Os Últimos do Sangue Correm Pe
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– CAPÍTULO TRINTA E SEIS –
Os Últimos do Sangue Correm Perigo
Edwiges ainda piava ao som dos pássaros nas copas das arvores e a luz solar penetrava pela janela desenhando a sombra delicada da coruja no chão do quarto na manha seguinte.
Não havia mais ninguém no quarto quando Harry pões os óculos e checou o local, voltou seu olhar para a poção cintilante no frasquinho ali em cima da escrivaninha.
Foi quando Harry guardou a poção no malão que percebeu que já estava trajado com o fardamento, não havia tirado.
Harry pegou alguns alpistes e seguiu em rumo à janela, onde a coruja piava de alegria ao ver seu dono com comida. Ele admirou o oriente distante e serviu pensativo o primeiro grau.
– Fui muito rude com a Mione, com o pessoal ontem... – Disse Harry como se Edwiges estivesse ali para escutá-lo. –... Mas não sei o que fazer, não deveria ter me metido nisso, não devia...
Os olhos de Harry soltaram um caminho de água, que percorreu seu rosto branco e pálido ate o alcance da boca que tilintava de arrependimento e dor... O choro desceu como uma cachoeira de repugnância e raiva de se mesmo...
– Como pude ser indelicado com meus únicos amigos... Com minha família...
Harry deixou os graus ali na janela e saiu correndo pelo quarto e destinado a encontra os amigos e pedir desculpas.
– Padma... Você viu a Hermione, Rony ou Gina?
– Sim! Estão lá embaixo tomando café.
– Valeu! – Disse ele disparando ate a porta do salão comunal.
Harry disparou passando por um grupo de alunos da grifinoria e dobrou o corredor e desceu uma escada.
PLAT!
Hermione que também corria tombou com Harry fazendo o jornal que a garota carregava cair.
– Desculpa... Desculpa por ontem...
– Harry esqueci aquilo... – Disse Hermione assustada pegando a folha do Profeta e dando a Harry. –... Leia isso aqui, por favor.
Harry tomou o jornal da amiga e leu mentalmente a matéria que estava em destaque com uma foto de casas que Harry achava familiar.
“Ontem no inicio da tarde um grupo de Comensais da Morte invadiram as ruas de Londres, deixando caos em Alfeneiros, fazendo com que os trouxas ficassem apavorados e ate capturando uma família de nome Dursley! Rufo Scrimgeour esta sem saber o que fazer...
Harry leu a notícia umas três vezes.
– O que você acha? – Indagou Hermione hesitante.
– Que as coisas não podiam ficar piores.
Tudo bem que os tios não eram nem um pouco bonzinhos com Harry, mas daí a ficar feliz com a probabilidade de nunca mais revê–los, era algo desumano.
– Eu preciso fazer alguma coisa...
– Fazer o quê? Ir até lá e dar uma lição nos Comensais!? Ah, Harry, você não...
– Apesar de tudo, eles são do meu sangue, Hermione!
– Harry, eu sei... Por que não falamos com o Aberforth?
– O Aberforth não é nosso procurador social, Hermione...
– Certo, mas o Ministério já deve estar tentando solucionar isto, Harry, você não precisa se preocupar.
– Claro que não. Afinal, havia tantas famílias naquele lugar, por que decidiram levar logo a minha?
Harry parou por alguns segundos. Reconhecer que os Dursley era a sua família tornava– se algo decididamente estranho.
– Deve haver um motivo, eles sabem que são os seus tios e querem te atingir com isso... Sabem que você irá atrás deles e será nessa hora que Você– sabe– quem irá te pegar... Isto é uma armadilha, Harry!
– Se você se esqueceu, é na casa dos meus tios que o encanto de proteção de minha mãe fica mais forte, e tudo o que Voldemort quer é acabar com isso... Destruindo os últimos do meu próprio sangue!
– Tudo bem, então, vamos falar com o Quim, acho que ele pode nos ajudar, ok?
– Ok, mas eu não posso esperar, eu...
– Certo, Harry, vá falar com a profª. Mcgonagall. – Interrompeu– o. – Eu vou buscar o Rony.
– Obrigado, Mione. – E disparou para a sala de Minerva. Antes, porém, lembrou– se de ir até o corujal e pedir que Edwiges entregasse uma carta ao Quim.
– Eu compreendo que você está preocupado com seus tios, Potter, mas tem que entender que não podemos fazer nada. – Elucidou a profª. Mcgonagall.
– Eu só preciso de sua permissão para ter um encontro com o Quim, professora...
Minerva olhou–o por cima dos seus óculos:
– Harry Potter pedindo permissão?
– Talvez eu passe muito tempo fora, professora...
– Você já é maior de idade, e tem a cabeça no lugar, Potter. Eu não posso compactuar com tamanha irresponsabilidade.
