A poção de Simas



Na manhã seguinte Harry acordara suado, tivera um sonho em que Voldemort falava com Snape, ele estava castigando-o e mandava-o fazer uma poção, mas Snape dizia que não tinha ingredientes, que os ingredientes estavam em Hogwarts.
-Você vai conseguir esta poção! Senão eu não terei problemas em lembrar os bens que você já me fez, e lembrarei os males que me fez passar. –Gritou Voldemort torturando Snape.
-Não, Milord! Por favor! Eu posso fazer a poção, se o Senhor me permitir entrar em Hogwarts!
-Nunca! Potter estará lá! Mandarei algum aluno fazer a poção! Eu mandarei fazer, e se não fizer, irei matá-lo pessoalmente! –Gritou novamente Voldemort, agora parando de torturar Snape.
-Mas, Milord, eles são crianças, são pivetes! Eles nunca vão conseguir fazer tal poção! É complicada até mesmo para um aluno do sétimo ano!
-Não importa! Ele irá fazê-lo!
-Certo, Milord, usarei a maldição Imperius para controlar algum aluno e mandarei fazer a poção!
Harry acordou, ele tinha de descobrir porque os sonhos o atormentavam, ele estava tentando dormir novamente, quando percebeu Dino Thomas e Simas Finnigan saindo do dormitório, eles estavam cochichando, Harry pôde perceber palavras tais como “morrer”, “poção” e “cuidado”, ele os seguiu, estavam indo às masmorras onde Snape ensinava.
-Mexa-se! Ele disse para termos cuidado, não para sermos lerdos! –Disse Simas bem baixinho.
-Calma, ele também não quer que ninguém acorde! –Respondeu Dino, que estava muito pálido.
Eles desceram até a sala de Snape e montaram um caldeirão com alguns ingredientes ao lado. Começaram a preparar uma poção que era azulada, com fumaça verde e cheiro forte, Simas bateu com a varinha no caldeirão dizendo “Adobliate!”, a poção instantaneamente tornou-se vermelha, com fumaça negra e cheiro mais forte ainda, o que parecia algo das trevas.
-Não! Você fez errado, o cheiro ficou mais forte! Se errarmos ele vai nos matar! –Disse Dino, realmente preocupado com o que o colega fizera.
-Então faça você! –Retrucou Simas irritado.
-Claro! E vou fazer melhor do que você! E eu não vou morrer! –Disse Dino mais irritado ainda. –Adobliate Reversus!
A poção voltara a ser azulada com fumaça verde.
-E então, gênio?
Dino começou a colocar alguns outros ingredientes, a poção foi se tornando arroxeada, amarelada, avermelhada, a cada ingrediente, mudava de cor, até que, sem aviso, explodiu!
-Dino! Seu idiota! O que você fez? Daqui a alguns minutos o Lord vai querer a poção pronta! Nós combinamos às seis horas, o caldeirão vai ser levado e vai estar vazio! Rápido, vamos refazê-la! Estúpido! –Disse Simas segurando-se para não sair no soco com Dino.
-Certo, vamos rápido!
Eles começaram novamente e a poção novamente era azulada com fumaça verde.
-O mestre disse que tinha de ficar rosa com fumaça azul! Não chegamos nem perto! –Disse Dino quase chorando.
-Nós vamos morrer! –Simas estava muito pálido e parecia prestes a desmaiar.
-Não iremos! Eu vou fazer essa poção! Ajude-me aqui, me passe alguns ingredientes.
Harry observava tudo, com a varinha em punho, caso o descobrissem e tentassem enfeitiçá-lo.
-Hei! Está dando certo, está ficando rosa! –Dino segurava a varinha, então disse “Adobliate!”. A poção começou a borbulhar, começou a ficar mais rosa ainda, ficou verde, ficou amarela, Harry pensou que fosse explodir novamente, mas não, ela tornou-se rosa claro, com fumaça azulada e um cheiro incrivelmente bom.
-Conseguimos! A poção de iludir está certa! E são quase seis horas. –Simas estava pulando de alegria, parecia realmente importante o que eles fizeram, agora Harry entendia o que sonhara, ele na verdade viu que Voldemort queria alguma poção e estava torturando Snape para conseguí-la, Snape não tinha os ingredientes, então disse à Voldemort que conseguiria em Hogwarts os tais ingredientes, Voldemort não deixou que ele entrasse na escola e Snape propôs que ele forçasse algum estudante à fazê-la, e, se não conseguisse, iria matá-lo.
