Capítulo 13



Cap. 13

N/A: gente me desculpa...! Eu estou tendo uma crise de criatividade, não consigo escrever nada que preste! Então este capítulo está horrível e curto. Mil desculpas mesmo, mas eu tentei dar o meu melhor, mas é que eu não estou com boas idéias, mas eu vou faze-las melhorarem... Beijos... Eu não estou colocando muitas músicas não é? Mas nem sei porque eu não encontro uma apropriada... =/

Depois daquele dia a noite Ginny, não conseguia ficar com a mente calma e limpa, ela ainda sentia um pouco da velha raiva, renovada, nunca fora de fugir, se esconder de ninguém, preferia sempre tudo na cara. Mas neste momento a escolha não era sua, não inteiramente, afinal Harry também fazia parte disto e ela teria que respeitar sua escolha, ele tinha este direito e ela reconhecia isto. Mesmo que não lhe agradasse, ele tinha o direito de escolher a maneira que iria contar para Satiniee a verdade, mesmo que isto demorasse um pouco. Infelizmente para Ginny o tempo parecia se arrastar, e o dia em que ela estaria livre para ficar com Harry parecia não chegar nunca. Mais do que nunca, as horas que ela passava lendo pareciam intermináveis e as aulas de luta era uma das únicas distrações, as horas passadas em casa eram as piores porque o tédio puxava seus pensamentos com suas garras traiçoeiras, para pensamentos dos quais ela sentia saudade e tornavam sua espera mais dolorosa. Os momentos com Harry a sós, que eram raros, ela pensava em abraçá-lo e sentir aquele perfume que agora era apenas vagas lembranças na sua mente, mas sabia que não podia e matinha o controle da situação, totalmente senhora de si. Mantinha dois pensamentos fixos em sua mente: “Calma, Harry prometeu que tudo vai acabar logo”.Ou então no momentos que tudo parecia mais difícil “Você consegue Ginny, já passou por coisas mais difíceis.” A medida que o tempo passava e as semanas rolavam, ela repetia estes pensamentos, com mais freqüência que nunca. Na terceira semana ela passou 4 dias na casa dos gêmeos para ver se si distraia, ou passava mais tempo fazendo alguma coisa, afinal esta começando a se sentir uma inútil. Fred, Jorge e Angelina a receberam muito bem, de braços abertos, e disseram que ela poderia voltar sempre que quisesse. Fora algumas vezes ao beco diagonal, fazer compras, mas as lojas só apresentavam roupas sem graças e feiosas, comprava poucas coisas e logo voltava para a Toca. Nunca mais tinha ido visitar o Tigre nem tinham se escrevido mais, mas de alguma forma ela sabia que estava tudo bem entre os dois, sem mais ressentimento, ela sabia que o Tigre ainda deveria estar magoado, mas não estava mais com raiva ou frio com ela, talvez eles se afastassem um pouco quando ela voltasse, ela esperava que não, mas ela sabia que estaria, pois Tigre mesmo não gostando iria respeitar ela estar com Harry e não brincaria mais com ela. Era assim que ela via sua volta para a Rússia e de certa forma ela tinha razão, Jack não tinha mais escrito nada para ela, era sinal que já havia se aberto uma distância entre os dois, o que Ginny não admitiria seria que esta distancia fosse tão grande a ponto de estragar a amizade. Mas ela esperava que isto não acontecesse. Várias vezes, quando não tinha nada para fazer, e não queria se render ao tédio ou aos pensamentos, ela cogitava a idéia de ir até lá fazer uma visita, falar com Antony, Beatrice e todos os outros, mas ela desistia, ela sabia que seu tormento estava evidente. Ela não conseguiria esconder isto do Tigre, definitivamente não, talvez de Antony e dos outros, mas nunca do Tigre, ela não sabia fingir, não para ele. Ele iria perceber que ela estava sofrendo e ficaria muito irritado, bom deixe-me ser um pouco mais clara, Ginny sabia pela carta que o Tigre nunca iria admitir que Harry a fizesse sofrer, mesmo que esta não fosse a intenção de Harry. E isso o deixaria muito, mas muito irritado, e ela sabia que quando o Tigre ficava irritado, pessoas saiam geralmente bem machucadas com algumas lesões e ossos quebrados. Bom, era basicamente por isso que ela evitava ir até lá. Não queria mais confusão. Nesta noite ela estava realmente muito conturbada, sua mente rodava, seus pensamentos não queriam abandonar Harry, e nada parecia forte o bastante para distraí-la disto tudo. Era incrível a maneira que ela estava ligada a ele, nunca estivera assim com ninguém! Ela foi se deitar cedo, mas não conseguia dormir, ela pensou em ir visitar Jack mais uma vez, mas a hipótese foi descartada, devido a seu estado, no qual ela não conseguiria nem sobre pena de morte enganar ele, até sua mãe já havia percebido! Não, ela definitivamente só iria gerar mais brigas, e problema se fosse até lá. Mas não tinha o que fazer,era ficar ali e esperar o sono vir e varrer tudo da sua mente, rezando para não sonhar. Ginny sabia que se sonhasse sonharia com Harry. Tentou ler, mas parecia que todas aquelas palavras em russo e com aquelas letras diferentes não faziam sentido para ela. Ela tentou, tentou mesmo, até mais ou menos meia noite, mas ai ela desistiu e viu que não conseguiria, mesmo assim ela se recusava a se entregar, as lagrimas beiravam seus olhos, mas ela não as deixou cair. Levantou-se na cama e vestiu uma malha preta. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e aparatou. Não importava mais o que acontecesse ela já estava lá, transformou-se na Raposa, literalmente, ela se transformou numa raposa bonita e grande de pelo vermelho e macio, instantaneamente seu pensamento pareceu mais leve, não tinha medos ou receios, tudo isso era apenas uma sombra no fundo da sua mente. A raposa não tinha medo, ela estava no controle, era assim que ela se sentia, a raposa era a predadora, e os outros eram as presas a serem caçadas, ela se sentia poderosa, como sempre acontecia quando se transformava. Fazia bastante tempo que ela não se transformava. Sentia saudades disso, so agora lembrava como era bom. Um tigre branco estava deitado no sofá, e abriu um dos olhos, rosnou um pouco, mas farejou o ar e disse finalmente:
