A Plataforma 9¾
Devido a minha falta de dempo para escrever tive que dividir novamente o capitulo em dois,para não ficar muito tempo sem atualizar, espero que não se incomodem de ter que ler ao pouquinhos.
Quero agradecer aos comentários de todos, principalmente: Lady Black, Nandica, Aldara, Grace, Grazi e todos os outros. Muito obrigado! E continuem comentando.
A Plataforma 9¾
Chegou o dia dois de setembro e o Sr. e a Sra. Evans acompanharam Lílian até a estação King Cross em Londres, para que a menina embarcasse no trem que a levaria a Hogwarts... Tudo corria perfeitamente bem e totalmente dentro da normalidade o que teria deixado Petúnia, a irmã de Lílian, muito satisfeita. Mas Petúnia não havia vindo já que suas aulas haviam começado e mesmo que isso não tivesse acontecido, era muito improvável que ela quisesse acompanha-los.
A viagem de carro até Londres foi tranqüila, deixaram o automóvel no estacionamento da estação e caminharam até as plataformas, Foi aí que as coisas se complicaram. Os três estavam parados entra as plataformas 9 e 10, pois o bilhete de embarque dizia claramente que o trem sairia da plataforma 9 ¾ ... O Sr. Evans coçava sua cabeça da forma que lhe era peculiar, enquanto a Sra. Evans procurava entre as pessoas que passavam, alguém que estivesse com a bagagem tão estranha quanto a sua filha, com aquele pesado malão de couro e a grande gaiola com uma coruja parda de grandes olhos amarelos.
Lílian estava ansiosa e olhava cuidadosamente a estação procurando algo suspeito, procurando por algum indicio de magia.
“Lílian, por acaso você está vendo alguma coisa que nós estamos deixando passar?” Perguntou o Sr. Evans lembrando-se do episódio do caldeirão furado que ele não conseguia ver, mas sua filha o enxergara claramente entre as duas outras lojas.
“Não, tudo normal, não estou vendo nada de especial” Respondeu a menina.
Passaram-se mais alguns minutos, quando a família Evans foi abordada por uma jovem mulher e seu filho. O menino possuía os cabelos loiros e encaracolados e grandes olhos azuis.
“Bom dia, desculpem-me incomoda-los, mas é que reconheci o senhor daquele dia no tal Beco Diagonal”.
“Ah sim.” Disse o Sr. Evans reconhecendo a mulher.
“Não estou conseguindo encontrar essa plataforma, na verdade, se não se tratasse de magia, eu acharia que era uma piada de mau gosto”. A mulher diminuiu a voz ao citar a palavra magia, não queria parecer louca depois de já ter ouvidos algumas piadas dos guardas da estação aos quais fora pedir informação.
“Sinto muito, mas também não estamos conseguindo encontrar essa plataforma” Respondeu o Sr. Evans.
Pouco tempo depois um Senhor robusto vestido de maneira muito elegante, Se aproximou deles trazendo a filha pela mão.
“Vejo que os senhores também não encontraram a plataforma” Disse ele e começou uma extensa reclamação sobre a falta de organização dos bruxos.
O Sr. Evans tentou defender a escola dizendo que deveria ser complicado para os bruxos pensarem em como tudo o que é simples e corriqueiro para eles, pode ser complicado para as pessoas comuns.
Os dois homens se perdiam na discussão, quando a Sra. Evans disse apontado para uma direção: “Olhem lá, aquele menino com vestes bruxas e com um malão de couro, aposto que ele está indo para a plataforma correta”.
“É mesmo pai!É aquele menino mal educado que esbarrou no senhor no banco dos duendes.” Confirmou Lílian.
Todos prontamente começaram a seguir Severo Snape e sua mãe, que já estavam bem na frente.
Andando o mais rápido que podiam já que arrastavam a bagagem, eles tentavam se aproximar do menino e de sua mãe, mas subitamente os dois desapareceram em um dos pilares.
A mãe do menino loiro abafou um gritinho com o susto, já o Sr. Evans soltou uma exclamação de satisfação.
“Por ali, vamos” Incentivou os companheiros a continuarem avançando.
