviver]
- O que significa?
- Não se preocupe eu vou sobreviver... Eu prometo.-e a ultima parte foi sussurrada, pois ela estava muito perto dele, e aqueles olhos profundos de um verde vivo, a hipnotizavam. Ela achou que estivesse apta a beijá-lo afinal fazia tanto tempo... Quando fora a ultima vez? Ela não tinha uma lembrança certa... Oh sim fôra quando ela dera a ele a chance de desistir de tudo e ele recusara... Esta memória acalentava seu peito e fazia ele esquecer os momentos de dor intensa; mas não poderia apagar completamente a dor que sentia dentro de si, ela ainda estava muito viva e latejante, no seu peito... Eles estavam quase se beijando, mas ela caiu em si e interrompeu o contato entre os dois, pondo os dois dedos na boca dele e virando as costas.
- Por um momento eu pensei que...-ele tentou, mas ela o interrompeu, já sabia o que ele iria dizer, mas não havia esquecido que ele ainda havia uma promessa a cumprir, e que na sua opinião já tivera tempo o suficiente para fazê-lo um mês...
- Por um momento eu também... Harry...
- Sim?
- Não se esqueça do que você tem que fazer, por causa de tudo isso, porque eu não irei... Creio que já teve tempo o suficiente não?- Harry sentiu seu coração bater rapidamente, e descompassado, parecia que tinha feito uma viagem até o estomago. Aquele era o último assunto que ele queria tratar, ele ficou calado e Ginny não insistiu.- Agora por favor; preciso ficar só.- E assim Harry saiu do quarto sem Ginny olhá-lo nos olhos. O resto do dia foi calmo ela passou toda a tarde recebendo visitas e repousando, mas mesmo assim não contou a ninguém, nem ninguém aparentemente percebeu a sua perna, mas a cada hora as pontadas de dor pareciam se intensificar, mas ela suportava tudo sem dar nenhum sinal aparente de dor ou incômodo. No fim da tarde as veias roxas pareciam ter se espalhado pela sua perna e agora já abrangiam toda a sua coxa. Estava deitada, quando uma coruja preta conhecida deixou cair um envelope de pergaminho no seu colo, ela o apanhou e leu, já sabendo que era uma carta do Tigre.
Raposa
Acho que este é o melhor jeito de tirar você da sua licença, bom, a maneira menos abrupta também, já que eu estou muito ocupado e cansado.
A situação mudou num piscar de olhos, nossas queridas amigas contra luz voltaram para matar a saudade. Elas fizeram a maior festa, na verdade um churrasco, com vários bois e vacas, e cinco cabritinhos, foi tudo numa cidadezinha aqui próxima. Pena que eu e os outros chegamos atrasados.
Sentimos sua falta precisamos de você junto de nós, Ivan também manda lembranças. E olhe o problema matemático que você tem que resolver sem falta de acordo com Ivan:
Q1 + 3= x
Ps: Você quer um calendário de presente de aniversário?
A carta vinha com a letra geralmente tão caprichada e rebuscada de Jack, muito borrada e mau feita, ela logo percebeu que ele estava com pressa. Qualquer um que lesse aquela carta pensaria que um louco tinha mandado, francamente, vários bois e vacas, e cinco cabritinhos, tinha sido de matar. Se ela não soubesse que a situação ali era séria, ela estaria gargalhando, mas não, ela sabia que tinha muita coisa por trás de tudo aquilo, era um enigma, e não parecia apenas diversão. As informações estavam camufladas para o caso de interceptarem a carta. Contra luz? O que poderia ser contra a luz? Ela estendeu o pergaminho em direção as velas e observou o que acontecia. Nada; continuavam normais, as mesmas palavras, tudo do mesmo jeito. Frustrada ela foi mais perto da vela. Mas também não aconteceu nenhuma reação, então ela abaixou o pergaminho para ler novamente e ver se tinha entendido direito, sim estava tudo direito... Contra a luz. Ela abaixou a cabeça encarando o chão, pensativa, seria escuro? Então ela viu, a sombra de seu braço, contra a luz! Era isto contra a luz se foram a sombra! As Sombras? Ginny levou a mão a boca aberta de espanto, as Sombras tinham voltado, e pelo que parecia tinham incendiado uma cidadezinha próxima, isso seria o churrasco!
Os bois e vacas não podiam ser outra coisa alem de pessoas. Elas tinham matado pessoas! Homens e mulheres... E Cabritinhos? Crianças! Era isto.
