A varinha escolhe o Bruxo



A varinha escolhe o Bruxo

Tiago limpava as cinzas da lareira que cobriam a sua cabeça quando seu pai apareceu atrás dele, em mais uma explosão de chamas verdes. O Sr. Potter agachou para sair de dentro da lareira, puxou a varinha e limpou as cinzas da roupa e do chapéu como se ela fosse um aspirador de pó, depois aspirou o filho também deixando os cabelos do garoto ainda mais bagunçados do que já são normalmente.
Tiago reparou no grupo de pessoas amontoadas num canto ao redor de um bruxo muito baixo. O Sr. Potter também notou o estranho aglomeramento.
Próximo à lareira haviam três pessoas sentadas numa mesa tomando o que parecia ser uma sopa fumegante. Eram dois homens e uma mulher. Um dos homens, percebendo os olhares curiosos de Tiago e seu pai, disse aos dois: “São os pais trouxas que vieram comprar material escolar para os filhos... Nesse instante Flitwick deve estar dando uma palestra sobre como Dumbledore é um grande e sábio bruxo”. As palavras soaram sarcásticas e amarguradas.
O Sr. Potter se virou para o homem e deu sorriso discreto cumprimentando-o: “Como vai Fudge?”
“Vou indo”.
“E não me parece que vai indo bem”. Respondeu o Sr. Potter diante da frieza de Cornélio Fudge.
A mulher sentada com Fudge pigarreou. O bruxo a olhou e mudou sua postura, sorrindo largamente para o Sr. Potter e afagando os cabelos de Thiago. “Perdoe o meu mau humor Jonathan. Muito trabalho no ministério nos últimos dias, e ainda temos Dumbledore para nos criticar.”
Jonathan Potter puxou uma cadeira e se sentou, conjurado uma outra cadeira para que Tiago se sentasse também.
“Dumbledore tem criticado o ministério?”
“Não abertamente, mas é evidente que ele sabe que o ministro pretende se aposentar, seria natural que eu assumisse o cargo já que sou o principal acessor e convenhamos, Sou quem toca o ministério há pelo menos dois anos”. Disse Fudge sem conter sua irritação.
“Não estou entendendo, Fudge. Acredito que você realmente será o próximo ministro e pelo que sei Dumbledore sempre se ofereceu para ajudar o ministério.”
“Hah!” Exclamou a mulher com cara de sapo que estava sentada ao lado de Fudge. E continuou a falar: “Me parece evidente que Dumbledore quer ser o próximo ministro, Ele fica posando de sábio, mas passou anos em Hogwarts fazendo a cabeça dos jovens é só ele anunciar sua candidatura ao cargo e teria enorme apoio popular... É fácil quando não se tem que lidar com o dia a dia no ministério, aí sim queria vê-lo ser o queridinho da comunidade”.
“Minha cara Umbridge, como você mesmo disse Dumbledore é muito popular, se ele quisesse ser ministro ele já seria... O homem é presidente da confederação internacional dos bruxos, Diretor de Hogwarts, tem uma ordem de Merlim primeira classe...”
“Eu também tenho”. Disse Fudge, interrompedo bruscamente o Sr. Potter. “Você parece ser mais um dos fãns de Dumbledore, Potter.” Continuou Fudge.
“Cornélio, você sabe que sou amigo de Dumbledore, assim como sou seu. Por isso mesmo afirmo que você pode ficar sossegado, Dumbledore não quer ser ministro.”
“Eu também acreditava nisso, mais o comportamento dele nos últimos meses parece suspeito”.
“Suspeito?” perguntou o Sr. Potter surpreso.
Foi Umbridge, quem respondeu: “Suspeito mesmo, porque agora ele fica pressionando o Ministério para vigiarmos os tais comensais da morte”.
“E porque isso seria suspeito?” Perguntou o Sr. Potter já impaciente.
“Ora... Ele parece querer dizer o que o ministério tem que fazer, como se não soubéssemos nada sobre nosso trabalho, Depois vai ficar nos criticado, quer dar mais importância a esses delinqüentes do que eles realmente tem.” Respondeu a mulher.