- Raposa?- Ginny não podia responder então ela apenas acenou que sim com a cabeça.- Nossa que susto! Você não pode fazer isto, se eu não tivesse sentido o seu cheiro antes agora você seria uma pasta de raposa!- Artemis acrescentou. Mas Ginny não viu muito sentido, afinal, ela era a única Raposa que ele conhecia, e bem, isso reduzia bastante as chances de um inimigo vir transformado de Raposa no apartamento, sem contar que se fosse uma raposa de verdade, um animal, ela nunca teria conseguido chegar lá em cima. Mas ela ignorou e seguiu andando sem fazer nenhum barulho até o quarto onde, ela viu a luz acesa e um homem de short (se assim se pode dizer) deitado em um emaranhado de lençóis e edredons, o homem estava acordado, ela conseguiu ouvir a respiração dele, estava muito acelerada para ele poder estar dormindo. Ela chegou mais perto. Ele estava de costas para a porta do quarto, ela arrodeou a cama até ficar de frente para ele, Jack abaixou o livro e olhou para a raposa na sua frente olhando para ele com seus olhos penetrantes.
- Você?- ele disse surpreso, mas Ginny é claro não disse anda, apenas continuou olhando para ele profundamente,e cheia de saudade.
- Ginny o que você está fazendo aqui?-e aquela foi uma das raras vezes que ele chamou ela pelo nome. Ela não gostou nem um pouco e rosnou baixinho para ele.- Desculpe... Raposa.- ela parou de rosnar e acenou com a cabeça na direção da janela do quarto.
- O que? Você quer sair?- ela confirmou com um aceno.- Raposa... Eu nem sei como te dizer isto... Eu acho melhor a gente não...-mas ele calou a boca quando ela rosnou mais alto para ele e então Jack entendeu aquilo como um “Cala a boca e vamos logo.” – Tudo bem.- e logo ela estava de frente para um tigre branco de olhos azuis e ela não esperou por mais nada. Passou correndo e de alguma forma ela conseguiu abrir a porta e começou a descer as escadas com o Tigre em seu encalço. Ela começou a correr mais rápido que podia apostando corrida com o Tigre e ela podia sentir a energia dentro de si, e aquilo a fez esquecer todos os seus problemas. O vento batendo nos seus pelos e puxando-os para trás, ela fechou os olhos e pode sentir quando ela saiu do prédio sentiu o cheiro da noite ao seu redor. O bruxo na portaria nem viu o que era aquele vulto laranja emparelhado com um branco. Ela correu em direção a cidade e passou pelas fontes e praças, esta hora desertas e entrou de cabeça em um lago gelado, pode sentir a água congelante (mas para a raposa era apenas fria) no seu pelo. Virou-se e viu o Tigre parado em frente ao lago olhando ela nadar, ela acenou com a cabeça molhada para ele se juntar a ela,e ele fez uma cara de dúvida, ela saiu da água foi até ele e segurou na cauda do Tigre entre os dentes e puxou um Tigre surpreso pela sua reação, até o lago. Com algum tempo os dois já estavam nadando um atrás do outro no lago, mas logo os dois saíram da cidade e fora para as montanhas mais próximas. Sempre apostando corrida para ver quem chegava primeiro, quando eles chegaram longe o suficiente o Tigre soltou um rugido alto que reverberou naquele deserto branco e gelado, e fez a Raposa dentro dela se sentir mais viva e forte que nunca. Ela latiu forte e foi até onde o tigre estava e encostou seu dorso nele, era o máximo que ela poderia chegar de um abraço com aquele corpo. Logo os dois já brincava de algo que parecia esconde-esconde, onde eles se escondiam atrás das montanhas e montes de neve e tudo terminava com um correndo atrás do outro até conseguir pegar a calda do que estava na frente. Ginny tinha a desvantagem de que era mais difícil esconder sua pelagem vermelha no meio de toda aquela neve, já o Tigre era branco como a neve e assim era mais difícil para a Raposa acha-lo. Mas na hora de pegar, Ginny era bem mais rápido que ele, e isso era um bocado. Os dois correram livres e despreocupados durante toda a noite e só pararam quando o dia já ia alto, mais ou menos nove horas quando os dois com a língua para fora foram para uma caverna conhecida ali perto, sacudiram a neve de cima do pelo e deitara ofegantes, o Tigre se transformou de volta e adquiriu novamente a aparência de Jack Malfoy, e Ginny hesitou por alguns momentos em fazer o mesmo.Os dois estavam deitados com os cabelos e roupas salpicadas de neve e ofegantes no chão de pedra da caverna. Ginny sorriu cansada para Jack e seu coração se alegrou em perceber que ele lhe devolveu em um sorriso sincero, ela se arrastou até ele e o abraçou forte ainda sorrindo e logo os dois estavam gargalhando juntos no chão gelado da caverna. Quando se soltaram Jack disse:
- Que noite.