- As desgraçadas fizeram uma matança!-ela exclamou sozinha, consternada com as noticias! Não tinha nem um mês que ela estivera lá estava tudo bem! Ela voltou os olhos ao pergaminho, e leu a parte sobre Ivan... Ivan? Quem seria Ivan? Tentou a pronuncia em russo, mas continuava o mesmo. Ela não conhecia nenhum Ivan. Então um estalo na sua mente a fez entender!
- Ivannovitch!- era seu chefe! O chefe da seção dos aurores, dizia que eles precisavam dela lá. Mas aquela equação estava totalmente loca, até que ela leu o “ps” sobre o calendário... Ela não queria um calendário de aniversário isto é obvio! Mas ela precisava de um para resolver é simples. Onde ela conseguiria um calendário ali? E tinha que ser rápido, ela olhou por todos os lados, e então achou um bem pequeno dentro da sua carteira.Observou o calendário cuidadosamente... Não fazia sentido... Dia três já havia passado, e o que aquele “Q” tinha a ver com tudo aquilo? Ela olhou onde indicava os dias da semana e entendeu tudo. Os dias quarta feira e quinta feira eram marcados apenas pelas iniciais “Q”, só podia ser um daqueles dias, Q1 só podia ser o primeiro Q era na quarta ela sorriu satisfeita consigo mesma. Mais três o que? Dias! Era isso quarta feira mais três dias; ela tinha que estar lá no máximo até sábado era isso que queria dizer aquele enigma do Tigre! Então ela tinha pouco tempo, tinha que arrumar tudo, e tinha que avisar Harry. Harry... Ele ainda não tinha falado nada com a outra, bem ela teria que apressá-lo. Será que ele faria isso? Hoje era quarta feira, ele tinha até no sábado pela tarde para resolver tudo.***
No outro dia ela acordou cedo sentindo sua garganta arder, sem se lembrar o que poderia causar aquilo, ela foi até o banheiro e tossiu um pouco. Olhou-se no espelho, ajeitou o cabelo que estava uma bagunça, e sentiu a vontade de tossir novamente, tossiu só que desta vez, foi fora de controle. Ela tossiu até ficar sem ar, e sua garganta doía bastante doía tanto, que ela achou que alguém estivesse partido seu pescoço, ela se dobrou em dois, sem ar, e caiu no chão do banheiro. Quando se recuperou do súbito ataque, ela sentiu algo escorrer pelo canto de sua boca, passou a mão para ver o que era, quando olhou as costas da sua mão sujas de um liquido vermelho, ela se lembrou. O veneno! Estava agindo, ela estava cuspindo sangue. Agora ela já sabia o que era, e para esse ela não tinha o antídoto ali, mas ninguém pode culpá-la por isto, a pessoa vai passar férias na casa dos pais e é envenenada, como ela poderia estar preparada para isto? Então ela realmente teria que voltar, o mais rápido possível, antes que ela se debilitasse muito. Ela não poderia deixa ninguém saber disto, mas é claro iria escrever para contar ao Tigre e confirmar que recebera a carta enigma. Ela se sentou na escrivaninha e pegou um pergaminho rasgado, com uma pena ela rabiscou algumas palavras rápidas.
Tigre
Eu entendi o recado, Ivan vai ficar satisfeito, eu consegui resolver o problema matemático.Vou cumprir as suas ordens... E ah! Quase iria me esquecer, a três dias atrás eu tomeis um suco de Erva do Diabo, estava uma delicia! Ganhei um hematoma perfeito na perna, e prepare o banquete de sucos para a mim, até lá cada vez eu melhoro mais. Não se preocupe...
Beijos.
E com isso ela ficou pensativa no seu quarto, como ela diria a Harry que ela iria embora este sábado? Simplesmente ela teria que dizer, e seria logo, agora. Ela se vestiu, pegou um lenço vermelho, pois assim se tivesse que tossir, ninguém iria perceber imediatamente o sangue. Desceu em direção a cozinha, e encontrou com Satiniee no meio do caminho e esta lhe abriu um sorriso bonito.
- Bom dia.
- Bom dia.-Ginny respondeu desconfortável.
- Então está definitivamente curada?
- Sim.
- Que bom, estávamos todos muito preocupados.-ela disse com um sorriso sincero, ela parecia se importar com Ginny. Mas infelizmente o sentimento não era mútuo.