“Entendo...” Disse o Sr. Potter lembrando-se da última conversa que tivera com Dumbledore.
“Ah como se não soubéssemos das coisas, é claro que esse tal aí que dizem ser um lorde das trevas é um criminoso, só que ele é muito esperto sabe bem esconder seus rastros. Ainda não temos prova nenhuma contra ele e seus seguidores, tudo o que temos são suspeitas e rumores... Mas é claro que uma hora ele vai escorregar e aí caímos matando em cima dele, trancamos em Azkabam e jogamos a chave fora, Dumbledore devia ficar na sua e nos deixar fazer nosso trabalho. Tenho muito o que fazer para ficar me preocupando com um único bruxo”. Fudge desabafou para o Sr. Potter.
“Acalme-se Fudge. Dumbledore apenas está preocupado com o que os comensais possam fazer, isso não quer dizer que ele quer o seu cargo”.
“Ah! Então você não leu o Profeta Diário hoje?”
“Li sim”.
“Então percebeu como ele quer desestabilizar nosso trabalho”.
“Como assim?”
“Ora bolas Jonathan! Depois de toda aquela discussão sobre os direitos de lobisomens e vampiros no ano passado, quando nós do ministério fomos totalmente contra uma modificação nas leis e saímos vitoriosos na confederação internacional dos bruxos, fazendo a vontade do nosso povo?”
“Você acha que a atitude de Dumbledore foi uma provocação ao Ministério?”
“Claro que é! E não se faça de desentendido! Ou que outro motivo ele teria para contratar uma Vampira como professora?”
Dessa vez Tiago, que estava entediado com a conversa. ficou atento. Vampiros em Hogwarts, por essa ele não esperava.
“Bom, talvez ela tenha algo a ensinar e o fato dela ser uma vampira não a desqualifica como professora.” Falou o Pai de Tiago.
“Uma sangue suga? O Senhor deve estar brincando”. Disse uma Umbridge indignada.
“A senhora não precisa utilizar termos preconceituosos”. Respondeu o Sr. Potter de maneira calma e educada.
“Ora, o seu filho vai para Hogwarts”. Disse ela apontando um dedo curto para o menino e continuou: “São criaturas das trevas tem sede de sangue. É uma irresponsabilidade botar uma coisa dessas numa escola... Não tem amor ao pescoço de seu filho?”.
O Sr. Potter começou a ficar aborrecido e respondeu: “Vampiros, diferentes de Lobisomens estão conscientes de seus atos, Eles podem escolher atacar ou não, podem deixar a sede domina-los ou não. Por que ela seria mais perigosa do que um bruxo com uma varinha, qualquer um de nós pode matar o outro com um simples feitiço, mas não fazemos porque somos civilizados, se dermos chance a essas criaturas de conviverem conosco respeitando as leis e a sociedade, será bem melhor do que marginaliza-los. É isso que ensino ao meu filho e fico feliz do Diretor da escola dele não ser um preconceituoso de mente fechada”. O Sr. Potter já tinha perdido a compostura e no final do discurso elevou a voz fazendo os olhos de Umbridge se esbugalharem de indignação.
“Pois então o senhor educa muito mal o seu filho, não é a toa que ele é o doce de menino que é”.
Agora foram os olhos do Sr. Potter que se arregalaram: “A Senhora não venha dizer como devo educar o meu filho”! Poucas vezes Tiago vira o pai tão indignado. Ele estava de pé com as mãos fechadas sobre a mesa o rosto inclinado na direção de Umbrdge que se encolheu na cadeira.
Fudge interveio botando a mão no ombro do Sr. Potter e dizendo “Perdoe a Dolores, Potter. Esse é um tema complicado vocês têm apenas pontos de vista diferentes, não vamos levar para o lado pessoal”.
Nesse instante, a lareira novamente ardeu em chamas verdes, um menino gordinho e loiro saiu lá dentro sorrindo para Tiago”.
