Succubus



Capítulo VIII


Why do you love me?
It’s driving me crazy!



...de repente, ele abriu os olhos, cheios de horror.

Saia-daqui-agora-e-não-ouse-dar-um-pio-ou-eu-juro-que-vou-matar-você!” – Ele sussurrou, mas de Bella passou a desejar imediatamente que ele tivesse gritado.
“O quê...?” – Ela perguntou, confusa.

Ela estava nua em cima dele e ele a mandava sair como se nada tivesse acontecido?

“SAIA JÁ DESSE QUARTO!” – Voldemort gritou, contrariando sua própria ordem de silêncio.

Sentindo mais das lágrimas quentes e gordas brotando do canto dos olhos, Bella mal teve tempo de apanhar suas roupas e sair correndo do quarto, antes que o Lorde das Trevas batesse a porta com toda força às suas costas, fazendo nuvens de poeira acumulada por décadas no teto se soltarem.

Ainda que estivesse do lado de fora, e separada dele por uma maciça porta de mogno, ela ainda o ouviu gritando uma série de palavrões pesados e socando sua própria mobília.

Aterrorizada, Bella fugiu para seu próprio quarto.

Cada passo que dava parecia sentir uma tonelada de pedra sendo jogada sobre suas costas, conforme sua consciência – humilhada, desprezada, rejeitada – recobrava a lucidez. No que estava pensando? O que estava fazendo? Tentando seduzir o Lorde das Trevas; para quê?

Ela era mesmo uma vadia da pior espécie...

Mas até mesmo a coragem de se castigar ela perdera. Perdera tudo, tudo, no momento em que fora jogada para fora daquela cama como lixo...

O que lhe restaria, agora? Ser a mais humilde das servas, o ser mais desprezível que um dia ousara respirar o mesmo ar que o Lorde das Trevas? Certamente que sim; não se atreveria a reivindicar mais do que a posição de criada daquele que um dia ela tivera a honra de chamar de Mestre...

Quando finalmente chegou em seu quarto – mal se atrevia a olhar ao redor, como se fosse indigna de estar ali - apenas desejou ser capaz de chorar mais um pouco, pois temia que suas lágrimas tivessem, afinal, secado, e então não estaria num estado muito melhor do que estava quando saíra e Azkaban; a alma destroçada e mutilada, e o corpo fraco e débil.

Mas quando abriu a porta, descobriu que o destino reservava muito mais para aquela última noite de maio.

“Rabicho?!” – Ela exclamou, automaticamente levando a mão para os olhos e enxugando as lágrimas.
“Bellatrix.” – Ele a cumprimentou com um incômodo sorrisinho irônico – “Cumprindo suas obrigações noturnas, eu suponho?”
“SAIA DAQUI!” – Ela gritou, furiosa, procurando pela varinha.
“Está procurando por isso?” – Perguntou Rabicho, mostrando a varinha de Bella, com que brincava de rodar entre os dedos de sua bizarra mão prateada. – “Você não vai precisar dela”

Rabicho guardou a varinha em seu próprio bolso.
“Devolva minha varinha, seu verme imundo, ou...”
“Ou o quê?” – Ele perguntou, se aproximando – “Não se esqueça de que você me deve uma, Bellatrix.”

Rabicho se aproximou ainda mais, ficando a poucos centímetros de Bella, encarando-a diretamente nos olhos. Era possível sentir sua respiração crescendo em velocidade, tornando-se ofegante.

“À propósito, é um belo camisola, este aí que você está vestindo...” – Ele acrescentou, olhando para as pernas de Bella com volúpia. – “Mas você também não precisará dele.”
“O que está diz-...?”
Rabicho se aproximou lenta e ameaçadoramente, conforme Bella recuava, até que se viu acuada contra a parede.
“Não ouse!” – Ela exclamou, jogando o corpo para frente a fim de acertar um golpe no predador.

