A historia de Atlântida



Harry e Mione levaram um grande susto quando se viraram e deram de cara com Thiago, o guarda-costas meio gigante de Bruna.

“Thiago! Que susto você deu na gente cara!” exclamou Harry ofegante.

“Desculpem-me, mas é que eu vim aqui pegar um livro que Bruna me pediu e não pude deixar de ouvir o que vocês dois falavam” falou ele gentilmente.

“Não foi nada, só estávamos discutindo...” começou Mione.

“Sobre a Bruna, eu ouvi” falou ele.

“Será que você poderia nos contar a verdade por trás de tudo isso?” perguntou Harry.

“Infelizmente eu não posso Harry, quem deve contar isso é a Bruna e não eu, alias já falei demais quando disse que a Bruna era a rainha de Atlântida e já tenho que voltar, mas não se preocupem, ela logo lhes contara a verdade” falou ele virando as costas e saindo.

Harry e Mione logo procuraram Rony e Gina para lhes contar tudo que haviam descoberto.

“Mas só tem uma coisa que eu não entendo” falou Rony minutos depois, quando eles já estavam na sala comunal.

“O que Rony?” perguntou Harry.

“O Thiago não disse que a Bruna era a rainha de Atlântida”.

“Disse”.

“Mas como isso é possível?”

“Hora é verdade, já que ninguém nunca viu Atlântida, desde que ela desapareceu no mar há mil anos” falou Mione pensativa.

“Como assim mil anos?” perguntou Harry.

“Na lenda trouxa, eles dizem que Atlântida desapareceu antes mesmo dos egípcios surgirem, mas eles só dizem isso por que tiveram suas memórias alteradas, na verdade a batalha que fez com que Atlântida fosse para o fundo do mar foi só há mil anos” falou Mione.

“AH bom, agora entendi” disse Harry.

“Mas isso quer dizer que a Bruna tem mais de mil anos?” perguntou Gina baixinho.

“Completo Mil e um na semana que vem” soou a voz da garota atrás deles, fazendo com que eles se assustassem.

Depois de se recuperarem do susto Harry falou.

“Vocês dois se combinaram de nos assustar hoje, não é?”.

“Na verdade não Harry, mas Thiago me falou que vocês haviam descoberto sobre os cristais, então resolvi que era hora de contar a verdade a vocês, pois como Dumbledore me alertou antes de entrar em Hogwarts, vocês sempre dão um jeito de descobrir as coisas sozinhos, mas desta vez eu vou contar-lhes a verdade, me encontrem na sala precisa as 20h00min de hoje para que eu lhes conte, pode ser?” falou ela gentilmente.

“Claro Bruna” concordaram todos

E falando isso, todos saíram da sala comunal em direção as aulas da tarde, mas ninguém, além de Mione, conseguiu se concentrar nas aulas da tarde, pensando no Bruna lhes contaria naquela noite.

Depois de jantarem, os quatro voltaram para a sala comunal e ficaram esperando até que desce 19h45min, quando Harry, Gina, Léo, Rony e Mione deixaram o salão e se dirigiram até a sala precisa.

Quando chegaram lá, encontraram, não só Bruna e Thiago, mas também o professor Dumbledore e a professora McGonagall, todos esperando que eles chegassem.

“Ah! Finalmente chegaram meus caros, boa noite” cumprimentou Dumbledore.

“Bom, é que não queríamos trazer o Léo professor, mas ele quase que “explodiu” o salão comunal, quando dissemos que ele não podia vir” falou Harry.

“Bom, pelos menos já estão aqui, podemos começar professor?” perguntou Bruna.

“É claro que sim, Srta. Andrews!” falou o velho Bruxo calmamente.

“A minha historia é um pouco longa e eu não me lembro de algumas partes, por tanto você terá que me ajudar Thiago” falou a garota.

“Claro senhorita!” falou o homem gentilmente.

“Tudo começa a mil anos, mil longos anos, quando a terra bruxa viu a maior e mais destruidora guerra de todos os tempos, nem mesmo a sua guerra contra Voldemort, Harry, assumui tais proporções, milhares de bruxos duelando ao mesmo tempo pelo controle do mundo, o foco principal da guerra, o cristal Atlântico” falou ela.

“Aquele da qual eu te falei Harry!” falou Mione baixinho.

“O cristal atlântico era a maior fonte de poder daquela época, todos queriam colocar as mãos nele, mas meu pai, como rei e soberano de Atlântida não podia deixar que isto acontecesse, pois o cristal usado para o bem traria a felicidade para toda a humanidade, como meu pai o fazia, mas usado para o mal poderia destruir tudo a sua volta, toda a vida na terra poderia deixar de existir se o cristal caísse em mãos erradas, mas meu pai era um grande estrategista de guerra e ajudado pelo seu numeroso exercito e pelos quatro maiores bruxos daquela época, Godric Grifinoria, Helga Lufa-Lufa, Rowena Corvinal e Salazar Sonserina, ele conseguiu virar a guerra a seu favor, tudo corria de acordo com os planos dele, mas havia um espião no exercito de meu pai e por mais que vocês pensem que era Sonserina, não era, era a ultima pessoa a quem meu pai desconfiaria, o espião era na verdade...” ela não conseguiu terminar a frase, pois havia começado a chorar.

“Obrigada Thiago!” agradeceu ela, depois que o gigante a ajudou a se recompor.

“Quer que eu continue a historia senhorita?” perguntou gentilmente.

“Não meu amigo, pode deixar...” ela tomou fôlego e perguntou “... aonde foi que eu parei mesmo?”.

“Na parte em que você ia dizer quem era o espião no exercito do seu pai!” falou Mione.

