O dia das bruxas



Estou de volta
Desculpem a demora, estive muito ocupado, mas se alguém ainda estiver lendo essa fica aí vai mais um capitulo, vou tentar não atrasar tanto
Agradeço aos comentários



O dia das bruxas

O mês de outubro passou rápido e os alunos do primeiro ano continuavam sua rotina de aulas. Logo assim que Remus Lupin melhorou de sua estranha doença, os meninos da Grifinória passaram a praticar o feitiço escudo, durante a noite no dormitório, Em apenas duas semanas e muitos acidentes, eles já estavam dominando o feitiço, apenas Pedro ainda tinha alguma dificuldade. Resolveram então, praticar pequenas azarações. Eles ensinavam uns aos outros as azarações que conheciam e testavam algumas que haviam visto só em livros.
O Saldo desses treinos era, no fim, satisfatório, apesar de terem que visitar a ala hospitalar de vez em quando.
Na manhã do dia 31 de outubro, o dia das bruxas, o dia estava claro e a temperatura bastante agradável, Os alunos desceram animados para o café da manhã, pois além de ser sábado haveria uma grande festa à noite. Tiago comia apressadamente, pois queria ir o mais rápido possível para o campo de quadribol, pois naquela manhã seria o primeiro treino do time da Grifinória.
Lílian e Rosalina estavam curiosas para ver como era o Quadribol, o jogo dos bruxos. As duas vinham de famílias trouxas e sabiam muito pouco sobre o esporte, apesar de Laura gostar muito do jogo e sempre comentar sobre os times profissionais.
Depois do café os jardins ficaram cheios de alunos aproveitando o bom tempo, sentados no gramado e nas margens do lago. Alguns deles se dirigiram ao campo para assistir ao treino.
Nas Arquibancadas, Tiago estava muito atento a tudo que o capitão falava com os jogadores. Sírius estava meio impaciente com a demora do treino, já estava achando que não havia sido uma boa idéia ter acompanhado Tiago. Ao lado deles Pedro também parecia um pouco entediado.
“Puxa Tiago, será que não dá para fazermos outra coisa?” Perguntou Pedro. “O dia está ótimo e esse treino está muito chato, se ainda fosse um jogo”.
“Se você quiser, pode se juntar ao Remus na Biblioteca”. Disse Tiago, sem retirar os olhos do campo”.
Sírius ia abrir a boca para concordar com Pedro, mas Tiago se levantou abruptamente com o braço erguido apontando algo na altura da copa das árvores.
“Olha lá” Disse o menino com um sorriso de satisfação no rosto.
“O que?” Disseram Pedro e Sírius juntos. Apertando os olhos para tentar ver através da claridade ofuscante do sol.
“O Pomo!” Respondeu Tiago.
“Ah, fala sério! Não tem nada lá” Duvidou Sírius.
“Olhe direito, logo acima das árvores.”
Sírius prestou um pouco mais de atenção, forçou a vista e conseguiu ver os reflexos dourados do pomo de ouro. Ele olhou espantado para Tiago e disse com a voz meio falhada. “Caramba como você conseguiu enxergar?”
“Como eu consigo enxergar não é importante, o problema é nosso apanhador não conseguir vê-lo... Olha lá ele, a poucos metros do Pomo e nem se dá conta”. Respondeu Tiago contrariado.
“Você devia ser nosso apanhador Tiago” Disse Pedro.
Tiago coçou a nunca com um jeito de falsa modéstia que seu sorriso denunciava e disse: “Quem sabe ano que vem, já que calouros não podem entrar para os times.”
“Então porque estamos aqui assistindo a esse treino chato?” Perguntou Sírius aproveitando o comentário de Tiago. “Já deu pra ver que esse Time da Grifinória não é grande coisa”. Completou Black.
Tiago fez um muxoxo, concordando com o amigo.
“Vamos até o Salgueiro lutador, ouvi dizer durante o café, que o Basil Hallward vai tentar pegar um ramo.”
A proposta animou Tiago. Ver o salgueiro lutador em ação seria melhor do que aquele Quadribol sem graça que o time da Grifinória estava demonstrando no treino. E assim os três garotos deixaram o campo.

Lílian e Rosalina não estavam entendendo bulhufas daquele jogo estranho e cheio de bolas, Laura já havia explicado inúmeras vezes as regras para as duas amigas, mas ainda assim Rosalina continuava com perguntas.
“O Que aquele cara está fazendo lá no alto separado dos outros?”
“Aquele é o apanhador, ele está procurando o pomo”
“Mas ele não devia ajudar os outros a fazerem os gols?”