Pararam por fim em frente ao pilar que parecia bem sólido e todos ficaram aguardando alguém se manifestar primeiro. E foi Lílian quem se aproximou lentamente tocando com a mão o pilar foi alisando sua superfície com mão direita, parecia bastante comum, de repente sua mão desapareceu na massa sólida, a menina retirou-a rapidamente, depois sorriu para o seu grupo deu adeus e se enfiou dentro do pilar num salto só.
A Sra. Evans abriu a boca para gritar, pensado que a filha ia se esborrachar na parede sólida, mas o som nunca saiu de sua boca devido ao susto de ver a menina desaparecer.
A mãe do menino loiro segurou seu filho quando ele tentou seguir Lílian.
A outra menina de cabelos e olhos castanhos claros , hesitou e seu pai fez sinal para que ela permanecesse ali.
Ficaram todos parados novamente esperando algo acontecer. Quando Lílian, ou melhor, apenas sua cabeça apareceu para fora do pilar dizendo: Vamos logo o trem já vai partir, precisamos nos apressar.
Os pais tiveram que se despedir ali mesmo dos filhos e as duas meninas e o garoto, passaram pela passagem oculta no pilar e saíram na plataforma 9¾, O Sr. Evans ficou frustrado por não ter ido junto, mas nenhum dos seus companheiros, incluindo a sua esposa, pareceu muito desejar passar por aquela passagem.
Do outro lado na plataforma 9¾ Os três meninos olhavam com cara de bobos a grande locomotiva vermelha parada soltando uma grande massa de fumaça branca sobre a cabeça dos pais que se despediam dos filhos.
“Vamos logo embarcar”. Disse Lílian para os outros dois, e os três se foram arrastando os malões para dentro do trem.
Na plataforma o Sr.e Sra Potter observavam Tiago e Pedro embarcarem no trem, antes disso tinham feito muitas recomendações a Tiago, a maior parte delas eram sobre seu comportamento.
“Ah vou sentir falta desse garoto” Disse a Sra. Potter enxugando uma lágrima que teimou em cair por mais que ela tenha tentado segura-la.
“Logo ele estará em casa para o natal, não se preocupe” Disse o marido abraçando-a e sorrindo.
“E o pobre Pedro, que pena dele, Já não tem mãe e o pai não larga o trabalho nem para se despedir do filho.” Disse A Sra. Potter, enxugando uma outra lágrima.
“Pettigrew é um bom homem, acho que ele só não sabe lidar muito bem com a ausência da esposa” Disse o Sr. Potter com ar triste e pensativo.
Os dois garotos agora iam embarcando no trem já haviam subido a mala de Pedro, e agora levantavam juntos o malão de Tiago.
“O que é esse desenho aqui na lateral do seu malão?” Perguntou Pedro reparando numa figura em baixo relevo estampada no couro do malão.
“Ah é um cervo. É o símbolo da minha família, Você nunca reparou no brasão sobre a lareira lá de casa?”
Pedro tentou argumentar mais foi empurrado para dentro por um garoto muito forte e alto e por dois ouros gêmeos magricelas que o seguiam, rindo alto.
Os dois embarcaram e foram procurar uma cabine. Encontraram uma onde só havia um garoto negro e uma outra menina. Os dois pareciam ser calouros também, eles entraram. Perguntaram se podiam ficar e foram muito bem recebidos.
Lílian e seus dois companheiros haviam entrado antes e encontraram uma cabine vazia. Onde se instalaram confortavelmente.
De volta à plataforma, Severo Snape se despedia da mãe, quando os quatro estudantes da família Balck (Andrômeda, Belatriz, Narcisa e Sírus) acompanhados de Lúcius Malfoi passaram por ele.
Ele reconheceu Sírius, mas não foi isso que lhe chamou atenção, ele ficou impressionado com a pose e beleza deles, estava claro que eram de uma família muito nobre. Principalmente Narcisa com os seus cabelos loiros escorridos que caiam pelas costas.
Severo se apressou carregando o malão, acompanhando-os de perto na esperança de conseguir ficar na mesma cabine que Narcisa.
Andrômeda se separou seguindo para o compartimento dos monitores. Belatriz ia na frente guiando o grupo até que teve o caminho interrompido pelo garoto grande e forte e por seus dois amigos gêmeos.
“Olá minha Bela, guardei esse compartimento para a nata da Sonserina e é claro que você pode entrar já que será a primeira dama.” Disse o garoto com um tom levemente provocante. E sorrindo de forma debochada.