- Corrida, não?-e os dois explodiram em risadas novamente. Não demorou muito e Jack estava tremendo de frio, assim como Ginny então o Tigre conjurou um sobretudo bem grosso para cada um (Ginny tinha esquecido a sua varinha) e então ele disse:
- Hora de voltar, não acha?- e o sorriso desfaleceu no rosto dela aos poucos, mas ela não podia deixar o Tigre perceber que ela estava sofrendo, então disse tentando parecer exausta mais feliz:
- Tudo bem.- os dois voltaram andando, chutando neve coma ponta dos sapatos também conjurados, ambos calados, não parecia como antes, mas mesmo assim Ginny já se sentia melhor, mais leve,mesmo que ainda estivessse arfante. Fora bom fazer aquela visita, tirar o peso da sua cabeça, ha muito não se sentia assim, feliz... Apenas feliz... Ela conseguiu abrir um sorriso,outro sorriso. Um bonito sorriso. Ela olhou para aquele céu, todo branco coberto de nuvens.
- Do que você está rindo?-perguntou o Tigre olhando para ela.
- De você.-ela provocou.
- [Tenho cara de palhaço?]
- [Você não vai gostar da resposta.]-ela sorriu marotamente. Os dois riram.
- [Você não muda mesmo não é?]
- [Não.]-e os dois seguriram o caminho agora, muito mais descontraídos, rindo um do outro, fazendo cócegas, e correndo. Pouco importava que as outras pessoas os vissem, eles eram o Tigre e a Raposa. Voltando de uma longa corrida na neve e nada mais importava. Quando Ginny aparatou novamente na Toca já era meio dia, ela desceu para o almoço sorridente, ainda coma malha preta e o rabo de cavalo. Durante o almoço, sorriu e conversou com os pais, e irmãos. Mas ela sabia que aquela felicidade era momentânea, logo todos os seus fantasmas voltariam, mas ela esperava que não tão cedo. Todos notaram que ela estava mais feliz. E o dia correu, como há muito não acontecia. Mas pela noite tudo volta, tudo sempre volta. ***
Já bem de tarde, Ginny resolve dar uma volta por qualquer lugar, qualquer um, apenas para sair de casa, e ela escolheu ir ao parque. Aquele em que ela e Harry correram juntos uma vez, qaundo inverno ainda estava sobre vigor. Ela foia te lá e estava como sempre vazio, tranqüilo. Sentou-se na grama verdinha, e abraçou os joelhos com força, ficou apenas sentada ali olhando o por do sol. O céu se coloria de várias cores, em sua maioria tons de vermelho e laranja, lindo, Ginny permaneceu hipnotizada ali por um bom tempo,e quando já estava tudo escuro ela andou um pouco perto das arvores, não estava com vontade de voltar, estava mio sonolenta por não ter dormido na noite passada. Então ela se tranformou novamente na raposa,e correu entre as arvores, assim ela espantava o sono e não deixava os maus pensamentos voltarem, a raposa era incansável ao que parecia. Correu um bocado sem saber para onde ia, esperando sentir o vento gelado e os flocos de neve caindo nas suas costas, mas o que ela sentiu foi gotas pesadas de chuva molhando o seu pelo vermelho. A chuva era pesada e ela podia ouvir os trovões atrás dela, a claridade dos relâmpagos era tudo que ela tinha para iluminar o seu caminho, mas ela não parou por um segundo se embranhava cada vez mais entre as árvores e arbustos. Alguns arbustos particularmente espinhentos arranhavam sua pele, mas ela não ligava, continuava correndo. Para onde? Ela não sabia, apenas seguia, até que ouviu um barulho, muito alto e a árvore a sua esquerda explodir em chamas. Ela se assustou e deu um pulo, caindo desajeitadamente, na relva, um raio tinha derrubado a árvore. Ela parou de correr, ficou ali parada vendo a árvore pegar fogo violentamente, então ela virou de costas para a árvore e entrou em um arbusto, deitou enrolada ali, e fechou os olhos. Ela adormeceu, mesmo coma chuva castigando seus pelos, e água gelada fazendo ela se arrepiar,e o barulho dos trovões, que há muito não a assustava mais. Acordou no meio da noite, as horas não sabia dizer, tentou dormir novamente, mas ela sentiu um frio muito grande, passou algumas horas apenas olhando a chuva que ainda continuava intensa e resolveu voltar para casa. Desta vez ela não correu. Foi bem devagar, olhando para cada paço, e vendo a marca que ele deixava no chão molhado e lamacento do bosque, ela não viu o que estava ao seu lado, não viu as árvores, não viu nem mesmo se alguém a estava observando, nesta vez pode-se dizer que Ginny Weasley a perfeita auror russa, tinha falhado, suas defesas estava baixa, então ela nem se importou se tinha alguém a observando, e se transformou novamente voltou a ser a Ginny Weasley. Uma Ginny muito molhada, mas ainda assim Ginny, então ela viu as pegadas da Raposa se transformarem em pegadas humanas, ela continuou seu caminho, só que naquele passo ela não iria chegar em casa tão cedo. Ela mal sabia que pagaria muito caro por aquele erro. Ela andou por bastante tempo, aparatar