Harry tentou retrucar, mas antes disso Minerva interveio:
– É bom que ninguém saiba que veio me procurar, Potter... Eu não quero que venham reclamar que dou maiores liberdades a alguns... – E piscou–lhe um olho.
Harry abaixou a cabeça, sem jeito.
– C– certo, professora.
Quim aguardava Harry no saguão principal, junto com Rony e Hermione. Após alguns minutos, Harry descia as escadas.
– Por que demorou tanto, Harry? – Quis saber Rony.
– A Gina perguntou aonde eu ia, tive de inventar uma história...
Rony deu uma risadinha.
– Os garotos já me contaram o que aconteceu, Harry, mas eu já tinha lido a notícia esta manhã, por que não falou na carta que o assunto urgente era esse?
– Porque eu sabia que você não viria.
– E você acertou. O que está querendo que eu faça?
– Nada demais, eu pensei um pouco, e acho que o senhor realmente não pode me ajudar a achar meus tios... Mas vou precisar da ajuda do senhor em outra coisa.
– Em quê, por exemplo?
– Rony, Hermione, eu sei que pode parecer egoísmo, mas prefiro que vocês fiquem aqui....
– Harry, não! – Interveio Hermione. – No que está pensando? Nós vamos com você!
– Sim, Harry, juramos que ia te acompanhar em tudo, e é o que vamos fazer.
– Eu agradeço, mas desta vez, prefiro realmente ir só. Prometo que não vou criar confusão.
Hermione tentou discutir, mas Harry não deu atenção.
– Vamos, Quim, eu te explico no caminho.
Saíram do castelo, deixando os amigos decepcionados.
– Ministério, Harry? Está maluco? O que pretende fazer lá?
– Eu quero falar com o senhor Weasley.
– Tudo isso apenas para falar com o senhor Weasley?
– Por favor, Quim, é muito importante!
– Tudo bem, Harry, não vejo nada demais em falar com o pai do Rony, e já que estou aqui mesmo... Eu levo você.
Harry agradeceu e, então, giraram juntos, cada um no seu próprio eixo, desaparatando.
Aparataram no mesmo beco do dia anterior. Em silêncio, seguiram para a cabine telefônica. Harry estava nervoso.
Chegaram no Átrio e, ao passarem pela fonte, Harry fez Quim parar e disse:
– Quim, eu enviei uma coruja para o senhor Weasley, e ele já está me esperando em sua sala. – Harry recuperou a voz antes de Quim retorquir. – Por favor, Quim, fique aqui e me espere voltar, eu sei onde é a sala dele, não precisa me levar... Isto é sigiloso, por favor...
– Depois quero uma boa explicação, Harry. Vá andando, e não demore.
– Certo, obrigado, vou tentar não demorar.
Harry sabia que ele poderia nunca mais voltar.
Atravessou o hall. Quim fez sinal para que os bruxos não o intercedessem. Harry pegou o elevador, apertando o botão para descer.
“Departamento de Mistérios”, foi à voz feminina do elevador.
Harry saiu e caminhou pelo corredor, seu coração batia aceleradamente. Sentiu um frio na espinha ao encarar mais uma vez aquela porta preta.
– O senhor Weasley com certeza não iria gostar de trabalhar por aqui...
Harry empurrou a porta, e caminho para dentro da câmara circular.
– Flagrate! – Apontou para a porta que acabara de sair.
Em seguida, e sem pestanejar, utilizou do feitiço de Mione, e mas outros “X” apareceram nas portas. Elas giraram por alguns instantes, e pararam em seguida. Harry suava frio.
Tentou uma porta qualquer, marcada com o “X” flamejante. Dera de cara com o corredor das profecias.
– Não é você que eu quero. – Disse fechando– a.
Novamente as portas giraram, e Harry sentiu-se tonto.
Tentou outra porta marcada com um “X”. Seu coração pareceu parar de bater. Engoliu em seco, e entrou.
Em flashs, lembrou-se da luta que ocorrera ali tempos antes, da gargalhada triunfante de Belatriz, após ter jogado seu padrinho dentro daquele véu.
Harry desceu a escadaria daquilo que parecia uma arquibancada. Estagnou-se diante daquele maldito arco.
– Espero que eu não precise do plano B... – Disse, tirando o frasco do bolso, com um líquido alaranjado. – Está certo que eu nem vi a Gina hoje... – Suspirou fundo, destapou o frasco e fechou os olhos. Estava rezando.
Aproximou-se do véu, podia ouvir vozes vindas de lá de dentro. Pingou uma gota da poção no véu, esperançoso.
Esperava que a maldição que supostamente prendera o seu padrinho ali dentro se quebrasse e o Sirius saísse daquele arco sorrindo.
Nada aconteceu, a estranha brisa ainda continuava a balançar o véu.
