Momento de Hesitação



Capítulo 7 – Momento de Hesitação


 


 


Hermione caminhou até a sala, Bichento ia preguiçosamente em seu colo. Apesar da madrugada não ter passado completamente, Hermione não tinha um rastro de sono ativo. Logo encontrou o que procurava. Os pais arrumavam os últimos detalhes, as malas em seus devidos lugares, os passaportes e outros documentos recolhidos, os Granger estavam prontos para partir.


– Estavam pensando em sair sem despedir de mim?


Jane Granger voltou para sua filha única com o olhar mais amável possível. Uma ponta de emoção interna.


– Não queríamos prolongar o seu sofrimento, minha filha.


– Foi Bichento que te acordou, correto? – perguntou o sr. Granger em tom gentil.


Hermione balançou a cabeça confirmando.


– Bichento jamais partiria sem se despedir de mim. E nunca permitiria que vocês partissem sem dar um último adeus.


O gato da garota miou baixinho, em concordância.


– Isso não é um adeus, minha filha, é um até breve, - discordou a sra. Granger sorrindo.


Hermione bem que gostaria que de fato fosse a realidade.


– Desejo que assim seja, mãe. Por outro lado, prefiro não ter essa esperança. Vocês sabem que o pior pode acontecer.


A sra. Granger caminhou até a filha e a abraçou com todo carinho maternal. Afogado naquele abraço intenso, Bichento pulou para o chão.


– Minha filha, eu confesso que também tinha esse receio. Hoje, depois de conviver apenas alguns dias com seu amigo, Harry Potter, compartilho da opinião de seu pai. O lugar mais seguro do planeta, será próximo a ele e tenho certeza que Harry fará de tudo para deixá-la em segurança.


Hermione riu silenciosamente, duvidava que Harry concordasse com aquela afirmação, embora seus pais não estivessem errados.


– Eu sei disso, mamãe. O grande problema é que Harry ainda não sabe o quão poderoso é, ele não concordaria com a senhora, acha que esse caminho não existe. Nem mesmo Dumbledore conseguiu mostrar isso a Harry.


O sr. Granger foi até a filha e passou a mão pelo seu cabelo.


– Quem sabe não é você quem deve mostrar o caminho a ele, minha querida Hermione? – perguntou o Sr. Granger.


– Dedique-se a isso, Hermione, e logo essa guerra acabará, - disse Jane Granger com sinceridade.


Como os pais poderiam acreditar em Harry, se sabiam pouco ou quase nada, acerca do mundo bruxo?


A despedida durou poucos minutos, logo os pais de Hermione zarparam rumo a Itália. Deixaram para Hermione coisas que a garota não poderia imaginar. Ela que jamais teve intenção de pedir algo, ficou muito orgulhosa de seus pais e bastante emocionada também. Longe dali, seus pais estariam a salvo.


Voltou para o quarto caminhando lentamente, antes deu uma espiada no quarto de Harry, percebeu que o amigo dormia silenciosamente. Um sorriso tímido brotou dos lábios de Hermione.


Ao chegar em seu quarto, uma lágrima escorreu por seus olhos. Já sentia saudade de seus pais. E quando olhou para sua cama, outra lágrima desceu, também sentia falta de Bichento.


Deu um longo suspiro. Pelo menos, eles iam rumo a segurança, e isso não tinha preço.


 


 


– Eu não acredito que você não me acordou, - disse Harry frustrado, horas mais tarde.


Hermione riu silenciosamente.


– É mesmo, e por que deveria ter te chamado?


– Eu queria...


–...agradecer, dizer o tanto que você sentia por vê-los partir por sua causa, provavelmente faria uma última tentativa em me convencer a ir com eles e dizer que sentia que a culpa era sua, - comentou Hermione, interrompendo seu amigo.


– Me sinto mal por não ter agradecido e por ter despedido.


Hermione balançou a cabeça.


– Fique tranquilo, Harry. Eles já sabem tudo o que você pensa, - começou Hermione. – Pegue sua capa e vamos, Harry. É chegada a hora de ir. Se tudo der certo poderemos tomar café da manhã n’A Toca. Não vamos ficar aqui batendo papo enquanto perdemos um precioso tempo.


Em pouco mais de cinco minutos eles já se encontravam no saguão de entrada do prédio de Hermione. Quando eles estavam saindo, Harry percebeu que a garota olhava carinhosamente para cada parte do cômodo, ele sabia o que passava na cabeça da amiga. E Hermione realmente sentia uma tristeza elevada em seu peito. Se perguntou o que diriam os vizinhos, se questionou se colocaria os pés ali novamente. Gostaria de ter uma resposta, infelizmente, não havia nenhuma.


Estavam quase na porta do prédio, quando observaram que uma pessoa imensa já se encontrava lá. Era Hagrid.


O gigante sorriu com aquele jeito gentil e os olhos de besouro brilhando.


– Vocês estão um pouco atrasados, - disse Hagrid sorrindo.


– Hagrid, - disse Harry maravilhado, - o que faz aqui?


– Vocês acham que Dumbledore não tinha um plano melhor para tirá-los daqui? Ele sempre confiou em mim. Grande homem.


Hermione estava pasma.


– Mas...


– Vocês acharam que iriam aparatar próximo a casa de Rony e depois iriam caminhando até lá? Não, não. Vocês esquecem que Dumbledore sempre tem um plano.


Hagrid se virou em direção a porta.


– É melhor irmos andando, - falou o meio gigante.


Harry se voltou para Hermione.


– Você não vai querer perguntar nada a Hagrid, para ter certeza que é ele mesmo?


Hermione negou com a cabeça.


– A poção polissuco não funciona com seres que possuem sangue de gigante, Harry, - respondeu a garotoa com simplicidade.


Um raio de nervosismo passou pela cabeça de Harry, esquecia como Hermione sabia de tudo.


– E como vamos para a casa de Rony, Hagrid? – perguntou Hermione.


Hagrid se virou por um segundo.


– Eu vim na moto de Sirius. Me perdoe por não lhe pedir permissão, Harry. Estou apenas seguindo as ordens de Dumbledore.


O peito de Harry congelou. Hermione, por outro lado, parecia pensativa.


– Tudo bem, - respondeu o garoto.


– Antes que eu me esqueça. É melhor vocês se ocultarem pelo feitiço da desilusão. Pelo menos foi o que Dumbledore solicitou, como eu não sei invocá-lo, é melhor que vocês saibam.


– Dumbledore achava que voar naquela coisa era mais seguro que aparatar? – questionou Hermione.


Hagrid balançou sua imensa cabeça.


– Dumbledore não me explicou os motivos, Hermione. Ele só me pediu que viesse aqui, nesse exato dia, independente do que acontecesse no futuro. Me disse que encontraria você e Harry aqui e que os levasse para A Toca. Obviamente, me pediu para que não contasse isso a ninguém. Só pude pensar que vocês estavam a par dos atos de Dumbledore também.


– Nunca saberemos de tudo o que Dumbledore pensava, Hagrid, - respondeu Hermione.


Harry sentiu uma ponta de curiosidade no ar. Quanto Dumbledore tinha feito para deixar seu caminho livre? Em certos momentos, Harry tinha certeza que cada ato de Dumbledore, levava a crer que o diretor sabia que sua vida estava chegando ao fim.


– Harry? – chamou Hagrid. – Você está bem?


– Estou sim, Hagrid. Me desculpe.


Era chegado o momento de saber se o seu feitiço da desilusão era tão bom quanto o de Moody. Harry se concentrou e bateu com a varinha na cabeça, para a sua surpresa, a sensação de um ovo quebrado se espalhou pelo corpo. Ele se virou para Hermione que o observava atentamente.


– Parabéns, eu mesmo não teria feito melhor. E olha que venho praticando esse feitiço desde o fim do semestre passado.


Hermine usou sua varinha e também ficou como um camaleão.


– Vocês estão prontos? – perguntou Hagrid.


– Um instante, Hagrid, - solicitou Hermione.


Harry pôde observar a sombra da amiga fazer um gesto com a varinha e as malas de ambos sumirem através do nada. Provavelmente tinham ido em direção A Toca.


– Agora sim, Hagrid, - disse a bruxa.


Hagrid se virou para ambos.


– Então é melhor não perdermos mais tempo, vamos andando. E vocês fiquem preparados, para o caso de sermos surpreendidos.


 


 


Harry mal pôde se segurar quando a motocicleta de Sirius foi desbravando o bravio céu, amotoado de névoa, misturada a aurora matinal. Hagrid parecia ter todo o controle da motocicleta e pilotava através do céu, aparentando saber onde ia. Hermione por outro lado, se agarrou na cintura de Harry. Mesmo estando dentro da garupa conjunta com o amigo, se sentia indefesa e propensa a cair a qualquer momento.


Por um ou dois instantes, Harry tentou puxar papo com Rúbeo Hagrid. Contudo, foi em vão, concentrado em sua tarefa e atrapalhado pelo barulho do veículo de Sirius, o meio-gigante não escutou nennhuma de suas perguntas. Além do ruído causado pela motocicleta, Harry só podia escutar as palavras de Hermione ao pé do seu ouvido.


“Não estou gostando nada disso”, “Aparatar é muito melhor”, “Merlin, acabe com isso logo”, “Se acalme, está acabando”, foi alguma das frases ouvidas, em que fez o menino-que-sobreviveu rir e logo depois se restringir a um sorriso oculto, para não chatear Hermione; ainda assim, era interessante o quanto sua melhor amiga se amendrontava quando não tinha controle de certas situações.


Talvez, sofrendo uma punição pelo riso, Harry sofreu com uma falta de ar contínua, de tanto que Hermione apertava-lhe a cintura, como se Harry fosse o corrimão que evitasse ela cair entre as nuvens.


Durante a viagem, Harry percebeu que o guarda-caça de Hogwarts estava tenso, a procura de um mínimo sinal de comensais a espreita. Atrás do garoto, Hermione executou o “homenum revelio” durante várias vezes sem encontrar ninguém, exceto por um avião carregado de trouxas. Harry achava tudo aquilo uma besteira, não sabia explicar como e nem o por quê, mas tinha certeza que não havia ninguém os observando.


Voaram por quase duas horas, quando, ao toque de Hagrid, a motocicleta começou a perder força e aos poucos foram descendo. Através da neblina, Harry enxergou o povoado de Ottery St. Catchpole e em seguida o morro Stoatshead, o qual eles subiram, rumo a Copa Mundial de Quadribol há três anos, logo visualizou a casa de Rony ao longe. Seu coração bateu mais forte. Pelo aperto que sentiu proveniente da mão de Hermione, achou que a sua amiga se sentia da mesma forma, ou seria apenas o fato de estarem indo de encontro ao chão a uma grande velocidade?


Harry achou melhor avisar a Rony que estavam nas proximidades, ergueu sua varinha e imaginou que estava conversando com ele, avisando que já estavam chegando. Será que daria certo?


Expecto Patronum!


O veado prateado irrompeu de sua varinha em meio a neblina e sumiu de vista.


– Quando você aprendeu isso? – gritou Hermione ao seu ouvido.


– Moody me ensinou quando estava indo para sua casa, – gritou Harry de volta.


Hermione fez barulho com a língua e Harry sem ao menos olhar para trás, sabia que a garota estava mordendo o lábio.


Em poucos minutos pousaram. Hagrid retirou o seu óculos de vôo, sorridente e bastante satisfeito consigo mesmo. Olhou para Harry e Hermione, a menina mal conseguia se manter de pé, sentia vontade de vomitar, tamanho o enjôo que enfrentou ao longo da viagem. Definitivamente preferia aparatar.


– Muito bem, aqui eu deixo vocês. Se tudo der certo, nos encontraremos mais tarde, - disse Hagrid feliz e cauteloso ao mesmo tempo.


– Você não vem com a gente? – perguntou Harry.


– Não posso, Harry. Tenho meus afazeres.


Harry, porém, não esqueceu de suas perguntas.


– Hagrid, por um acaso Dumbledore deixou mais alguma ordem?


A fisionomia de Hagrid se tornou sombria. Ele parecia hesitar.


– Tudo a seu tempo, Harry. Existem coisas que não devem ser reveladas antes do seu devido momento.


– Mas, e se...


– Na hora certa, Harry, - respondeu Hagrid misteriosamente..


Harry fez que sim com a cabeça, derrotado, tentando somar dois mais dois como Snape.


Hermione recuperou a compostura. Ela também tinha suas dúvidas.


– Hagrid e como anda os preparativos para o ano letivo em Hogwarts? – indagou Hermione.


A face de Hagrid ficou se possível ainda mais sombria.