- Não sei porque, era apenas um resfriado.
- Mas você parecia realmente mau. A sua febre não baixava de jeito nenhum, e nós tentamos de tudo.
- Bom, mas passou, não foi?
- È verdade, não vamos, mas falar disso.
- Sim.-e assim Ginny pôde fugir da conversa e dirigindo até à mesa de café, lá já estavam todos sentados, ela sentou-se também e lançou um olhar significativo para Harry. Ele entendeu na mesma hora que ela queria conversar com ela.***
- Você demorou.-ela disse quando ele chegou na Gruta logo depois do café.
- O que pode ser tão urgente assim?
- È um assunto sério, aliás, dois.-ela se corrigiu depois de algum tempo, estava tensa com medo de nada dar certo.
- Você descobriu qual era o veneno! Não foi?-ele perguntou ansioso.
- Também.-ela admitiu.
- Qual é...-mas ele não pôde terminar a frase, Ginny foi tomada por um violento ataque de tosse, pior do que o que tivera hoje no banheiro. Ficou novamente sem fôlego, ma desta vez pareceu pior, ela empalideceu, e o sangue pareceu fugir do seu rosto. Harry tentou ampara-la, ela perdera completamente as forças, e poderia ter caído no chão da Gruta se ele não a tivesse segurado. Então quando tudo foi se abrandando, a respiração arfante dela voltou, fazendo seu peito subir e descer rapidamente, Harry percebeu que um filete de sangue escorria do canto dos seus lábios, então seus olhos se voltaram imediatamente para o lenço vermelho que ela segurava na mão, esquerda. Ele encontrou relutância em tirar o lenço de suas mãos, e viu as manchas escuras no pano vermelho, como se estivesse molhado. Ela sangrava! Erva do Diabo! Foi o pensamento que assaltou sua cabeça, ele não tinha o antídoto para este.
- Erva do Diabo não é?-ele perguntou, com preocupação nos olhos.
- È. -ela disse olhando fundo nos olhos dele.
- Você também, não tem o antídoto aqui?
- Não.
- Então...
- Você sabe o que isto significa não sabe?-ela disse.
- Sim, você pode ir lá e pegar, como você sempre faz para ir visitar seu amigo.-ele disse como se aquilo fosse obvio.
- Sim, eu poderia, mas de nada isso iria me adiantar, eu não tenho um antídoto deste sobre minha guarda, é uma coisa rara. Eu teria que pedir permissão ao meu chefe, isso demora mais ou menos um dia.
- Mas então...
- È isso mesmo, eu terei que voltar.
- Mas é só para tomar o antídoto não é?-disse ele como uma criança que receia que alguma coisa de ruim está por vir. E teve sua confirmação quando ela sacudiu a cabeça em sinal negativo.
- Era sobre isto que eu queria falar com você. Hoje ela manhã eu recebi uma carta, a carta era um recado do meu chefe, ele disse que sente muito ter que interromper as minhas férias, mas eles precisam de mim lá. Alguns velhos inimigos estão a solta.
- Mas, pode ser um engano, eles podem resolver a situação sozinhos eu tenho certeza, são todos muito bem treinados.
- Não, Harry é um problema serio, as Sombras, é, é assim que se chamam, já nos causaram muitos problemas em um passado não muito distante. E agora elas estão de volta.-ela explicou para que ele entendesse a seriedade, e no fim da frase tossiu duas vezes com a garganta latejando de dor.
- Mas você está doente! Não pode trabalhar, explique isto para eles!-ele já estava se exaltando não gostava nem um pouco da idéia de se afastar dela.
- Pessoas estão morrendo! E eu ainda teria que ir um dia antes, para poder pedir o antídoto, mas eu já informei que vou precisar dele, e Jack providenciará para que tudo esteja pronto para quando eu chegar. Assim eu posso ficar mais tempo aqui para terminar de resolver todas as minhas coisas.-ela disse, com o semblante triste, não era bom ter que dizer isso a ele, mas era necessário, ela tinha apenas três dias na Inglaterra. – é por isto que eu vim te avisar, porque eu tenho apenas três dias aqui, eu irei, no sábado, pela manhã.-era melhor pela manhã do que pela noite, de manhã teria mais tempo para resolver tudo, tomar o antídoto e descansar durante o dia. Por um lado era bom voltar, era bom saber que iria voltar a sua vida normal, já estava com saudades.