“Sai da frente Goyle!” Respondeu ela ríspida.
“Ei! Calma aê... Já não tem mais cabines vazias. Você na vai querer correr o risco de ficar com algum sangue-ruim não é?”
“Vamos Bela, entre logo! Não vamos ficar parados aqui no corredor” Disse Malfoi
“Ah... Malfoi, adivinhe quem é o novo capitão do time da sonserina?” Disse Goyle enquanto saia da porta para dar passagem a Belatriz e Malfoi.
“Ei, esperem aí vocês dois. Onde pensam que vão?” Disse Goyle barrando a passagem de Sírius e Narcisa.
“São minha irmã e meu primo, seu idiota. São Blacks vão ficar na Sonserina como nós.
“Ah. Eu devia ter reparado na beleza de sua irmã, Disse Goyle passando a mão nos cabelos loiros de Narcisa que lhe deu um olhar de desprezo enquanto passava, e olhava de um jeito zombeteiro para a irmã fazendo um aceno de cabeça em direção ao robusto rapaz, o que deixou bela muito irritada.
Sírius passou por Goyle acenando a cabeça discretamente e indo se sentar ao fundo junto à janela.
Severo fez menção de entrar também, mas foi empurrado por um dos gêmeos que o espremeu na parede do corredor com a mão pressionada no peito do garoto.
“Onde você pensa que vai?” Disse o rapaz que continuava mantendo Severo preso junto à parede.
“Essa cabine é só para Sonserinos puro sangue, ô pirralho, vai chispando daqui!”
“E quem disse que eu não tenho sangue puro?” Respondeu Severo com raiva, encarando os três brutamontes.
“Não interessa, sai daqui! Nem sabe se é um sonserino. Sai logo idiota!” E foi expulso com safanões na cabeça e as gargalhadas dos três rapazes ecoando no corredor.
“Me diga Goyle, que estória é essa de novo capitão?” Perguntou Malfoi.
“Ah sim recebi a insígnia junto com a lista de material”.
“O que ouve com Lestrange?” perguntou Malfoi sem esconder sua preocupação com Lestrange, já que ele era o comensal infiltrado em Hogwarts.
“Ah, conversei com ele hoje mais cedo, o idiota disse que abandonou o quadribol ia se dedicar mais a sua educação já que esse era seu último ano” Disse Goyle e continuou: “E já que a chata da minha cunhadinha (ele se referia a Andrômeda) já é monitora, o cargo de capitão ficou com o papai aqui.”
Malfoi ficou caldo pensando sobre o que ocuparia tanto Lestrange a ponto dele desistir do Quadribol, que ordens ele teria recebido do Lorde das trevas?
“Não precisa se preocupar Malfoi o seu lugar como apanhador está garantido” Disse Goyle interpretando equivocadamente o silencio de Lucius.
Severo ia andando enfurecido, todas as cabines pareciam lotadas. Se sentia muito mal por ter sido humilhado na frente de Sírius e se pegou pensando sobre o que a menina loira iria achar dele. Parou em frente uma cabine com quatro meninos de sua idade e entrou rápido sem cumprimentar ninguém se sentou no canto junto à porta e abriu seu livro e desapareceu atrás de sua cortina de cabelos, com a cabeça abaixada enquanto lia.
Na mesma cabine Tiago e Pedro encaravam Severo sentado em frente a eles. Quando o menino negro disse: Eu sou Kingsley Shacklebolt, essa ao meu lado é Hestia Jones. E vocês como se chamam?
“Eu sou Tiago Potter e esse é Pedro Pettigrew” Disse Tiago enquanto estendia a mão para apertar a de Kingsley.
Todos ficaram esperando Severo se apresentar, mas ele nem mesmo ergueu a cabeça.
“Ei garoto! Como é o seu nome?”
Severo disse entre os dentes sem levantar a cabeça: “Por que eu devo dizer, não tenho vontade nenhuma de fazer amizade com sangues ruins”. Severo disse aquilo porque queria se vingar em alguém da humilhação que ele sofreu e achou que os outros meninos, a exemplo dele, ficariam ofendidos em serem chamados de sangue ruim.
“Tiago apenas sorriu maliciosamente e disse: “Então podemos chama-lo simplesmente de Seboso em homenagem a seus lindos cabelos... Boa combinação: Sangue puro e cabelo seboso”. Caçou o menino. Pedro e Kingsley caíram na gargalhada.