A mão prateada de Rabicho voou com uma velocidade e destreza incomuns e aparou o golpe no ar. Ele torceu o braço por trás, fazendo-a ficar de cara contra a parede, imobilizando-a.
“Agora, vejamos...” – Rabicho sussurrou em seu ouvido, fazendo um arrepio de puro asco percorrer o corpo de Bella de cima a baixo ao sentir o bafo quente em seu pescoço. – “O Lorde das Trevas tem muito bom gosto, eu admito que tem... Vejamos se você merece mesmo o título de puta do Lorde...”
“Ora, seu...” – Ela protestou, mas recebeu um aperto forte no braço que quase a fez gritar.

Rabicho estendeu a outra mão intacta e afastou os vastos cabelos negros do pescoço branco. Inclinou-se sobre ele e inspirou profundamente como se aspirasse o mais precioso dos perfumes, e então aproximou os lábios, beijando a pele lentamente.
Bella mexeu o corpo incomodamente, tentando se livrar de seu predador, mas Rabicho a havia imobilizado fortemente com a poderosa mão prateada e com a outra forçava sua cabeça para trás, puxando pelos cabelos, até que se encarassem.

“Sua ratazana maldita, me paga...” – Ela murmurou, sua voz num sussurro sufocante.
Rabicho a virou, ficando frente-a-frente, e colou a boca na de Bella, que ainda lutava, embora soubesse que não adiantaria. Bem, ela também não ia facilitar as coisas...

Sentiu a língua invadindo sua própria boca, provando do beijo com o mais profundo nojo que jamais lembrava de ter sentido...

“SUA VACA DESGRAÇADA!” – Rabicho berrou, aparando o sangue que escorria de sua boca.
Ela aproveitou o momento de liberdade para correr para a saída, mas antes que o fizesse, foi lançada na cama pelo feitiço de Rabicho, que apontava sua própria varinha para ela, furioso.

“Você resolveu dificultar, não foi?” – E subitamente, Bella se viu amarrada firmemente na cama.
“Você se acha muita coisa, Lestrange, mas você é só uma mulherzinha perturbada que acha que pode ser a preferida se dormir com o Lorde das Trevas, não é? Bem, eu tenho uma surpresa para você: Desista, porque o Lorde das Trevas simplesmente não se importa com esse tipo de coisa!”
“Agora, quanto a mim...”
Rabicho se aproximou da cama, ainda empunhando a varinha ameaçadoramente. Bellatrix percebeu que sua voz também sumira, e que não havia como escapar...

Assistiu, apavorada, Rabicho tirar peça por peça de roupa e simplesmente teve de fechar os olhos quando o viu a centímetros de si, pressentindo que o pior estava por vir...
Rabicho tornou a encara-la – Bella podia sentir o calor do corpo dele muito próximo ao seu, mesmo que mantivesse os olhos fortemente fechados, intimamente rezando para que seu Mestre viesse procura-la, pelo motivo que fosse, nem que fosse para mata-la, porque qualquer coisa seria melhor que isso, qualquer coisa...

Ele rasgou o tecido fino que protegia seu corpo, deixando-a totalmente exposta, e pela segunda vez naquela noite, Bellatrix chorou com vontade; as lágrimas banhando o colo nu enquanto tentava desesperadamente achar uma saída. E então...

“AHHHHH”– Ele gritou, quando sentiu a joelhada certeira que Bellatrix havia acertado no meio de suas pernas.
Gemendo e chorando, Rabicho caiu no chão ao lado da cama, largando a varinha.

“Filho-da-mãe!” – Ela xingou, apanhando a própria varinha e apontando-a para o homenzinho que chorava desconsoladamente, apertando a virilha. – “Você vai morrer agora, Rabicho!”
“Não...” – Ele choramingou.

Bella piscou por um momento.
Não valeria à pena. Se o matasse, mesmo alegando legítima defesa, estaria bastante encrencada. E simplesmente não valeria a pena sequer o poder que empregaria para mata-lo. Não, o pior castigo para Rabicho seria continuar a ser exatamente o verme que é...

