O Convertido
Capítulo 6 – O convertido
O servo se ajoelhou a sua frente e beijou suas vestes.
– E então?
Lord Voldemort encarou o comensal a sua frente. O homem voltou seu olhar para o chão.
– Pegamos ele, milorde.
A face de Voldemort se enrugou um pouco, o que era de presumir que ele estava sorrindo.
– E onde ele está?
– Assim como o senhor pediu, nós o prendemos no quarto.
Pela primeira vez, Lord Voldemort voltou toda a sua atenção para o comensal.
– Levante-se, Flint.
Um pouco trêmulo, o servo fez o que o Lord das Trevas mandou.
– Você se saiu bem, tem se demonstrado um comensal com bastante potencial.
O ex-capitão de Quadribol da Sonserina se mostrou satisfeito pela primeira vez.
– Obrigado, milorde.
– É só continuar agindo assim e você terá um futuro generoso pelas mãos de Lord Voldemort.
Lord Voldemort tocou a porta com seu dedo longo e branco, esta se abriu de leve, com um pequeno estalo.
O Lord das Trevas adentrou o quarto quase deslizando, como um dementador, em questão de milisegundos localizou o prisioneiro, sentado na cama a sua frente. Este, ao se deparar com o olhar ofídico, não deixou de ficar pasmo, um choque passou pelo seu corpo e sua íris dilatou. Entretanto, procurou manter sua compostura, como havia aprendido em todos os anos trabalhados no ministério, depois de alguns segundos, desviou o olhar do Lord das Trevas e se fez de indiferente.
Lord Voldemort sorria abertamente. Aquele verme a sua frente era perfeito.
– Então, aqui temos um Weasley traidor do sangue.
O orgulho do auxiliar do ministro aumentou, quem era ele para falar assim?
– Sou um Weasley apenas no nome, há muito já abandonei a prática da minha família, - respondeu o bruxo.
– Então devo dar-lhe os parabéns.
– Diga-me o quer? Não fui capturado e aprisionado por acaso. Quer me matar, faça de uma vez!
O sangue de Tom Riddle pulsou com frieza. Sentia vontade de matar aquele idiota, porém ele se fazia necessário. Por enquanto.
– Meu caro Percy Weasley.
Um novo tremor atingiu o corpo de Percy quando o Lord das Trevas lhe chamou pelo nome.
– Pode me responde por que você se considera um prisioneiro?
– Eu tive que duelar, me trouxeram contra minha vontade e estou em uma sala fechada, sem minha varinha. Isso sem falar que sequer um copo d’água me ofereceram.
Voldemort balançou a cabeça negativamente.
– Você duelou muito bem, pelo que pude perceber. É um bruxo notável. Contudo, falou algumas abobrinhas que podem ser corrigidas.
O Lord caminhou pelo quarto com imponência. Chegou no vértice deste e agitou sua varinha. Subitamente uma janela apareceu, o quarto foi banhado pela brisa de névoa que cobria a casa, uma mesa apareceu e nela havia comida para mais de dez pessoas e a porta se abriu. A varinha de Percy emanou do nada, o Weasley a pegou automaticamente.
– Você não é um prisioneiro, Percy Weasley, se você fosse, o colocaríamos no subsolo, onde temos uma prisão. Você não foi torturado, tampouco usaram a Imperius em você. Foi minha ordem que lhe trouxessem aqui para que pudessemos conversar. Acho que as outras perguntas já foram respondidas. Se quiser ir embora daqui, seu caminho está livre, pode ir.
O ruivo não se moveu, estava curioso.
– Pensei que houvesse restrição da magia quanto a com...
– Na magia convencional sim, com a magia negra apenas o tamanho do seu poder te impede de fazer o que bem entende, - respondeu Voldemort.
Os olhos de Percy brilharam.
– Até agora você não disse o que quer de mim.
Lord Voldemort se virou com seriedade para Percy Weasley, por dentro ria de prazer, o rapaz já estava no papo.
– Venho fazer um convite, Weasley, para que se junte a mim.
Percy ficou pasmo, já esperava por isso, entretanto não conseguiu reprimir seu susto.
– Por... por que deveria? Seus métodos são conhecidos, você mata, tortura, chantageia e destrói quem está no seu caminho. Cresci escutando de todas as pessoas o quanto você é mau.
Aquela conversa ia durar. Lord Vodlemort agitou sua varinha mais uma vez, uma poltrona confortável, que lembrava um trono, surgiu na sala. Como um rei, Voldemort se sentou.
– Você está errado, Percy Weasley. Há tolos em excesso em nosso meio, como você bem sabe e você é bastante inteligente, só precisa assimilar algumas coisas que nunca lhe foram ensinadas. O que você precisa aprender é que não existe bem e nem mal, só existe o poder, Percy, e aqueles que são demasiados fracos para desejá-lo.
Intimamente, Percy concordou. O poder era a sede de tudo. Mal sabia que estava entrando em um caminho sem volta. Já havia sido fisgado pelo Lord das Trevas.
– Até onde sei, você gosta que as pessoas sigam as regras, certo? Não vê que é isso o que eu quero também? Os bruxos precisam ser mais disciplinados, Weasley. Precisam respeitar as regras, de uma maneira ou de outra e preciam reconhecer que aquele que é o mais forte é quem manda.
Os olhos de Percy quase brilharam.
– E por que eu deveria me unir a vocês? O que o senhor que de mim?
– Isso dependerá do valor que você provará. Seja forte, escute o que tenho a dizer, mostre seu poder. E toda sua lealdade será recompensada. Atualmente você é secretário sênior do ministro. Estou certo?
Percy confirmou com a cabeça.
– Te garanto que seu cargo está a salvo. E se você se mostrar competente, por que não um cargo ainda maior? Diferente do que dizem por aí, Weasley, eu não pretendo ser Ministro da Magia e preciso de alguém com cérebro e leal a mim que governem no meu lugar.
– O senhor tem servos o bastante, - observou Percy. – Malfoy, Snape, Belatriz, Roo...
– Snape não deseja o cargo, Belatriz mataria metade do Ministério no primeiro dia e eu não desejo o extermínio dos bruxos, eu quero purificá-la e Malfoy é um tôlo.
– Então...
– Prove o seu valor, Weasley, - explicou Voldemort. – Se no fim você se mostrar forte, se na hora certa você se mostrar leal e o quanto chega o seu poder, você será recompensado.
Percy se fez de dissimulado, embora por dentro estivesse entrado no barco.
– E por que o senhor acha que tudo será seu? Por que acha que destituirá o atual Scrimgeour? E o mais importante, e se eu não desejar entrar para o seu bando? Eu não gosto de usar máscaras.