-Obrigado por me ajuda, Dino, eu pensei que você fosse me abandonar –Disse Simas, que estava muito feliz.
-Não foi nada, você é meu melhor amigo, eu tinha que te ajudar! E se não ajudasse, quem iria? –Disse Dino, agora rindo.
-Vamos pro dormitório, daqui a pouco o resto dos estudantes irão acordar e nós temos de estar nas nossas camas.
-Certo.
Harry começou a correr, ele seria descoberto nas escadas, não daria tempo para ele subi-las sem ser percebido, eles o veriam, então, decidiu correr para o fim do sombrio corredor que dava na masmorra e esconder-se até eles subirem.
-Hei, eu ouvi algo ali, parece que alguém anda nos espionando, vamos atrás de quem quer que seja! –Disse Dino, que ouvira Harry correr.
-O que? Está louco? Vão nos pegar! Vamos pro dormitório, agora!
-Não! Se souberem o que fizemos, vamos ser presos e mandados para Azkaban!
“Pense, Harry! Pense!”. Harry correra até o fim, mas não havia saída. Ele então teve de enfrentar os dois colegas.
-Quem está aí? Apareça! Estou mandando! Senão vou enfeitiçar você! Saia! –Dino, que estava decidido a procurar quem estava espionando-o. –Lumus!
-Petrificus Totalus! –Antes que Dino visse quem estava ali, Harry o azarara.
-Dino? Ah meu Deus! Dino você está bem? –Simas correra até onde se encontrava o colega.
-Estupefaça!
Simas caiu desmaiado no chão, próximo a Dino. Harry começou a tomar uma distância quando disse “Enervate” para acordar Simas, que ajudaria Dino e o levaria para o dormitório.
Harry deitou novamente, refletindo sobre o que acontecera, a poção certamente fora levada por alguém até Voldemort, pois Simas dissera que o caldeirão sumiria, então era algum feitiço convocatório ou algum tipo de aparatação que Dumbledore não conseguira impedir de ser feita, afinal, em meio a tantos pensamentos, Harry dormiu, antes de Dino e Simas voltarem ao dormitório. Após uma hora, mais ou menos, todos estavam reunidos no salão principal, a Profª McGonagall estava em pé, no rosto, uma expressão de terrível horror e constrangimento.
-Alunos! Por Favor! Silêncio! –A Profª não estava conseguindo ordem, então disse “Sonorus” –Quietos! Este é Dully Draigon, ele é o novo professor de defesa contra as artes das trevas, devido aos acontecimentos do ano passado, o professor Snape não dará mais aulas a vocês, espero que compreendam! –Agora a expressão da Profª McGonagall era de horror e tristeza –Tenho algo lhes contar! Ontem à noite ou hoje de manhã dois alunos foram assassinados, no corredor das masmorras –No mesmo instante em que a Profª disse isso, o salão explodiu no estardalhaço de cochichos, gritos de terror e medo fundidos em choro. –Os alunos –começou novamente a Profª McGonagall –assassinados foram Dino Thomas e Simas Finnigan! Dino estava petrificado e Simas foi estupefeito, eles estavam desacordados e foram mortos pela maldição Avada Kedavra. –A Profª deu um suspiro pesado e continuou –As aulas começarão normalmente até que o ministério dê as ordens, sejam de retirar os alunos ou sejam de deixá-los na escola, nós –deu uma pausa –teremos de obedecer.
A Profª tirou a varinha do pescoço, sentou-se e fez alguns gestos com a varinha, surgiram as comidas, mas parecia que nenhum dos alunos estava querendo comer, porque todos estavam tristes ou então horrorizados com o acontecido.
-Vocês ouviram bem aquilo? Dino e Simas! Pobrezinhos! –Disse Mione, com o rosto pálido.
Harry saiu do salão principal e foi para o salão comunal da Grifinória, ele estava se sentindo muito culpado pelos dois, ele os enfeitiçara e ele causou a morte deles, precisava contar a alguém.
-Harry! Você está bem? Você saiu do salão principal correndo! Você está passando mal? –Perguntou Gina que veio atrás de Harry assim que ele saiu do salão principal.