“Eu vou embora daqui!” – Gritou, dando as costas ao bruxo que ainda gemia de dor.

Apanhou o vaso cheio de flu, acendeu a lareira, que tornou ainda mais quente o quarto já abafado, e mergulhou nas chamas, enquanto dizia claramente seu destino:

“Mansão Lestrange!”
E rodopiou rápida e vertiginosamente, enquanto deixava para trás todas as suas esperanças de um dia voltar a ser o que fora.

[...]

O que diabo tinha sido aquilo? No que aquela mulher maluca estava pensando quando simplesmente invadira seu quarto no meio da noite e ficara completamente nua em sua cama? O que ela esperava que ele fizesse; que a ignorasse? Ou que se rendesse como um casal de adolescentes cheios de hormônios descontrolados? Ele não era santo, para começar... E os sonhos... Merlin, os sonhos eram tão reais... Tão reais que mal podia distingui-los da realidade e então eles simplesmente se materializavam durante a maldita madrugada mais quente do ano... Era como se uma Succubus viesse lhe visitar; deitar-se com ele para sugar sua energia, alimentar-se de seu desejo e poder dispersados...
Não. Simplesmente não podia se envolver com ninguém, por mais superficialmente que fosse, muito menos com uma de suas Comensais. Sabia que isso só alimentaria os boatos desagradáveis a seu respeito.


Lord Voldemort revirava-se em sua própria cama, preocupado, incapaz de pregar os olhos. O calor estava anormalmente intenso e ele estava banhado de suor – embora talvez isso se devesse mais ao nervosismo e à situação recente em que se encontrara. Pensou ter ouvido gritos abafados vindos do quarto dela, mas provavelmente era apenas mais um ataque de loucura, desses que tinham se tornado tão freqüentes ultimamente. Então decidiu que seria melhor fazer algo mais produtivo do que apenas rolar na cama e resolveu pôr alguns assuntos em dia e quem sabe arquitetar uma maneira de conseguir que Potter lhe trouxesse a bendita Profecia.

Levantou-se e subiu para seu escritório, procurando por algo que esfriasse seu corpo e distraísse sua mente dos pensamentos insistentes.

Nagini ergueu-se, atenta, quando Voldemort passou. A serpente enrolou-se ao redor de seu Mestre, sibilando coisas incompreensíveis para o restante dos mortais - mas que o Lorde das Trevas pôde entender perfeitamente. Ele sacudiu a cabeça, irritado.

Cobra idiota.

“... você está ficando louco como ela.”

Uma incômoda dor de cabeça havia se instalado no ponto exato entre sua testa e as têmporas.
A desvantagem de se ter um corpo – ele pensou consigo mesmo – são as dores de cabeça. Era sempre assim. Bastava ficar preocupado ou nervoso, e lá se vinha a maldita dor. Às vezes, sequer estava nervoso, mas sentia a cabeça doer levemente. Isso vinha piorando consideravelmente desde o começo de setembro, e muitas vezes sonhava coisas que tinha certeza de jamais ter visto na vida. Ultimamente, por exemplo, vinha tendo uma série de sonhos estranhos envolvendo uma garota de longos cabelos negros que desatava a chorar sempre que abria a boca para falar, e ainda alguma coisa que lembrava um coro de alunos vestidos de verde cantando algo que lembrava “Weasley é nosso rei”.

E então, subitamente, a idéia o atingiu com tanta força que ele poderia jurar que tivesse recebido um golpe de um trasgo enraivecido.

[...]

“Você está bem?” – Perguntou Rodolfo Lestrange para a esposa que fingia dormir ao seu lado.
“Estou bem” – Ela respondeu, sem se virar.
“Você ainda não me contou o que a levou a voltar para casa de repente. Pensei que tivesse dito que preferia ficar por lá, servindo ao Lorde das Trevas.”