O olhar de Voldemort ficou frio.
– Não se faça de bobo, Weasley, você é muito mais esperto que isso. Primeiro, ninguém mais usará máscara, não é mais um artifício necessário, não temos porque nos esconder. E você bem sabe que a qualquer momento destruiremos Rufus Scrimgeour e sua prole. Há poucas horas Azkabán sucumbiu, meus servos estão em liberdade.
O Lord das Trevas fez uma breve pausa.
– Uma nova ordem entrará no Ministério, Weasley. Os bruxos terão outras regras, ou pagarão por isso. Você, por outro lado, tem a rara escolha de ser grande, em algo que estamos oferecendo, ou poderá ser um fraco e ser morto por isso. Sairá vivo daqui se escolher em não se juntar a nós, pode ir a qualquer instante, mas ao sinal do novo dia, eu quero sua resposta. E se nos encontrarmos no campo de batalha em lados opostos, não haverá misericórdia.
Tom Riddle encarou Percy o mais profundamente possível.
– Sinta-se feliz, eu não ofereço essa oportunidade para qualquer um. Você tem doze horas a partir de agora para se decidir. Espero que disfrute da minha hospitalidade.
A conversa estava encerrada. Lord Voldemort se ergueu e ia em direção a porta. Uma certeza dissimulada de que havia conseguido um novo idiota para fazer satisfazer sua vontade.
– E que destino o senhor traçou para Harry Potter? – perguntou Percy antes que o Lord das Trevas abandonasse a sala.
Os passos de Lord Voldemort cessaram e ele parou na porta e se virou para Percy Weasley.
– O destino de Harry Potter nunca mudou, meu caro. Ele será morto e perderá tudo.
– Harry! Veja isto!
O garoto ergueu seu tronco preguiçosamente. Tinha a breve sensação que tinha sonhado com Percy e Voldemort.
– Vamos Harry, acorde! Até mesmo Bichento acorda mais rápido que você!
– Mione?
Harry viu os contornos da amiga se aproximando e sentiu a cama se afundando. Procurou os óculos abaixo do travesseiro. Quando a amiga entrou em foco, viu que ela se dividia o olhar entre a ironia e a aflição.
– Francamente, seria muito fácil acabar com você, se eu fosse uma comensal, eu atacaria você dormindo ou simplesmente destruiria seus óculos.
– Você se daria muito bem com eles, não é mesmo? Tanto quanto eu, acredito.
A garota se permitiu um sorriso e depois voltou a ficar aflita.
– Veja isto Harry, - disse empurrando o Profeta Diário para as mãos do melhor amigo. – Você estava certo sobre o que ocorreu.
Mais uma fuga em massa de Azkaban
O Ministério da Magia, por intermédio dos seus assessores, informou a ocorrência de mais uma debanda em massa de Azkabán.
É a terceira fuga ocorrida em menos de cinco anos, os beneficiários são Comensais da Morte conhecidos do mundo bruxo, dentre eles Lúcio Malfoy, Antonio Dolohov e ex-funcionários do próprio Ministério como Augusto Rookwood e Macnair.
Fontes Ministeriais afirmam que o próprio Lord das Trevas esteve presente na prisão, libertando seus servos...
Harry não queria ler mais e nem precisava, sabia o que tinha acontecido. Não precisava terminar de ler para saber se havia mortos, ele já sabia que tinha. Uma chama acendeu em seu peito mais uma vez, como ocorrera na manhã anterior e ele sentiu mais uma vez que era hora de partir. Parecia ter esquecido a presença de Hermione ali, porém a amiga fez sua presença ser sentida novamente e pela convivência que tinha com Harry, já entendia o que se passava na cabeça dele.
– Nem pense nisso, Harry, – disse com simplicidade. - Temos de esperar a hora certa. Precisamos ter frieza nessas horas.
– Como? – perguntou o garoto focalizando Hermione.
– Precisamos esperar Harry, eu entendo o que você está pensando, imagino como você se sente. Mas não se esqueça que Dumbledore pediu que você ficasse aqui até um dia após o seu aniversário e Harry, vindo dele, não acho que ele mandou você aqui para ficarmos descansando, esperando seu aniversário. Do mesmo modo que acredito que Rony não ter vindo para cá não foi uma mera coincidência.
– Você está certa, - disse Harry baixinho. – Precisamos pensar nas demais Horcruxes, quem diabos pegou o medalhão e isso sem falar como destrói uma Horcrux. Preciso estudar mais azarações e outros feitiços também. E, além disso, tenho uma coisa a lhe falar sobre ontem a noite.
Brevemente, Harry contou sobre a frase que o pergaminho tinha mostrado, antes de Harry dormir.
– Espelho? – indagou Hermione. – Que espelho?
– Estranho não é? Não entendi nada.
– E você já tentou escrever no pergaminho?
Harry confirmou com a cabeça.
– Fiz isso ontem a noite. A tinta desaparece e nada acontece.
– Não sei, Harry. Isso me faz lembrar o diário de Riddle.
– Eu sei, - confirmou Harry Potter. – Também pensei nisso. Só não posso acreditar que Dumbledore tenha feito desse pergaminho a sua Horcrux pessoal. Por mais que essa coisa pareça ter vida própria.
– Não Harry, eu também não acredito. Vindo de Dumbledore é algo de magia muito mais inteligente e pura que a de Voldemort.
O garoto concordou intimamente, embora não estivesse animado. Abraçou seu joelho animado.
– Vamos tomar café e depois agente senta e começa a fazer um plano sobre rastrear as Horcruxes e como destruí-las, ok? E também posso olhar algum livro ou outro para desvendar esse pergaminho.
– E então, Weasley? Como passou a noite?
Percy se voltou para o Lord das Trevas.
– Acordado e pensando, - respondeu Percy.
– Espero que tenha pensado e decidido pelas coisas certas. Seu tempo acabou.
O ruivo ergueu de sua cama e foi até a janela colocada por Voldemort na noite anterior. O luz solar estava ocluída pela névoa. Não fazia difereça se tivesse uma janela ali, não dava para ver nada.
– Eu concordo com seus termos, porém tenho algumas condições.
– E desde quando você acha que eu negocio algo, Percy Weasley?
O rosto de Percy enrubesceu, não obstante ele se manteve firme.
– Não é algo que acarretará em danos para seus planos, senhor.
– Prossiga.
– Quero que o senhor poupe minha mãe.
Os olhos ofídicos de Lord Voldemort se tornaram ainda mais estreitos.
– Deseja que eu poupe uma traidora do sangue? Seus termos são elevados, Weasley. Não vai pedir pela vida da sua namorada sangue ruim?