“Pois bem, foi um prazer falar com os senhores, mas tenho assuntos a tratar.” Despediu-se o Sr. Potter dando as costas aos bruxos do ministério e conduzindo os dois garotos para a passagem no pátio dos fundos.

Poucos minutos antes do desentendimento do Sr. Potter com Dolores Umbridge, O Prof. Flitwick havia conseguido terminar a sua palestra aos trouxas, Disse que os acompanharia apenas até Gringotes para troca do dinheiro depois estariam livres para fazer as compras da maneira que quisessem e que os vendedores estavam aptos a lhes tirarem todas as dúvidas, aconselhou ainda que adquirissem uma coruja para correspondência e o livro Hogwarts uma História, para que seus filhos conhecessem a escola em que iriam estudar.
Depois os acompanhou até o pátio dos fundos onde os trouxas se espremeram entre as latas de lixo e as paredes de tijolos aparentes. O professor levitou suavemente para compensar sua altura e tocou com sua varinha um determinado tijolo na parede.
O tijolo estremeceu levemente depois torceu-se, no meio apareceu um buraquinho que foi se alargando até formar um arco bastante grande e do outro lado sugiu uma rua de pedras irregulares, cheia de lojas e pessoas indo e vindo. O Sr. Evans novamente se maravilhou com aquele local oculto no centro de Londres e foi o primeiro a atravessar o arco atrás do professor.



Logo chegaram ao banco Gringotes, Pela primeitra vez o pai de Lílian hesitou ao observar os duendes, não pareciam nem um pouco simpáticos. A explicação de que o banco estava enterrado em túneis no subsolo de Londres o impressionou realmente. Ele ainda olhava abobalhado para o saguão quando um menino da idade de sua filha esbarrou bruscamente nele dizendo: “Cuidado trouxa estúpido!”. A mãe do menino que vinha logo atrás dele desculpou-se com o Sr. Evans e Lílian e saiu correndo para alcançar o filho que já havia saído do banco.
“Severo, não aja dessa maneira com as pessoas”. Disse ela quando chegou até ele no meio da rua.
“Ora, o trouxa fica como um idiota olhando para o teto”
“Você ficou da mesma maneira quando entrou no Gringotes”.
Severo se calou, ficou pensando enquanto caminhava que havia realmente se comportado como um trouxa não podia mais aparentar surpresa cada vez que chegava à um local mágico ou os outros podiam desconfiar de sua origem.
“Olha mãe, eu posso comprar o material sozinho, sim... Afinal o dinheiro é meu. Porque você não vai tomar alguma coisa com o seu amigo do bar?”
Eillen ficou irritada com o filho e disse: “Olha aqui moleque, não fala assim comigo não!” E talvez por se sentir mais segura entre bruxos ou longe do marido, ela puxou a varinha ameaçadoramente encarando o menino, e pela primeira vez Severo teve medo de sua mãe. Ela percebendo que havia intimidado o filho disse: “Eu vou acompanha-lo até a madame Malkin para comprarmos as vestes e até o Olivaras para adquirirmos uma varinha, os livros você pode comprar sozinho, se vai te dar algum prazer.
Caminharam então até a loja de vestes de madame Malkin, ao entrar encontraram dona da loja distraída olhando para um homem muito bonito que estava sentado em uma cadeira lendo jornal. O filho do homem estava parado de braços abertos com uma veste negra cheia de alfinetes que madame Malkin ia enfiando distraidamente no tecido enquanto suspirava olhando para o pai.
O Nome do menino era Sírius Black e ele estava de saco cheio de ficar ali parado. Madame Malkin nem mesmo percebeu que Severo e sua mãe haviam entrado na loja, os dois pararam próximos à ela.
Aproveitando-se Sírius pegou uma bomba de bosta nos bolsos por baixo das vestes e a atirou discretamente numa arara ao lado de Severo.