– Eu não sei te dizer ao certo, Hermione. O conselho se reuniu algumas vezes e ninguém foi indicado para o posto de diretor, não sei se por inanição do próprio conselho ou se Você-Sabe-Quem já esteja dando suas cartadas. McGonagall foi orientada a permanecer no posto por enquanto. Nenhum bruxo foi contatado para a vaga de Defesa Contra as Artes das Trevas, pois o conselho não permitiu.


Harry franziu a testa.


– Que coisa mais estranha.


– Eu concordo, - disse Hermione indecisa.


– Algo muito ruim está para acontecer, acho que vocês podem sentir também, não é mesmo? – disse Hagrid num rosnado.


 


 


Retiraram o feitiço da desilusão e Hermione puxou Harry pela mão enquanto entravam n’A Toca através do pomar. Pouco conversaram no percurso, ambos curiosos por rever os Weasley e encontrar os preparativos para os casamentos que iria ocorrer ao fim do dia.


Um passarinho cantava longe. Parece que Harry tinha que praticar mais o tal patrono falante, Rony não estava em lugar algum.


Saíram do pomar e tanto o queixo de Harry quanto o de Hermione caíram em uníssono. Estavam estarrecidos. O quintal estava perfeito, tudo em seu devido lugar. Não havia duendes a vista e muito menos galinhas, estava totalmente varrido. O jardim estava podado. Eles viram também que a decoração para o casamento de Gui e Fleur, Tonks e Lupin estava pronta. Mais de cem cadeiras brancas estavam espalhadas enfileiradas e alinhadas perto de um mini-altar. Há cerca de dez a quinze passos do altar havia mesas e diversas cadeiras aguardando convidados, circundando algo que lembrava uma pista de dança. Para surpresa de Harry, havia algo suspenso sob cada mesa.


– Duendes? Eles estão congelados! Aposto que é obra de Fred e Jorge – exclamou Hermione.


– Na realidade a idéia foi originalmente minha e depois eles roubaram e colocaram em prática, - disse uma voz atrás deles.


Harry e Hermione se viraram na hora. Rony observava os amigos, o rosto cansado e o cabelo mais atrapalhado que nunca denunciando que acabara de acordar e que se pudesse não teria saído da cama, a testa ligeiramente franzida quando seu olhar parou sobre Harry segurando a mão de Hermione. Harry soltou o membro dela na mesma hora e adiantou-se para Rony dando um soco em seu braço e depois dando um abraço no amigo, além de sentir um familiar aroma floral se emaranhar pelo ar que ele sabia que não era do amigo.


– É bom ver você, Rony, - falou rindo e o suor escorrendo pela rosto.


– Você me tirou da cama, me deve uma! – disse Rony, - Não esperava ser acordado pelo seu patrono e nem sabia que você sabia fazer esse feitiço.


– Bom, foi a primeira vez que tentei, não sabia que ia dar certo.


– Estávamos com saudade Rony - disse Hermione abraçando o amigo também, o coração batendo forte.


– O que aconteceu com seu cabelo? – perguntou Rony com o olhar maravilhado.


Hermione riu.


– Você gostou?


– Podemos cumprimentar uns aos outros mais tarde e conversar sobre cabelos alheios também, - disse uma voz feminina.


Era Gina. Ela olhava Harry e Hermione atentamente, com aqueles olhos astutos e o sorriso sorrateiro, os olhos brilhantes.


“Ela fica mais bonita a cada dia que passa”, pensou Harry, um ligeiro solavanco surgindo em seu estômago.


– Mamãe está impaciente aguardando vocês para o café, não vamos deixá-la aguardando por mais tempo.


 


 


A Sra. Weasley falava a todo instante, enquanto servia salsichas, ovos e bacons no prato de Harry. Quando ela o cumprimentou, reclamou que os trouxas talvez não sabiam se alimentar, por que ele continuava magro mesmo tendo ficado todo aquele tempo na casa de Hermione. Harry pensou que a amiga retrucaria, no entanto, Hermione apenas cumprimentou a Sra. Weasley mais formal que o normal e com um olhar brilhante que lembrava o de Minerva McGonagall.


–... fiquei muito preocupada, mesmo que tudo tenha sido arquitetado por Dumbledore. Já estava ficando ainda mais intranqüila, quando suas malas chegaram aqui, logo depois da chegada de Arthur, então percebi que vocês estavam vindo e meu coração bateu mais tranqüilo. E por falar nisso querido, - disse a Sra. Weasley para Harry, - Edwiges está no sótão com as outras corujas.


Harry respirou aliviado pela sua coruja estar em segurança.


– Tem mais salsichas se você sentir mais fome, Harry. Espere só um instante que eu já volto, - completou Molly Weasley.


– Obrigado, Sra. Weasley.


Harry comia as salsichas em silêncio. Como sempre estava muito gostoso. Ficou feliz por estar de volta a Toca, era ali que ele considerava sua casa e sua verdadeira família. Não que ele não tivesse aproveitado o apartamento de Hermione, não era isso, o fato era que Harry se sentia mais a vontade ali, na casa de Rony.


Era ótimo ter os Weasley por perto, contudo, Harry ficava se perguntando se aquela guerra não poderia levar alguns deles a morte. Eram numerosos e considerados traidores do sangue. Na lista dos comensais, só ficavam atrás dos trouxas de nascença. Harry sentia que teria de lugar para que isso não ocorresse, não suportaria a dor de perder um sequer. Não poderia desapontá-los.


Ainda tinha uma ponta de arrependimento por não ter se afastado de Gina antes. Era óbvio que tinha curtido todo o tempo passado ao lado da garota, tinha sido de longe os melhores dias da sua vida. Porém, aquilo era o tipo de informação que Voldemort mataria para ter e sem dúvida, Snape sabia da relação de Harry com a ruiva.


– E então, quero escutar as novidades, - começou Gina, que estava sentada ao lado de Harry, numa voz animada - O que vocês ficaram fazendo durante toda essa semana?


Apesar de Gina ser muito inteligente e sagaz, Hermione não pôde deixar de perceber um certo ciúme oculto nas palavras da ruiva.


– Aposto que excesso de leitura, muitos feitiços malucos, livros complicados e grossos. Não preciso nem comentar que uma comida sem gosto e suco sem açúcar! – exclamou Rony do outro lado da mesa, sentado perto de Mione.


A nascida trouxa lhe lançou um olhar irritado.


– Lógico que não, - disse Hermione na defensiva, Rony ria como nunca. – Está bem, realmente lemos alguns livros, mas foi divertido, não foi Harry? A comida era ruim? Harry? Harry, você está bem?


– Como? – perguntou o garoto voltando a si, largando os pensamentos sobre Gina para depois. – Me desculpem, acabei me distraindo.


– Estávamos conversando sobre o que você e Hermione andaram fazendo na casa dela, - disse Gina um pouco desapontada.


Harry engasgou, deixou a colher cair para que pudesse pegá-la e não vissem que ele estava corando, um comportamento que aparentemente Gina percebeu. Sua sobrancelha se ergueu curiosa, por que Harry tinha ficado nervoso daquele modo?


– Conte a eles, Harry. Não foi tão ruim assim, foi?


– Claro que não, - respondeu o amigo, levantando o rosto e se recuperando do engasgo, – é lógico que eu não havia estudado tanto nem mesmo para os NOM’s. Tirando isso o resto foi muito bom.


Gina e Rony riam a beça. Harry pensou ter escutado um barulho vindo das escadas.


– Então é isso que você fala agora, - disse Hermione sorrindo puxando a varinha – vou te ensinar a...


Arry! Como vai?


Uma mulher alta, loira e muito bonita vinha até a mesa onde os garotos estavam sentados. Harry observou que Fleur estava ainda mais bonita que na última vez que tinha a visto, seria o casamento?


– Eu vou bem, e você? Animada para o casamento? – perguntou edudadamente, enquanto Fleur abaixava-se para dar um beijo em sua bochecha. Gina parecia muito interessada em espetar sua salsicha várias vezes.


– Nam podia estar mass cantente, - respondeu a francesa sorrindo, ela se sentou na ponta da mesa. – Nam esperrava que chegassem tom cedo, Gui ainda está dormindo e meus pais acabarrom de acordar.


– E vocês arrumaram todos os preparativos para os casamentos sem ajuda? – perguntou Harry, se virando para Gina e Rony.


– Mamãe, Rony, Carlinhos e eu fizemos a maioria, - disse Gina com simplicidade e sem esconder um brilho intenso em seus olhos, - Fred e Jorge estão trabalhando muito na loja, pelo menos é o que pensamos, deram as caras por aqui só no fim, mamãe ficou uma fera. Os pais de Tonks vieram ajudar, principalmente o pai, Ted.


– Uma pessoa que lembra muito o meu pai, - acrescentou Rony furtivamente.


– E o Gui e seu pai, Rony? – perguntou Hermione.


– Papai anda muito ocupado com as questões da Ordem e do Ministério, - respondeu o ruivo. – Ele chegou pouco antes de vocês hoje, trabalhou a noite inteira. Está descansando agora.


– Gui recebeu férias do Gringotes por causa do casamento, embora ontem mesmo tenha ficado responsável por algumas questões da Ordem. No mais, ele estava muito ocupado com a casa em que Fleur e ele vão morar, - disse Gina.


Fleur deu uma risada. Harry percebeu que o sol ficou mais brilhante naquele momento e até os pássaros cantaram mais alto.


– Gui é o merror namorade do munde, - comentou a francesa, não esquecendo o sotaque de lado. – E será o melhor marride de todos.


Pela primeira vez, Harry percebeu que Gina olhou para sua cunhada com um certo encanto e admiração. Rony, por sua vez, continuava babando nas palavras da garota. Harry viu que Hermione estava com a cara completamente fechada.


– Gostaríamos de ter ajudado, imagino quanto trabalho vocês tiveram - disse Harry sem graça, Hermione balançou a cabeça concordando. - Mas...


– Nós sabemos Harry – interrompeu Gina.


– E quanto a Percy? – questionou Hermione. – Ele vem?


– Foi convidado, - respondeu Rony com azedume, - espero que fique longe daqui.


Gina balançou a cabeça, concordando com o irmão.


As escadas reboaram mais uma vez, dessa vez com um barulho maior. Fleur se levantou quando os pais e a irmã entraram na cozinha e apresentou-os a Harry e Hermione. O Sra. Delacour era uma bela senhora, que podia se passar pela irmã de Fleur sem qualquer problema, usava vestes bruxas de cor verde água, com extrema elegância. Já o Sr. Delacour não era nada atraente quando comparado com a esposa. Era um pouco mais baixo, tinha uma barriga que sinalizava o tanto que gostava de cerveja amanteigada e parecia um tanto bem-humorado. Deu um tapa nas costas de Harry e disse:


– Muite honrrrade Arry Potter, ouvimes falar muito de você.


Harry não se surpreendeu ao ver que o seu inglês era horrível.


– Fleur conta muite sobre você e Gabrielle não parra de falarr em Arry Potter. É um prazer – disse Apolline Delacour, os dentes brilhando.


Atrás dos pais de Fleur estava Gabrielle, era na realidade uma miniatura da irmã, sendo tão bonita quanto e tinha entre seus treze e catorze anos. Passou por Hermione sem ao menos cumprimentá-la e deu um abraço sugestivo em Harry, dando um beijo em sua bochecha. E quando o soltou lançou um olhar intenso ao garoto. Rony mirava o amigo com uma pontada de inveja.


– É muite bom rever você, Arry. Nom há uma semana que eu nom me lembre quando você me naquele lago assombroso.


A garganta do garoto ficou seca, Harry não havia prestado toda a atenção no que a garota havia dito. Na suas costas Gina pigarreou alto e enfiou a mão no bolso das vestes, Harry pode ver que Hermione olhava fixamente para o prato vazio a sua frente e depois viu sua melhor amiga balançar a cabeça como se quisesse espantar algo.


Se Fleur tivesse a mínima noção como Gina atingia as pessoas com feitiços de rebater bicho papão, ela se colocaria em frente a irmã por precaução.


Tentando manter o diálogo, Harry se voltou para os Delacour.


– É um prazer conhecer vocês também, - disse humildemente e se virando para Rony. – Tudo bem se eu for ao seu quarto, Rony? Estou um pouco cansado.


– Sem problemas, - disse Rony e se levantou da cadeira, - Vou com você também. Você fica, Hermione?


– Vou ao quarto de Gina, depois eu vejo vocês, - disse com certo azedume e se sentando na cadeira que Rony largara vazia.


Os meninos subiram as escadas rapidamente sem se falar. Enquanto Harry ficou preocupado pela reação de Gina e não tenha entendido o comportamento de Hermione, Rony pensava como Harry podia ser tão sortudo. Como ele seria feliz se uma veela se interessasse por ele.