Percy deu um passo em direção ao Lord das Trevas.
– Te retribuirei de outras formas e não estou pedindo que o senhor salve meus irmãos, nenhum deles guarda carinho ou qualquer forma de afeto por mim. Faça deles o que bem entender. Quanto a Penélope, ela me abandonou, pouco me importa o destino que o senhor indicará para ela.
Lord Voldemort considerou as palavras do secretário do Ministro.
– Interessante. É algo que eu posso aceitar. Mais alguma coisa, Weasley?
– Sim, senhor. Eu mesmo quero matar o meu pai e ninguém mais, - falou Percy com uma voz cruel, que sequer parecia vir dele.
Uma gargalhada fria cortou o ar. Lord Voldemort havia ganhado mais um comensal para se divertir. Ele foi caminhando até Percy e apoiou a varinha sobre o braço do Weasley. Este urrou de dor e caiu no chão, massageando o membro.
– Aceito seus termos, Weasley, agora pode voltar ao seu trabalho como se nada tivesse acontecido. Teremos novidades em breve e você será fundamental para a tomada do ministério.
Percy se levantou com dificuldade, olhou para o braço, ali estava tatuada a marca negra. Em seguida, Percy se ajoelhou, a dor estava diminuindo aos poucos.
– Sim, meu amo.
– Temos algo em parecido, Percy, assim como eu matei o meu pai, você dará fim ao seu.
Com o passar dos dias, Harry foi se acostumando a rotina da casa dos Granger. Durante aquela semana, Harry tinha se sentado com Hermione e estudado exaustivamente feitiços que poderiam vir a ser úteis, em livros que para surpresa de Harry, a amiga surrupiara da biblioteca de Hogwarts (“Lógico que não foi um roubo Harry, eu apenas peguei emprestado e quando tivermos a chance, irei devolvê-los”). Descobrira sobre feitiços que repelia trouxas, outro muito interessante anti-aparatação e também como realizar um feitiço da desilusão, embora não pudesse praticar nenhum deles ali, ele pegara a teoria muito bem.
Ainda assim, Harry sentia uma ponta de frustração por não saber como fazer coisas que vira Dumbledore fazendo como a vez em que ele estuporou quatro bruxos de uma vez ou aquele feitiço que utilizou contra Voldemort e o Lord das Trevas precisou conjurar um escudo para se defender. Era nesses momentos que Harry ficava mais aborrecido por não ter perguntado nada ao ex-diretor de Hogwarts quando teve a chance.
Hermione procurou em todos os livros que tinha ali, sobre tais feitiços e não achou nada a respeito. Quando Harry especulou com a amiga se tais magias não eram magia das trevas, Hermione lembrou a ele que Dumbledore jamais sujaria sua varinha com tal coisa e fez uma abordagem inteligente que retirou aquela idéia que batia em seu cérebro freneticamente.
– Por um acaso você já viu os Comensais ou Voldemort utilizarem essas mágicas alguma vez?
– Não, nunca.
– Então Harry, é bem provável que sejam feitiços que o próprio Dumbledore tenha inventado. Ele era poderoso o bastante para isso! Lembra quando aquela examinadora dos NOM’s disse que havia visto Dumbledore realizar coisas com a varinha que ela nunca presenciara antes?
Harry se sentiu bem mais tranqüilo depois disso e ficara grato por Hermione ser uma bruxa muito atenta as situações a sua volta e compreendê-lo como ninguém.
Quando chegou à hora de numerar as Horcruxes restantes, Harry já tinha quase certeza, embora Hermione o alertasse a ter cuidado.
O primeiro sem dúvida era o medalhão perdido, a segundo era a Taça de Hufflepuff, um terceiro que seria algum objeto ligado a Gryffindor ou Ravenclaw e o quarto que Harry acreditava ser a própria Nagini, por mais que o próprio Dumbledore tivesse suas dúvidas se a cobra era uma Horcrux ou não.
– Só podemos ter certeza acerca da Taça e do Medalhão, Harry. Não se esqueça disso, precisamos manter nossas opções em aberto - falou Hermione em um tom sombrio, enquanto discutiam as opções na cobertura do apartamento, sobre dois banquinhos, lado a lado.
– Estamos muito atrasados, - constatou Harry desolado, balançando a cabeça.
– Eu concordo, Harry, – concordou Hermione, - só não esqueça do lado positivo, - disse sorrindo e passando as mãos sobre os cabelos despenteados do amigo. – Dois estão destruídos, faltam mais quatro, sendo que dois já sabemos quais são.
Harry retirou a mão da amiga com a cara séria, o olhar de Hermione vacilou.
– Você acha que pode bagunçar ainda mais meu cabelo, que já não fica arrumado com facilidade? Vamos ver como o seu fica!
E tentou bagunçar o cabelo da amiga, que se protegia as gargalhadas e por fim, puxou a varinha e apontou para o garoto. Bichento mirava os garotos com aqueles olhos brilhantes e Edwiges olhava seu dono com censura.
– Você não se atreveria! – disse Harry, um sorriso maroto no rosto, - Isso não é justo, eu não posso revidar.
– Não duvide de mim, Sr. Potter, posso ser muito malvada. E a culpa não é minha se você é menor de idade!
Então ela fez um gesto com a varinha e os cabelos de Harry foram varridos por um vendaval, ficando se possível, mais bagunçado que qualquer dia que ele acordara depois de ter dormido bastante. Os dois amigos riram ainda mais da situação.
Harry se sentia um tanto melhor, parecia que Hermione não mudou só os cabelos e o aumento da freqüência de sorrisos, a amiga também tentava ser mais otimista, sempre olhando o lado bom das coisas. Não foi apenas ele que havia mudado. Nunca imaginou que fosse se divertir com Hermione, com os livros abertos e sem Rony ao lado de deles, contando uma piada ou com um mau humor esporádico. E por falar em Rony, será que havia melhorado em algum aspecto também?
Se tivesse uma atividade que foi mais difícil do que especular sobre as Horcruxes restantes, foi fazer o levantamento dos locais onde elas podiam estar escondidas. A casa dos Gaunt já estava eliminada, assim como a caverna. Chegaram a conclusão que deviam investigar no antigo orfanato que Tom Riddle passou sua infância, o Beco Diagonal, a Borgin & Burkes, a casa dos Riddle. Harry insistia em Godric’s Hollow, Hogwarts e até mesmo Gringotes. E quando Hermione combatia o contrário, Harry usou o argumento da amiga: eles não poderiam ter certeza de nenhuma delas, tinham que checar qualquer lugar que Riddle tivesse algum tipo de ligação.