naquele momento nem passou pela sua mente atordoada, até que ela sentiu uma picada na perna, e aquilo tinha realmente doido, como se alguém tivesse espetado uma agulha na sua perna. Ela parou e ficou a observar o que teria causado aquela sensação, não viu ninguém por perto, mas agora ela estava alerta, a tudo prestava atenção em cada detalhe de qualquer coisa, procurava o que poderia ter causado aquilo nela. Quando ela olhou para sua própria perna; ela congelou, ali havia um dardo preto com a ponta prateada, ela o arrancou dali no mesmo instante, e voltou a procurar freneticamente pelo atirador invisível. Então ela se desesperou, quem quer que fosse, tinha seguido ela até o bosque, mais cedo, e provavelmente perdido a pista quando ela se transformou em Raposa. Ninguém na Inglaterra sabia que ela era uma Raposa. Então quando ela se transformou novamente, ele percebeu, e atirou. Então ela se deu conta de que tinha que sair dali urgente, não tinha trazido a varinha consigo, estava totalmente desprotegida, então ela fez a única coisa que parecia plausível naquele momento aparatou em casa. Mais precisamente no seu quarto, estava molhada e suja de lama, foi direto para o banheiro, pensando o que significaria aquele dardo, e que tipo de substância aquilo tinha injetado nela, certamente que não era nada bom. Ela pensava e não percebeu a sonolência que havia tomado conta dela, mas é claro se ela tivesse tido tempo para reagir pensaria que era o sono que tinha resolvido aparecer. Mas não deu tempo de ela pensar em mais nada, ela simplesmente desabou no chão no banheiro, e no caminho sua cabeça bateu na borda da pia, mas quando ela chegou ao chão já estava desacordada, e não sentiu dor nenhuma.***

Harry estava começando a ficar preocupado, tinha tentado falar com Satiniee, mas esta não lhe deixava, não ouvia, e agora Ginny havia passado duas noites seguidas fora. Sim ele sabia que na noite anterior ela não tinha dormido na sua cama, ou ao menos não estava lá. Como ele sabia disso? Bom, digamos que ele vinha prestado muita atenção aos passos dela e nesta noite ele coincidentemente tinha tido uma sede instantânea e pelo caminho da cozinha ele se perdeu no quarto vazio dela. O fato é que ela não estava lá! E agora de novo, ela não havia dormido em casa, mas se ele tentasse repreende-la por causa disso, ela se irritaria muito, e como ele já havia adivinhado, quando Ginny se estressava bom, pessoas ganhavam olhos roxos, e dentes fora do lugar. Ele já estava com o filme bastante queimado com ela, digamos assim; ele sabia que ela estava sofrendo por causa de tudo aquilo, mas até agora ele não tinha tido uma chance. Sentado no sofá da sala ele pensava sobre isto, com Satiniee sentada com a cabeça em seu colo, não era bem que não tivesse tido uma chance, era mais que... Ele não tinha tido coragem. Sim era isso custava admitir, mas a verdade era esta. Chance agora mesmo ele só tinha uma, Ginny ainda não havia descido para tomar café, e só havia Hermione com Mark na cozinha, ele poderia muito bem falar agora com ela, mas alguma coisa dentro dele o impedia. Ela era tão doce, tão meiga, bonita, como um lírio ao sol durante a primavera, tendo como fundo o céu azul e sem nuvens, mas a beleza ameaçadora e cortante de Ginny o havia cativado, não, cativado era pouco, ele estava completamente louco. Enquanto uma era delicada, a outra era de uma beleza incomparável, era o oposto, Ginny era ágil, esperta e ameaçadora, era emocionante estar com ela, era corajosa, sabia ser carinhosa, era como a lâmina de uma faca muito afiada, era como ver um Iceberg no meio do oceano com toda a sua majestade, e solidão, forte, implacável, mas belo e encantador, embora suas lascas fossem cortantes como navalhas. O olhar feroz dela, como se desafiasse qualquer um a se atrever a desafiá-la. Ele não conseguia descrever Ginny, apenas sentir ela era indescritível! Ela era forte. Não tinha como compará-las, e nesta história toda o que ele definitivamente não queria era magoar alguém, mas isto estava se mostrando difícil. Satiniee já havia percebido que Harry estava diferente, mais distante calado, diferente do Harry que ela tinha deixado aqui. Isto a intrigava, mas ela não supeitava de nada. Ginny havia sido muito paciente com Harry, não havia feito cobranças e nem demonstrou mias fraqueza e dor na frente dele, mas Harry sabia que, aquilo iria chegar em um limite, a cada semana que passava ele ficava mias tenso. Já havia se passado um mês e ele ainda não tinha tomado nenhuma iniciativa! E o seu maior medo era de Ginny resolver deixá-lo, e ele nunca mais ver ele na vida, achar que ele preferia ficar com Satiniee, isso o assustava mais do que qualquer outro receio. Não era que ele não queria ficar com ela e sim com Satiniee, era só que...