 


 


Harry se jogou na cama em silêncio enquanto Rony se espreguiçava na dele. O menino-que-sobreviveu pensava no comportamento de Gina. O que estava acontecendo com seus sentimentos?  Harry tinha sido relativamente sincero com Hermione, quando ela tinha perguntado sobre Gina. Porém, não podia negar que seu coração acelerou um pouco ao rever sua ex-namorada. Era como se estivesse dividido.


– Você é um sortudo, – disse Rony rindo, fazendo Harry voltar dos seus pensamentos.


– Acho que sou mesmo. Você não quer trocar comigo? Você ganha uma cicatriz e alguns poucos inimigos mortais.


Rony riu.


– Tem suas vantagens, não é? – perguntou ainda ironicamente. – Minha irmã ainda gosta de você, e ter uma veela se jogando ao pescoço não é de todo ruim.


– Eu não ligo – disse Harry fitando o teto. – Não pretendo ter nenhum romance esse ano, você sabe. Gosto de sua irmã, como você sabe, mas não pretendo arriscar o pescoço dela nem mais um milímetro, - completou mentindo em partes.


Rony não respondeu.


– E Gabrielle não é toda veela como você está cansado de saber, Rony. Provável que ela esteja muito mais interessada na cicatriz na minha testa, do que pelo que eu sou realmente, - finalizou Harry.


– Nah... você está enganado. Você não viu como ela disse do lago? Gabrielle acha que você salvou a vida dela e Fleur concorda.


– A vida dela não estava em perigo, Dumbledore não deixaria nenhum de vocês morrerem. Como você me disse certa vez, o único que levou aquela canção a sério fui eu.


– Ainda assim...


– Vamos mudar de assunto?


– Não, continuem com o papo sobre Gabrrriele – disse a voz de Hermione com sarcasmo.


Rony engoliu um seco e Harry ficou extremamente sem graça.


Hermione entrou no quarto com aquele jeito imponente, o olhar brilhante cheio de censura, mirando Rony e Harry, sem saber qual a cama menos agradável de sentar, por fim se sentou aos pés de Rony.


– Desde quando você escuta conversas? – perguntou Harry se recuperando, tirando seus olhos do teto e observando a amiga.


Inicialmente, Hermione ignorou o amigo por conveniência, em seguida teve uma idéia, não poderia deixar passar.


– Você foi um bom professor, Harry.


Rony deu uma risada, Hermione o ignorou.


– Escutem, vamos deixar esses assuntos de lado. Temos coisas mais importantes a tratar, vocês não acham? – perguntou a monitora da Grifinória.


Rony e Harry trocaram olhares constrangidos.


– Rony, você não tem nada a perguntar a Harry ou a mim?


– Claro - disse o ruivo se sentando na cama, lembrando de várias coisas, - o que vocês aprontaram durante esses dez dias? Achei que vocês não queriam contar nada na frente da Gina. Eu fiquei louco aqui em casa por não saber de nada. Foi horrível.


– Bem vindo ao meu clube, - comentou Harry. – Agora você já sabe o que eu passava quando ficava com os Dursley.


Rapidamente, Hermione resumiu tudo que eles fizeram durante os dez últimos dias, sobre feitiços, livros, horcruxes, planos e sobre o pergaminho de Dumbledore. Esqueceu, convenientemente, de contar da maior proximidade com Harry.


– Eu não entendo o Dumbledore, - comentou Rony pensativo, - ao mesmo tempo em que ele busca te ajudar, Harry, ele não facilita sua vida em nada. É como se estivesse jogando com você o tempo todo, te estimulando a andar com as próprias pernas e querendo que tire suas próprias conclusões.


Harry sentiu uma tristeza percorrendo seu peito.


– Exatamente, - concordou Harry. – No geral, ele sempre fez isso. Não é nada animador.


– Dumbledore jamais teria feito isso se achasse que você não era capaz, Harry, - falou Hermione, um pouco mais carinhosa do que devia.


Rony olhou para ela com a sobrancelha erguida. Hermione fechou a cara para o ruivo que se recompôs.


– E vocês não conseguiram nada sobre R.A.B? Nem conseguiram rastrear mais nenhuma Horcrux? – questionou Rony, o desânimo aflorando. Hermione lhe lançou outro olhar de advertência que ele pareceu não perceber.


– Quero falar uma coisa com vocês, - disse Harry se levantando e encostando na janela, olhando para os amigos.


– Lá vem ele, - disse Hermione rindo, olhando para Rony.


– Ele não se cansa, - falou Rony balançando a cabeça negativamente.


– Vejam bem, eu sei que vocês querem vir. O que eu quero que vocês entendam é que isso não será um piquenique! Já pararam para pensar que poderemos dormir em péssimas condições? Isso quando pudermos dormir? Passou pela mente de vocês que podemos passar fome?


Rony abriu e fechou a boca como se não tivesse pensado a respeito, passar fome não era com ele.


– Passaremos por situações extremas, – continuou Harry tomando coragem, - É duro admitir, mas em um ano Dumbledore só conseguiu rastrear duas Horcruxes! E nós não somos nem sombra do que ele é. Essa busca pode durar anos, vocês já pararam para pensar? Nós não temos nada. Nada! – repetiu Harry.


Hermione abriu a boca, mas Harry estava no embalo.


– Vocês já pararam para pensar que essa jornada é muito maior que nós três juntos? E o que está em jogo é muito maior que nossas vidas? Podemos morrer a qualquer instante e podemos perecer sem alcançar o objetivo. Vocês percebem o tanto que é difícil admitir isso? Não quero que vocês tenham falsas ilusões, vamos passar todo tipo de dificuldade imaginável.


– Bom, pelo menos dessa vez você não gritou e já admite que estaremos juntos, - disse Rony com sorriso amarelo, ainda não querendo pensar em passar fome.


– Harry, - disse Hermione, os olhos cheios de ternura para o amigo, - nós sabemos de tudo isso, sabemos de todas essas coisas que você falou. E eu continuo dizendo que você não pode enfrentar essa guerra sozinho. Nós vamos estar sempre ao seu lado.


Ela lançou um olhar furioso para Rony.


– Estaremos sempre, - falou Rony, com um sorriso sem graça. – Não chegamos até aqui para te deixar sozinho agora.


Harry sorriu em um agradecimento silencioso.


– E quando vamos partir? – perguntou Rony. – Meu pai já sabe que vamos, já para minha mãe eu não quis contar. Ela faria perguntas sobre os motivos da gente não voltar a Hogwarts e eu não poderia revelar nada. Meu pai explicará a ela por mim e no momento que ela ficar sabendo estaremos longe.


– Eu estava pensando em ir hoje, depois da festa, saindo sem que ninguém percebesse.


Rony coçou o queixo como se tivesse enxergado um problema.


– Já imaginava que você diria isso Harry, - disse Hermione. – Vamos primeiro aonde? Godric’s Hollow?


Harry confirmou com a cabeça.


– Alguma coisa me diz que preciso ir até lá.


Rony se voltou para Harry.


– Eu não arrumei meus pertences como você e Hermione. Tampouco tenho em mente no que levar. Não acho que teremos oportunidade de carregar um malão percorrendo o país inteiro, certo?


Harry não tinha pensado naquele problema. Como sempre, Hermione tinha a solução.


– Não façam um serviço que vocês não são capacitados, deixem isso comigo, - disse com simplicidade.


– Sério? – perguntou Rony maravilhado.


A garota confirmou com a cabeça, firme.


– Eu acho que devíamos achar um local para montarmos guarda, para que centralizemos todas nossas ações e possamos montar nossos planos, – disse Rony pensativo.


– É uma pena Rony, mas isso não será possível. Não estamos vivendo no seu mundo perfeito, - disse Hermione com azedume. – A casa dos tios de Harry não é segura mais, ele já tem 17 anos e nem a minha. Como Harry falou, vamos ter de ficar em vários locais e nenhum deles confortável o bastante.


Harry concordava com Rony intimamente, todavia, não encontrava qualquer alternativa.


– Pois esse lugar existe sim, - explicou Rony, os olhos brilhando. – Podemos ir para o Largo Grimmauld, é a casa de Harry agora, não é?


Harry arregalou os olhos e se sentou ao lado do amigo. Como ele não tinha pensado nisso antes?


– Lá não é seguro Rony, - começou Hermione, - as pessoas podem nos achar lá e Sn...


– Não! – exclamou Rony. – Deixa eu explicar antes de você me interromper.


Hermione concordou.


– Durante o verão passado, em uma das vezes que Dumbledore veio para as reuniões na Ordem, ele acabou aceitando em ficar para o jantar. Enquanto jantávamos, ele mencionou que qualquer coisa que acometesse a vida dele, o fiel do segredo do Largo Grimmauld passaria a ser Harry e ninguém conseguiria achar a casa se Harry não contasse como achá-la. Na hora que ele falou isso, eu notei que ele olhava para mim, estranho não é?


– E por que você nunca nos contou sobre isso? – perguntou Harry indignado.


– Eu havia me esquecido, lembrei disso há poucos dias quando você estava na casa de Hermione. Então podemos ir para o Largo Grimmauld, certo? Dumbledore não diria isso por nada.


Hermione estava lívida, porém, procurou esconder a vontade de esganar o ruivo a sua frente.


– E Dumbledore, disse alguma outra coisa que não fez sentido para você na hora e hoje faz? – perguntou Hermione.


– Bom, houve outra vez, quando eu fazia a ronda nos corredores de Hogwarts – disse Rony pensativo, - na hora também eu não entendi e achei que ele estava mais para professora Sibila, eu trombei com ele próximo a cozinha e ele me deu boa noite e disse numa voz tranqüila que nessas férias poderia acontecer alguma coisa que eu não gostaria inicialmente, mas que eu teria que entender que era para o bem de Harry. Depois disso Dumbledore seguiu o caminho dele e eu o meu.


– E mais uma vez você não nos contou! – acusou Hermione zangada.


– Bem, eu sempre achei que ele estava caducando, e depois eu me encontrei com Lilá e... – a voz do garoto se perdeu e ele desviou os olhos de Hermione muito desconcertado.


Harry riu com gosto e encarou a amiga, ela corou um pouco e parecia zangada.


– Eu imagino porque você não se lembrava disso – disse Hermione com ironia e se virou para Harry. – Então vamos para o Largo Grimmauld primeiro?


– Por mim tudo bem.


– Ótimo, - respondeu Hermione satisfeita, - vou para o quarto de Gina, acho melhor vocês descansarem também, pelo menos enquanto podem.


– É, vamos descansar antes que mamãe venha fazer agente trabalhar. E depois, você precisará descansar um pouco mais Harry! Gina e Gabrielle vão ficar no seu encalço hoje à noite – disse Rony rindo.


Harry por um instante se esqueceu que Hermione ainda estava ali e sorriu também, quando a porta do quarto bateu com uma força extra, ele viu que a amiga tinha saído.


– Eu já volto.


Ele se levantou da cama e foi atrás de Hermione.


– Não sei por que você perde seu tempo Harry, eu vou dormir – disse Rony.


 


 


– Hermione! Hermione, me espere!


Harry correu atrás da amiga, fazendo as escadas reboarem, até conseguir puxá-la pelo braço antes que Hermione alcançasse a porta do quarto de Gina. Ficaram frente-a-frente. Ela o encarava com tanta repugnância, que Harry se sentiria melhor se Hermione estivesse apontando a varinha para ele.


– Então você está feliz por essa atenção? Está satisfeito por ter duas meninas lindas aos seus pés? Isso deve ser mais importante do que derrotar Voldemort certo? Jamais esperaria isso de você, Harry.


– Pára de dizer coisas sem nexo!


– Eu vi seu sorriso. Você quer de ser chamado de Arry, é?


– Aquele sorriso não quis dizer nada, Mione. Eu não me interesso por nenhuma delas, - respondeu Harry com seriedade.


Hermione estreitou os olhos com repugnância. Harry deu um passo para trás, se precavendo.


– Eu escutei Harry, eu ouvi você falando de Gina, eu sei que você gosta dela, - acusou Hermione.


Harry corou.


– Voc...


– Não é ciúme, Harry, - cortou Hermione, falando baixo. – Eu só achei... só achei que você confiasse em mim. Você não precisava mentir...


Harry pôs a mão sobre o lábio da amiga, impedindo que ela finalizasse.


– Se acalme, posso falar agora?


Hermione ficou perplexa. Balançou a cabeça amendrontada. Ninguém havia colocado a mão sobre seu lábio antes.


Harry sorriu sem graça e retirou a mão da boca da garota.


– Eu não menti para você, Hermione. Eu realmente estou confuso e não sei dizer o que sinto pela Gina. Se você perceber minhas palavras, eu só não disse toda a verdade a Rony, não sei o porquê, eu só posso dizer que me senti melhor em não contar toda a verdade a ele, como disse a você. Acho que ele ficaria chateado em saber em saber de tudo. Você não entende?