“Achar o Pomo é mais importante”
“Mas então por que só um procura o pomo enquanto três tentam fazer gols?”
“São as regras, se todos procurassem o pomo não seria quadribol e sim caça ao pomo. Agora fica quieta e me deixa assitir ao treino.”
Rosalinda se levantou e saiu mal humorada com a grosseria de Laura, enquanto Lílian ria da impaciência da amiga.
“Logo a Laura que falava pelos cotovelos, ainda mais sobre quadribol, pedindo silencio...” Penssou Lílian.
A ruiva já havia desistido e assistir ao treino, achou muito chato e complicado, devia ser o tipo de esporte que é divertido apenas para quem está jogando. Pensava ela.
Enquanto suas duas amigas discutiam as regras do jogo ela havia retirado um pergaminho da bolsa e começado a escrever uma carta para seus pais.
Parou de escrever, apenas, para repreender Laura pela maneira ríspida com que havia tratado Rosalinda.
“Você tem que se desculpar com ela”
“Ah ta bem, eu me desculpo depois... Mas ela fica fazendo um monte de perguntas idiotas.”
“Ela só estava tentando entender esse jogo maluco”
“Ah ta bom... Já entendi que peguei pesado, eu peço desculpas depois na sala comunal”.
“Aqui está muito chato Laura, será que não podemos ir até o Lago, lá deve estar bem mais agradável.”
“Está bem, esse treino está um droga mesmo... Mas bem que podíamos ver a professora Nádia, pena que não podemos ir durante o dia e hoje à noite é o jantar de dias das bruxas”.
“È o preço de ser uma vampira, dever ser uma vida triste. Ou melhor, uma não-vida, como ela mesma diz”. Respondeu Lílian.
“Mas ela é muito legal e sempre que vamos até a sala dela ela nos ensina alguma coisa maneira... Meu tio sempre falou mal dos vampiros.”
“Que Tio?” Perguntou Lílian.
“Nunca te falei? Eu tenho um tio que vive na Romênia, irmão de minha mãe. Ele trabalha catalogando vampiros, para um melhor controle dos ministérios, um tipo de censo, para saber a quantidade de clãs e o numero de membros.”
“Nossa, deve ser perigoso!” Disse Lílian.
“È... Quando os vampiros não querem cooperar é complicado mesmo... Ele sempre diz que não se deve confiar em vampiros... Ele não deve conhecer a nossa a professora” Disse Laura com um sorriso.
“Bom, ele está certo porque a própria professora Nádia, diz o mesmo: Que não se deve confiar em vampiros”. Respondeu Lílian
“Vamos logo para o Lago” Disse Laura, desanimada após um balaço mal rebatido por um batedor passar acima de suas cabeças.

Na biblioteca Severo tinha a cara enfiada em pergaminhos, sua pena trabalhava freneticamente riscando o papel. Quando Narcisa e Belatriz entraram.
Narcisa foi em direção a ele enquanto sua irmã se dirigiu para uma outra mesa mais afastada.
“Como vai Severo? Estudando numa manhã de sábado?”
“Sabe como é trabalho em dobro para fazer.” Respondeu Severo irônico estendendo um rolo de pergaminho para Narcisa.
“O que é isso?”
“Seu trabalho de Feitiços”
A menina ajeitou o cabelo atrás da orelha e com um sorriso desenrolou o pergaminho. Enquanto passava os olhos pelo texto seu sorriso foi desaparecendo. Severo é quem sorria agora ao observar a expressão de Narcisa.
“Essa caligrafia está péssima! Quase não dá para entender.”
“Bom tenho que fazer dois trabalhos no tempo de um... Não me preocupei muito com a letra porque você vai ter que passar a limpo com sua caligrafia mesmo”. Severo havia planejado aquilo, sabia que Narcisa levaria muito tempo para passar o trabalho a limpo tentando decifrar o que estava escrito no pergaminho. Ele só não ficou mais alegre porque Narcisa não pareceu se importar simplesmente enrolou novamente o pergaminho e o enfiou no bolso.
“Obrigado” Disse ela seca.
“O Que você está fazendo na biblioteca, Narcisa?” Perguntou Severo.
Mas antes que ela respondesse a pergunta. A atenção da menina foi desviada para uma outra mesa. Lá estava Remus Lupin a cabeça baixa meio escondida atrás de uma pilha de livros.
Narcisa pegou a varinha e caminhou até ele.
Remus nem percebeu a menina se aproximar somente sentiu as costas serem cutucadas pela ponta da varinha. Ergueu a cabeça e viu Narcisa com um olhar gélido no rosto.
“Você é o amigo esquisito do meu primo.”
Remus continuou calado.