Um terrível cheiro tomou a loja e nem Madame Malkin pode ignorar. Ela olhou a sua volta e viu Severo parado e achou que ele fosse o culpado, mas não teve tempo de argumentar. Porque o Sr. Black incomodadíssimo com o cheiro fechou o jornal e se dirigiu ao filho:
“Tome, esses galeões e compre a varinha é o único item que falta, vou até a travessa do tranco, quando terminar me encontre na Borgin e Burkes... E menino, não arrume encrencas”. Deu as costas sem esperar resposta do filho e saiu apressado da loja para se livrar do cheiro.
Eillen também entregou Severo a uma Madame Malkin mal humorada e saiu apressada com a desculpa de comprar o caldeirão para aula de poções.
A Mulher colocou Severo sobre um tablado ao lado de Sírius e disse: “Sua mãe devia lhe dar educação, você pode achar engraçado jogar bombas de bosta na minha loja, mas eu posso perder fregueses por isso”.
“Eu não fiz nada” Disse Severo, surpreso enquanto Sírius abafa as risadas
“Ora menino eu não sou tola, foi bem na hora que você entrou na loja. Você deveria se comportar como esse rapazinho aqui”. Disse ela sorrindo para Sírius e passando a mão no seu sedoso cabelo negro.
“Tão bonito quanto o pai”. Falou ela sonhadora, mas o cheiro só piorava e ela despertou do devaneio, ergueu sua varinha de onde começou a sair um odor agradável. Ela foi percorrer toda a loja para retirar o mau cheiro.
Mal ela desapareceu entra as roupas e estantes, Sírius começou a rir abertamente.
“Foi você né?” Disse Severo irritado.
“Fica calmo que eu vou deixar você levar todo o crédito” Disse Black sorrindo.
“Eu vou contar à ela”
“Pode contar, ela não vai acreditar e você além de ficar com fama de mal educado, vai ganhar também a de mentiroso”.
Severo mordeu os lábios e encarou Sírius com raiva, mas ficou calado.
Os dois ficaram parados esperando Mame Malkin retornar
“Você vai para Hogwarts também?” Perguntou Sírius incomodado com o silêncio.
Snape apenas assentiu com cabeça.
Os dois não se falaram mais durante toda a prova de roupa. Madame Malkin quando retornou esperou terminar tudo com Sírius antes de atendes Severo, como castigo o deixou muito tempo de pé na loja.
Quando terminou com Sírius, a mulher lhe deu um estalado beijo na bochecha que o desagradou muito. Severo percebendo disse em voz alta com um sorriso enviezado e zombeteiro: “Acho que ele gostou do beijo veja só com ficou vermelho”.
Sírius que havia corado levemente ficou quase roxo de vergonha. Madame Malkin deu uma risadinha e apertou a bochecha dele, dizendo: “Charmoso como o pai”.
Por trás dela Severo, que tinha talento para provocar as pessoas, fazia caretas imitando um beijo. Isso deixou Sírius irritadíssimo, ele saiu da loja rapidamente.
Já na rua ele ainda praguejava contra Severo quando entrou na loja de Olivaras lá dentro um bruxo parecia muito aborrecido mas Olivaras calmo apenas dizia:
“Sinto muito Sr. Lupin, mas seu filho tem que vir aqui pessoalmente, escolher a varinha.
“Eu já lhe disse que meu filho está doente e no momento não pode vir”
“Então devemos aguardar até que ele possa.” O Sr. Olivaras estava irredutível e o tal Sr. Lupin pareceu tristemente desapontado e resmungou por fim; “Ele ia ficar tão animado se eu chegasse em casa com a varinha, sabe. Ia ajuda-lo a passar melhor pela doença.”
O Senhor Olivaras, parecendo comovido disse: ”Podemos fazer o seguinte: Vou até sua casa essa noite com algumas varinhas para ver se algumas delas servem para o seu filho. O que acha?”.
O homem pareceu estranhamente perturbado, e disse rapidamente: ”Não, nessa noite é impossível... Amanhã pela manhã se ele acordar disposto eu o trago aqui, muito obrigado.” E saiu apressado da loja, sem olhar para Sírius ao passar.
O sr. Olivaras também não percebeu a presença do menino na loja, paraceia absorto em pensamentos, talvez desconfiado da atitude suspeita do Sr. Lupin.