Bella percebeu o tom levemente magoado do marido. Ele devia saber dos boatos, e certamente não era agradável ter de conviver com eles. Sentiu uma necessidade repentina de se justificar – mais para si mesma do que para o marido.
“Escute...” – Bella começou, sentando-se na cama – “O que estão falando sobre mim e o Lorde das Trevas é mentira. Não tenho e nunca tive nada além de uma relação estritamente profissional com Milorde.”
“Nunca.” – Rodolfo fingiu concordar.
“Você não acredita?”
“Não.”
Bellatrix suspirou e tornou a virar para o lado oposto ao marido. Por que tudo tinha de ser tão difícil?

[...]

No dia seguinte, quando o sol já correra boa parte de sua jornada celeste e se aproximava do topo da abóbada, derramando raios de luz enfraquecidos pelas nuvens que nublavam o céu e que haviam causado uma fina chuva durante o final da madrugada, Bellatrix finalmente acordou. Sentia-se dolorida e cansada, como se mal tivesse dormido, embora tivesse certeza de que estivera mergulhada em um sono tão profundo que era incapaz até de lembrar de seu sonhos – e era muito grata por isso.

Andou até o banheiro e deixou a água fria da torneira escorrer por entre seus dedos, enquanto se olhava no espelho. Profundas olheiras marcavam seus olhos, e em seu rosto haviam profundos vergões vermelhos dos arranhões de Rabicho, e um hematoma em seu pescoço deixava claro que tipo de atividade ela andara praticando, e talvez fossem esses machucados, para Rodolfo, uma prova definitiva de sua infidelidade.

Encheu a mão de água e jogou sobre o rosto, contendo um soluço. Não choraria mais.

Então um barulho insistente chamou sua atenção. Havia uma bela coruja negra que dava repetidas bicadas na janela de um modo tão austero e imperativo que Bellatrix teve certeza absoluta da identidade de seu dono. Sorrindo, ela deixou que o pássaro entrasse, e desamarrou o curto bilhete.

Lestrange,

Aguardo sua presença no encontro formal de hoje à noite. Não falte. Sua presença é indispensável para o seguimento dos planos. Use trajes discretos e evite comportamentos inadequados.


Furiosa, amassou o bilhete, sob o olhar reprovador da negra coruja. Qual era a necessidade de ressaltar com tanta ênfase as palavras que deixavam claro que o encontro seria o mais frio e impessoal possível?

Vestiu suas pesadas vestes negras, ainda que o clima não fosse adequado para tal vestuário, e prendeu o cabelo no alto da cabeça num coque firme que a fazia parecer uma velha matrona. Olhando-se no espelho, viu a nítida imagem de sua tia Walburga, e com um arrepio, soltou os cabelos, retomando o aspecto mais jovem.

Rodolfo a esperava na mesa da cozinha – ou do que havia sobrado da cozinha, mas não havia sequer sinal de uma refeição. Ele a olhava sério, mas ela não nada disse, limitando-se a desviar o olhar penetrante do marido, enquanto fingia procurar comida na despensa.

“Eu me pergunto...” – Começou Rodolfo, em tom baixo e sombrio – “Eu me pergunto o que você andou fazendo todo esse tempo na casa do Lorde das Trevas.”
“Nada demais; e eu estou falando a verdade.”
“E eu também me pergunto...” – Ele continuou, como se não tivesse ouvido a resposta – “O que teria causado esse súbito retorno às origens. Será que o Lorde das Trevas já cansou de seu brinquedinho?”
“Não seja estúpido, Rodolfo.” – Retrucou Bella com impaciência, virando-se e parando de fingir que descascava batatas – “Achei mais seguro ficar por lá, foi só isso. Dá para esquecer isso?”
“Não. Não dá, desculpe!” – Ele gritou, levantando-se de repente da mesa e deixando a cadeira cair com estrépito no chão. – “Não faz idéia dos boatos que circulam, Bellatrix... Não faz idéia...!
“Oh, sim, meu caro” – respondeu Bella; a voz carregada de sarcasmo – “Acredite, não foi nada agradável ser chamada de puta por duas pessoas diretamente e sabe-se lá quantas pelas costas! Eu sei melhor do que você o que estou passando, por isso pare de bancar o marido ciumento e me deixe em paz!”
“Você acha que sabe, mas não faz idéia de um décimo da realidade! Eles acham que você está realmente tendo um caso com o Lorde das Trevas, e verdade seja dita, você foi vista saindo do quarto dele diversas vezes! Acham que vocês fazem orgias malucas naquela casa; acham que vocês invocam todo tipo de libertinagem sob aquele teto, acham que...”
“BASTA!” – Ela gritou – “Eu já disse que nunca aconteceu nada disso! O que não significa, meu caro marido...” – Bella encostou Rodolfo na parede, ameaçando-o com a faca – “O que não significa que eu realmente não deseje que cada um desses boatos se torne realidade!”

