II




Desaparatei em casa. Estava tão cansada que cai no sofá e estiquei minhas pernas entre as almofadas. Fechei os olhos por uns 30 segundos e respirei fundo antes de me levantar e ir tomar um banho demorado, trocar a roupa e jantar em frente a TV. Sim, eu levo uma vida 50% trouxa e 50% bruxa. É bom não ter que ficar usando magia para tudo. Todo mundo precisa disso. Por isso que os bruxos são meio folgados, tudo para eles é magia. E os trouxas são estressados, por que não fazem magia. Por isso optei o meio termo e estou muito feliz com isso.

Eu levo uma vida muito confortável, eu sei. Visito meus pais de vez em quando, não dependo financeiramente deles, tenho meu próprio salário, pago minhas contas. Tenho um trabalho ótimo, até Draco Malfoy ter chegado. Mas mesmo assim, tirando ele, posso dizer que estou muito satisfeita com a vida que levo. Ah, sim eu não tenho namorado, isso realmente me faz falta. Poder ter uma pessoa ao seu lado, e contar com ela faz falta de vez em quando, entende? Mas isso é algo que simplesmente ainda vai acontecer. E eu não estou realmente com tanta pressa assim.

Quanto aos meus amigos, todos estão bem. Harry está casado com Gina, vivem felizes. E Rony, bem, digamos que ele anda procurando uma pessoa. Da última vez que falei com ele parece ter encontrado, está namorando uma americana bruxa.

Estaria melhor se Draco não tivesse aparecido para me azucrinar. Mas fazer o quê? Ele se infiltrou lá e eu não posso fazer nada. Qualquer coisa que eu tente fazer ele sairá ganhando e isso, definitivamente, eu não quero. Ele é um espião, tenho certeza. Não tenho provas concretas, isso é verdade. Por isso ninguém acredita em mim. Todos vêm com um papo de que ele mudou. Claro que ele está representando um ótimo papel, devia ganhar o Oscar. Ele engana a todos, menos a mim.

Mas se ele pensa que pode estragar minha vida está muito enganado. É mais fácil eu estragar a vida dele e vou fazer o possível para isso...

Eu estou muito bem. Sentada, comendo farofa de ovo e coca-cola. Não preciso de um cara pegando no meu pé, tentando arruinar minha vida toda hora!.... Opa, o telefone está tocando. Deve ser minha mãe. Vou deixar minha farofa de ovo aqui na mesinha juntamente com a coca-cola enquanto vou ver o que ela quer. Só tomara que ela não demore muito, ninguém merece farofa de ovo frio e coca-cola sem gás.

- Alô. – Atendo com a voz calma.

- Hermione, sou eu Draco.

Meu coração disparou ao ouvir a voz.
Ai meu Deus! O que eu fiz Senhor para merecer isso?

- Como você conseguiu meu número de telefone?! – Interroguei tentando recuperar minha respiração normal.

- A Dona Mary me deu. – Respondeu a voz masculina irritante e tão conhecida.

Ótimo. Dona Mary é uma senhora de idade, minha secretária. Deve ter sido muito fácil ele conseguir.

- O que você quer?! Diz logo que eu estou ocupada.

- É só para avisar que você esqueceu sua bolsa aqui no escritório.

Essa informação me atingiu como um soco. Eu o deixei no escritório sozinho! Ele deve ter vasculhado tudo! Como eu pude ser tão burra! E agora? Minha bolsa!!!!!

- Ahnnn, que droga! – Pensei em voz alta.

- Eu levo para você, não se preocupe.

Não, não, não!!! Aqui em casa não!!!!!!

- Não. Pode deixar que eu vou buscá-la! – Disse desesperada.

- Já estou a caminho. Até logo Hermione. Tchau. – E dizendo isso desligou.

Nãoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!