- Não tem outro jeito?-ele perguntou, desolado.
Look at the stars,
Look how they shine for you,
And everything you do
Yeah, they were all yellow.
- Não. E deixo bem claro, Harry acho que você já teve tempo demais para falar com ela, bom, você tem mais três dias. Isso é tudo.-ela disse virando as costas para ele e indo embora, não queria encará-lo, não sabendo que sentiria tanta saudade.
I came along,
I wrote a song for you,
And all the things you do
And it was called "Yellow."
E Harry soube que naquele hora teria que enfrentar o momento que viera adiando dia após dia, noite após noite; ele teria que revelar tudo ou perderia a ruiva da sua vida, mas mesmo assim era difícil. Enfrentar aquilo tudo não era fácil para ele, faltava coragem, não tinha coragem de olhar nos olhos de Satiniee.
So then I took my turn,
Oh what a thing to've done,
And it was all yellow.
O que ele vinha fazendo, tinha que ser reparado, não podia ficar simplesmente assim, ele não tinha o direito de levar uma vida dupla e enganar as pessoas. Mas o grande Harry Potter, o garoto que sobreviveu, parecia não conseguir.
Your skin
Oh yeah, your skin and bones,
Turn into something beautiful,
You know
You know I love you so,
You know I love you so.
Mas ele não aceitaria perder Ginny, agora que ele a tinha, era como um vício que ele não poderia se livrar nunca, ela estava nele, na sua pele, no seu rosto, no seu cabelo, no seu cheiro, na sua mente, no seu coração. Tudo nela a tornava bonita, perfeita para ele. Então ele sussurrou baixinho, para o nada.
- Você sabe que eu te amo, tanto.
I swam across,
I jumped across for you,
Oh what a thing to do.
Cos you were all yellow,
Simplesmente porque ela era assim, por isso ele a amava tanto. Só por isso, ela era uma coisa que ninguém mais poderia ser, nunca. Infelizmente, Satiniee, não conseguiria ocupar o vácuo que ficaria no peito dele se perdesse Ginny.
I drew a line,
I drew a line for you,
Oh what a thing to do,
And it was all yellow.
Agora só o que restava era fazer aquilo que já deveria ter feito, mas por ser covarde, não tinha conseguido até então, e não sabia se iria conseguir desta vez. Ele estivera tentando, mas ficava sempre tão desarmado em frente a ela e a muralha que tinha construído dentro de si, desmoronava ao seu redor.
Your skin,
Oh yeah your skin and bones,
Turn into something beautiful,
You know,
For you I'd bleed myself dry,
For you I'd bleed myself dry.
Era sempre assim, todas as vezes que ele tinha tentado, sempre desistia, antes mesmo de abrir a boca, ou de pronunciar qualquer outra palavra. No fim ele nunca conseguia.
It's true, look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine for...
Look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine...
Mas esta era uma escolha, ele só poderia seguir um caminho...
Look at the stars,
Look how they shine for you,
And all the things that you do.
N/A: este final, eu não gostei muito não, mas eu gostei do capítulo no todo, espero que vocês também gostem. Finalmente eu encontrei uma música descente para por, uma que realmente combinasses com o momento. Eu resolvi parar o capitulo por aqui porque não tinha mais nada, realmente nada para ser colocado aqui. Acho que o próximo capítulo será o final, mas eu não tenho certeza, ainda faltam algumas coisas a serem ditas. Tenho também que me dedicar as minhas outras fics, que ultimamente andam meio esquecidas. Eu pensei em fazer uma continuação para esta aqui, mas eu não sei se tenho idéias o suficiente. Se eu escrever vai ser bem menor eu acho... Eu estou trabalhando na tradução de Draco Sinister, mas não se exaltem... Ainda estou bem no comecinho. Hehehhehe.
Sim eu agradeço muito a uma amiga Ana Valéria, ela me incentiva muito a terminar, não economiza elogios, e, dizendo ela quando ouve falar dos meus personagens e fics, ela se inspira. Hehehehehe. Amiga de longas conversas sobre fanfics, com quem poço trocar idéias, e relaxar. Bom acho que é tudo... Um beijão Ana te amo muito! Ah! Desculpe minha Beta linda(nota da beta: é verdade), acho que estou te sobrecarregando não é? Bom se for isso mesmo pode me abandonar. Ah e a música ai, é Yellow de Coldplay.
Hauhauahuahauhuah...
Beijos
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