A cena foi tão estranha que fez Sírius esquecer de Severo. Ele chegou calmamente até o balcão e disse: “Bom dia”
O Sr. Olivaras pareceu surpreender-se como se o menino tivesse aparatado na sua frente, passado o susto ele sorriu animadamente e disse: “Bom dia meu jovem, como se chama?”
“Sírius Black”
“Ah sim... o primogênito dos Black, realmente eu o aguardava este ano, sua prima Narcisa esteve aqui dois dias atrás levou uma ótima varinha de Azevinho e corda de coração de dragão. Engraçado como quase todos da sua família acabam com varinhas feitas de coração de dragão. E nem sempre qualquer dragão, vocês parecem gostar muito do focinho curto sueco”. O Sr. Olivaras falava enquanto uma fita métrica tirava as medidas do menino. O Bruxo revirava caixas empoeiradas de varinhas na estante mais próxima.
Sírius apenas ficou calado observando com um ar entediado.
O Sr. Olivaras voltou com uma varinha nas mãos dizendo: ”Vamos ver se acertamos de primeira... Essa é de mogno e, claro, corda de coração de dragão”. Estendeu a varinha para Sirius, o menino a pegou. E o Sr. Olivaras pediu que ele experimentasse. Sírius acenou a varinha algumas vezes mas apenas uma nuvenzinha cinz se desprendeu da ponta da varinha na terceira tentativa.
Ainda tentaram mais três tipos de madeira combinadas com corda de coração de dragão, mas nenhuma foi satisfatória. Olivaras parou por um instante observando Sírius atentamente depois entrou para os fundos da loja e retornou com outra varinha. Sírius a pegou e uma chuva de estrelas douradas saiu da ponta dela.
“Ah sim... Interessante... Pelo de unicórnio e faia, 29cm, bem flexível... Um tanto inesperado para um Black.
Sírius agradeceu e pagou pela varinha, saindo rapidamente da loja com a impressão de que o Sr. Olivaras era um tanto intrometido.

Perto dali Tiago e seu amigo Pedro Pettigrew estavam em frente a uma vitrine em emio à outros garotos de várias idades se amontoando para observar uma vassoura que estava exposta.
“Nossa, uma Nimbus 260... Isso é que é vassoura. Vou pedir para o meu pai no meu aniversário”
“Eu também” Disse Pedro e mudou de assunto dizendo: “Por que seu pai está nervoso?”.
“Ah uns idiotas aí estavam criticando a nova professora da escola, só porque ela é uma vampira”. Tiago usou um tom displicente na farse para impressionar Pedro, sabia que o amigo ia ficar amedrontado e espantado, e ele queria parecer seguro e corojaso, como se o fato da professora ser uma vampira não fosse nada demais para ele.
Pedro o encarou apavorado por uns instantes depois sorriu e disse: “Ah você quer me pregar uma peça, não vou cair nessa Tiago, já tenho onze anos você não me engana mais”.
Tiago ficou rindo da cara de Pedro e pediu o jornal emprestado para um bruxo que passava. O menino deu o jornal para o amigo.
O queixo de Pedro caiu ao ler a notícia no jornal.
“Você não tem mendo?” perguntou para Tiago.
“Claro que não, acho é muito maneiro eu nunca vi um vampiro antes, vai ser muito legal estudar com ela”.
Pedro encarou Tiago cheio de admiração e concordou com o amigo não queria parecer bobo e medroso.
“Vamos, temos que aproveitar que meu pai foi comprar umas coisas para minha mãe e conseguir um bom estoque de bombas de bosta” disse Tiago e Pedro o seguiu prontamente.
Ao parar na porta da loja um bruxo jovem, mas meio maltrapilho os abordou de maneira misteriosa.
“Ei garotos, vejam só isso” Disse o bruxo
Pedro fez sinal para Tiago não se aproximar, mas ele disse: “deixa de ser medroso cara!”
O bruxo estendendo o que parecia ser um tecido fino e leve, disse: “olhem essa maravilha, o que acham só vinte galeões”.