“Cadê seus amigos perdedores e o imprestável do Sírius?”
“Olá, bom dia.” Disse Remus educadamente e continuou: “Não sei onde anda seu primo, mas conhecendo-o eu diria que deve estar nos jardins aproveitando o sábado”.
“Bom acho que você vai ter que levar um recado para ele”. Disse Narcisa alisando a varinha ameaçadoramente.
“E onde está a sua gangue” Perguntou Remus, calmante recostando-se na cadeira cruzando os braços mostrando que também segurava sua varinha.
Narcisa sorriu. Fez um gesto com a cabeça apontando sua irmã num canto da sala conversando com alguém e depois olhado para Severo. “Acho que estamos em maior numero”.
“Claro que estão... Mas acho que você não freqüenta muito a biblioteca, Seu amigo Snape pode lhe dizer como a bibliotecária é brava. Não acho que seria bom para vocês arranjar confusão aqui”. Disse Remus.
“Claro, Sr. Esquisito. Mas o castelo é grande e ainda vamos nos encontrar em um local onde não vai poder se esconder atrás dos empregados.”
Ela deu as costas e saiu da biblioteca. Remus olhou para Severo, mas ele já estava arranhado o pergaminho novamente e Remus achou melhor retornar a sua leitura, pensando que Tiago tinha razão sonserinos são traiçoeiros ele devia ficar mais esperto ao andar sozinho pelo castelo.
Severo não queria se meter em confusão, não tinha nada contra Remus, Ele detestava Tiago por tê-lo azarado no trem, logo no primeiro dia. Também não gostava de Sírius era uma antipatia estranha. No fundo Severo invejava Sírius, por ele ser um Black, rico, bonito e puro sangue. Ele achava Siris um menino tolo e arrogante que desperdiçava sua herança familiar se juntando com as pessoas erradas. Se fosse ele um Black agiria de outra maneira.
Sua atenção foi desviada para Belatriz que conversava com Lestrange em voz muito baixa. Logo depois ela saiu da biblioteca contrariada e Lesrange também pareceu aborrecido.

Quando Pedro, Tiago e Sírius chegaram ao Salgueiro lutador, a melhor parte já havia acabado, Basil Hallward estava sendo amparado por dois outros garotos, enquanto Ludo Bagman erguia o braço quebrado dele dizendo:
“Conseguiu, ele conseguiu”.
Na ponta dos dedos trêmulos de Basil estava uma única folha que se contorcia contrariada.
Basil estava a ponto de desmaiar com hematomas por todo corpo, seu nariz estava com o dobro do tamanho, o ombro esquerdo meio deslocado. As vestes rasgadas e os joelhos e cotovelos aranhados.
“Basil é o primeiro a conseguir um ramo do salgueiro lutador”. Bradou Ludo, feliz com o resultado, pois a grande maioria havia apostado no fracasso do rapaz.
“Ei Bagman! Não valeu.” Gritou Goyle, escoltado pelos gêmeos Flint.
“Hora ele pegou um Ramo!” Disse Bagman sacudindo pateticamente o braço quebrado de Basil com a folha na mão. O rapaz soltava gemidos preocupantes.
“É só uma folha e ele nem a pegou, ela que prendeu entre os dedos dele quando ele levou aquela pancada que o jogou para o alto! Ele estava pedindo socorro e nem percebeu a folha presa nos dedos quanto foi erguido do chão”.
“Talvez você queira tentar fazer melhor” Gritou Sírius, chamando a atenção.
Pedro desejou que Sírius não tivesse dito aquilo, pois Goyle o fuzilou com um olhar de ódio.
“É isso aí Goyle, quem sabe você se sai melhor do que o Basil?” Provocou Ludo.
“Com certeza eu farei melhor.” Respondeu Goyle sem pensar, mas não querendo ser desmoralizado na frente dos outros alunos.
“Bom, quem aposta em Goyle, goleiro e capitão do time de quadribol da Sonserina!” Gritou Ludo para os alunos que aumentavam a sua volta.
“Muita calma Bagman! Primeiro eu quero o dinheiro que apostei contra Basil, pois ele não pegou o ramo.” Protestou Goyle se aproximando ameaçadoramente de Ludo.
Bagman era de um tipo corpulento, jogador de quadribol... Ia ser profissional assim que deixasse Hogwarts. Mas coragem não era um de seus atributos. E apesar de ter físico suficiente para encarar Goyle, não estava muito disposto a entrar em briga com a gangue de sonserinos, eles conheciam umas azarações bem sinistras. Por outro lado ele não desejava de jeito nenhum pagar a Goyle, porque se fizesse isso teria que pagar a todos os ouros que apostaram contra Basil. Enquanto sua mente trabalhava nesse dilema, alguma coisa em seu bolso começou a apitar.
