A vingança não é doce, é pelud
Desde o início das aulas ainda não tinha conversado decentemente com Hagrid.Eles o cumprimentaram no primeiro dia de aula e não o viram mais depois disso.O meio gigante devia estar em alguma missão para a Ordem e ainda não havia voltado.Harry só esperava que o amigo não estivesse em apuros.
Eles estavam tendo aulas com Grubly-Planky, que era boa professora, mas o meio gigante era melhor.
Bom, isso na sua opinião. Hermione se esforçava para não ficar elogiando a outra professora e deixar Harry e Rony zangados.
Foram para a aula.Alex sentou-se com Mione, Nick com Neville e Rony com Harry.Do jeito que as coisas iam, teriam sorte se não ganhassem uma detenção até o fim da aula.Provocação não faltava e Hermione desfizera uma azaração de pernas bambas que Alex lançara num quartanista folgado da Corvinal.
-Ei, Black, apesar de tudo, você é muito bonita para estar sentada com a Granger. Feiura pega.- Malfoy disse.
-Cala a boca, Draco. – disse Rony vermelho.
-Não estou falando com você Weasley.Estou falando com a Black bonitinha.
Alexandra olhou para Malfoy e o estudou com fingido interesse. O sonserino não esperava aquela reação e ficou vermelho quando a garota o encarou e sorriu para ele, de um jeito, não tinha outra palavra: meloso. Harry sentiu seu estômago afundar.
Snape entrou na sala e foi dizendo:
-Vejo que os Black gostam de ser notados, exatamente como o “papai”.Deve ser pela convivência com os Potter. Infelizmente alguns defeitos são hereditários.- disse acidamente. E ouviram-se algumas risadinhas.
-Para que serve raiz mandrágoras cozidas, no quarto crescente e mexida cinco vezes no sentido horário e dez vezes no anti-horário. E ao final acrescenta-se um toque de pó de polvo e chifre de bicórnio, senhor Black.
Hermione já estava com a mão levantada e Nick olhou para Snape e respondeu:
-É uma poção restauradora, para pessoas que foram atacadas por animais peçonhentos.
Hermione abaixou o braço, Harry sorriu e Snape contrariado, não desistiu:
-Cinco pontos a menos para a Grifinória.- ele disse seco.
Os sonserinos vibraram e os grifinórios ficaram indignados:
-Mas ele respondeu certo, professor. – disse Alex sem se conter.
-Ora, ora, ora... Temos mais uma sabe-tudo na Grifinória?É senhorita Granger, a concorrência está aumentando.- disse desdenhoso e Alex, ficou vermelha e Hermione quieta.
Nick estava indignado e perguntou controlando a voz:
-No quê a resposta estava errada professor?
-Nada, senhor Black, estava correta.Porém essa é uma poção muito avançada e considerada perigosa, dada a sua complexidade.Um erro, e você têm um potente veneno nas mãos e um passe para Askaban.Alunos não devem saber como fazê-la, por ordem do ministério.- disse irônico.
Se olhar de ódio matasse, Snape teria caído duro ali mesmo.Todos os grifinórios estavam zangados com ele.Harry estava irritado com Alex, então não achou ruim Snape chamá-la de sabe tudo.
A sala estava mais escura, dada a quantidade de caldeirões fervendo, mas Harry não perdia Alex de vista e viu o que ela fez.
Snape estava de costas e observava o caldeirão de Parvati, tentando achar algum defeito, quando Alex gritou, fingindo queimar a mão, atraindo a atenção de todos, Nick jogou algo no caldeirão de Malfoy, que explodiu cobrindo o sonserino e seus capangas, com uma baba gosmenta, em instantes começaram a surgir manchas peludas, os garotos guinchavam assustados.
,p> O professor chegou e cheirou o caldeirão dizendo:
-Vão para a ala hospitalar agora.- e olhou desconfiado para Nick e dele para Harry que sustentaram olhar dele.
A aula terminou, e os alunos foram rapidamente para aula do professor Flitwick.
Harry nem teve tempo de perguntar nada, Rony se meteu:
-Que história é essa de ficar de sorrisinho pro Malfoy, Alex?
-Rony, não vou explicar nada agora.Nós vamos perder a aula.- e continuou andando junto com Hermione.
Após a aula, foram para os jardins e logo Malfoy chegou ladeado por Crabbe e Goyle, estavam curados das manchas peludas, e Alex foi à direção dele.
Malfoy cutucou os capangas, olhou para Harry e sorriu satisfeito, vindo de encontro a ela:
-Sabia, que ficaria preocupada comigo, Black.- ele disse convencido.
-Fomos nós que fizemos aquilo, Malfoy. E da próxima vez que você se atrever a me chamar de bonitinha, você não sairá tão rápido da ala hospitalar.- e voltou para perto de Nick. que acenou para ele cinicamente.