Foi uma das poucas horas que Hermione fechou a cara, por mais que tivesse mudado, ela ainda detestava quando alguém mostrava que não tinha razão em algo.
Além disso, todas as manhãs, quando subiam para a cobertura, Hermione se sentava a frente de Harry e testava como o amigo estava com Oclumência, ele não podia utilizar qualquer varinha, enquanto Hermione sim, o que seria útil se Harry um dia estivesse em uma situação parecida com aquela. Hermione foi uma professora muito melhor que Snape, com ela, Harry não sentia sua cicatriz formigar ou doer, não sentia que sua mente ficava mais vulnerável do modo que ficava com Snape. No entanto, Harry acreditava que podia ser sinal que Voldemort estivesse praticando Oclumência contra ele também e não que ele estivesse indo excepcionalmente bem, porém Hermione não concordava, (“Até hoje você não enxerga o quanto é capaz de fazer as coisas certas quando se esforça e quando se concentra Harry”). Harry, entretanto, achava que o ambiente do apartamento de Hermione era muito melhor que as antigas masmorras sombrias de Snape, sem contar que confiava muito mais na amiga do que no traidor do ex-professor. Ele não temia que Hermione soubesse de qualquer memória sua. E toda noite, antes de se deitar, Hermione observava com muita satisfação o garoto esvaziar a mente.
Havia, contudo, uma área em que Harry não fez qualquer progressão. Ele não sabia o que fazer com o pergaminho de Dumbledore para que este se pronunciasse novamente. Desde a frase sobre o espelho, Harry ficava encarando, dizia palavras de empenho, porém o pergaminho ficava em branco, em seu silêncio completo. E que espelho era aquele que o pergaminho tinha mencionado? Ele não conseguia entender. Por fim, Harry concluiu que era melhor aguardar até completar 17 anos, quando poderia utilizar a varinha sem qualquer problema. Hermione tentou de todas as formas que conhecia, embora tivesse tanto sucesso quanto Harry e todas as vezes que o amigo pegava o pergaminho, ela fazia um muxoxo e estalava a língua com impaciência. Harry não ligava, naquelas horas ele tentava esconder uma felicidade íntima; Hermione não tinha noção que seu melhor amigo achava que naqueles momentos, ela ficava muito mais atraente.
O que parecia mais incrível, era que nem Harry e nem Hermione, conseguiam enxergar o tanto que a menina fazia com que o amigo se tornasse um bruxo ainda mais forte mentalmente e sempre o instigava a pensar mais antes de agir. Em qualquer lugar que estivesse, Alvo Dumbledore estaria muito satisfeito consigo mesmo, o plano que ele tinha traçado estava dando muito certo.
Faltando apenas dois dias para o seu aniversário, Harry e Hermione estavam ali sentados a beira da piscina, a menina com as pernas dentro d’água lendo Transfiguração Avançada e Harry procurando algum feitiço necessário no livro que Hermione tinha retirado na biblioteca: Feitiços de alta complexidade, um guia para o bruxo que enfrentará o perigo. Era um livro muito antigo com letrinhas miúdas e para desespero de Harry, viu que faltavam duas ou três páginas. Já estava ficando entediado quando notou que Hermione o observava atentamente.
– O que foi? – perguntou.
– Nada, estava perdida em alguns pensamentos.
– E desde quando você perde em seus pensamentos olhando para mim?
A garota olhou para piscina e balançou suas pernas dentro dela. Ela pôs o livro de lado, Harry também fez o mesmo.
– Então é proibido olhar para você agora, Harry Potter? Quando você estava namorando com Gina, não se importava que ficassem olhando para você.
Harry engasgou, ainda que não revelasse nada. Hermione segurou um sorriso.
– E quanto a vocês dois Harry? Não há volta? – perguntou Hermione tirando os olhos da piscina e olhando para o amigo.
Agora era Harry que desviava os olhos da amiga e mirava a piscina e depois o céu nebuloso. Era bem verdade que Hermione gostava de observar o que acontecia ao redor, o fato dela ser tão direta, contudo, era uma novidade.
– Eu não sei te dizer, - respondeu Harry, o que era verdade. – Eu sei que foi muito bom, a melhor namorada que eu já tive hoje e que me fez ser mais feliz e mais completo durante um curto espaço de tempo. eu realmente não parei para pensar a respeito, - finalizou, voltando a encarar aqueles olhos castanhos.
– Pois eu acho que você devia se dar uma chance, com certeza Gina aceitaria.
– E por que você acha isso?
Hermione vacilou por um instante. Não imaginava que Harry viria com aquela pergunta, achava que ele ia mudar de assunto ou inventar alguma mentira qualquer.
– Bem... é muito simples, vocês estavam muito felizes. Era fácil de constatar. Não acho que você devia deixar que uma guerra separasse vocês – completou, se recuperando.
Harry abriu um sorriso enigmático.
– Em um mundo perfeito Mione, nunca teríamos terminado. Eu acho que assim foi melhor e creio que ela entendeu meus motivos. E não sei se foi o tempo, ou se foi outra coisa, o que sei, é que, hoje, não sinto vontade de voltar. Não estou dizerndo que não goste da Gina, não me leve a mal. Foi melhor assim, - disse Harry, tentando convencer a si mesmo.
Houve um breve silêncio, que foi quebrado quando Edwiges voou da gaiola e empoleirou na perna de seu dono, como se estivesse ali para dar seu apoio. Ele a acariciou. Hermione ficou surpresa, não imaginava que Harry seria tão sincero, tão direto, sem ter medo de mostrar o que pensava, todavia a monitora de Hogwartas queria mais respostas e não ia deixar passar aquela oportunidade.
– Se você diz assim, eu ainda acho que se você gostasse dela de verdade, nada impediria vocês dois de continuar juntos.
Harry balançou a cabeça com anisedade. Então ela queria seguir aquele caminho? Instigá-lo. Que assim fosse, ele também sabia jogar.
– Vamos parar de falar de Gina e eu, nosso lance já era. Mas e você e Rony?
A garota ficou muito vermelha, a admiração pelo amigo sumindo um pouco. A última vez que alguém a deixara tão sem graça, foi o falso Moody no quarto ano. Ela pegou sua varinha e tentou desenhar algo sob a superfície da piscina.
– O que você quer dizer? – disse procurando restabelecer sua confiança.
Harry deu uma gargalhada.
– Hermione, não se faça de desentendida, - disse Harry. – Não combina nenhum pouco com você. Você sempre tem respostas para tudo, ou pensando bem, quase tudo.