Ele retirou o bisbilhoscópio do bolso e gritou realmente assustado.
“Filch! Filch está vindo!”
Os alunos saíram correndo para todos os lados. Tiago, Sírius e Pedro correram de volta para o campo de quadribol. Um menino distraído da Lufa-lufa correu em direção ao salgueiro e foi arremessado cinco metros por uma pacada de um dos galhos. Caiu todo quebrado aos pés de um satisfeito Filch.


O Jantar do dia das bruxas foi exuberante a comida estava ótima e a decoração do salão principal soberba. Varias abóboras flutuavam pelo salão iluminadas por dentro fazendo caretas para os alunos. Diferente da maioria dos outros dias Dumbledore estava sentado em sua cadeira e parecia muito satisfeito, ele fez um breve discurso e logo depois o som dos garfos e das conversas encheu o salão.
Os professores conversavam animadamente a única ausência era da professora Nádia, ela não costumava participar das refeições, os alunos achavam que ela estaria presente por ser uma ocasião especial. A maioria achou melhor que ela não tivesse comparecido já que eles se sentiam desconfortáveis na presença dela.
Pouco antes da meia noite Dumbledore encerrou o jantar e ordenou que os alunos voltassem as suas salas comunais.
Sírius havia ido ao banheiro e quando retornou não encontrou mais seus amigos, ele caminhou sozinho pra a escadaria de mármore.
Belatrix que caminhava em direção as masmorras viu Sírius saindo do salão e foi atrás.
“Aonde você vai?” Perguntou Malfoi.
“Vou ter uma conversinha com meu primo”. Respondeu Belatrix enquanto caminhava deixando Malfoi para trás.
Ela alcançou o primo num corredor do segundo andar.
“Olá priminho” Disse ela.
Sírius se virou rápido sacando a varinha já reconhecendo a voz.
“O que você quer?”
“Isso é jeito de tratar sua família?”
“Não vem com esse papo de família... Sei muito bem como se comportam as pessoas da nossa família... Não é a primeira vez que você tenta me azarar”.
“Você é mesmo uma vergonha...”
“Não enche, Belatrix... Toda vez que você me encontra vem com essa ladainha de vergonha da família. Já estou cansado faz logo o que você veio fazer e me poupa de ouvir seu papo repetitivo”.
Belatrix ficou surpresa, sempre foi fácil tirar Sírius do sério, ela o irritava desde que se entende por gente. Agora ele se demonstrava frio. Na verdade Sírius estava seguindo um conselho de Remus, de não demonstrar sua raiva para Bela, pois era isso que ela queria, se ele demonstrasse indiferença talvez ela parasse de persegui-lo. Sírius achava que Remus estava errado, Belatrix nunca o deixaria em paz, mas não custava nada tentar.
“Titia tem mesmo razão, você é um imprestável, indigno...”
Sírius tentou se controlar, manteve o rosto o mais imóvel possível, mas seus olhos demonstravam a raiva crescendo. Bela que havia treinado legimancia, percebeu a patética atuação do primo.
Sírius mantinha a varinha junto ao peito, pronto para executar um feitiço escudo e depois atacar quando Bela se surpreendesse por ele ter desviado a azaração.
Belatrix balançava a varinha, achando que estava torturando o primo com a demora enquanto continuava a falar sobre os dramas da família Black.
A situação estava muito tensa, logo Sírius perderia a paciência e atacaria sua prima sem pensar. Segundos antes dele tomar essa atitude Dumbelrore entrou pelo corredor, surpreendendo os dois.
Ambos esconderam suas varinhas com uma velocidade impressionante. Diferente do que eles esperavam, Dumbeldore tinha um sorriso paternal nos Lábios.
O diretor bateu palmas com um ar satisfeito. E disse: “Que bom que os laços familiares são maiores que essa tola rivalidade entre Sonserinos e Grifinórios. A Amizade de vocês tem que inspirar suas casas a seguirem o caminho da união”.
Ele abraçou os dois afagando suas cabeças, despenteando os cabelos negros dos dois Blacks.
“Agora, Senhorita Black, você deve descer para as masmorras, enquanto acompanho seu primo até a torre da Grifinória”.
Belatriz tinha uma expressão de dor de barriga, que estava divertindo muito Dumbledore. Ela deu as costas para sair e o diretor disse: “Não vai nos desejar boa noite?”
“´Noite” Disse ela antes de sair apressadamente.
Sírius permaneceu o tempo todo calado. Dumbledore fez sinal para que ele caminhasse ao seu lado.