Alguns alunos ficaram assobiando e vaiando Malfoy, que ficou sem graça.
-Caraca, eu sabia, que vocês não iam deixar barato a briga com o Malfoy.- disse Rony e ouviu um muxoxo de Hermione.
Rony e Hermione puxavam conversa com Harry e ele respondia com frases curtas.
Gina notou o clima estranho e chamou Nick, para apresentá-lo a umas amigas de sua sala e Hermione chamou Rony para irem na biblioteca. O ruivo não queria ir, mas quando Hermione apertou o braço dele e olhou em direção de Harry, ele entendeu o recado:
-Nos encontramos na aula, companheiro.
Alex tentou puxar conversa com Harry:
-Aconteceu alguma coisa Harry?
-Não houve nada.- ele disse seco.
-Então porque você não olha para mim? Você está estranho.- ela insistiu.
-Pronto tô olhando. É assim que você quer? Todos olhando pra você?- ele disse em tom acusatório.
-Dá pra falar o que houve? O que eu fiz?
-Malfoy!- ele soltou.
-Eu precisava distraí-lo.Foi legal não? Crabbe e Goyle pareciam Yétis.- ela disse.
Ele ficou ali olhando para ela, com a cara emburrada e não disse mais nada.
-Quer saber?Eu vou para a aula. – ela disse decepcionada.
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Foram para a aula de Trato das Criaturas Mágicas e encontraram Hagrid, esperando por eles:
-Oi Hagrid, que bom que voltou.- disse Harry animado.
-Também acho e vocês estão atrasados! Achei que não viriam assistir à minha aula. Harry, parabéns. Você merece ser capitão do time.- e deu tapinhas nas costas do garoto, fazendo ele avançar para frente.
Então ele olhou para Alex e Nick e disse:
-E vocês são os filhos de Sirius. Conheci muito seu pai e posso dizer que ele ficaria orgulhoso de ver os filhos na Grifinória.Você parece muito com ele, Nicolas até o jeito de andar, você também Alexandra, mas tem a delicadeza da sua mãe. E fiquei sabendo que a gata do Filch foge apavorada quando avista vocês dois.Era assim também no tempo de Sirius e Tiago, hehe.
-Obrigado, senhor. – disseram os gêmeos.
-Pode me chamar de Hagrid.- e começou a aula.
-Olhem o que temos hoje.São cava-charco recém-capturados. Esse animal lembra um pedaço de madeira sem vida quando está parado, mas ao exame mais preciso veremos patas com nadadeiras e dentes afiados.Eles adoram mandrágoras.Tomem cuidado que eles gostam de morder tornozelos, só para se banharem no sangue.
Após aula de Hagrid, foram para o castelo, e quase todos riam das observações de Rony:
-Alex, você precisava dizer ao Hagrid, que o cava charco era bonitinho?Eca.Não se pode incentivar o Hagrid, senão ele só fica trazendo monstros para aula.
-Ah, mas ele ficou contente quando contamos a ele que Bicuço, ta feliz lá em casa. Parecia que ia chorar.- ela respondeu.
-Mas, porque ele cochichou com você no fim da aula.- Hermione perguntou e Harry apurou os ouvidos:
-Ele vai mandar um caixote de doninhas lá pra casa.Ele disse que era a comida favorita do Bicucinho. – e todos riram.
E foram para a ultima aula do dia, que seria Adivinhação com Firenze.
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Harry marcou os testes para o time para o sábado e ficou surpreso quando chegou ao campo de quadribol, encontrou Gina, Nick Alex, Rony, Parvati, Dino Thomas, esperando por ele. Hermione estava sentada nas arquibancas com Neville e Luna, Lilá, e Simas Finnegan.Colin e Denis Creevey, estavam no campo com a caixa da goles.
-Só vocês?
-Até o momento sim.
-Bom, então vamos começar. Deu impulso em sua vassoura e observou Dino e Parvati, voando com ele.E os irmãos Creevey apesar de miúdos, estavam bem animados.
-Então Alex, Dino, Denis e Gina, formam um time e eu fico com os outros.Depois nos revezamos nas posições.Vamos lá.
Denis lançou a gole e Colin soltou os balaços e o pomo e eles treinaram por duas horas. Harry localizava o pomo rapidamente e ás vezes ele deixava passar só pra poder ver os colegas em campo. E o resultado o animou, desceu satisfeito da vassoura.
-Vamos treinar duas vezes por semana, até estarmos acostumados uns com os outros.Infelizmente não há vagas para todos, então acho que seria bom treinarmos juntos e daqui a algum tempo, escalo o time definitivo, e quem não entrar agora fica na reserva, ok?
-Mas temos muita lição Harry.- observou Parvati.