-Não, eu não estou bem! Eu, eu sou culpado pela morte de Dino e Simas! Eu os enfeiticei! Petrifiquei Dino e estuporei Simas! Eles não precisavam morrer! Eles estavam com medo eu precisei fugir, não podia deixá-los lá! Eu devia ter voltado para ajudá-los! –Harry estava chorando, Mione e Rony chegaram, logo atrás veio Neville e Luna estava ainda comendo quando entrou pelo quadro.
-Harry! Você não tem que se sentir culpado! –Gina tentava consolá-lo
-É claro que tenho! Você não entende! Primeiro meus pais! Eles morreram porque me defenderam! Eles podiam estar vivos! Depois veio Sirius! Ele também podia viver, mas ele foi atrás de mim no ministério e caiu naquele maldito túnel! E então, então, morre Dumbledore! Só porque eu estava lá! Ele podia ter enfeitiçado Draco, mas ele quis me salvar! Ele quis me salvar! Ele quis! Se não fosse por mim, Dino e Simas estariam vivos, aqui, rindo com a gente, brincando de enfeitiçar as coisas! Mas não, Eles morreram e foi culpa minha! Eu! Eu os enfeiticei! Eu petrifiquei Dino e estuporei Simas! Se não fosse por mim eles estariam vivos! –Harry agora estava caído no chão, chorando muito, lembrando de todos que morreram por ele, que poderiam estar vivos se não fosse por ele. –Eu não posso mais me aproximar de ninguém! As pessoas morrem quando me conhecem! Os próximos podem ser vocês! Saiam daqui, o pessoal da Sonserina tem razão! Eu deveria ser bruxo das trevas, eles matam! –Mione estava olhando a cena chocada, tentando se controlar para não chorar, mas não conseguiu, ela e Rony também queriam chorar, por tudo o que Harry estava dizendo, que eles deviam se afastar dele, deviam esquecê-lo.
-Harry! Pare de dizer isso! Agora! –Gritou Gina agora chorando. –Você não é culpado por morte alguma! Você tem de nos contar o que aconteceu lá! Eles não morreram por sua culpa, alguém os matou e não foi você! Pare de se lamentar agora! –Gina agora estava se debulhando em lágrimas, querendo sumir dali.
-Isso mesmo! Se você não se levantar eu vou te azarar ouviu? Eu vou te petrificar e só vou te soltar quando você estiver decidido a parar de chorar por aqueles que te amaram! Que te protegeram e que você agora diz que morreram em vão! Eles morreram por você, sim! Mas não morreram porque você os matou! Levante-se! Ou então eu te estupefaço! –Mione estava com a varinha apontada para Harry, que estava realmente com medo dela, porque ela nunca falou assim com ele. –Levante-se!
-Calma Mione, não precisa falar assim com ele! –Disse Rony tentando acalmá-la.
-Calma nada, Rony! Ele diz que nós iremos morrer porque estamos perto dele! Se eu morrer, Harry, não vai ser porque eu estou do seu lado, mas sim porque eu te amo! –Disse Gina defendendo Mione.
-Nós temos que procurar os horcruxes! Já! –Harry se levantara, ainda chorando, mas corria como louco, precisava pegar os horcruxes a todo custo, Voldemort estava com Lupin e Tonks! -Precisamos achar todos eles e recuperá-los! Lupin e Tonks estão com Voldemort e ele vai torturá-los até que eles digam onde me achar!
-Harry, está louco? Não dá! Nós nem sabemos por onde começar! Só temos uma lista e ainda por cima é tudo uma suposição! –Mione estava se recuperando da choradeira também.
-Não importa! Mais gente vai morrer de nós não fizermos algo rápido, Lupin e Tonks devem estar sendo torturados! Vamos à sala do Profº Dumbledore, aliás, da Profª McGonagall!
-Pra que? –Perguntou Mione, correndo atrás de Harry, junto a Luna, Neville, Rony e Gina.
-Neville e Luna, vocês ficam! Eu não posso levá-los! –Harry parara quando percebera que eles o acompanhavam.
-Mas, Harry!
-Nada de “mas”! Vocês têm que ficar! Eu não posso levá-los!
-Certo, mas queremos fazer alguma coisa!
-Vocês têm de impedir que alunos da Sonserina descubram pra onde iremos! Eles não podem saber!
-Está bem –Disse Neville com uma voz monótona.
-Cuidem-se! –Mione dava tchau para eles enquanto acompanhava Harry.

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