– Acho que devo começar igual a você, - respondeu a menina voltando ao ataque, - eu não sei te dizer. Você vê, as coisas não dependem só de mim. Até hoje não rolou nada!
– Duvido.
– Pois pode acreditar! Por que mentiria para você? Rony é mais lento para tomar alguma atitude do que você se levantando da cama.
– Eu sei que você sente alguma coisa por ele, da mesma forma que ele gosta de você!
– Sinto, - disse Hermione incerta. – Eu acho.
– Então por que você não faz alguma coisa?
– Ah, Harry... – respondeu Hermione, agora um pouco irritada – Porque existem coisas que quando não acontecem de modo espontâneo como foi entre você e Gina, os meninos precisam ir atrás e não as garotas. E depois... – ela se calou de repente corando um pouco mais, tinha falado demais.
– E depois o que?
Hermione respirou fundo, encarou Harry com uma profundidade que ele jamais percebera igual.
– Do mesmo modo que você não sabe o que sente por Gina, eu já não sei se quero ter alguma coisa com Rony.
– Aconteceu alguma coisa para você ter chegado a essa conclusão?
Mais uma vez Harry foi tão direto ao ponto que desconcertou a garota. Merlin como ele era curioso! Ele sustentou o olhar de Mione. Uma curiosidade enorme emanava de seus olhos e Hermione não sabia se deveria contar ao amigo, ela ainda não sabia explicar. Aquilo não se aprendia em livros ou se decorava em aulas.
– Olha... – começou a garota, embora não soubesse o que dizer, faltavam palavras.
– Vamos deixar esse assunto para lá – disse Harry com carinho, ele não queria que a sua melhor amiga passasse um constrangimento. Ele ergueu a mão e acariciou os cabelos dela, ainda lisos e brilhantes. – Mione, nunca fui um conselheiro amoroso e jamais pretendo ser. Eu acho que você já sabe que você sempre terá um amigo aqui quando precisar, não se esqueça. Do mesmo jeito que você sempre esteve ao meu lado, eu jamais te deixarei sozinha e creio que Rony também não.
Hermione teve uma lembrança furtiva.
– Da mesma forma que você fez no terceiro ano comigo, certo?
Os dois riram, Hermione ainda um pouco constrangida. Como Harry poderia ter mudado tanto em tão pouco tempo?
– Me desculpe se te constrangi, não foi a minha intenção – falou Harry, um pouco sem graça.
Hermione abraçou o amigo com força, algumas lágrimas caiam pelo rosto, Edwiges levantou vôo da perna de seu dono, que aparentemente não percebeu. Era incrível como Harry conseguia surpreendê-la mesmo naquela hora. Quando ela achava que conhecia Harry por completo, ele exibia uma qualidade que Hermione ainda não conhecia. De quem ele puxou aquele dom? De Lílian ou Tiago?
– Você não tem medo de se molhar um pouco mais, não é? – perguntou Harry, antes que perdesse a coragem.
E antes que Hermione pudesse responder, Harry a puxou para a piscina. Ela teve pouco tempo para constatar o que estava acontecendo, porém foi o suficiente para ela agitar a varinha.
– Seu retardado, - disse Hermione, o resquício de lágrimas misturando ao riso.
Harry estava tossindo e rindo ao mesmo tempo, tinha engasgado com a água, o óculos embaçado não deixava enxergar longe. Teve a nítida impressão que Hermione estava seca. Sim, ela estava e tinha uma aparência presunçosa.
– Impervius é um feitiço muito útil, você não concorda? – perguntou Hermione com ironia.
– Não é justo! – respondeu Harry, - Você...
Antes que pudesse completar a frase, Hermione agitou a varinha mais uma vez e uma onda d’água atingiu o amigo.
– Você que assumiu o risco, Sr. Potter. – ela foi até a ponta da piscina – Vamos sair, espere aqui, vou te trazer uma toalha.
– Toalha? – indagou Harry. Ele tinha dificuldade para enxergar Hermione e a borda da piscina. – Você é uma bruxa ou não?
Estavam tão entretidos naquela situação que nem perceberam que o Sr. Granger os observava da escada, o Daily Mail na sua mão, seu rosto guardando uma expressão feliz. Se ele tinha alguma dúvida que Hermione fizera a escolha certa, se durante algum momento ele ficou preocupado que sua filha tivesse trilhado um caminho inadequado, a presença de Harry na sua casa e aquela situação que ele acabara de presenciar tirara todas as dúvidas da sua mente. Será que Harry era tão inocente para ver o que ele via ou a amizade que tinha com sua filha o deixava cego? Ele desceu as escadas sem fazer barulho, estava orgulhoso da sua filha única.
Hermione caminhava em volta do lago de Hogwarts, era apenas mais um dia da bela primavera que acometia os terrenos do castelo.
A garota logo encontrou a sua árvore favorita de estudo e estava pronta a se sentar sobre a sua sombra quando avistou algo. Ao longe, Harry caminhava decidido em sentido a Floresta Proibida. Um frio percorreu a sua espinha.
Suando frio, Hermione começou a correr o mais rápido que conseguiu, porém, Harry parecia andar ainda mais rápido, ele ficava mais distante a cada segundo.
Gritou o nome do garoto sucessivas vezes. Em nenhuma vez Harry se virou para trás.
– Espere, Hermione.
A menina se virou, Rony tinha a encontrado.
– Aonde você vai? – perguntou o ruivo sério.
– Harry está indo para a Floresta Proibida, você não vê?
Hermione ficou aflita.
– Harry vai atrás do seu destino, não podemos fazer nada.
Uma raiva surgiu no peito da garota.
– Você vai ficar aqui parado e não vai fazer nada, Ronald? Precisamos ajudá-lo.
Rony balançou a cabeça e olhou para ela suplicante.
– Você tem que escolher a mim e não a Harry. Você me ama e eu te amo. Harry sequer pensa em você, ele gosta da Gina.
Hermione ficou pasma com a afirmativa de Rony.
– Como você pode dizer isso numa situação dessas, Rony? Harry precisa da gente. Não é o momento.
– Já é chegada a hora de fazer a sua escolha, Hermione, você não poderá fugir sempre, - disse Rony imperiosamente.
Hermione não conseguiu disfarçar sua aflição. Escolher o que? Harry estava indo enfrentar Voldemort e ela estava ali discutindo uma coisa boba com Rony.
Seu olhar se voltou para Harry, mesmo longe, ela viu que o seu amigo acenou para ela e abriu um largo sorriso, observou que uma dupla de palavras ditas em mímica pelo seu melhor amigo. “Seja feliz”.
Ela berrou e fez menção de correr atrás de Harry. Rony, porém a segurou.