– Você disse ao Rony que gosta dela...


Harry riu.


– Eu gosto da Gina, Hermione. Acho ela é linda, simpática, engraçada e encantadora, em meio a outras qualidades, porém eu não disse ao Rony o modo como eu gosto dela. Isso nem eu tenho certeza. Eu estou confuso.


Hermione estudou a fisionomia de seu amigo. Confuso por quê? Ninguém colocaria todas aquelas virtudes em alguém sem gostar para valer da pessoa.


– E além do mais, você não pode brigar comigo agora, - concluiu Harry com seriedade.


Hermione franziu a testa e mordeu o lábio encarando Harry. Instintivamente, o menino-que-sobreviveu sorriu.


– Ah, é? E por que não? – retorquiu Hermione.


– Se você brigar comigo, com quem eu irei dançar no casamento?


Harry pensou que ela iria azará-lo, entretanto, Hermione sorriu e abraçou o amigo.


– Me desculpe? - perguntou Harry.


Como as coisas poderiam mudar a ponto de Harry pedir desculpas espontâneamente.


– Deixe isso para lá, - disse Hermione, soltando o amigo. – E caso você queira uma resposta, Gabrielle e Gina seriam duas que dançariam sem problemas com você.


– Eu imagino. Só que eu prometi que ia dançar com você e não com elas, - respondeu Harry rindo.


Ficaram se mirando ali na escada, sem se preocupar com nada, como sempre acontecia entre eles. Harry sentiu um frio no baixo ventre que ele não sabia se era uma coisa boa e sem entender por que seu rosto estava tão perto de Hermione.


– Harry! Hermione! Então vocês chegaram bem? – perguntou uma voz cansada.


Harry e Hermione se viraram assustados. O Sr. Weasley vinha subindo da cozinha, olheiras enormes marcavam seu rosto.


– Olá, Sr. Weasley, - disseram os garotos em uníssono.


Se aquele era a pessoa que tinha criado Fred e Jorge, ele sentiu que tinha interrompido algo importante.


– Molly me disse que vocês haviam chegado. Me perdoem por não estar presente quando vocês estavam tomando café. Estava vencido pelo cansaço. O plano de Dumbledore foi concluído com maestria, certo? Hagrid não causou nenhum problema?


Ele subiu até os garotos e apertou a mão de cada um.


– Acredito que sim, - respondeu Hermione. – Hagrid foi muito cuidadoso e no fim estava com pressa, nem mesmo quis entrar.


Harry confirmou.


– Hagrid é sempre a solução, Sr. Weasley. O senhor já sabia que ele ia nos buscar?


Arthur Weasley sorriu bondosamente.


– Dumbledore sempre arranjava tudo. Grande homem. Ele havia mencionado que Hagrid ficaria responsável pela entrega de vocês e pediu para não me preocupar, que ao fim daria tudo certo - comentou o Sr. Weasley sonhadoramente.


Depois de alguns segundos, Arthur Weasley se virou para Harry Potter.


– Harry, queria ter lhe contado já na semana passada, porém não quis lhe preocupar. Seus tios saíram da casa sem qualquer problema e agora estão morando em outro país. Seu primo Duda lhe pediu para desejar boa sorte.


– Já não era sem tempo, - disse Harry aliviado.


– Mudando de assunto, é bom vocês descansarem antes que Molly venha colocar vocês para trabalhar. Fred, Jorge e Carlinhos já avisaram que vem só para o almoço, mas na realidade eles já chegaram, estão escondidos no quarto dos gêmeos para não serem solicitados para alguma coisa, se é que vocês me entendem. Eles estão exaustos.


– Nós podemos ajudar em alguma coisa, não fizemos nada mesmo, - disse Hermione.


– Não há nada a ser feito, Hermione, - falou o Arthur Weasley sorrindo, a careca suando. - Molly apenas está nervosa, com receio que alguma coisa esteja fora do lugar. Posso te garantir que está tudo pronto para o casamento, fiquem tranqüilos. É melhor vocês irem descansar.


Harry seguiu para o quarto de Rony sem pestanejar e Hermione desceu as escadas em direção ao quarto de Gina e o Sr. Weasley olhava de um para o outro tendo certeza que atrapalhara alguma coisa.


 


 


Harry estava pensando no que tinha acontecido na escada. Por que ele olhou para Hermione daquele jeito? Por que seus rostos tinham quase se tocado?


Hermione era sua amiga. Sua melhor amiga. Sua irmã.


Durante alguns segundos seus pensamentos se voltaram para Gina. Ele precisava era de um copo de whisky de fogo ou ficaria maluco.


O que estava acontecendo com ele? O que Hermione pensaria dele?


Estava confuso demais.


Os roncos de Rony o lembrou o quanto sentia vontade de dormir.


 


 


O quarto de Gina era um pouco maior que o de Rony e assim como no quarto do irmão, havia duas camas, e uma escrivaninha que ficava de frente a janela, por onde se podia ver o pomar que os meninos jogavam Quadribol. Na parede havia um pôster das Esquisitonas, uma bandeira do Puddlemere United, uma foto da garota com Guga Jones e outra foto grande dela ao lado de Rony, Harry, Hermione, Neville e Luna.


Hermione abriu a porta do quarto procurando não fazer barulho, a ruiva estava deitada, virada para a parede.


– Você demorou, - comentou Gina atenta, quando Hermione entrou no quarto, - aconteceu alguma coisa?


– Seu irmão como sempre tentando me irritar e Harry procurando esconder coisas de mim, - respondeu uma Hermione raivosa, se sentando na sua cama e encostando-se à parede.


Gina não disse nada, só virou para ver Hermione melhor.


– Certas coisas nunca mudam, Hermione.


Hermione riu.


– Nunca, - confirmou a nascida trouxa.


A Weasley se virou para Hermione. Era a hora de dizer o que estava preso em sua garganta.


– Harry está estranho.


– Como? – perguntou Hermione distraída.


– Não sei se estranho seria a palavra mais adequada. Ele parece distraído. Pensativo demais. Calado demais. Sei que terminamos, teoricamente ele não tem nada comigo. Ainda assim, não ver aquele brilho nos olhos dele, me machuca.


Era a vez de Hermione encarar sua amiga.


– Gina, você não entende o quanto Harry está sofrendo? Ele perdeu mais uma pessoa importante na vida. Foi o modo como ele reagiu. Não está sendo fácil para ele. A cada dia que passa, Harry fica mais distante, com receio de quem será o próximo. Ele terminou com você por ser nobre demais.


Pela primeira vez, Gina se deu por vencida.


– Você tem razão. Aliás, você sempre tem razão.


Hermione negou com a cabeça.


– Você é exagerada.


– Apesar de não concordar com ele, você sabe, - recomeçou Gina como se não tivesse escutado Hermione. – Eu só queria um gesto de carinho, sabe? Em nenhum momento ele se mostrou carinhoso comigo. Esteve distante o tempo todo.


Um sentimento de conflito cruzou a mente de Hermione. Por um lado achou bom que Harry estivesse mais distante de Gina, por outro, queria que os dois ficassem juntos, do mesmo modo como queria ficar o mais próxima possível de Rony.


– Hermione? – chamou Gina.


– Me perdoe, Gina. Estava apenas pensando, - respondeu Hermione forçando um sorriso amarelo e sereno. – Procure ser paciente com ele e procure tratá-lo da mesma forma que você sempre o tratou, não acho que Harry tenha deixado de gostar de você.


Gina abriu um sorrisinho.


– Você é uma boa amiga, Hermione. E para ser franca, tudo o que eu gostaria, é que o Harry me tratasse da mesma forma que ele trata você. De certa forma, tenho um pouco de inveja de você.


– Lá vem você de novo, - disse Hermione cansada e com a impaciência aflorando.


Gina, contudo, insistiu.


– Harry faz tudo o que você deseja, mesmo que não perceba. Você tem um controle sobre ele que ninguém tem, nem mesmo Dumbledore tinha. Já parou para ver o tanto que você o modulou ao seu jeito? Você fez com que ele respeitasse as regras, de certa forma.


– Controle? Qual controle, Gina? – perguntou Hermione com certa raiva. – Ele ficou com aquele livro idiota quando eu fui contra, ele sai noites seguidas por Hogwarts quando eu peço pra ele não se arriscar, você não sabe como ele é teimoso! Ele sempre está do lado de Rony! Acho que não fosse pelo seu irmão, Harry nem seria meu amigo.


– Hermione, você não percebe que Harry tem um olhar só para você? Que ele possui um modo de sorrir só para você? Algo que ele não tem para mais ninguém. Você não percebe que inúmeras garotas matariam para ter o que você detém e que ninguém mais possui?


Hermione estalou a língua com impaciência, Gina pareceu não ligar.


– Desculpe se te deixei incomodada, Hermione, mas é o que eu penso. Sei que vocês se gostam como amigos, como irmãos. Só que é muito sobrenatural, para todas nós, meras mortais, ver essa relação que você tem com Harry.


De mau humor, Hermione riu cinicamente.


– Vocês podem ter também, é só enxergá-lo como um amigo, como eu faço, - retrucou com azedume.


Gina balançou a cabeça.


– Muito obrigado pelos conselhos, Hermione. E me perdoe se te deixei sem graça.


Hermione não conseguiu responder, para falar a verdade, não havia processado tudo aquilo que tinha escutado de Gina. Estava confusa demais. Tão confusa quanto a ruiva. Nem mesmo sabia se devia ter dito aquelas palavras para Gina. O que a Weasley diria quando trombasse com Hermione e Harry dançando? O que Rony pensaria?


Ela tinha estragado tudo. Fechou os olhos. E quando fechou, viu um rosto de Harry próximo ao seu. Que coisa estranha.


Por fim, percebeu que dançar com um amigo não era nada demais.


Definitivamente precisava dormir.


 


 


Já passava das quatro horas da tarde quando Harry e Rony acabavam de se arrumar para o casamento. Enquanto Harry, usando suas vestes negras com pequenos detalhes verdes, tentava achatar exaustivamente a sua franja, Rony se mirava no espelho realmente satisfeito consigo mesmo, o traje a rigor azul marinho dado por Fred e Jorge era bem melhor que a marrom cheia de babados que sua mãe certa vez lhe dera. Utilizando sua varinha, Rony ainda tentava bagunçar mais o cabelo. Harry sorriu abertamente lembrando-se de alguém que tinha o mesmo hábito do amigo.


Um cheiro cítrico, incomum e ao mesmo tempo suave, misturado a um cheiro de pergaminho surgiu no ar. Harry olhou para Rony. Não era o cheiro dele, era feminino demais e razoavelmente familiar. Não pôde deixar de notar que o aroma era muito bom. Que coisa estranha.


– Podemos arrumar seu cabelo para que ele fique, se possível, mais feio, Rony, - disse a voz de Fred Weasley, - Podemos demonstrar?


– E inclusive, podemos queimar sua sobrancelha e ela ficaria muito parecida com a do Baile do Torneio Tribuxo. Ou podemos fazer uma monocelha, que cairia bem com esse cabelo ventania seu, - comentou Jorge, aparecendo ao lado do irmão a porta do quarto.


Os dois vestiam vestes tão negras como a de Harry, ficando ainda mais idênticos.


– Seus idiotas, - respondeu Rony se afastando do espelho e mesmo assim observando seu reflexo de longe.


– Foram esses idiotas que te deram vestes a rigor Rony, - disse Harry rindo.


– Até você, Harry? – retorquiu Rony.


– Preste atenção na sabedoria de Harry e use melhor suas palavras maninho, - disse Jorge com uma falsa seriedade.


– Ou podemos, com apenas um gesto, fazer suas lindas vestes se tornarem marrom e cheio de rendas, - completou Fred com a varinha levantada e um sorriso malvado no rosto.


– Em todo caso, não é por isso que perdemos nosso tempo vindo aqui – falou Jorge.


– É, - disse Fred, olhando para Harry - temos um recado para você.


– Pode dizer.


– Gabrielle está te esperando para se sentar ao lado dela durante o casamento.


– Ela disse que ficaria muitíssimo encanthé se você o fizesse, - disse Fred com um olhar sonhador, olhando para Jorge.


Rony deu uma risadinha e Harry até começou a rir também, antes do rosto de uma  Hermione chateada surgir em sua mente.


– Digam a ela que eu não posso, - disse Harry.


– É claro, - comentou Jorge, o olhar tão sonhador quanto Fred, - se você não for com Rony, ele vai acabar ficando com Tia Muriel.


– Ah, calem a boca! – disse Rony, Harry abafou o riso.


Harry notou que o aroma cítrico ainda permanecia no ar, às vezes confundindo com uma fragrância floral distante. O cheiro vinha de Jorge.


– Jorge, que cheiro estranho é esse vindo de você? – perguntou Harry diretamente.