“AH! Sim, a maldita espiã, que entregou a guerra em favor de Desgustos, o maior bruxo das trevas daquela época, era ninguém menos que Amanda, minha mãe, aquela a quem meu pai confiava seus maiores segredos, suas confissões, tudo, meu pai nunca havia confiado e amado tanto alguém quanto naquela traidora, ela estava tendo um caso com Desgustos, ela gostava do jeito que ele pensava no que ele faria se tivesse o cristal, ela contou todas as possíveis estratégias do exercito que meu pai havia montado em seu conselho de guerra, todas as táticas, enfim, ela contou tudinho, não poupou nenhum detalhe e então o dia fatídico chegou, no dia em que eu ia completar um ano de vida, meu pai havia preparado uma festa surpresa para mim, Grifinoria e os outros bruxos haviam sido designados a me manter ocupada enquanto meu pai preparava tudo, todos os sentinelas haviam sido dispensados de suas funções para ajudar meu querido pai e logo que a festa começou e a hora do parabéns chegou, eu notei que minha mãe havia saído pela porta dos fundos do salão, mas ninguém mais a havia visto, eu tentei falar, mas não era muito boa nisso e logo minha atenção foi voltada novamente para a festa, mas então aconteceu, o exercito de Desgustos havia conseguido destruir a muralha que protegia Atlântida e se encaminhavam em direção ao palácio, meu pai rapidamente posicionou seus homens para a batalha e ele era o primeiro da fila para o combate, eu já estava segura no palácio e ainda conseguia ver a batalha, mas todos logo perderam o ímpeto de lutar assim que viram o que vinha a frente do exercito deles, o próprio Desgustos vinha abraçado em minha mãe, ela havia finalmente escolhido de que lado ficar, do deles, meu pai ficou arrasado assim como eu, eu não podia acreditar no que estava vendo, podia apenas ser uma criança, mas já sabia a diferença entre o bem e o mal e com certeza odiei minha mãe com todo o ódio que eu tinha daquela maldita guerra, mas logo meu pai se recompôs e iniciou a batalha, mas com as informações que minha mãe havia passado sobre o nosso exercito, nossos homens foram caindo um após o outro, meu pai já havia mandado os quatro grandes Bruxos embora, eles não sabiam como, finalmente meu pai estava derrotado? Não! Meu pai ainda tinha uma carta na manga, a mais perigosa de todas, ele correu até o palácio e entrou em meu quarto e disse...” ela parou por um segundo.

E procurando se lembrar das palavras do pai, disse “Filha é chegada à hora de nos separarmos, mas quero que saiba que nunca vou esquece-lá, eu te amo meu anjo, e me entregando o cristal dele, fez com que eu e Thiago e mais duas camareiras minhas fossemos parar em algum lugar bem longe da batalha, eu posso não ter visto o que meu pai fez a seguir, mas sei exatamente o que ele fez, ele ativou os guardiões cristal, eles são dez gigantes de pedra que em caso de muita emergência, se ergueriam do mar para formar sobre a parte central da cidade de Atlântida um escudo de energia, todos que estivessem ali, seriam envolvidos pelo escudo e... Depois disso... O cristal levou Atlântida para o fundo do mar e desde então eu nunca mais vi meu querido pai, mas tenho certeza que minha mãe e Desgustos morreram quando Atlântida foi levada para as profundezas, pois se não eles já teriam voltado com ela para a superfície... eu queria que isso nunca tivesse acontecido, meu pai era tudo para mim e na semana que vem eu vou completar Mil e um anos de vida e Atlântida vai completar mil e um anos debaixo d’água” ela agora estava chorando muito, Thiago a havia amparado em seus braços enquanto ela chorava muito mesmo.

Todos na sala estavam comovidos com aquela historia, todos choravam inclusive Dumbledore e McGonagall, como será que era possível suportar tanta dor, mas só havia uma pessoa na sala que sabia como Bruna se sentia Harry também havia perdido os pais, mas a mãe dele jamais traíra Tiago, a única coisa que os pais dos dois eram diferentes.

Ninguém falou durante os 20 minutos seguintes, eles ficaram ali soluçando e chorando em vozes baixas, Mione abraçada em Rony, Harry segurava Gina e Léo, enquanto Thiago segurava Bruna, Harry tinha milhares de perguntas naquele momento, mas sabia que não era a hora ainda de perguntar, devia esperar que todos na sala se recompusessem primeiro.
Logo todos pararam de chorar e Dumbledore se levantou e disse “Todos devem ter milhares de perguntas na cabeça, como eu imagino, mas acho melhor deixarmos para uma outra ocasião, pois a Srta. Andrews não parece em condições de responder a nenhuma delas”.

E realmente ela não estava em condições, havia parado de chorar, mas a impressão que se tinha, era que ela estava ficando totalmente louca, só por relembrar tais fatos.

No final, todos eles acabaram indo se deitar, ninguém disse nenhuma palavra sequer até que chegaram a porta dos dormitórios onde os garotos se despediram das garotas.

Harry sabia que tudo que ele e Mione haviam descoberto naquela manhã na biblioteca era verdade agora, Voldemort queria Bruna para poder chegar a Atlântida e assim pegar o cristal, mas se Bruna podia ir e vir de Atlântida, por que ela não ia para lá e não voltava mais? Essa era a pergunta que ficou matutando na cabeça dele durante toda a noite, e por que Thiago dissera na biblioteca que Bruna era a rainha de Atlântida se ela acabará de dize que nunca tinha voltado a Atlântida desde o dia em que ela fora para o fundo do mar, por quê? Bom, ele sabia que não teria as respostas tão cedo, já que Bruna não gostava de falar sobre esse assunto como ela demonstrará aquela noite, mas continuaria tentando descobrir a verdade por trás daquilo tudo.

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