– Harry tomou a decisão dele, Mione. Se você tivesse tomado a sua antes, seria diferente.
Hermione deu um grito, não podia ser verdade. Tentou empurrar Rony e nada adiantou.
Quando ia puxar sua varinha, escutou um miado forte.
Hermione Granger abriu os olhos. Estava na sua cama, estava em segurança no seu quarto. Podia ver os olhos brilhantes de Bichento ao chão. Controlou sua respiração, buscou ficar calma. Foi apenas um sonho. Ou será que não?
Harry acordou no dia do seu décimo-sétimo aniversário em meio a um abraço apertado. Já sabia que se tratava de Hermione e não era porque estava na casa da amiga. Somente Hermione tinha aquele modo de abraçar e aquele perfume de aroma de rosas suave. Não tinha como errar. Apesar dos olhos denunciarem que a amiga havia dormido muito mal, (“Tive um pesadelo, Harry, como qualquer um tem de vez em quando, não se preocupe!”) ela não deixou de dar um beijo em sua bochecha e completar com todas as felicitações que lembrou na hora. Quando abriu o seu presente, o queixo de Harry caiu. Era as vestes do Chudley Cannons com o seu nome bordado as costas. Não se cansou de agradecer e deu mais um abraço na amiga. Hermione parecia radiante consigo mesma.
Os pais de Hermione lhe deram doce da Dedosdemel, sem adição de açúcar. Harry supôs que os pais pediram que ela encomendasse algo do tipo para ele. E até mesmo Edwiges apareceu naquela manhã trazendo presentes do Sr. e da Sra. Weasley, um relógio; de Rony, Gina e os gêmeos, um pomo-de-ouro (Harry ficou parecendo o seu pai, soltando e apanhando o pomo a todas as horas) e de Tonks, Lupin e Olho-Tonto, ele ganhou um Espelho-de-Inimigos de mão. Seria o mesmo que Dumbledore havia dado para Moody? Hermione se interessou muito pelo objeto.
Se tivesse na casa de Rony, Harry teria feito muitas mágicas naquele dia, só para extravasar a alegria. Como não queria que Hermione o censurasse, procurou se segurar. Durante o jantar, Hermione e os pais da garota lhe deram um bolo de presente (sem açúcar, obviamente) e quando Hermione e Jane Granger lavavam as louças na cozinha, Harry se lembrou de uma coisa que estava com medo de perguntar ao Sr. Granger, naquele momento absorto no noticiário da TV.
– Sr. Granger, – começou Harry, os olhos dos pais de Hermione saíram da TV e focalizaram o garoto. – Eu perguntei uma coisa a Hermione no meu primeiro dia aqui e ela me falou que se eu quisesse a resposta, teria que perguntar diretamente ao senhor.
– E qual seria essa pergunta, Harry?
– Por que o senhor e a Sra. Granger parecem tranqüilos que Hermione me acompanhe na minha jornada? Por vezes, me parece até felizes com a escolha dela. Não que eu fique incomodado com isso, é que eu...
– ...gostaria de saber o por que? Eu entendo, - interrompeu o Sr. Granger.
O Sr. Granger pegou o controle da televisão e a desligou.
– Veja bem, Harry, – começou o Sr. Granger – há muitos anos atrás, eu vi meu pai, trouxa como eu, participar de uma guerra que todos davam por perdida. Eu me questionava se ele era louco, fiquei irritado com a escolha dele e cheguei a dizer coisas terríveis ao meu pai antes dele partir. Depois de alguns anos, eu me dei conta que foi a escolha dele que me permitiu viver. Meu pai deu a vida por mim, pelos meus irmãos e minha mãe, ele morreu acreditando que estava fazendo o certo, e é óbvio que realmente estava.
“Há alguns anos, eu fui voluntário em várias guerras, em homenagem a memória do meu pai. Participei de guerras na América do Sul, na Ásia e na África. Isso foi antes de Hermione nascer. Na realidade, Hermione só nasceu porque em meio a uma dessas guerras eu tive a oportunidade de conhecer Jane, que servia como dentista e enfermeira, acolhendo os feridos de guerra. Não foram guerras fáceis, sabe? Mas eu sobrevivi. Hoje eu sei que consegui passar por todo tipo de terror porque em meio a ele, eu encontrei o amor da minha vida, Harry. Hoje eu sei o tanto que meu pai foi grandioso, sabendo que ia enfrentar um perigo sem saber se ia voltar vivo. E hoje, eu não tenho qualquer receio quando encontrá-lo.”
– Não tenho dúvida que Hermione fez a escolha correta, – continuou o Sr. Granger. - Que destino horrível seria para ela, se o mundo ao qual ela pertence, e esse mundo é o bruxo, viesse a cair nas mãos de um louco e ela não fizesse nada? Apenas se escondesse? Ela se culparia pelo resto da vida, não viveria em paz. Eu sentiria a mesma coisa se tivesse no lugar dela e tenho certeza que Jane também. Para os corajosos e inteligentes, lutar pelo que é certo e por aquilo que acreditam não é uma mera escolha, é uma obrigação. Não faz sentido ela ser uma bruxa e não lutar para salvar o mundo bruxo.
“Sei dos riscos de perder minha filha nessa guerra, Harry, assim como Jane também sabe, porém eu tenho certeza que o lugar mais seguro no nosso país, é próximo a você, Harry Potter, embora eu perceba que você não acredite nisso (e Harry não acreditava mesmo). Eu acredito na hora que você souber do seu potencial, na hora que tiver noção do poder que você controla, você será muito mais poderoso que esse tal Voldemort. Você é muito corajoso garoto.”
Ele fez uma pausa e encarou Harry.
“E eu sinto que do mesmo jeito que Hermione salvaria sua vida quantas vezes fosse possível, você também daria sua vida pela minha filha sem pensar duas vezes. E não há nada que supere isso, Harry. A amizade. Não sei quanto tempo essa guerra vai durar ou quantos vão sobreviver ao final. O que eu não tenho dúvida é que vocês vão vencer. Sei que você ainda não consegue entender muita coisa do que eu digo agora. Contudo, esse momento vai chegar, a cada dia que passa, você se aproxima desse conhecimento, – finalizou o Sr. Granger, os olhos brilhando com o mesmo brilho que Hermione exalava certas vezes.”
Harry ficou em silêncio, não pôde concluir se a resposta do Sr. Granger era algo bom ou não, mas tirando o fato dele achar que o local mais seguro do mundo era perto dele, porque Harry não era Dumbledore, então, tirando essa afirmativa, Harry desejou que o Sr. Granger tivesse razão.