Os olhos de Tiago arregalaram-se era uma capa da invisibilidade sua imaginação viajou com as possibilidade de ser invisível.
O bruxo olhava para os lados desconfiado e guardou rapidamente a capa. Dizendo:”Estão interessados?”
“Claro que sim, não saia daqui que já volto com o dinheiro”. E saiu apressado com pedro atrás dele que perguntava: “onde você vai arranjar vinte galeões é muito dinheiro”.
“Clama estou pensando, só sei que não posso perder aquela capa” ficou calado parado por alguns segundos e então disse: “Tive uma idéia, vou pedir o dinheiro para o meu pai, vou dizer que é para comprar um livro”.
“Mas como você vai aparecer sem o livro?”
“Ora, você vai comprar o livro e dizemos que é meu, depois eu digo ao meu pai que te emprestei”.
“Acho que seu pai não vai acreditar que você quer um livro”.
“Aí é que está a minha genialidade. Veja só, eu vou dizer que quero comprar um livro de azarações. Meu pai sempre fica me pedindo para ler mais... Vou utilizar isso como desculpa e sendo um livro de brincadeiras ele não deve desconfiar. Além de tudo o livro Pragas e Contra-pragas nos será muito útil também”.
Pedro, como sempre, embarcou no plano de Tiago e tudo ocorreu como o esperado, ele convenceu o pai a lhe dar o dinheiro para comprar o livro. Pedro, com seu dinheiro, comprou o livro que era bem mais barato. Depois retornaram até o local onde estava o bruxo maltrapilho.
“Ah que bom que você ainda está aí”.
“O velho Mundungo aqui, não falha... Trouxeram o dinheiro?”
“Primeiro quero experimentar a mercadoria”. Disse Tiago.
O Bruxo olhou desconfiado dizendo: “Para um pirralho, você é bem esperto... Mas para você não sumir invisível por aí com a capa, o seu amigo fica aqui do meu lado”.
Pedro não gostou muito, mas teve que concordar porque Tiago já pegava a capa e o Bruxo já colocava a mão de unhas sujas em seu ombro apertando com força como se esperasse que ele tentasse sair correndo.
Tiago colocou a capa e desapareceu... Passou-se quase um minuto sem que o vissem, o bruxo maltrapilho já estava ficando preocupado e aumentava a pressão da mão sobre o ombro de Pedro que já estava tremendo de medo.
O Bruxo maltrapilho girava a cabeça de um lado para o outro e erguia o braço livre a sua frente tentando achar Tiago. “Será que o pestinha sumiu com a capa?” Disse ele olhando irado para Pedro que já fazia cara de choro.
Então ouviu-se a gargalhada de Tiago, o Bruxo estendeu a mão na direção do som mas só achou o ar vazio. Tiago despiu a capa rindo muito. “Vocês precisam ver a suas caras”.
“Ora seu moleque, me paga logo e pare de brincadeiras senão vendo para outro.”
Tiago então estendeu as moedas de ouro para o homem que conferiu uma por uma com sua varinha e depois desaparatou sem se despedir.
“Puxa Tiago! Passei maior sufoco, o cara estava pensado que você tinha fugido” reclamou Pedro amuado.
Tiago deu um tapa na nuca do amigo e disse rindo: “Vamos logo senão é capaz do meu pai ir na Floreios e Borrões atrás de nós e vai acabar descobrindo que o livro é mais barato”.
Como o combinado eles encontraram o Sr. Potter na Loja do Olivaras. O Bruxo já tinha separado algumas varinhas enquanto conversava com o pai de Tiago e esperava os garotos.
“Ora aí estão eles” Disse Olivaras e continuou: “Vamos começar pelo jovem Potter”
Na segunda tentativa Tiago encontrou a varinha adequada.
“Pelo de unicórnio e Mogno, 28cm, bem flexível... Acho que será ótima com transformações”. Disse o Sr. Olivaras satisfeito ao ver as luzes vermelhas que saiam da varinha de Tiago.