Fred riu vitorioso. Jorge por outro lado fez uma cara de perdedor.


– Você é um idiota, Rony, - acusou Jorge.


– Eu não fiz nada, - respondeu Rony na defensiva.


Jorge mecheu em um dos bolsos e retirou um pouco de ouro, entregando para Fred. Que contou e guardou nas vestes.


– É um prazer negociar com você. E eu disse que Harry ia perceber primeiro.


Em seguida, Jorge retirou um potinho minúsculo do bolso.


– Meus parabéns, Harry, você é mais esperto que Rony, grande coisa! - disse Jorge. - Trouxemos uma poção do amor, queremos testá-la nas veela, observar se funciona de verdade ou não.


Harry e Rony se entreolharam atônicos. Os gêmeos estavam falando sério?


– Vamos indo, Jorge – falou Fred, se virando para sair.


Jorge ficou parado, estava se esquecendo de algo importante.


– Quase me esqueci, realmente temos um recado para você. Papai pediu para te chamar, - disse Jorge.


– É verdade. Ele está na garagem, se divertindo com o Anglia como um trouxa que está aprendendo a dirigir - falou Fred rindo.


– Em todo caso, precisamos ir, vemos vocês no casamento, - comentou Jorge se virando para sair.


– Temos uma surpresa para aprontar e umas primas veela para aguardar, - disse Fred piscando para Harry e acompanhando o irmão gêmeo.


 


 


Harry encontrou o Sr. Weasley sem problemas, o único entrave foi quando passou perto ao quarto de Gina, e o garoto teve vontade de entrar lá para ver o que elas estavam fazendo.


– O senhor me chamou Sr. Weasley? – indagou Harry entrando na garagem.


O pai de Rony estava examinado o Ford Anglia atentamente e se assustou quando Harry chamou por ele.


– Você veio rápido Harry, - disse sombriamente, usava veste marrom escuro, sua careca mais reluzente que o costume.


– Fiquei pensando depois, Sr. Weasley, - começou Harry com displicência, - por que não fomos voando no carro, no dia que vocês me buscaram na rua dos Alfeneiros?


Arthur Weasley deslizou a mão pelo carro com carinho.


– Ele é mais rápido no chão, - explicou Arthur, - achamos que era mais seguro.


O pai de Rony retirou os olhos do carro e se voltou para o garoto. Harry ficou aguardando o pai de Rony se manifestar.


– Queria conversar com você, Harry. Pensei em conversar com você mais cedo, porém, você estava com Hermione e eu não quis atrapalhar.


“Rony me contou que vocês não vão voltar a Hogwarts, disse que vocês têm uma missão a cumprir e se negou a me dizer qualquer coisa a respeito. Eu não preciso pensar muito para imaginar o que é Harry, se eu estiver seguindo uma linha de pensamento razoavelmente correta, creio que você está seguindo ordens de Dumbledore, certo?”


– Está sim, Sr. Weasley. Eu não queria que Rony e Hermione viessem comigo, vai ser muito arriscado, ainda assim, eles não me escutam.


– Você sempre muito preocupado, Harry. Sei que é um ato nobre. Contudo, acho que você deve desistir de pensar assim, eles jamais vão deixá-lo sozinho. Amigos servem para isso.


“Eu não vou perguntar para onde vocês vão ou qual é o motivo dessa partida. Se Dumbledore não nos contou nada, ele realmente tinha suas razões e na maioria das vezes estava certo em relação a melhor decisão a ser tomada.”


Arthur tornou a olhar com carinho o Ford Anglia a sua frente.


– Eu tentarei explicar a Molly depois que vocês partirem. Ela levará um choque, ficará com muita raiva, você sabe, mas no fim acabará entendendo. Vocês já têm uma data de partida?


– Iremos depois do casamento, - respondeu Harry, achava que não tinha porque esconder a verdade do Sr. Weasley.


– Entendo. O nosso futuro é sombrio Harry, eu trabalho no Ministério desde que saí de Hogwarts. E nunca, nem mesmo na última vez que Voldemort tentou assumir o controle, tivemos uma situação tão ruim. Infelizmente, creio que o Ministério cairá a qualquer instante, pois não temos mais alguém como Dumbledore que mantinha Voldemort com certo receio de agir. Ou na melhor das situações, mergulharemos numa guerra civil.


O Sr. Weasley voltou a encarar Harry nos olhos e passando seu olhar discretamente pela sua cicatriz em forma de raio.


– Eu desejo sorte a você e aos meninos, nessa jornada. Sinto intimamente que o nosso futuro está ligado ao sucesso de vocês. E o incrível, é que eu fico relativamente tranqüilo quando penso sobre isso. Dumbledore dizia que você era nossa maior esperança, e quando falava isso, dizia com uma paz impressionante. Sei que enfrentaremos tempos mais difíceis do que nunca, aliás, já estamos vivendo. Por mais que seja um peso em suas costas, eu preciso dizer: tenho fé em vocês, Harry.


Harry sorriu constrangido, queria ser poderoso como todos achavam que ele era, gostaria de saber das coisas como Dumbledore, e as palavras do Sr. Weasley poderiam ser encorajadoras por um lado, mas pelo outro dava-lhe mais responsabilidade. Não disse nada, se sentiria desalmado se falasse.


– E que você seja forte, Harry, - continuou o Sr. Weasley. - Tenho certeza que você já sabe que em uma guerra, o lado mais afetado é o lado certo, porque aqueles que lutam pela felicidade e pela paz sofrem mais pela perda dos seus entes queridos. Foi assim na última vez e dessa vez tenho certeza que não mudará.


“E é por isso Harry, que eu lhe faço uma pergunta. Você está preparado para matar? Está preparado para usar as maldições imperdoáveis se precisar?”


– Ah...


Harry não sabia responder, não havia pensado nisso. O Sr. Weasley lhe deu um olhar paterno que só podia ser igualado ao que Dumbledore e Sirius lhe deram certas vezes.


– Eu entendo sua indecisão Harry. Não o censuro. Todavia, te peço que ao menos pense a respeito, nem Você-Sabe-Quem, nem seus Comensais hesitarão em utilizar contra vocês.


– Eu sei, Sr. Weasley.


– Fico feliz que você entenda e peço novamente. Pense a respeito. Você não precisa ser como os Comensais que matariam por qualquer coisa. É diferente. Veja Olho-Tonto, por exemplo, ele sempre evitou usar as maldições imperdoáveis, principalmente para matar seu oponente, entretanto, chega um momento que ela bate a nossa porta. Eu sempre evitei usá-las, só que se chegar a hora e a segurança da minha família estiver em jogo, eu não vou hesitar Harry. Pela minha família eu mato, eles são tudo para mim. E quando eu falo família Harry, eu incluo você e Hermione também.


Harry Potter ficou bastante encabulado com as palavras de Arthur Weasley, para ele os Weasley eram sua família também.


– Eu me sinto parte da família também Sr. Weasley, para mim é uma honra escutar isso do senhor e prometo não esquecer das suas palavras quando chegar o momento.


A fisionomia de Arthur Weasley demonstrou que ele ficou satisfeito com as as palavras de Harry.


– Fico contente com isso Harry. Você não faz idéia do quanto está mais maduro. Dumbledore e Sirius estariam orgulhos em ver seu comportamento.


A face de Harry se resetou.


O Sr. Weasley caminhou até o armário em que ele guardava suas ferramentas trouxas e olhou para seus instrumentos com muito carinho.


– A outra coisa que quero lhe dizer Harry, é sobre o casamento. Era para você utilizar a poção Polissuco hoje, no entanto, não será necessário...


– Sério? Por quê?


– Dumbledore teve uma idéia, e as idéias dele são geniais, você sabe. No ano passado quando Gui e Fleur decidiram se casar, Dumbledore deu um rolo de pergaminho enorme para os dois. Disse que ali, eles poderiam por o nome dos convidados do casamento que ninguém poderia comparecer sob disfarce e nem entrar no casamento sem ser convidado. E quem tentasse entrar, teria um destino muito mais terrível que uma palavra dedo-duro na testa...


O garoto riu, sabia de onde Dumbledore tinha tirado aquela idéia. Genial.


“... embora eu não tenha entendido o que ele quis dizer. Enfim, assim todos estariam seguros, principalmente você, que não precisaria tomar a porção e ter de se passar por outra pessoa. Como você vê, Dumbledore fez de tudo para você ficar bem durante esse verão. Grande homem.


– Não bastaria utilizar o desiluminador?


– Não, - respondeu o Sr. Weasley, - o desiluminador tem poderes enormes, ainda assim não poderia proteger tantas pessoas.


O pai de Rony se sentou no banquinho ao lado do carro, Harry tomou coragem para fazer a pergunta que estava marretando sua cabeça desde que ele deixara a rua dos Alfeneiros.


– Sr. Weasley, - começou ele, - o senhor não acha estranho as atitudes de Dumbledore? Ele ter arrumado tudo para que eu ficasse na casa de Hermione e chegasse bem até lá, a segurança aqui na Toca para o casamento. – Harry fez uma pausa, - Não parece para o senhor que...


– Dumbledore estava agindo como se soubesse que estava para morrer? – completou Arthur.


– Bem, é isso mesmo.


O Sr. Weasley passou a mão pela careca reluzente.


– É muito estranho Harry. Para mim parece claro que Dumbledore sabia que alguma coisa estava para acontecer, por mais maluco que isso possa ser. Embora a certeza será algo que jamais terei.


Harry concordou intimamente com o Sr. Weasley, embora aquilo não o animasse nenhum pouco. Ele ficou muito tempo ao lado de Dumbledore no ano passado. Por que o professor não havia lhe dito nada?


– A última coisa que vou te contar agora, Harry. É algo restrito. Somente eu, os gêmeos e os meninos sabemos. Gina e Molly não sabem de nada ainda. Tampouco os outros membros da Ordem.


Harry ergueu as sobrancelhas.


– Ao longo do ano, estive pensando que se Você-Sabe-Quem assumisse o Ministério, um dos primeiros lugares que ele destruiria seria A Toca. Por mais que pudéssemos protegê-la com inúmeros feitiços, no fim, seria inevitável. Somos traidores do sangue e aliados de você e Dumbledore. E como você bem sabe, para qualquer membro das trevas, apenas ser nascido trouxa é algo pior que um traidor do sangue.


Por mais que buscasse dizer alguma coisa, Harry achou que o melhor era permanecer calado.


– Então, desde o ano passado, eu e os meninos construímos, sob segredo, uma nova casa.


Nada havia preparado Harry para aquela revelação.


– Como?


– Você escutou bem, Harry. É próximo a casa de Gui. É por isso que Fred e Jorge não ajudaram tanto nos preparativos para o casamento. Eles fizeram quase tudo sozinhos e foram eles que levantaram fundos para construí-la através dos lucros na loja. Eu e Carlinhos ajudamos quando podíamos.


– E por que o senhor está me contando isso, Sr. Weasley?


– Você é praticamente da família, Harry. Acho que era um direito seu. Só para você ter ciência, esta casa está oculta pelo Feitiço Fidelius e alguns outros. Espero que você possa visitá-la futuramente.


– Vocês mudam quando?


Uma gota de suor escorreu pela careca de Arthur Weasley. Harry percebeu que se fosse escolha do pai de Rony, ele nunca largaria A Toca.


– Espero que nunca, Harry.


O Sr. Weasley parecia tenso.


– Bom Harry, é melhor você ir andando, os convidados não vão demorar a chegar e mesmo com toda segurança, acho melhor você levar sua capa por precaução.


– O senhor não vem? – perguntou Harry curioso.


Por um breve segundo, o Sr. Weasley hesitou. Depois preferiu contar a verdade a Harry.


– Vou levar o Ford Anglia para a nova casa, antes do casamento. Lá, ele estará seguro.


– Mas ele não se torna inútil nas mãos de um inimigo? – indagou Harry em dúvida.


O Sr. Weasley balançou a cabeça confirmando.


– Segundo Dumbledore, sim. O que não quer dizer que eu vá deixá-lo para trás. Lá é mais seguro, - respondeu Arthur, olhando mais uma vez o seu carro com carinho de um verdadeiro pai.


 


 


Quando Harry se sentou ao lado de Rony, exatamente na metade das fileiras das cadeiras, ele ficou completamente perdido nas palavras do Sr. Weasley.


Hermione ainda estava se arrumando, pelo que Harry havia constatado.


Ainda assim, Harry não teve muito tempo para pensar nas palavras de Arthur; vários convidados eram conhecidos e vinham cumprimentá-lo.


A primeira foi Luna Lovegood, que morava próximo a Toca, e pela segunda vez na vida, Harry percebeu que ela ficava muito bonita quando se arrumava. Hoje em um vestido vermelho com os cabelos penteados corretamente, Harry a abraçou carinhosamente. Luna podia ter comentários impróprios muitas vezes, no entanto, era uma amiga com um valor inestimável.