– E não fique preocupado comigo ou com Jane, Harry. Você não precisa disso, - comentou
– Como? – questionou Harry preocupado com o que estava por vir.
O Sr. Granger sorriu.
– Hermione tinha um certo receio que esse bruxo mal viesse atrás de nós, para fazer chantagem. Pois bem, desde o ano passado, quando seu antigo professor veio até aqui...
A barriga de Harry gelou quando o Sr. Granger mencionou Dumbledore.
– ...decidimos que era melhor que eu e Jane nos mudássemos da Inglaterra. E assim o faremos, assim que você e Hermione partirem, Jane e eu faremos o mesmo.
Harry ficou atônico.
– O senhor não precisa, seria...
– Você se preocupa demais, Harry, - interrompeu o Sr. Granger. – Estamos fazendo isso por livre e espontânea vontade. Não quero que você fique se culpando por uma decisão minha e de Jane. Estamos confortável com nossa decisão. Bichento tomará conta de nós dois, - completou o Sr. Granger sorrindo.
Harry abriu a boca e logo depois a fechou, não sabia o que dizer. Como poderia agradecer ao Sr. Granger? Como poderia retribuir?
Hermione veio para a sala logo depois, pelo jeito astucioso e também pelo jeito estupefato de Harry, ela tinha certeza que o amigo finalmente perguntou ao pai sobre o que gostaria. E tinha convicção que seu pai tinha repassado que ele e sua mãe estavam de mudança. Precisava tirar Harry dali, antes que seu amigo encontrasse as palavras. Sabia que Harry sentia o peso do mundo sobre as suas costas.
– Harry, - disse com um tom mandão de sempre, - sei que é seu aniversário, mas você precisa arrumar suas coisas, amanhã é o casamento, vamos partir muito cedo.
– Tudo bem, vou deixar tudo pronto – respondeu Harry sem graça.
Ele se levantou e quando passou perto ao lado da amiga seus olhos se encontraram e ele desviou seu olhar. Voltou a encarar o Sr. Granger que lhe deu um sorriso de paz.
– Você não tem que se desculpar por nada, Harry. Não encare a nossa decisão como um fardo que você deve carregar. Fique em paz, meu amigo, - disse, por fim, o Sr. Granger.
Hermione jurou que uma lágrima havia se formado nos olhos do seu grande amigo.
Pela segunda vem em menos de duas semanas, Harry arrumava suas coisas para partir para outro lugar. Estava definitivamente animado, apesar de tudo. Iria ver Rony e os Weasley no dia seguinte. Testou o seu “arrumar malas” com o toque da varinha, somente na terceira vez conseguiu deixar sua bagagem bem arrumada, depois disso mandou Edwiges para casa de Rony, sem qualquer bilhete, acreditava que o amigo entenderia.
Ainda assim, a conversa com o Sr. Granger permanecia em sua cabeça.
– Fiquei surpresa que você ainda não me perguntou como vamos para A Toca amanhã – disse Hermione entrando no quarto, quando Harry mais uma vez observava o céu oculto lá fora.
– Creio que sei, - respondeu Harry pensativo. – Você não possui vassoura e detesta voar. Não podemos ligar a rede de Flu aqui, seria arriscado. O que nos resta então é...
– Aparatar ou chave de portal, - falou Hermione, completando o raciocínio do amigo. – Sim, você pensou certo. Vamos aparatar é mais seguro, sei que você não gosta, mas é o melhor. Aparataremos próximo A Toca e depois completaremos o percurso a pé – explicou Hermione, embora Harry achasse desnecessário, poderia concluir aquilo sozinho.
– E usaremos a minha capa com o feitiço da desilusão, certo?
– Exato, - respondeu Hermione. – Vejo que você quer me dizer alguma coisa, Harry.
Harry nem mesmo procurou esconder.
– Foi a conversa com seu pai. Por que não me contou sobre a viagem deles? Não que eu seja contra, é que...
– Está se sentindo culpado pela minha escolha, Harry? Não ficou convencido que a escolha foi minha? – perguntou Hermione com simplicidade.
Harry balançou a cabeça negativamente.
– Muito obrigado, Hermione. Essa é uma dívida que eu jamais poderei pagar.
Mais uma vez, a nascida trouxa se surpreendeu. Que Harry Potter era aquele? Ela precisava perguntar. Sabia que era algo íntimo, mas sua curiosidade era muito grande.
– O que aconteceu com você, Harry? – indagou Hermione se sentando na cama do garoto. – Não que eu admire suas mudanças. É só que, você está me assustando com essa sinceridade repentina, esse modo carinhoso e tudo mais. Você me entende?
Harry acompanhou a garota e se sentou ao lado inverso da cama.
– Acho que você sabe o motivo, Hermione, - disse Harry, com toda a sua simplicidade. – Todas essas mortes, essa guerra, a sensação de que podemos morrer a qualquer momento, me fez enxergar coisas que eu sempre procurei me cegar ou até esconder dentro de mim. Talvez não seja o comportamento correto...
– ...pode ter certeza que é...
– Às vezes, não faz de mim o mais forte...
– ...te faz ser uma pessoa muito maior...
– Eu só posso dizer que eu me sinto mais feliz assim.
– ...você deixa a todos feliz.
Harry riu com o empenho contínuo de Hermione em levantar o seu astral.
– É melhor irmos deitar Harry, - disse Hermione se virando para a porta– amanhã vamos sair bem cedo. Boa noite. Me chame se precisar de algo.
– Você vai saindo assim? – perguntou Harry com indignação.
– Como? – Hermione tornou a se virar, encarando o amigo.
– E o meu abraço e meu beijo de boa noite? Virou uma tradição não é? Como posso ter uma noite livre de pesadelos se você não faz sua parte? – perguntou Harry sorrindo.
– Acho que alguém está ficando muito mimado – disse Hermione, sorrindo também, ela caminhou até Harry e parou a sua frente. – Você quer um abraço e um beijo? Dessa vez eles terão seu preço Sr. Potter.
– E qual seria Srta. Granger? – perguntou Harry com ironia.
– Quero uma ou duas danças amanhã.
Harry fez cara de quem pensava na proposta.
– É um preço razoável a se pagar, – disse ele – tudo bem, não quero ficar sem meu abraço e meu beijo. Traria azar e pesadelos.
Hermione sorriu quando abraçava Harry e lhe dava um beijo na bochecha. Estava muito feliz com aquela amizade carinhosa que se formou entre os dois.
Ao ver a amiga sair, Harry desabou em sua cama, estava cansado. Limpou sua mente com afinco e estava quase adormecendo quando sentiu que algo brilhava embaixo do seu travesseiro, era o pergaminho.