Na vez de Pedro as coisas se complicaram um pouco, foi difícil já que Pedro pediu ao Sr. Olivars uma varinha igual à de Tiago... No fim Pedro pegou uma varinha de Eucalipto e pelo de Unicórnio de 23cm bastante rígida. Ele a sacudiu violentamente já impaciente depois de tantas tentativas e uma luz dourada saiu da ponta da varinha. Mas O menino um pouco desastrado a agitou mais uma vez e um raio azul saiu da varinha em direção à porta de entrada.
O raio atingiu Lílian Evans no meio do rosto quando ela entrava animada na loja carregando sua coruja nova. A menina caiu para trás aos pés do pai. Que a levantou rapidamente, muito preocupado. O Nariz de Lílian começou a crescer velozmente tomando a forma de uma tromba de elefante que quase chegava ao chão. Todos na loja ficaram sem reação diante do acidente inesperado. Foi Tiago quem despertou atenção de todos com uma sonora gargalhada.
Pedro estava imóvel assustado com o que tinha feito, Lílian começava a chorar ao perceber o que tinha acontecido. O Sr. Potter correu até ela se desculpando e se oferecendo para ajudar. O pai de Lílian meio desconfiado não teve tempo de argumentar por que o Sr. Potter já acenava sua varinha e murmurava um feitiço que parecia um canto numa língua estranha e logo o nariz de Lílian voltou ao normal.
Tiago se apoiava no balcão as gargalhadas. Lílian já com o nariz recuperado olhava para ele furiosa. E o chamou de babaca bem alto.
“Ei, não fui eu não, olha só quem ta segurando a varinha” E se virando para Pedro disse ainda rindo: “Cara, essa foi ótima! Você precisa me ensinar esse truque”.
Pedro que até então estava assustado, estufou o peito orgulhoso e sorriu para Tiago.
“Cale-se Tiago e desculpe-se com a menina, para irmos embora”.
O Sr, Potter despediu-se de Olivaras e desculpou-se mais uma vez com Lílian e o pai. Tiago se aproximou e estendeu a mão para Lílian dizendo: ”Me desculpe pela brincadeira, apenas achei engraçado”. E aproveitando que seu pai já saia pela porta completou falando baixinho: “Você fica bem melhor com o nariz de tromba” E saiu correndo deixando Lílian furiosa com ele.
“Me desculpem foi uma acidente, apenas um menino desastrado com a primeira varinha, que bom que não foi nada mais sério”. Disse o Sr. Olivaras para um Sr. Evans desconfiado e para uma Lílian ainda mal encarada.
A menina encontrou sua varinha na terceira tentativa.
“Salgueiro e corda de coração de dragão, farfalhante de 26cm, Muito boa para encantamentos” Disse o Sr. Olivaras sorrindo para a Lílian impressionado com as borboletas vermelhas e douradas que voavam pela loja produzidas pela varinha da garota..
O Sr. Evans para não perder o hábito bombardeou Olivaras com perguntas e os dois ficaram conversando ainda alguns minutos já que o fabricante de varinhas adorava falar de suas criações. Eles só forma interrompidos Quando Severo entrou na loja com sua mãe.
O Sr. Evans temendo mais algum acidente se despediu de Olivaras e partiu com a filha.
Por incrível que pareça o Sr. Olivaras também reconheceu Eillen Price e disse: ”Ébano com pena de fênix. Estou certo?”
A Mulher sorriu e confirmou com a cabeça e estendendo a mãso mostrando a varinha, que o Sr. Olivaras a pegou e examinou, dizendo por fim: “Está muito bem cuidada, parece nova!”
“Lógico, ela nunca a usa” Disse Severo seco, desconfiando de que o Olivaras sabia que seu pai era trouxa.
O Sr. Olivaras o encarou demoradamente e sorriu por fim dizendo: Acho que tenho a varinha perfeita para você Sr. Snape.
“Ébano, como a de sua mãe, Corda de coração de dragão 27cm bastante flexível”
Severo a experimentou e saiu-se bem gerando uma chuva de estrelas prateadas.
Ele deixou a loja com a mãe ainda alisando a varinha, imaginado tudo o que poderia fazer com ela.

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