Junto de Luna estava seu pai, Xenofílio, que em contraste a filha, usava uma roupa azul berrante, tinha um olhar vesgo e cabelos brancos que lembravam algodão doce. Tinha o jeito sonhador da filha e pelo jeito sabia dizer coisas inconvenientes como Luna.


– É um prazer Harry Potter! - disse o Sr. Lovegood quando o cumprimentou. - É muito bom descobrir que minha filha possui amigos.


Harry não soube o que responder enquanto Luna apenas distribuía seu sorriso que lembrava que ela poderia sim, ser normal. Rony por outro lado fazia olhar de descrença, demonstrando uma louca vontade de cair na gargalhada.


Depois de Luna, vieram Neville e a avó, a Sra. Longbottom apertou a mão de Harry e Rony com aquela mão imponente e o olhar intimidador de sempre. Harry também conheceu Ted e Andrômeda, pais de Tonks, a mãe Andrômeda mirou Harry com um olhar diferente que o garoto logo notou, como se quisesse ter falado alguma coisa. Abriu a boca e a fechou uma ou duas vezes e acabou hesitando, antes de seguir seu caminho, próximo ao altar,


Depois disso, Hagrid apareceu, Rony e Harry quase tiveram suas costas amassadas pelo abraço forte do guarda-caça de Hogwarts. Naquele meio tempo, Harry percebeu que o gigante tinha usado aquela loção horrível da época do torneio tribuxo. O gigante estava muitíssimo satisfeito por ter deixado Harry em segurança. Estava em um papo animado quando ficou ligeiramente róseo. Harry percebeu o por que na hora. Aproximando com imponência veio Madame Maxime, que foi professora de Fleur na França e cumprimentou Harry com um aperto de mãos que poderia ter quebrado todos os ossos dele sem qualquer problema. Ergueu sua mão para Hagrid que a beijou desajeitadamente e foram em busca de acentos só para eles, Hagrid nem mesmo se lembrou em dizer até logo. Harry e Rony riram silenciosamente.


Membros da Ordem também estavam presentes, como Olho-Tonto, em umas vestes cinzentas bastante diferentes, numa angulação diferente por causa da perna de pau e Kingsley com suas vestes azuis, a voz profunda de sempre, quando cumprimentou Harry. E por fim Héstia Jones e Dédalo Diggle com a vestes roxas e a cartola sempre da mesma cor, que obviamente caiu quando ele cumprimentou o garoto. Todos eles se sentaram a uma fileira a frente de Hagrid e de Madame Maxime.


Por último veio uma senhora muito idosa, um jeito rabugento ao extremo, sendo acompanhada por Carlinhos Weasley, que fazia força para não fugir.


– Ronald, é você? – perguntou a senhora.


Rony a encarou e fez uma cara de quem estava com dor de barriga, mesmo assim levantou para cumprimentá-la.


– Seus cabelos estão muito longos, parece mais Ginevra. Sua mãe não sabe cortá-los? Não conheço metade desses convidados...


Carlinhos piscou para Harry e antes que Rony pudesse perceber, sumiu no meio dos convidados. Harry abafou uma risada.


–... e você quem é? – indagou a senhora encarando Harry e quando enxergou sua cicatriz ela se assanhou. – Céus você é Harry Potter. Pensei que fosse mentira de Ronald. Bom, você parece menos retardado quando visto de perto.


– Essa é tia Muriel, Harry.


Harry já imaginava.


– Onde está o Carlinhos? – perguntou Muriel olhando sua volta. – Aquele traste deve ter ido atrás de outros convidados.


Rony percebeu o que estava para acontecer, mas não conseguiu fugir a tempo.


– Vamos Ronald, - disse Muriel, - quero ver a noiva e ver se ela é bonita de verdade. Creio que minha tiara vai ajudá-la, por mais que ela seja francesa. Me leve até ela, com cento e sete anos preciso de cuidados. E depois me arrume um bom lugar, não quero sentar aos fundos.


Rony olhou para Harry pedindo por ajuda, no entanto, Harry apenas acenou animado para ele.


– Boa sorte, - disse baixinho.


Rony fez uma coisa com mão que se Molly Weasley tivesse visto, teria deixado o filho apenas com nove dedos.


Harry ficou olhando Fred e Jorge nas fileiras logo atrás contando piadas para umas garotas loiras que Harry supôs serem primas de Fleur. O olhar de Harry encontrou o de Jorge que deu uma piscadela e continuou sua piada para as garotas, e pelo jeito que as garotas olharam para Harry e riram, o-menino-que-sobreviveu não demorou a supor que o motivo da piada fora ele.


Então, um cheiro cítrico, agradável e suave se materializou pelo ar e Harry sentiu uma mão leve e carinhosa sobre seu ombro, ele não precisava se virar para saber que era Hermione. Mesmo assim ele se virou sorrindo. Ele não conseguiu conter a surpresa, ela estava em um vestido lilás esvoaçante, os cabelos brilhantes com uma tiara prata.


– Como estou? – perguntou Hermione sentando-se ao seu lado, o sorriso cintilante.


– Uau... você está... poxa...eu... – disse Harry sem arrumar palavras, derramando um pouco de água da boca, as sobrancelhas erguidas.


– Gostei. Você não poderia me dar elogio maior, - disse Hermione, o sorriso ainda mais largo, se sentando ao lado do amigo. - Você também está encantador.


Rony não demorou a voltar e quando viu Hermione também se admirou (“Sempre surpreso”, respondeu a amiga sorridente; Rony pareceu um pouco desapontado). E reclamou de sua tia Muriel também (“Diabo de morcega velha, um pesadelo como sempre”, disse furioso).


Estavam conversando animadamente, quando Rony olhou para trás e imediatamente fechou a cara por completo, parecendo furioso, as orelhas ficaram extremamente vermelhas.


– Não acredito que aquele idiota teve a cara de pau de aparecer aqui.


Rony se ergueu com tanta pressa, como se fosse receber alguém a socos. Harry olhou para Fred e Jorge, eles pareciam com bastante raiva, diferentemente de Rony, nem sequer deram ao trabalho de levantar para recepcionar o irmão.


O jovem ruivo veio caminhando sem pressa pelo tapete vermelho. Carregava um sorriso artificial e elegante. A fisionomia carregada de ganância.


Era Percy.


Apertou a mão de Rony com pouca energia, dando a ele um sorriso frio.


– O que faz aqui? – perguntou Rony entre dentes.


– Eu fui convidado, Ronald, sou irmão de Gui, assim como você, - respondeu Percy com ironia. – Aliás, senti sua falta também.


Percy estendeu seu olhar para Harry e Hermione.


– Olá, Harry. Como vai? Tudo bem com você, Hermione? – perguntou o ruivo cinicamente.


Ambos nada disseram. Hermione apertou a mão de Harry com força.


Harry observou o comportamento estranho e artificial de Percy. Estava desconfiado. Alguma coisa estava errada com o irmão de Rony.


O Sr. Weasley veio caminhando lado a lado com Carlinhos, aparentemente tenso.


– Pai, - disse Percy abaixando a cabeça com uma pequena reverência cômica, que poderia ser encarado como irônica. – É bom rever o senhor.


– Que boa surpresa, meu filho. Estou orgulhoso da sua presença, sua mãe ficará muito satisfeita, - disse o Sr. Weasley contente.


Carlinhos preferiu permanecer em silêncio. Sua cara era de poucos amigos, assim como Rony e os gêmeos.


– Vamos nos sentar em nossos lugares, pai – disse Carlinhos enérgico, sem nem cumprimentar o irmão.


O Sr. Weasley sorriu maravilhado.


– Mas é claro! Venha Percy, os nossos lugares estão reservados. Venha também, Rony, o seu lugar é lá na frente com toda a sua família. Chame Fred e Jorge.


Arthur Weasley passou o braço pelo pescoço de Percy, dando lhe meio abraço e puxando-o para frente, parecendo muito satisfeito com a presença do filho.


Rony lançou um olhar insatisfeito para Harry e Hermione e foi se sentar com o restante da família. Fred e Jorge foram logo atrás um pouco mais animados.


Harry trocou um olhar de nervosismo com Hermione.


Quando Harry olhou a sua volta, viu que todas as cadeiras estavam ocupadas, havia mais de cem convidados ali facilmente. A banda de bruxos que Harry não conhecia começou a tocar uma música, o casamento ia começar.


Harry se voltou para atrás, seus olhos encontraram com os de Alastor Moody que estava muito sério. O garoto fez uma leitura labial perfeita das palavras do ex-auror.


“Vigilância Constante, Potter.”


 


----x----


 


FINALMENTE! Putz! 36 páginas de word e eu ainda tive que cortar o capítulo em algumas páginas... Nossa...


Gente, me perdoem! Se foi cansativo para mim, imagino que deve ter sido um porre para vocês também, eu preciso me controlar. Originalmente o casamento acabava nesse capítulo, mas quando olhei e já batia na casa de 50 páginas, eu decidi dar uma cortada e deixar uma parte para o próximo... A notícia boa é que o próximo capítulo não deve demorar a sair. Acredito que até sexta dá para postar sem problemas...


Foi meio entendiante escrever esse capítulo, já estava preparando as mortes quando tive que voltar atrás e deixar para o próximo...


Antes de responder aos comentários, quero pedir desculpas, minha vida tá um caos! E tende a piorar... Aos domingos, que é o dia que eu mais escrevo, vai ser o dia mais tediante! Eu vou começar um curso preparatório de 9 da manhã até as 21 horas paara fazer um concurso... até novembro vai ser f!


Algumas considerações:


1) De última hora, eu tive que trocar o nome do capítulo, que não ficou lá muito adequado. O outro nome era mais original.


2) O enredo da fic não mudou. A história é H2... não tenham dúvida, o Harry, como diz no título do capítulo, só está um pouco indeciso. Pretendo acabar com a parte H/G no próximo capítulo... que aliás era para ser nesse capítulo e eu adiei... quem viver, verá!


3) Além do número de páginas, outra coisa me fez cortar o capítulo. Uma personagem que eu matei e fiquei em dúvida se era hora dela morrer...


4) O Percy não foi ao casamento atoa... é tudo dentro de um plano, afinal, o nome dele estava na lista...


Em todo caso, prometo não desaparecer, vamos aos comentários:


Jade Moreira: muito obrigado pela presença de sempre, figurinha! Você vem sendo uma leitora fiel! Continue comentado!!


Luiza Potter: ooooo menina pontiguar!!!! Me perdoa por você entrar aqui sempre e eu não atender as suas expectativas... esse capítulo me consumiu demais! Quando você postou o último comentário, eu já havia escrito mais de vinte e cinco páginas... dava até para postar já, né? É que eu tô cansado dessa parte tudo azul e quero ver sangue... tentei finalizar nesse capítulo, mas o tamanho foi demais... Acho que não vou escrever tanto nos próximos capítulos... 20 páginas está de bom tamanho! Concorda??


Aposto que você me xingou por essa indecisão do Harry... hehehe... prometo não deixar você esperar tanto pelo próximo capítulo, ok? =)


E me pedoe por não ter te dado o sofrimento nesse capítulo... de coração! Beijo, Luiza!


Matthew Malfoy: cara, que bom que você voltou! Fiquei feliz pra caralho por você ter comentado! Seu tempo deve estar curto... imagino que você vai custar a ler esse capítulo imenso... Hehehe... dessa vez eu exagerei, né?


Você faz medicina, certo?? Está em qual período? Curtindo o curso?


Saulo: velho, você fez um comentário lúcido! Hahaha... concordo demais com você! Em todo caso, eu estou fazendo isso porque ao fim do Príncipe Mestiço, a Hermione e o Rony tão naquele clima, sabe? E o Harry termina com a Gina meio a contragosto.


Agora, se você percebeu as entrelinhas, viu que o Harry, apesar de não ter esquecido da Gina, está para cair nos braços da Hermione e está quase se dando conta disso. Mas não se preocupe, no próximo capítulo a história H/G terá o fim de uma vez por todas! Grande abraço, continue comentando.


Isis Brito: figurinha, adoro seus comentários! DEMAIS! Olha, quem dera fosse como suas palavras diz. Todo capítulo eu termino dizendo a mesma coisa... “poderia ser algo melhor”. É foda! Esse então... esperava mais... até um pedaço da prévia foi cortado, como você deve ter visto...


Sobre o Percy, eu fiquei em dúvida sabe... na versão anterior ele meio que assume o posto do Bartô Crouch. Por outro lado, eu sempre achei que o Percy, pela sua ganância de poder, cairia fácil numa cilada de Voldemort, sabe? Decidi cumprir essa parte.