E ofegante, Bellatrix soltou a faca no chão, deixando Rodolfo assustado pregado na parede.
Trêmula, correu da cozinha, sentindo mais lágrima escorrerem por seu rosto, que tentou conter inutilmente. A verdade é que andava com uma vontade de chorar permanente, uma melancolia que parecia surgir do recanto mais íntimo e profundo de sua alma... A idéia de concretizar o que não conseguira naquela noite de inverno há tantos meses atrás era cada vez mais tentadora.

Isolou-se em um dos últimos quartos da casa, ao lado da área de serviço. Ninguém, a não ser talvez os Elfos que outrora moraram na casa, entravam naquele quarto. Era sujo, fétido e escuro, mas naquele momento nada importava para ela. A verdade é que ela também se sentia fétida, suja e escura por dentro...

Acordou algumas horas depois com uma queimação familiar no antebraço esquerdo. A Marca Negra ardia com força. Percebeu que estava desarrumada e que seu rosto ainda levava sinais do choro recente, mas não haveria mesmo por que se arrumar, haveria?
Apenas trocaria de roupa – e usaria as vestes mais sóbrias que encontrasse no guarda-roupa.
Assim o fez, e suspirando puro cansaço e desânimo, desaparatou na Mansão Riddle.

Não haviam muitos Comensais por lá, realmente. Reconheceu Avery, Nott, Jugson, Macnair, Lúcio, Rookwood, e obviamente, Rodolfo, que não dera sinais de ter notado sua existência além de ter o rosto tingido de vermelho-tijolo ao bater os olhos em Bella, para depois virar o rosto e recusar-se a encara-la o resto da noite. O lorde das Trevas parecia excepcionalmente sombrio àquela noite.


“Bem-vindos, meus Comensais” – Ele disse, baixinho – “Hoje à noite nos reunimos para planejar o próximo e mais importante passo que daremos nessa guerra.”
Voldemort parou de andar em círculos, encarando os Comensais diretamente.

Definitivamente, é capaz de intimidar uma multidão só com o olhar, ou a voz – ela pensou, enquanto os arrepios familiares percorriam seu corpo.

“Sua – nossa missão, é simples. Recuperar a profecia que diz respeito a mim e ao famoso Harry Potter, o menino-que-sobreviveu.” – ele falou ainda mais baixo e sombriamente.

Bella sentiu os arrepios crescerem. Era como se tivesse os ouvidos acariciados pela seda mais fina e macia.

“Acontece que aquele que me passou a Profecia o fez de forma incompleta. Preciso escuta-la toda para entender o que me levou a perder os poderes naquela fatídica noite há catorze anos.”

Agora os arrepios decididamente tinham virado tremores. O prazer que sentia apenas de escutar a voz dele...
Era como se as palavras ganhassem corpo e a acariciassem ousadamente. Bellatrix fechou os olhos, absorvendo cada nota do som delicioso que era a voz dele...