“E então, gostando de Hogwarts?”
Sírius fez sinal positivo com a cabeça.
“A família pode nos ensinar muito, mas isso não quer dizer que temos que seguir esses ensinamentos” Disse Dumbledore trivialmente como se falasse sobre o clima.
Sírius o encarou surpreso.
“As vezes temos que seguir nosso próprio caminho... Enfrentar as conseqüências de escolher o caminho certo”.
Sírius desviou o olhar, mantinha os olhos baixos nos degraus enquanto subiam.
“É preciso coragem para se rebelar contra as idéias que consideramos erradas, muito mais quando essas idéias vêm de nossa própria família.”
“Lembre-se desses conselhos Sírius, ter o sobrenome Black não te obriga a seguir os caminhos que eles querem para você, Espero que Hogwarts o ensine a fazer suas próprias escolhas independente do que queiram impor à você.”
“Não tenha medo decepcionar seus pais. Escolha seu caminho por você mesmo.”
Sírius novamente acenou positivamente com a cabeça.
Dumbledore o segurou pelo ombro. Fazendo sinal para pararem, Continuaram andando em silencio até chegarem ao sexto andar.
“Boa noite” Disse Dumbledore sua voz grave ressoando no corredor escuro.
Rodolfo Lestrange sentiu seu coração disparar ao se virar e ver Dumbledore.
O Diretor o encarava. Lestrange tinha uma expressão de culpa, como se tivesse sido pego fazendo alguma besteira.
“Boa noite professor” Disse ele depois de passado o susto.
“Sírius acho que você deve seguir sozinho para a torre.” Disse Dumbledore.
Sírius continuou subindo, mas parou o meio do caminho para ouvir a conversa. Ele sabia que Rodolfo trabalhava para Voldemort, mas será que Dumbledore desconfiava? Será que Rodolfo estava aprontando alguma coisa relacionada aos comensais ali naquele corredor?
“Você está bem longe das masmorras, Sr. Lestrange”.
“Sim... Me desculpe professor eu...”
“É proibido circular pelos corredores após a meia noite”.
“Sei disso... Eu estava...” Rodolfo hesitava, o lorde das trevas o havia alertado que Dumbledore não poderia desconfiar de nada... Ele precisava se livrar dele sem comprometer sua missão, então uma idéia entrou em sua mente e ele disse bem mais confiante.
“Desculpe professor eu havia marcado um encontro com uma garota aqui”. O Lorde também havia lhe dito que o amor era a fraqueza de Dumbledore.
O diretor ainda o encarava sério e disse: “Uma namorada?”
“Sim senhor, mas não me peça para dizer o nome dela, nunca a entregaria prefiro pagar o castigo sozinho”. Rodolfo estava ainda mais confiante, esse era o tipo de atitude tolamente nobre a que Dumbledore dava valor.
Dumbledore sorriu sem deixar de encara Rodolfo e disse: “Ah sim, eu também já tive essa idade... Porém isso não vai passar sem punição... Eu ando muito ocupado ultimamente, mas assim que pensar num castigo eu vou comunica-lo”.
“Sim senhor, me desculpe. Isso não vai mais se repetir senhor.”
“Espero que não”
Lestrange estava aliviado, mas então Dumbledore falou novamente de forma que pareceu desinteressada: “Tem falado com seu irmão Rabastan?”
Lestrange novamente se sentiu inseguro, mas respondeu prontamente: “Sim senhor o vi algumas vezes durante as férias”
“Ouvi dizer que ele anda em má companhia, se envolvendo com as pessoas erradas”.
“Não sei nada sobre isso senhor”.
“Bom para você, é melhor se manter afastado dos comensais da morte, avise ao seu irmão.”
Lestrange apenas consentiu com a cabeça. Se esforçando ao máximo pra bloquear a mente.
Sírius ouvia tudo imaginando que a qualquer minuto o diretor desmascararia Lestrange.
Mas isso não aconteceu. Dumbledore apenas disse: “Agora vá para a cama, Rodolfo e não se esqueça de dar o recado para o seu irmão, avise-o que eu posso ajuda-lo se ele quiser.”
Rodolfo desceu as escadas rapidamente. Dumbledore caminhou até onde o rapaz estava, olhou a tapeçaria na parede em frente por um longo tempo, a tocou com a mão direita enquanto murmurava alguma coisa. Esperou mais um tempo. Afagou a tapeçaria novamente e saiu. Sírius subiu o mais rápido que pode sem fazer barulho. Queria contar tudo aquilo a alguém, mas não poderia fazer isso sem revelar que Voldemort esteve na casa de seus pais.

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