- Harry, Ginny já desceu?-perguntou Hermione da cozinha interrompendo sua linha de pensamentos e o chamando para a realidade.
- Ham? Não. Quero dizer... Não que eu tenho visto.
- Ah sim... Harry você poderia me ajudar aqui por favor?
- Claro.- e Harry se dirigiu até onde a amiga estava esperando qualquer coisa menos aquela reação dela. Mione sussurrou baixinho no pé do ouvido dele, mas mesmo assim dava ara perceber a irritação.
- Escuta aqui vocês dois, eu não agüento mais ver vocês brigando, e pelos motivos mais idiotas possíveis! Chega vocês não conversar agora.
- Não... Mione você...-mas ela não dava chance para ele explicar que nada tinha acontecido, apenas puxava ele em direção a escada.
- Shhhhii! Vocês vão conversar e se entender agora!
- Entender, mas nós nem...
- Francamente, parecem duas crianças! Eu nunca imaginei Harry...- mas quando ela terminou esta parte eles já estavam na porta do quarto dela e ela deu duas pancadas fortes na porta.- Ginny abra a porta!- mas não obteve nenhuma resposta.- Abra ou eu vou entrar do mesmo jeito!- mas tudo continuou no mesmo silencio. Então Hermione entrou no quarto destrancando a porta com um aceno da varinha, e puxando Harry ainda bem preso pelo braço.
- Ginny?- mas nenhuma resposta foi ouvida.- Ginny, Harry tem uma cosia pra falar para vocês. Alias vocês dois tem que parar com isso, que comportamento infantil!
- Hermione você quer parar!- disse Harry finalmente se livrando do aperto da amiga.
- Onde ela está?
- Não sei!
- Vai Harry ela só pode estar no banheiro espera-a sair, eu só vou deixar você sair do quarto quando estiver tudo bem!
- Mas está tudo...- mas ela já tinha trancado a porta atrás de si. Harry desistiu... Não tinha como convencer a amiga de que estava tudo bem entre eles. Ele não sabia de onde ela tinha tirado aquilo! Deve ser por causa das brigas e pazes, que agora tinham se tornado uma constante, bom de qualquer forma o único jeito era esperar até Ginny sair do banheiro, ele tinha certeza de que Hermione estava montando guarda na porta do quarto. Tinha que esperar ela, para assim poderem explicar tudo. Ele sentou na borda da cama e esperou, esperou dez minutos e ela não saia lá de dentro, esperou mais ainda, um bom tempo, até que ele começou a ficar preocupado, será que ela não estava lá? Ele foi até o banheiro e abriu a porta devagar.
- Ginny? Você está aqui?- silencio. Ele deu alguns passos e seus pés esbarraram em algo, então ele viu. Ginny estava caída no chão completamente suja de lama e com manchas de sangue ao redor da sua cabeça. – Oh meu Deus! Ginny!-ele se agachou e foi tentar acordá-la, sacudiu seus ombros, mas ela não deu sinal de vida. Apenas o peito subindo e descendo com a respiração incerta minimizou seu desespero.
- Hermione! Hermione!- ele gritava desesperado, não importava se estava chamando atenção ela estava desacordada, sangrando! Harry a pegou nos braços e tirou-a do banheiro.- Abra esta porta!- não demorou muito e a amiga assustada abriu a porta rapidamente.
- O que aconteceu... Ginny! Ginny!-ela pôs as mãos na boca assustada em ver a amiga naquele estado, deitada em cima da cama, parecendo sem vida.- O que aconteceu com ela?
- Não sei eu cheguei e ela estava caída no chão do banheiro com a cabeça sangrando!
- Meu Deus o que aconteceu? O que ela tentou fazer!
- Não sei! Hermione corra e vá chamar a Sra. Weasley!
- Sim.-e ela saiu desabalada pela casa atrás dela, não demorou muito e todos da casa estava ao redor da cama de Ginny, e Hermione também. Eles tinham tentado não recorrer a magia, porque não sabiam o que tinha deixado a Weasley caçula naquele estado, mas no fim nada acordou ela. Molly chorava descontroladamente no ombro do marido que ostentava um semblante muito triste, Rony estava pálido, Hermione muito nervosa, Harry segurando a mão de Ginny inerte sussurrando baixinho o nome dela, como se assim ela fosse voltar a tona e ele pudesse ver a cor dos seus olhos novamente, Satiniee apenas olhava com pena para a mulher em cima da cama e preocupada com o namorado que parecia meio abalado. Mark estava agarrado a sintura da mãe sem entender muita coisa, ele queria saber porque a sua Tia estava assim. Então Mione não agüentou mais o suspense, e tentou o que ninguém tinha tentado ainda, mas parecia muito obvio.