E agora?????? Como eu fui deixar isso acontecer? Ele vai vir aqui! Eu estou só de pijama. Isso não pode estar acontecendo comigo! Não é justooooooo!!!!

Alguns segundos depois a campainha tocou.

Andei mecanicamente até a porta esquecendo que estava de pijama. Estava apavorada.

Ele apareceu com um sorriso. A mesma roupa de trabalho.

- Espero não estar incomodando.

Lógico que está, sua peste!

- Hmmmm... – Disse e puxei minha bolsa das mãos dele.

- Algum problema Hermione? – Ele olhou para minha roupa dando um discreto-sorriso-debochador ao ver os ursinhos carinhosos pulando nas nuvens e depois fitou meu rosto. – Você está com uma cara estranha.

- Não. Nada. Está tudo ótimo. – Respondi mecanicamente. – Obrigada por trazer minha bolsa. Até amanhã. Tchau. – Empurrei a porta para fechar, mas ele bloqueou com o pé direito.

- Tem certeza de que está tudo bem? – Ele insistiu. – Sinto muito pela discursão de hoje.

- hmmrum, tudo certo, não se preocupe. Dá para tirar o pé daí?

Ele empurrou a porta e entrou.

- É falta de educação não convidar as pessoas para entrar. – Ele comentou com um sorriso passando por mim.

Não diga...

Ele olhou para o prato em cima da mesinha da sala e o refrigerante ao lado. Chegou mais perto da comida e perguntou:

- O que é isso?

- Farofa de ovo. Agora dá pra ir embora? Quero dormir.

Ele afastou o cobertor do sofá e se sentou. Para a minha surpresa, pegou minha farofa de ovo e provou. Era só o que me faltava!

- É bom... gostei.

- Sai da minha casa! – ordenei.

- É assim que me agradece por eu trazer sua bolsa??

Eu ainda estava segurando a porta aberta. Bati com força.

- O que você quer Draco? Diga logo!

- Nada. – Ele deu de ombros.

- Já tem. Vai embora!

- Por que toda essa violência? Parece que tem medo de mim!

- Medo? De você? – Debochei.

- É o que parece..

- Draco, escuta só uma coisa. Trabalhei pra caramba hoje. Estou cansada, acabada e morrendo de sono. Estou te dizendo isso só para poder te fazer um micropedido... posso?

Ele assentiu.

- Tira as patas da minha comida e sai da minha casa!

- Por quê?...

- Acabei de te dizer o porquê! – interrompi me descabelando de raiva.

- Não, não fiz a pergunta toda... Por que me odeia tanto?

- Sem perguntas difíceis por favor, sai da minha casa. – Apontei para a porta.

- Mas eu só...

- Sai da minha casa!

- Mas...

- SAI!

- Parece que alguém aqui está com Pós Tensão Menstrual. – Ele soltou.

- Como ousa?!

- E não é verdade?

- Cala boca! Sai daqui!

- Você janta comigo amanhã?

- Não.

- E depois de amanhã?

- Não. Nunca vou jantar com você!

- Cuidado com essas afirmações. – Avisou ele se levantando. – Tudo bem. Eu vou embora. Mas só por que você pediu com muito carinho... – Ele passou por mim. – Gostei do pijama. Até amanhã. Boa noite....

- Adeus! – Bati a porta na cara dele.

Ainda ouvia voz do outro lado da porta:

- Amanhã nós vamos jantar. Não esquece!

- Cala a boca! – Respondi vermelha de raiva.

- Ás 7h em ponto! – Continuou ele.

Argh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ouvi ele gargalhar do outro lado. Depois os passos foram se distanciando. Abri a porta para confirmar se ele tinha ido mesmo embora. A rua estava vazia. Fechei a porta e tranquei magicamente. Meu coração ainda aos pulos.






Oi Pessoas! Espero que tenham gostado desse cap. Comentem! Estou sentindo falta de comentários. Obrigado por lerem. Até o próximo capítulo.

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