A parte da conversa do pai de Hermione com o Harry foi bem legal... eu assumo! Ficou parecendo aquele papo de genro e sogro, não achou não?


Sobre o patrono de Hermione... siga seus instintos... hahaha... tive a idéia pelo Snape e pela Lílian, então você já sabe. Pelo que vi aqui, acontecerá lá pelo capítulo 20...


Ahhh, agora que chequei, posso consumir minha gordurinha!! Hehehe... sua fic ta bem legal, apesar de você fazer o Harry e a Hermione sofrer, eu tenho curtido demais!! Você está de parabéns!


Helena Almeida: Horas depois de você ter postado, eu entro aqui no FeB e tento abrir minha fic. Na hora eu pensei, “pqp, essa merda de site tá dando pau!!”... hahaha... seu comentário me divertiu! Você sabe o quanto eu gosto das suas observações....


Agora, psicopata e mau caráter?? Hahaha... sério!! =) Obrigadooo!! Hehehe...


O Percy foi realmente um canalha... acho que ele se decidiu rápido demais, ainda mais em matar o pai. Não sei se ele faria isso se o Voldemort não oferecesse a ele o cargo de Ministro. Ele sempre foi arrogante e ganancioso demais.


Sobre a observação da Umbrigde... assino embaixo. Tenho planinhos pra ela também! Hehe... ela dará as caras cedo ou tarde...


Sobre o erro que você apontou, foi um super erro! Muito obrigado... Deve ter mais nesse texto imenso aí em cima, então se ver, me avise. O Percy pediu para poupar a mãe dele... Um idiota e tremendo vacilão...


E quanto ao Voldemort morrer... e se ele não morrer? E se ele descobrir que pode ter coisas pior do que morrer? Como o Dumbledore havia dito a ele no quinto ano? Lembra?


Sobre o pergaminho... bem, você viu o que o Rony disse nesse capítulo? É mais ou menos isso... E quanto ao Aberforth, eu acho que é um dever colocá-lo aqui, embora eu não tenha idéia de quando ele dará as caras. Me ajuda?? Hehe...


Gostei da sua resposta da enquete! Sou fã da cena da floresta também!


Espero que você não me mate por postar um capítulo gigantesco e idiota, que não levou a nada!! =) beijos, carioca!!


PS: eu sei brincar sim! =)


Rosana Franco: Concordo demais com você, Rosana. Ele não apareceu no casamento atoa, está lá sob ordens... você verá no próximo capítulo. Queria dizer mais coisas, mas não posso... hehehe... gostou desse capítulo? Chato e cansativo, acho eu. Me desculpe!


Lauraas: Você é muito engraçada!! Hehehe... ri demais do seu comentário! Não se preocupe com o sonho... foi apenas um sonho, completamente inocente!


Então, sobre o motivo da Hermione não ter apagado a memória dos pais dela... Olha, eu realmente pensei no assunto, mas achei que tinha outrass soluções! Por mais louco que seja, os pais dela abençoaram a decisão dela seguir com Harry e preferiram seguir para outro país, desejando que ela ficasse bem e acreditando que a encontrariam em breve. Aliás, eles fizeram ainda mais... você verá mais para frente. Eu dei uma mini dica durante esse capítulo... você percebeu?


E sobre a dúvida do beijinho... bateu na trave nesse capítulo! =)


Sobre o Malfoy, era para ele ter aparecido nesse capítulo, o nome original, aliás, era “A nova missão de Draco”, só que eu cortei temporáriamente. Ele dará as caras em breve. E terá uma participação crucial ao longo da história.


Como eu disse acima, o patrono dela vira o mesmo do Harry. Eu não sei ao certo quando, nas minhas contas seria próximo ao capítulo 20... E sobre onde o Harry estaria... poxa, eu não posso dizer! Mas você verá... =)


Muito obrigado por comentar sempre! É gratificante! Beijão!


Nina Granger Potter: Nossa... ele é um idiota e pronto! Hehehe... sabe, eu achei meio estranho no relíquias ele ter dado as caras só no fim... queria uma participação dele, fosse para o bem ou para o mal.


Acho que devo ter matado você de ler nesse capítulo, certo? Ficou muito cansativo. Mas, me diz? Você gostou?


Pamy Malfoy: Menina Pamy! A quanto tempo! Não gosto quando a senhorita some, afinal você me dá muitas idéias e faz comentários legais. Vê se não some assim!


Você tocou num ponto interessante. Acho estranho essa idéia da JK... o porquê do Harry ter que namorar com duas garotas super populares, sem sal e que tampouco parece com ele...


E o Percy? O destino dele será pior que o do Voldemort... dependendo do ponto de vista! =)


Sobre o Bichento... olha, para falar verdade eu ainda não decidi... Que ele é mais que um gato, você não tenha dúvida (e olha que eu não gosto de gatos).


Espero que você não demore a postar sua fic, Pamy. A idéia foi genial! Me avise quando postar.


Potter Salter: Minha querida autora. Estou em débito com você. Li seus capítulos maravilhosos há quase dez dias e ainda nem comentei! Agora estou infeliz porque não tenho minha gordurinha de capítulos para ler... Sensacional o modo como você vem conduzindo a história... Show de bola mesmo. É um ângulo novo de todos os personagens, uma obra prima! Meus parabéns.


Sobre sua pergunta das Relíquias da Morte... olha, foram tantas frustrações! Tipo, foi um livro que quase me fez perder o amor pela série, saca? O modo ignorante e cabeça dura contínuo do Harry foi algo que eu não curti, eu entendo que ele tenha passado por N perdas, uma penca de sofrimento... mas eu acho que todo mundo evolui, todas as pessoas tendem a ser melhores com o passar do tempo e para mim ele continua sendo um mimado e egoísta até o fim.


As vezes ficou me parecendo que a JK escreveu DH tentando se livrar da série, imaginei que ela estivesse de saco cheio de escrever sobre HP... Eu queria mais histórias que desvendassem o passado de Harry, sabe? Para a JK pode não aparecer importante, mas nem o Harry sabe como a mãe dele começou amar o pai... Só mostra como ela o detestava...


E as mortes do Fred, Lupin e Tonks? Nossa... eu prefiro nem comentar. Aliás, faço uma observação ao Fred. Quando eu li que ele morreu, eu olhei pro livro e pensei: você tá falando sério JK? Que merda!


Enfim, sobre o epílgo? Hehehe... sem comentários. A versão do epílogo que ela escreveu e não pôs era muito melhor...


Acho que me prolonguei demais, né? Já deve estar cansada de ler. Me perdoe por ter prometido muito nesse capítulo e no fim ele ter saído aquém. Aff... Beijão, Potter Salter! Comentarei na sua fic amanhã mesmo!


PS: muito obrigado por comentar sempre e por me dar essa força, de coração!


Hilary S. Lestrange: a primeira coisa que eu pensei ao ver seu comentário foi, “nossa, eu vou ter que deletar essa prévia e perder esse comentário tão legal?”... é muito triste quando essas coisas acontecem...


Fiquei imensamente contente com seu comentário. Eu não inha começado a escrever até ver o seu comentário. Quando li, pensei na mesma hora “mãos a obra, seu retardado”.


Eu pensei muito antes de por o Percy como comensal... sei que não foi brilhante, mas acho que foi necessário. Era hora de agitar um pouco mais, entende?


Sobre o Harry e a Hermione, foi como eu disse algumas vezes. Eu acho que as pessoas progridem, melhoram, se tornam pessoas mais lúcidas com o passar dos anos. A Hermione até progride ao longo da série, mas o Harry é uma lástima... A JK não fez ele evoluir nenhum pouco. Mesmo com o choque de perder as pessoas que ele ama.


Sabe o que é interessante? Até finalizar esse capítulo, eu não tinha previsto uma briga para Harry e Hermione... você com esse capítulo me fez mudar de opinião... toda relação de amor/amizade tem suas ruguinhas, certo? Hehe... muito obrigado Hilary! Me deu uma boa idéia!


E me perdoe por fazer você ter uma expectativa que não se concretizou nesse capítulo. Nossa... achei que 50 páginas eram demais...


Continue comentando! Adoro seus comentários! Beijão!


PS: já fez o exame de rua?


FaTiN: cara, há quanto tempo! Fiquei muito feliz com o seu reaparecimento! Quis me socar por eu ter recomeçado a fic? O que está achando até agora?


Velho, me desculpa por não ter postado na sexta. Era a idéia central, sabe? Mas eu tinha que rever o capítulo e como disse acima, deu 50 páginas de capítulo... era coisa demais, daí ranquei quase um quarto de páginas e deixei para postar o principal no próximo! Espero que tenha curtido esse capítulo, por favor, não deixe de comentar! Grande abraço.


 


Gente, mais uma vez, me perdoem se eu frustrei a expectativa que cada um tinha para esse capítulo! Eu mesmo saí frustrado. Vocês serão recompensados no próximo, ok? Mas eu não pretendo escrever capítulos tão longos quanto esse... É muito cansativo, acho que para todos... e dá aquela preguiça de ler...


Esse capítulo foi semi-revisado, podem existir alguns erros porque eu estava quase dormindo quando reli. Se houver erros de português, corcordância, ortográficos e afins, me avisem? Erros assim me irritam.


Vou indo nessa, dependendo do número de comentários (o maior incentivo que um autor recebe), o próximo capítulo sai na sexta! Boa semana a todos!

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Comentários (9)

  • maria elisa

    posta mais!!!