- Enervante!-todos se viraram para olhar para ela, e depois de um tempo ficaram todos vidrados em Ginny deitada, ela tinha levantado a mão ate testa e massageado a cabeça dolorida. Abriu os olhos e olhou todo em silêncio, no começo não entendeu porque estavam todos ao redor dela na cama quando ela estava com uma bruta de uma dor de cabeça. Então as lembranças da noite passada assomaram a sua visão, e sua cabeça parecia estar girando totalmente, lembrou de tudo, uma raposa correndo, um dardo, um barulho, uma dor, ela aparatando, e nada mais, tudo preto. Ela sentia as forças se esvaindo lentamente do seu corpo debilitado, cada parte do seu corpo queimava, sua cabeça girava dolorosamente lhe causando náuseas. Então sua vista escureceu novamente e suas costas bateram contra a cama macia. Todos os que estavam ali presentes, murmuraram, ou fizeram cara de espanto, aquilo estava muito estranho, ela acordava e desmaiava logo em seguida, mas Arthur se pronunciou, dizendo o que todos estavam pensando.
- Tente novamente Hermione, por favor...
- Enervante!-e desta vez Ginny abriu os olhos soltou um grande bocejo, para logo depois levantar uma das mãos em direção a sua cabeça, dolorida.
- Cabeça...Dói muito...-foi tudo que ela conseguiu dizer. E todos sorriram aliviados, ela tinha acordado. Harry que estava mais perto a abraçou bem forte, estava pouco se importando, pro inferno com os outros, o que importava era ela.
- Graças a Deus, Arthur nossa menininha esta de volta!- dizia a mãe levantando os braços para o alto e abraçando ela por cima de Harry. Hermione chorava descontroladamente, e abraçava Mark, enquanto Rony ia voltando lentamente a sua cor natural. E Satiniee esboçou um pequeno sorriso no rosto, finalmente, todos estavam aliviados.
- Dói...Dói...-ela repetiu novamente, apertada por Harry e sua mãe.
- Gente eu acho melhor sair todo mundo. Eu e Molly vamos ficar, para saber o que aconteceu, não é bom para ela todo este tumulto.- disse o Sr. Weasley para os outros, e todos foram saindo lentamente do aposento sussurrando entre si. Mas Harry era relutante em sair, ele queria ficar ali com ela, ter certeza de que ela ficaria bem, de que não desmaiaria de novo, mas Ginny olhou para ele, e ele saiu do quarto. Sua cabeça iria explodir, e ela sentia um frio descomunal...
- O minha filha, como isto foi acontecer? Você consegue falar? O que está sentindo? Harry disse que você tinha batido a cabeça, está muito machucado? Nós cicatrizamos o corte, mas ainda deve estar dolorido... Por que você esta tremendo?- a Sra. Weasley despejou tudo de um fôlego só, e Ginny atordoada e com frio não entendeu metade do que ela disse.
- Molly querida é melhor fazer, uma pergunta por vez, ela ainda está muita atordoada, não vai entender se você perguntar tão rápido assim... Ginny, querida nós precisamos saber o que aconteceu com você; você encontrada caída no banheiro coma a cabeça sangrando pelo Harry.-disse ele pausadamente. Ginny, mesmo com o corpo todo dolorido, e a cabeça girando, conseguiu perceber a gravidade da pergunta. Ela não poderia dizer nada para eles, não podia contar que era um animago nem poderia dizer que alguém estava caçando ela, e ela nem ao menos sabia o porque, e principalmente não podia dizer de modo algum para eles que provavelmente o que aquele dardo que tinha atingido ela continha um veneno que obviamente estava fazendo efeito. E muito bem por sinal. Então ela optou pela resposta mais fácil que lhe ocorreu.
- Eu... Eu, não... Lembro.-ela disse em um sussurro
- Tem certeza?-ele tentou.- Talvez se você se esforçasse lembraria de alguma coisa. Qualquer coisa.
- Arthur! Não vê que ela não esta em condições de fazer esforço nenhum!-ralhou Molly com o marido.
- Não...-Ginny continuou a sussurrar e tremer violentamente. Sua mãe pôs a mão na sua testa e percebeu que ela ardia em febre, mas era uma febre muito alta! Ela nunca tinha visto uma febre mais alta!
- Arthur ela está ardendo em febre! Está literalmente queimando!-falou preocupada.
- Vou buscar mais lençóis e algum remédio para abaixar a febre.- disse ele ágil, e saindo do quarto.
- Não durma Ginny. Por favor não durma querida.-Molly repetia acalentando a filha. Ela tinha medo da ruiva a sua frente dormir e desmaiar ou que Merlin não deixe, que acontecesse algo mais grave e eles não perceberem porque ela iria estar dormindo. E Ginny ouvia as palavras da mãe e tentava obedecer para tranqüilizá-la, mas seus olhos pesavam como chumbo. Mas o sentimento dentro dela a Raposa se recusava a perder, quem quer que tenha lhe atirado aquele dardo envenenado não conseguiria o que queria tão fácil. Não o sono não iria derrubar ela. Logo seu pai chegou com um vidrinho verde, e um liquido pastoso dentro, ela bebeu,e ficou com a mãe no quarto esperando a febre baixar. Durante toda a manhã ela ficou encerrada no quarto, sem a febre ceder, continuava alta, mas mesmo assim, Ginny não dormia, sua cabeça tinha desistido de girar, agora ela latejava intensamente embaçando sua visão. Logo alguém lhe trouxe uma sopa, que ela foi obrigada a tomar, na hora do almoço, ainda não tinha comido nada durante o dia. Ela odiava sopa, mas tomou sem reclamar, estava quente e aquilo a fez suar um pouco. Até o meio dia depois de ter tomado a sopa de galinha, a febre ainda não havia baixado, e ela continuava no mesmo estado. Sua mãe foi substituída por Hermione, que tentou conversar com ela, saber o que tinha acontecido, mas mesmo assim ela não contou nada, disse o mesmo:
- Não lembro.-disse entre um bater de dentes.