“Acontece que o feitiço que falhou naquela noite forjou entre mim e Potter uma espécie de ligação mental. Ele pode acessar meus pensamentos e emoções, e eu, os dele. E posso, obviamente, manipula-los; fazer os sonhos parecerem tão reais que Potter não terá opção senão ir atrás deles como se fossem o mais puro reflexo da realidade.”

Por que o sentia tão intensamente? O que estava acontecendo com ela?
Sentia o corpo quente novamente, como se tivesse acabado de emergir dos lençóis macios da cama dele, brincado no corpo dele, sido tomada por ele... Como quase acontecera naquela noite.

Sua mão deslizou pelo próprio pescoço, causando arrepios e desceu pelo decote. Tentava mensurar o tamanho do prazer que viria a sentir, se um dia...

“Amanhã. Amanhã será nosso dia.” – Ele finalizou energicamente.

E com essa última frase, Bella suspirou baixinho – mas mais alto e insinuante do que planejara. Olhou para os lados assustada. Por sorte, ninguém a ouvira. Apenas Rodolfo, tendo se prostrado ao seu lado, desviou o olhar mais uma vez, cerrando os punhos e sacudindo a cabeça em desaprovação.

Subitamente, Bella se deu conta do risco que acabara de correr. Sorrindo – o perigo sempre a excitava – ela se perguntou mais uma vez o que estaria acontecendo com ela.

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Err... Umas palavras sobre esse capítulo.
Primeiro: Sim, me doeu no fundo da alma fazer aquela cena com o Rabicho. Mas ela foi necessária para o andamento da trama, para saldar a dívida de Bella para com Rabicho e para eu treinar minhas habilidades NC-17.
A verdade é que eu tenho um puto bloqueio com escrever NC-17. Sei lá, eu começo e vai indo, vai indo... E quando chega na hora "H" eu dou um jeito de interromper os coitados ou simplesmente deixo o leitor imaginar livremente. Quem já leu minhas outras fics sabe que eu nem de longe sou santa, mas digamos que eu não tenho vocação para Sasdelli...
Mas eu hei de conseguir (escrever NC-17, não ser o Sasdelli =P)! :)
De um jeito ou de outro, acho que esse capítulo ainda não mereceu classificação NC-17, apesar do quase-estupro e da Bella "se tocando" (bah, isso pegou mal =P) durante a reunião. Aliás, ela está ficando MESMO totalmente perturbada... Será que eu não estou exagerando? Me digam se eu devo pegar mais leve, se vocês aprovam as futuras cenas NC-17 (tudo sutil e de bom gosto, eu prometo!), ou se eu deveria tomar vergonha na cara e voltar para as aulas de redação...

Obrigada pelos comentários. O próximo capítulo não deve demorar, e vai ser bem legal, bem mais legal que esse, eu prometo!

E tem uma hora em que Voldemort compara Bella com uma Succubus. Segundo um site especialista, a definição de Succubus, um ser mitológico, é:
"Esta é uma raça menos conhecida de vampiras européias. A maneira mais comum de se alimentarem é tendo relações sexuais com suas vítimas, deixando-as exaustas e depois alimentando-se da energia dispersada no ato sexual. Elas podem entrar numa casa sem serem convidadas e tomar a aparência de qualquer pessoa. Geralmente visitarão suas vítimas mais de uma vez. A vítima de uma Succubus interpretará as visitas como sonhos. A versão masculina de um Succubus é um Incubus."
Bastante apropriado hehe ^^

Ahh... E uma coisa... Eu peço para que vcs esqueçam o Voldemort da Warner Bros.
Em momento nenhum fala que Voldemort é careca, verde (ou sejá lá que raio de cor for aquela), e tem aqueles dentes nojentos como no filme. Se querem uma sugestão, imaginem o Ralph Fiennes de olhos vermelhos e nariz mais fino (isso não significa nariz à lá Michael Jackson, tá? ).
Aliás... Minha versão de Voldemort é ainda mais bonita, mas é segredo hehe 8)

Falou, pessoal ^^

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