Severo levantou a cabeça irado, fechando o livro com um baque surdo e violento. Encarou sério Tiago. E Pedro parou de rir na hora assustado com ferocidade do olhar de Severo. Héstia que estava no mesmo banco que Severo foi se encolhendo no canto junto à janela.
“Do que me chamou?” Perguntou Severo fuzilando Tiago com o olhar.
“Ah agora temos a sua atenção! Bom se você não ouviu, eu disse: Seboso” Falou Tiago com um ar calmo e provocativo.
“Não me chame assim”.
“Ué Sebsoso, se você não disser o seu nome teremos que chama-lo de alguma coisa”.
“Não me chame assim seu quatro-olhos” Disse Severo num tom claro de ameaça.
“Então diga o seu nome Seboso” falou Tiago agora recostado no banco e girando a varinha displicentemente entre os dedos.
“Não vou dizer nada, seu moleque. Não se mete comigo, ou eu acabo contigo” Agora a raiva de Severo chegou ao limite. Ele descobriu um bode expiatório para descarregar sua fúria.
“Gostaria de ver você tentar” disse Tiago sem se abalar, mas parando de girar a varinha e segurando-a firme na mão.
Severo encarou por um instante a varinha de Tiago, então por baixo de seu livro sua varinha já estava pronta para o ataque. Ele a ergue rápido atirando o livro longe o feitiço que tinha acabo de ler foi murmurado entre os dentes: “Demetis facias”
Um lampejo prateado muito forte saiu da varinha. Tiago se jogou para o lado espremendo Pedro E Kingsley contra a janela. O feitiço passou raspando pela sua orelha deixando uma marca branca na parede da cabine atrás dele.
Tiago ainda torto em cima das pernas de Pedro e com os óculos enviesados no rosto, abanou sua varinha dizendo em voz alta “Inflatus”.
Não ouve lampejo, mas severo sentiu uma pressão no peito, quando foi erguer novamente sua varinha notou que seus dedos estavam inchando, já não conseguia segura-la, ele estava inflando como um balão. Tiago olhava meio espantado o que tinha feito, nunca havia experimentado esse feitiço.
Todos olharam calados enquanto Severo ia inchando mais e mais até começar a flutuar indo parar no teto da cabine.
“Cara, acho melhor você desfazer isso, ou vai entrar numa encrenca forte” Disse Kingsley para Tiago.
“Eu não sei como parar, só sei o feitiço, não sei como cancela-lo”. Disse Tiago preocupado.
“O que está acontecendo aqui!” Disse um rapaz mais velho que eles, que acabara de aparecer na porta. Ninguém disse nada em resposta.
“Eu sou monitor” disse ele enquanto apontava para a insígnia acima do brasão da Grifinória . “Quem fez isso vai entrar numa encrenca”. Ele retirou a varinha do bolso e disse: “Finite incantatem!”. Na mesma hora, Severo caiu no banco e foi desinchando aos poucos.
“Foi ele!” Apressou-se em dizer enquanto recuperava a fala. O dedo ainda levemente inchado apontando para Tiago.
“Mas ele quem começou”. Disse Tiago, enquanto apontava para a marca do feitiço, de Snape, na parede”.
“É, foi ele quem atacou primeiro” confirmou Pedro.
“Nos só perguntamos o nome dele, e o cara veio cheio de agressividade”. Defendeu Kingsley.
O Monitor encarou Severo e depois olhou para Tiago, sua expressão então mudou e ele disse: “Ei, você não é Tiago Potter?”.
“Sim, e você é Frank Longbotton”
“Isso mesmo, nossas mães são primas”. Seu pai me deu Ingressos para uma partida de Quadribol, mês passado. Quando nós encontramos com ele por acaso no Gringotes.”
“Eu sei essas entradas eram para mim, mas meu pai me botou de castigo no dia”. Disse Tiago com uma ponta de ressentimento.
Severo percebeu então que Tiago devia ser sangue puro.
“Olha cara, vou deixar passar essa, para vocês não começarem o ano já com detenção, Vou só trocar o seu amigo aqui de cabine.” Disse apontando para Severo que na mesma hora se colocou de pé pegou suas coisas e Seguiu Longbotton porta afora.
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