- Mas e o que você já sentiu, quais os sintomas?
- Eu já... Disse... Mione!
- Certo desculpe.-a amiga ficou calada por um tempo, pensativa para depois concluir.- Não, não parece nada que eu já tenha visto, sentido, lido ou mesmo ouvido falar.- e isto era ruim. Realmente ruim, queria dizer que era algum tipo de erva infusão ou veneno, extremamente raro! Se Hermione que era Hermione, não tinha nem sequer ouvido falar em coisa parecida, era porque era realmente desconhecida, mas mesmo assim Ginny não fraquejou por um instante sequer, não dormiu. Logo mais tarde veio o lanche, também uma coisinha leve, nada pesado, e ela teve que tomar mais uma dose de remédio, mas o pensamento que não saia da sua cabeça era o que estava fazendo aquilo com ela. Era veneno; disso ela tinha certeza pelos sintomas, mas era raro, pois a maioria dos venenos matava bem rápido, rápido o suficiente que não dava nem tempo para preparar o antídoto. Mas aquele era diferente, ela sabia, existiam exceções, que quase ninguém conhecia, ela sabia disso porque na Rússia eles trabalhavam com venenos e antídotos, eram a melhor arma depois dos feitiços. Os aurores formados lá, tinham um treinamento intenso em reconhecimento de venenos pelos sintomas, cor da língua, cheiro, cor e etc. Aquele ali aprecia especializado, preparado especialmente para aquilo, mas não dava para dar o diagnóstico tão cedo, se ela durasse mais alguns dias, ela poderia identificar, mas aquele parecia um veneno típico dos que característicos de veneno, avisando que ela fora envenenada e estava doente, mas ela tinha tempo suficiente para voltar ao lugar (provavelmente onde ela havia sido acertada) a procura do antídoto, e ser apanhada em uma bela de uma arapuca. Ou seja, a vitima tinha tempo o suficiente de vida para voltar atrás do antídoto ao perceber que fora envenenada, e assim provavelmente cair em uma armadilha que já estava a sua espera, queriam pegar a vítima viva. Isso a fez se preocupar, pois alguém queria que ela voltasse, queria que ela voltasse, alguém queria ela viva; mas quem poderia ser, e bom tudo aquilo não fora muito longe da sua casa, poderia oferecer risco a sua família. O atacante poderia muito bem ameaçar algum membro da sua família se ela se recusasse a colaborar. Ela continuava com febre altíssima, quando Harry entrou no quarto para visitá-la e ver como ela estava:
- Sua febre não baixou nem um pouco!-ele se assustou ao tocar a testa dela, mas ela não falou nada, então ele continuou.- Hermione me disse que você estava com dores de cabeça, disse que sua cabeça girava, e quentura interna, olhos pesados...
- É...
- Sua mãe acha que é apenas uma doença normal, uma virose, ou gripe mais forte, e os outros também, para acalmá-la, mas eu não acho que isto pareça uma gripe.-então ela percebeu, Harry saberia, claro! Ele iria perceber que o que realmente acontecera fora envenenamento, e não uma gripe.
- O que você acha?
- Bom, eu ainda acho muito cedo para dizer... Não tenho certeza, mas... Não se assuste, pode muito bem não ser... Mas parece veneno.-claro ele sabia, ela teria que contar para ele. Pensando bem era melhor assim, ele era auror, poderia proteger a família, quando ela estivesse longe, o que ela não achava que iria demorar para acontecer, pois ela suspeitava que aquilo, vinha da Rússia,e se já tinham alcançado ela na Inglaterra, era porque a coisa estava feia lá.
- Você está certo, é veneno.-ela resolveu admitir logo.
- Como? Meu Deus! É um milagre você esta viva até agora! Quem fez isto com você?
- Eu não sei... Estava no bosque... Andei para longe... Na chuva... Alguém me atingiu com um dardo... Não sei quem foi...- enquanto dizia isto seu estômago revirava, e ela passou a sentir uma pontinha de enjôo lá no fundo enquanto falava.
- Aqui! Você não tem nem idéia de quem possa ter sido?
- Não...- a náusea crescia com uma velocidade impressionante!
- Benzoar! Você tem que comer...
- Não. Não funciona. Não com este tipo de veneno...- Harry ficou calado pensando, enquanto ela apertava os olhos, tentando reprimir aquela sensação. Ela não queria ver ele preocupado com ela.
- Então é serio, não é?
- Suspeito que sim, mas...- ela disse ofegante.- se eu descobrir o que é, eu posso tratar. Que tipo de veneno.
- Mas isto você só vai poder saber depois de amanhã!- ele se alarmou, ela poderia não ter todo este tempo!
- É.