– Droga! Você não serve de nada. – E, antes que pudesse arremessar a poção para longe, Harry, enlouquecido de raiva e decepção, deixou-se se hipnotizar pelas vozes que agora murmuravam:
– Harry... Harry...
Quim apareceu no topo da escada.
Sem ordenar seus passos, Harry caminhou para dentro do véu.
– Harry, saia daí! – Disse descendo rapidamente as escadarias, mas fora tarde demais. Harry perdera– se dentro do arco.
Quim petrificou.
Harry sentiu como se estivesse passando por uma barreira de água gelada. Era como se agulhas lhe perfurassem o corpo inteiro.
– Harry, você está doido? Não faça isso! Parem de chamá–lo seus idiotas! Parem de chamá–lo! – Harry atravessou completamente o véu, saindo do outro lado. – Ah, não, olha só o que vocês fizeram, mas que grande idiotice!
Harry não estava acreditando. Ficou com medo de virar– se para conferir aquela voz e descobrir que havia enlouquecido. Mas mesmo assim, o fez.
– Sirius! – Exclamou sem acreditar.
– Ah, Harry, grande bobagem, grande bobagem! Você não podia ter feito isso, não podia! – Reclamava Sirius.
– O que será que eu vou dizer a todo mundo? – Murmurou Quim para sim mesmo.
Harry não conseguiu se conter, em um só pulo, agarrou– se ao pescoço de seu padrinho. Não conteve o choro.
– Eu sabia, eu sabia que não estava morto!
– Claro que não, só estou amaldiçoado. Culpa deste maldito véu, quem passa através dele fica assim! E agora você!
– E– eu não ligo, o que importa é que você não está morto! – Disse bestialmente feliz.
– Harry, você não compreende...
– Quim, eu estou aqui, que cara é essa? – Perguntou Harry.
– Ele não pode ouvi–lo, seu Babaca, ninguém mais pode te ouvir. – Sirius estava realmente irritado.
– Como assim?
– Você agora é como um espírito, sua matéria está amaldiçoada, para sempre!
Harry ouviu aquilo sem acreditar. Olhou em volta e percebeu vários outros “espíritos” rindo de sua condição. Em seguida, todos saíram da sala, junto com Quim, que julgava estar sozinho.
– Mais um para a coleção, lamento por ele ser seu afilhado, Sirius! – Ironizou um corpulento e negro enquanto saia.
– Você vai pagar por isso, Koles! – Rosnou Sirius como um cachorro.
– S– Sirius, pode me explicar melhor o que está acontecendo?
– Ainda não entendeu? Você está amaldiçoado com a magia deste véu, agora ninguém mais pode enxergar você, nem mesmo os espíritos de verdade... Você deixou de existir para sempre, assim como eu!
– Não pode ser... Eu achei que... Poderia trazer você de volta... Eu preciso de ajuda para resgatar meus tios... Não sei o que me deu na cabeça...
– Exatamente como seu pai! Faz besteiras para depois se arrepender. Oras, Harry, agora você jogou todo o trabalho de seus pais fora!
– Não... Ainda tenho essa poção.. Ela desfaz qualquer maldição...
– Receio que esta não, meu rapaz, esta não... Você mesmo viu, colocou um pouco no véu, e aconteceu.
Harry parou pensativo.
– A propósito, eu sei onde seus tios estão, eu vi quando os Comensais os levaram...
– E você irá me ajudar a...– Não dá, Harry! Não dá! Acabou para nós dois, acabou para os seus tios!
– Escute aqui, Sirius, eu não vim até aqui para falhar, eu vim até aqui para salvar a pessoa quem mais amo neste mundo. – Terminou esta frase quase que num sussurro.
– Ah, Harry, eu já havia me acostumado com isso... Agora veja só o que você fez?
– Não, Sirius, talvez se você beber a poção...
– Aí só tem quantidade para uma pessoa, e você, como fica? Sabe, não custa nada tentar, beba logo isso e volte para a realidade, Harry, talvez funcione...
– Não, você será mais útil do que eu!
– Deixe de asneiras e beba logo isso!
– Não!
– Harry...
Harry parou de discutir. Uma idéia surgiu– lhe na mente.
– Olha... Se não funcionou daquele lado... Talvez funcione deste...
– Do que está falando, garoto?
– Disto... – Harry caminhou para o véu e deixou algumas gotas cair sobre o arco. Incrivelmente, o véu adquiriu uma luminosidade estranha. Harry sorriu.
– Moleque mais sortudo! Joga logo tudo isto aí!
Harry despejou a poção inteira no arco, e este refulgiu intensamente.
– Vamos lá, Harry, atravesse, rápido!
– Vamos juntos. – Disse pegando a mão de Sirius.
– Um, dois... TRÊS! – E se jogaram.
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