    2012-10-09
  • Helena Almeida

    Eu vou parar de comentar isso tudo, eu prometo! hahahhahah

    2012-09-28
  • Helena Almeida

    Pode começar a coçar os dedinhos e por o próximo capítulo porque eu estou comentandooo o/ UAHUAHAHUA Depois de séculos, eu estou aqui e vo faze diferente, vou comenta enquanto leio, sai um pouco da rotina sacoe? Hahahah Pra você vai dar no mesmo mas tudo bem, o que importa é o meu bem estar não o seu 8) HAHAH <3 Então... a Hermi tá tão Harry, não que ela não seja nobre e fosse egoísta querendo que os pais não fossem embora, né. Mas é legal pensar nisso, nas qualidades de ambos se fundindo... equilíbrio acho que é uma boa palavra!   Os pais da Mione são tão lindamente lúcidos, é muito amor com eles cara! Eles lembram uma mãe de uma amiga minha, quase minha 2 mãe. Como eles, ela sabe que chegou uma hora em que a decisão dos filhos não deve ser contestada quando se trata de escolhas fundamentais para o futuro. Deve ser sim, apoiada e muito encorajada, mesmo que essa escolha, não lhe caiba, mesmo que de alguma forma, o futuro dos filhos seja longe de si. Nas horas de despedidas, que seja com um sorriso encorajador e não com lagrimas, mesmo que a saudade já seja sentida. Assim como foi com os pais da Hermi! Apesar de super concordar eu não tô nessa, não... sou mo manteiga derretida hahahhahah Mas adorei x)   Moto do Sirius + Hagrid + Buscar Harry = lembrança do primeiro filme >> Harry baby >> James e Lily = MUUUUUUYYY AMOOOR <3 hihih é bem por aí mesmo! Sempre acabo em James e Lily, época dos marotos e eu sou tao in love por essa época (L)_(L) Meu sonho é que a lindona lance um livro deles mais enfim né... Hermi nas alturas perto do Harry também é sempre um momento de puro amor hihi *ABRAÇA MAIS, ABRAÇA MAIS, ABRAÇA MAIS o/* hahhahahah E que bom que você não pos nenhum conflito nessa parte, eu ficaria na deprê porque lembraria da cena original e Edwiges morrendo... NÃO ROLA!   Um feitiço que tem meu core é o Expecto Patronum, cara! E não é só pelas pessoas que são muito envolvidas com ele desde o terceiro filme, apesar de ter uma parte significativa hihih Eles dizem tanto sobre seus feiticeiros, demonstram vínculos, sentimentos e total lealdade. Depois do sétimo livro então, que eu vi que além de tudo, os patronos ainda podem ajudar de longe, levar informação e talz. Foi pura magia <3 E aaaaah... sobre Harry já suspeitando sobre a morte planejada de Dumbledore, confesso que me faz pensar num futuro disso aqui, que talvez possa influenciar em alguma coisa sobre o jeito de como ele irá descobrir a verdade sobre o Príncipe Mestiço ou algo relacionado a ele.   Outra coisa que preciso confessar: a sagacidade de Gina me encanta! AUHUAHAHUAHUA MUITO sério! Por isso acho que ela seria um ótimo par pro Malfoy <3 mas só isso também! hehe E você tinha que trocar a Hermi pela Gina ne, no lance de ciúme por conta da Gabriele u_u Mesmo que feitiço de rebater bicho papão soe bem mais interessante do que os pássaros de Mione uahuahuahua   Sobre a conversa do trio, não tem muito que fazer né? É aquilo mesmo que tu escreveu, mas uma parte você conseguiu se diferenciar e eu achei tão engraçado, nunca imaginei isso acontecendo! "– Lá vem ele, - disse Hermione rindo, olhando para Rony." AUHAUHUA e tipo, eu sempre penso a MESMA coisa quando ele começa com esse papo. Com isso, tu achou uma forma legal de demonstra-los impacientes, não por não dar importância à preocupação dele e sim por querer demonstrar que nada vai mudar o fato de que eles não vão abandoná-lo. Os lapsos de Ron conquistam muito meu coração cara, adoro gente assim <3 uahuahahua até porque, sou igual ne hihi   Hermione com ciúme foi até agora o melhoooorr! Mesmo que ela nao tenha noção de que a cena foi realmente por ciúmes uahuahahua Certeza que quando ela tiver essa noção vai ser 1 milhão de vezes melhor e fofo *-* Até porque, além de tudo, eu ainda simpatizo muito com essas cenas já que sou uma ciumenta declaradíssima! UAHUHAHUA tudo no limite, claro! E sabe que eu não senti o Sr Weasley atrapalhando nada assimmmmmm tãããoooo importante assim hahhahah to guardando a minha raiva quando vc realmente merecer MUAHAHAAHAH e então temos Gina reconhecendo seu verdadeiro lugar, aliás... temos Gina reconhecendo o verdadeiro lugar da Mione, que cismam em achar que é o lugar de Gina. Mas como essa Ruivinha é MUITO sagaz já percebeu isso, e em breve aceitará o destino! =D   CAAAARA... eu fiquei TÃO emocionada com o lance da casa reserva dos Weasley, foi mt lindo, fofo, lindo e fofo *-* hahahaha sério, eu ameeei! De verdade <3 E a Tia Muriel... SENSACIONAAL! UAHUAHUHAHUA Fred e Jorge tinham que estar juntos... ia ser melhor ainda! Eu adoro esses eventos onde estão todos juntos celebrando e talz... é tipo uma folguinha desse dark side todo! Tipo o Quadribol, ou o Torneio Tribruxo sem Voldemort e Bartô Jr querendo matar Harry sempre hahahah   O jeito que você pos o Harry elogiando a Mione me lembrou do Cálice de fogo quando o Harry olhou pra Cho... VERGONHA ALHEIA TOTAL!!!! Eu SEMPRE passo essa parte cara uahuahahua ele é tão patético as vezes que acaba exagerando. Mas tirando essas partes eu acho MT fofo! Ele não achando palavras foi o elogio mais lindo que ele poderia ter dado *-* Concordo em gênero, numero e grau com a ela! Teve um lance que eu fiquei mo na duvida mas não vou saber explicar direito a minha confusão porque não tá mais tão fresco em minha memória! O lance la da poção do amor de Fred e Jorge, que o Harry sente o cheiro acho que cítrico, sei lá... era o perfume da Mione? Acho q eu tinha mais uma dúvida também, mas esqueci uahuhaahua E lá vem o mala MOR do pedaço: Percy Weasley. Espero que este ser sofra bastante, por ser tão mongoloide! ACABOOOOOOOO UHULLLLLLL! Hahahhahaah FINALMENTE *-* Eu empaquei como já havia lhe dito né, não foi correto de minha parte essa demora toda, principalmente depois de ganhar toda aquela responsabilidade em cima de mim, MUITO MAU DE SUA PARTE, DIGA-SE! Mas ta beleza, engula esse comentário escroto!!!   BRINCADEIRA hihihi LINDJO s2 E sobre o que vc me respondeu... Sobre Percy, tudo que eu tenho que dizer sobre ele eu disse ao final do comentário sobre o capítulo! E quando ao Voldemort, algo pior que morrer com certeza é virar aquele negocio nojento e escroto que tava definhando lá na “Estação King Cross” quando Harryzuxo “morre”, no sétimo livro! Sacoe? Eu achei aquilo lá MUITO tenso, sério! E tenho certeza que sua mente tão linda vai dar um bom destino pro irmãozinho do Dumbledore... I’m sure =D   Pronto, já pode postar o próximo capítulo x) Beijao!

    2012-09-27
  • luiza potter

    Apenas uma coisa a dizer: NA TRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAVEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!

    2012-09-25
  • r.ad

    Capítulo incrível !!! Estou sem tempo de comentar direito, mas continue atualizando!!! PS:O tamanho do capítulo está ótimo!!!

    2012-09-21
  • Isis Brito

    Caraca, só agora eu consegui terminar de ler o capítulo, rsrs.. 50 páginas!! Uau!! =DEU NEM SEI POR ONDE COMEÇAR!!! AAAAHHHHVou começar pela sua resposta, que é menorzinha, rsrs. =DMais uma vez vou repetir uma coisinha: a sua fic tá ÓTIMA!! Eu sei que fica aquela sensação que poderia sair algo melhor, mas isso é natural, ok? Acredite em mim, a fic está sensacional do jeito que está. Todo esse suspense, misturado com uma boa dose de romance, confusão e comédia... Tudo isso tira o fôlego! Eu queria saber escrever assim, sabe? Criar algo que vai além do drama e do romance, entende? Não é à toa que você é um dos meus autores favoritos! *-*E Percy, hein? Muita CARA-DE-PAU aparecer assim, quando mais da metade da família quer ver a cabeça dele pendurada na parede!! Harry, ingênuo como sempre, só percebe que o ruivo está agindo muito estranho. Mas ele também não tem como adivinhar, né? Tsc tsc tsc... E eu aqui toda agoniada "Meu Deus, é agora! É agora! É agora que ele vai matar o pai!!" 8| Ainda bem que ficou para o próximo capítulo! Eu não ia aguentar uma morte nesse capítulo tão animado e (quase) romântico! *-* (Mentira! Eu ia pirar aqui, rsrs)E eu não pude deixar "passar batido" algo que você falou... Você disse que matou uma personagem, mas não colocou a morte nesse capítulo porque não sabia se era hora dela morrer... É a Gina? 8| Tá certo que a ideia dela morrer é INCRÍVEL, mas ainda fico triste se você vai mesmo matá-la... E o Draco? Vai ficar sozinho? =/ Se bem que pode não ser a Gina, né? Você pode fazer uma surpresa! E fazer o Percy matar alguém por engano!! *-* (ok, parei...)Vamos agora para a conversa de Gina e Hermione... Tenho que te confessar que foi muito estranho a ruiva falando tudo aquilo pra amiga. Nunca imaginei a Gina como uma pessoa que aguenta o sofrimento calada. Ela sempre me parece muito forte, muito teimosa, muito decidida pelo que quer. E deu a impressão que ela não sentia ciúme da relação do Harry com a Hermione, e sim uma inveja... Você, como bom autor que é, deve estar entendendo o que estou dizendo (espero). Tem uma linha tênue entre ciúme e inveja, concorda comigo? Mas as duas coisas são diferentes... Assim como foi o ciúme que a Hermione sentiu do Harry quando ele sorriu por causa das meninas (cena que eu me recordo muito bem da versão anterior! ;D). Não foi indignação por ele ter "escondido" que "gostava" da Gina. Foi ciúme! Ela não enxerga agora, mas como eu já conheço a versão anterior e tenho uma ligeira noção do que vai acontecer, mas vai enxergar! E como estou ansiosa por esse momento! *-* Enfim, acabei falando muita coisa e, ao mesmo tempo, não falei nada... --" Quero dizer que só achei estranho a Gina conversando amigavelmente com a Hermione por causa do Harry. Acho que li demais a minha fic, onde Gina e Hermione viviam discutindo, rsrs. De qualquer forma, eu achei muito bom. E a ruiva contando que sente falta do lado carinhoso do Harry, e como tem inveja do sorriso que ele tem só pra Hermione... *-* (Ok, parei.. 2)E pra finalizar com chave de ouro... Harry e Hermione!! *-------------*Sou uma romântica incorrigível, e vê-los cada vez mais próximos me deixa "*-*"... xD Ele babando, sem palavras para explicar o quanto ela estava linda no casamento, e ela rindo, concluindo que o moreno não poderia lhe dar elogio maior... *-* Harry tampando a boca dela com a mão, explicando que está confuso, e se aproximando (fisicamente) mais dela... Merlin! Quase rolou um beijo! *-* Hermione morrendo de ciúmes por causa da Gabrrielle, e até um pouco por causa da Fleur, rsrs... Amei!! Amei demais!! =DE a cena do patrono é só no capítulo 20?? 8| Você vai me deixar na curiosidade até lá? 8|Que maldade sua, rsrs...Já tinha imaginado de onde tinha tirado a ideia, por isso não falei nada. Só te digo uma coisa: ACHO QUE VAI FICAR PHODA! ;DAguardando ansiosamente o novo capítulo!! \o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/ 

    2012-09-21
  • matthew malfoy

    Tito irado o capítulo, exclente e parabéns por ele, percebi grandes mudnças nesse novo capítulo em relação ao antigo, sério ficou ótimo. Bem vamos lá, Harry e Hermione sempre me intrigando e aproximando cada vez mais da fic. Adoro Hagrid, mais leal que ele impossível, ele é fantástico. E o Sr. Weasley muito enigmático. E peraí como Percy foi convidado e não foi deletado? sendo comensal da morte, espero que esse fato seja respondido no próximo capítulo, no mais foi um sensacional capítulo. Cara, estou no segundo período, estou gostando muito mesmo, mas é bem puxado tempo para lazer tenho que distribuir bem com meus estudos, se não fico para trás, mas é muito bom o curso.Grande abraço, e espero ansiosamente pelo próximo capítulo. 

    2012-09-20
  • Laauras

    Caraca que capítulo mais angustiante, quando a gente pensava que ia acontecer um coisa mudava o rumo. Estou mt ansiosa para o próximo, só de saber que o H/G vai acabar no próximo capítulo chega eu dou saltos duplos carpados de alegria. kkkkkkkkkkEnfim, chorei na parte em que os pais da Mione estão indo embora, até o Bichento foi, eu não gosto muito de gatos, mas o Bichento sempre tá com a Hermione que é estranho ele não ficar com ela. Eu concordo plenamente com os pais da Mione, o lugar mais seguro pra ela é ao lado do Harry; mas pq eles foram pra Itália? Acho que eu tô esquecendo alguma coisa... ''¬¬Em relação ao Rony, daqui a pouco ele vai ficar enciumado né? E a Gina, tenho quase certeza que no fundo ela sabe que tem coco rolando entre o Harry e a Hermione.Eu fiquei palpitando de emoção quando o Harry puxou a Mione e eles ficaram cara a cara, eu pensei que ia sair o beijo, mas o Sr. Weasley tinha que aparecer né?!Também gostei muito da conversa entre o Harry e o Arthur, isso prova que o amor e a amizade juntam pessoas tão diferentes em um só plano.Em relação ao Draco, eu tô louca pra saber oq ele vai fazer, pf não me mata de curiosidade; ele vai ficar com a Gina? Vc matou ela? E o Percy é um imbecil mesmo, além de se converter, tem a cara de pau de aparecer no casamento. Ele não sente nem um pouco de amor pela família.Concluindo, mais um capítulo supermaravilhoso, pra deixar a gente com uma vontade enorme de ler o próximo. A cena que eu tô me coçando pra ver é a que o patrono da Hermione vira o do Harry O.oBjão, ate a próxima! 

    2012-09-19
  • Nina Granger Potter

    O Percy é um idiota mesmo... E também senti falta dele no último livro. Aliás, os dois últimos livros tomaram um rumo meio diferente do que eu imaginava ou queria... Mas não tem jeito, né? Coisas da J.K. Ainda bem que existe fanfic... hahahahahahhahahhahahhaA despedida dos pais da Mione foi linda. E eles bem sabem que já existe algo além da amizade entre o Harry e a Mione. hahahahahahahE a Mione com ciúmes do Harry??? Foi tão engraçado ela toda irritada e dizendo que ele gosta de ser chamado de Arry. E pena que o Sr, Weasley atrapalhou. Sabe-se lá o que teria acontecido se ele não chegasse.E o Harry gaguejando quando viu a Mione chegando no casamento??? Que lindo!Estou louca pra ver como será esse casamento, principalmente na parte da dança dos dois. Eles vão dançar, certo?Quero logo que eles percebam que estão apaixonados um pelo outro... Acho que até a Gina já está percebendo alguma coisa...  Com aquele papinho de que tem inveja da Hermione, que o Harry tem um olhar e um sorriso  só pra ela. Aí vai dar coisa... hehehehehehhe O capítulo foi ótimo. Adorei! E nem se importe com o tamanho. Quando as histórias são boas, quanto maior o capítulo, mais os leitores ficam satisfeitos...beijos 

    2012-09-18
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