- Mas...-ele não queria dizer, não queria parecer que... Ele não queria que ela ficasse com medo do que poderia acontecer.
- Não se preocupe eu... Prometo que estarei viva até lá... Quem fez isto comigo... Ainda vai pagar caro! Muito caro...-e quando acabou de falar isto apenas se virou para o lado da cama e vomitou no chão. Harry ajudou-a a deitar novamente na cama, ela estava trêmula e pálida, cobriu-a com um lençol e limpou o chão com um aceno da sua varinha- Harry não conte para ninguém... Sobre o veneno... Nem sobre ontem a noite... Eles não sabem... Não quero preocupá-los.
- Mas Ginny, eles têm o direito de saber...!
- Mas eu tenho o direito de omitir, e não o de matar minha mãe do coração.- Harry passou um tempo calado, analisando o pedido dela, realmente era isto que iria acontecer, se a mãe dela soubesse... Todos já estavam super preocupados, com a febre que não baixava. E agora ainda por cima ela tinha vomitado.
- Tudo bem, eu não irei contar. Mas eu vou ficar hoje com você, só para ter certeza de que...
- Não...-ela o interrompeu e logo depois teve outro acesso de vômitos, duas vezes seguidas. E Harry ajudou ela a se ajeitar novamente na cama, e limpou o chão.
- Vou.
- Não vai não, sua noiva... Quero dizer... Satiniee não vai gostar.
- Ela não vai suspeitar de nada.-ele garantiu a ela.
- Vai.
- Ginny Weasley eu não vou mais discutir isto com você! Eu vou ficar e pronto.-ela queria lá no fundo, ela queria que ele ficasse, mas ela tinha medo do que os outros poderiam pensar, e também... Não se sentia bem, sentia-se suja.
- Eu vou gritar se você ficar.-ela disse se virando para vomitar novamente.
- Duvido que você consiga. Não vomitando deste jeito, assim você mal consegue falar.- e o pior é que ele tinha razão.
- Eu posso vomitar... Sem querer em você.- falou ela, sem argumentos e ofegante, e muito pálida, lá se ia toda a comida do dia.
- Não me importo.-ele afirmou, e ela se jogou de costas nos travesseiros vencida.- Vou avisar para sua mãe que ela pode dormir sossegada que eu vou ficar aqui.
- Tá.-ela apenas disse, estava receosa em abrir a boca. Ela odiava vomitar! Tudo menos isto, ela preferia ficar entupida! Realmente, quando ela saísse daquela cama, a pessoa que tinha feito isso com ela, iria se arrepender amargamente. Harry saiu do quarto e ela continuou lá imóvel, com medo de que se fizesse qualquer movimento pudesse sentir... Mas não demorou muito e ela não se conteve, durante a ausência de Harry botou tudo para fora, mais ou menos umas três vezes, e quando ele voltou, ele apenas limpou o chão.
- Pronto eu já acalmei todos lá em baixo e dei uma folga para a Sra. Weasley, a coitada está muito preocupada.
- Mas e sua noiva?-ela disse em um fiapo de voz.
- Por Merlin Ginny, quantas vezes eu vou ter que dizer que Satiniee não é minha noiva?- ele falou, já se irritando com a teimosia da ruiva.
- É quase isso.-e foi tomada por outro acesso de vômito intenso. Harry se sentou ao lado dela na cama, e ajeitou os travesseiros à suas costas e acariciando os seus cabelos úmidos de suor, ele pegou na testa dela e constatou que ela ainda estava com a mesma febre alta de todo o dia.
- Sim, agora durma você precisa descansar.-ela ouviu aquilo e não disse mais nada, apenas fechou os olhos, se sentia exausta, como se tivesse passado cinco dias correndo sem dormir e comer, e ainda por cima com frio e dor de cabeça. Ela demorou a dormir, vomitava freqüentemente, e Harry tinha que ajudá-la, mas mesmo assim ela conseguiu dormir. Harry estava aliviado por ela ter conseguido descansar um pouco, ele estava muito preocupado, mas não queria deixar transparecer, aquele veneno poderia ser uma coisa séria, poderia levar até... A morte. Ele sentia um calafrio violento percorrer seu corpo toda vez que pensava nisto, ele temia por ela, assim como todos, mas apenas ele sabia a real gravidade da coisa. E durante a madrugada, a febre dela aumentou mais ainda, ele não conseguia mais pegar nela por muito tempo, ela queimava literalmente, não demorou muito começou a delirar, falava coisas desconexas e se debatia. Ela gritava nomes, entre eles Beatrice, Leo, Andrei, Antony e Tigre, ele sabia que não deveria ouvir o que ela estava dizendo, mas mesmo assim ele não pôde evitar uma pontada se ciúmes. A noite foi longa, ele tentava de todas a maneiras que lhe ocorria, abaixar a febre dela, isto parecia uma missão impossível! A febre resistia, mesmo ele dando remédios, poções, e até tentou alguns feitiços, mas nada, nenhum resultado. Já quando o sol já estava ameaçando aparecer, ele pegou um pano molhado e pôs na testa dela, depois de tudo, e sentou ao seu lado colocando a cabeça ruiva no seu peito e abraçando ela forte, com medo de perde-la, desta forma cochilou um pouco e quando acordou o sol já estava claro.

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