-Mas seria só no começo, aí reduzimos pra uma vez por semana e em épocas de jogo voltamos a duas vezes. Temos que antecipar os nossos movimentos, pois somos uma nova equipe, e ainda nem sabemos quem serão os jogadores dos outros times.
Terminado o treino, foram trocar a vestes de quadribol.Harry estava contente.Os Black estavam no time, tinha Parvati, Dino, Gina e Rony, os Creevey eram bem animados e podiam revezar como apanhadores ou artilheiros.Nós vamos conseguir (ele pensava).
Não havia tocado no assunto Malfoy com Alex e ela andava meio arredia com ele.Às vezes seus olhares se encontravam e ele via uma sombra neles, como se ela estivesse chateada com ele, e antes que ele fizesse qualquer coisa, ela desviava os olhos.
Foram aos aposentos de Amanda, por insistência dos gêmeos, e ficaram surpresos em ver a amplitude do local.
Amanda havia aumentado os cômodos com magia, para que coubesse uma boa mesa com cadeiras e Dobby estava lá ajudando a professora.
-Harry Potter, meu senhor. Que felicidade vê-lo.- e o elfo agarrou Harry pela cintura deixando-o sem graça.
-Oi Dobby.Vejo que está bem.- disse o garoto contente.
Os outros cumprimentaram o elfo que sacudia as orelhas de alegria.Hermione perguntou de Wink e Dobby respondeu.
-Está melhor, senhorita.Não bebe tanto quanto antes.A professora Amanda sempre a chama para ajudar e Wink fica toda feliz, em servir alguém como se fosse numa casa.
-Mas se vocês são livres, como pode ser isso?- perguntou Hermione.
Amanda tratou de explicar a situação:
-Quando a chamo para me ajudar, é porque acho que ela precisa se ocupar até aceitar a sua nova condição. Sou contra a escravidão.Mesmo nós temos dificuldade em aceitar mudanças.
Hermione ficou embaraçada tentou se desculpar, e Alex disse:
-Não esquenta Hermione, na Irlanda na casa de tia Morgan, tem Florinha que foi nossa babá, ela é livre mas, nunca quis deixar a família.A liberdade já vem desde a avó dela, mas Florinha diz que quer ficar com a família aonde nasceu. Mudanças são difíceis, para todos, a mamãe não quis deixar de trabalhar em Hogwarts, apesar do dinheiro que papai tinha no Gringotes, que daria pra nos manter, até depois de terminarmos a escola.
-O que temos pra comer, mãe.Estamos morrendo de fome.- perguntou Nick e foi apoiado por Rony.
-Mas vocês mal acabaram de tomar o café da manhã.- disse Gina.
-Mas nós treinamos duro, nosso capitão é muito exigente.- disse Nick e piscou para Rony que concordava com a cabeça, para brincar com Harry.
Dobby correu para a mesa e disse:
-Temos tudo o que os jovens amos gostam.E se Harry Potter quiser Dobby, busca outras coisas na cozinha.
Harry agradeceu e disse que não precisava já que a mesa estava cheia de comidas e grandes jarras de suco de abóbora.
Nesse momento escutaram um estalo e o fogo da lareira ficou verde esmeralda e Remo Lupin saiu da lareira.
-Remo que bom que pode vir.- disse Amanda sorrindo.
-Também acho assim mato saudades de todos.- disse o bruxo satisfeito.
Harry notou que ele estava um pouco mais magro que da ultima vez, mas lembrou-se da lua cheia e em como Lupin ficava mal, antes das transformações.
Passaram um dia muito agradável e Harry aproveitou para conversar com Remo, sobre suas missões, o que Voldemort estaria tramando e ouviu conselhos do bruxo sobre livrar-se das emoções para aumentar o poder pessoal em defesa.
Foram embora tarde da noite e Rony carregando tortinhas de frutas, dizia que valia a pena ser professor pra ter aposentos como aqueles e Nick ria, dizendo que a mãe deles aumentou o aposento pra recebê-los, pois os aposentos eram iguais aos dos outros professores. Alex e Hermione traziam livros do acervo de Amanda e Harry lembrou-se do livro que ganhou de aniversário, talvez começasse a lê-lo. Então um dos livros caiu, ele se abaixou para pegá-lo, leu o título: Conversando com os que se foram, de Ametista Anúbis-Ramsés.
-Pra que esse livro?- ele quis saber.
-Quero entender, porque conseguimos falar com os quadros.E se podemos falar com quem quisermos.- ela disse.
-E com quem você quer falar? Perguntou Rony e levou um pisão no pé de Hermione.
-Ainda é cedo pra dizermos, Rony.- respondeu Alex séria.
E Harry entregou o livro pra Alex e ficaram em silencio o restante do caminho.
e
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