“Nem tudo que reluz é um galeão. Não crie expectativas sobre um objeto que não veio para salvar a pátria. Procure treinar, encontre suas próprias respostas, utilize seus dons e a recompensa há de vir. Confio em você.”
Em Londres, Percy Weasley observava a paisagem sombria da cidade, da sacada de seu apartamento. Finalmente seu nome seria reconhecido por todos os bruxos, era hora de mostrar do que era capaz. Mostraria a seus pais, a seus irmãos e ao idiota do Harry Potter,o potencial que tinha. Estava preparado.
Seu poder era imenso e ele não podia se dar ao luxo de ficar ao lado dos perdedores, ele tinha tudo dentro de si para ser Ministro da Magia, até o Lord das Trevas reconheceu. Estava cheio de si.
Seu pai era um pobre coitado, agora iria pagar por todas aquelas palavras que havia dito há dois anos, seria humilhado e morto, não tinha outra saída, a conversa com o Lord das Trevas o convenceu disso. Sua vingança estava se aproximando. Seu destino era muito maior que o resto da família inteira.
Voltou para a sala da casa, sobre o sofá estava o convite de casamento de seu irmão e de sua cunhada. Para o inferno com eles. Gui era um idiota, assim como Carlinhos, Fred, Jorge e Rony. Ele tinha avisado ao irmão mais novo e Rony falhou ao não se afastar de Harry Potter, assim como seu pai não se afastou de Dumbledore. Estavam todos perdidos. Todos iriam pagar.
Durante segundos, sentiu uma ponta de pena de Gina, porém, ao se lembrar da arrogância de sua irmã caçula, o sentimento logo foi esquecido.
Uma coruja entrou dentro de sua sala e jogou um papel negro no ar.
Percy o pegou automaticamente. O papel pegou um fogo e o rosto do Lord das Trevas apareceu.
– O dia da nossa vitória será amanhã. Se prepare, Weasley. Você atacará em duas frentes e terá sua vingança.
Percy riu furiosamente. Deixaria seu amo orgulhoso e marcaria seu nome na história. Ele seria sim, o novo Ministro da Magia.
Que final mais idioooooota!! Eu assumo... Fiquei com preguiça de escrever uma cena seguinte e saiu essa porcaria aí... me desculpem!!
Bom, estou em débito com vocês, faz um bom tempo que eu não atualizava... o capítulo ficou bem ruizinho comparado com o projeto original... era para ter sido um pouco mais longo, mas quando eu vi o número de páginas escritas, achei melhor parar por aqui, para não ficar longo demais e deixar as pessoas com preguiça de ler.
Antes de qualquer coisa, eu ainda não revisei o capítulo, alguns erros de português devem estar presentes! Não nego que estou com preguiça de conferir 24 páginas de Word! Devo corrigir hoje a noite ou amanhã. Me perdoem se tiver algum erro ortográfico cabuloso.
Agora vamos aos comentários:
Saulo: Cara, muito obrigado pelo elogio! Assim como você, sou um grande fã de Harry e Hermione como um casal, o grande problema é que eu estou considerando os seis livros prévios, então eu não posso colocar a Hermione nos braços do Harry de uma vez... tem que ser algo que ela vá sentindo aos poucos. Como você deve ter visto, ela já está sentindo algo, mas ainda não percebeu.
Isso acontecerá em breve! E não se preocupe, se acontecer uma cena R/H, será muito breve... e por segurança já contatei dois guarda-costas! Hehehe... grande abraço, não deixe de comentar.
Rosana Franco: Eu detesto o casal R/H, não vou te negar isso, não quer dizer que eu deteste o Rony... eu quero que ele se de bem, sabe, mas ele ainda gosta muito da Hermione e como eu disse para o Saulo acima, a bruxa mais inteligente de Hogwarts ainda nutre algo por ele também. Eu não quero mudar as coisas bruscamente, entende? Quero que vá aparecendo de maneira simples e quando Harry e Hermione se deem conta, eles já vão estar num love...
Infelizmente, acho que o Rony sofrerá um pouco...
Quanto ao Dumbledore, ele é um gênio! O personagem fantástico! Espero que tenha gostado do capítulo!
Jade Moreira: Muito obrigado pelo comentário. Pelo que pude ver, você é fã de fics Dramione, certo? Beijo e continue comentando, conterrânea!
Isis Brito: Nossa, Isis! Estou com tanta vergonha de você! Preciso passar na sua fic com urgência e estou enrolando... Me perdoe! Esse semestre tá foda, essa rotina de estudar muito, trabalhar e dormir pouco está me deixando maluco e eu acabo deixando de ler as fics que eu gosto. Vou tentar me atualizar até o final da semana, ok?
Você sabe o quanto eu amo seus comentários, né?
Então, o espelho... eu não posso dizer... perderia a graça! É uma idéia maluca que surgiu e eu preciso desenvolver... vai dar merda, eu aposto! Hehehe... Já o “feliz engano” da Ordem da Fênix, foi algo que me surgiu do nada, há um tempo atrás... Infelizmente, foi outra coisa que nunca foi explicado pela JK e que me deixou extremamente curioso!
Sobre a pergunta do Snape, a enquete está aí... Eu ainda não decidi... Sou grande fã desse idiota também, acho um cara sensacional e que merecia um final mais legal. Eu já pensei em cenas futuras com ele, já imaginou o Harry trombando com ele, cara a cara? Seria muito interessante.
Quanto ao Rony, eu acho que ele é um idiota, na maioria das vezes... ainda assim, consigo gostar dele... Acho que ele e Luna são um encaixe, assim como na sua fic! Já sobre o Fred e o Jorge, pretendo fazer com que eles sofram, mas posso garantir que são os únicos que estão a salvo... Eles são show!
Agora, não quero te desanimar... deve demorar aparecer a cena H2... pelo menos não consta no futuro próximo! Hehehehe... e a senhorita não pode reclamar porque na sua fic demorou anos luz para ocorrer, certo? E caiu como uma luva, foi no ponto certo. Devo fazer uma pequena cena R/H... ainda não sei como será, embora já tenha uma idéia.
E quanto ao sangue... já deu para ter uma idéia nesse capítulo!! Aguarde!
Amo seus comentários, muito obrigado pelo apoio de sempre! Beijão para ti!
Laauras: Seja bem-vinda! Muito obrigado por ter deixado seu comentário! Isso faz um autor feliz! Sobre a Hermione, a verdade é que ela gosta dos dois, talvez um pouco mais forte pelo Rony, mas nem se deu conta que sente algo pelo Harry ainda...
O grande desafio de escrever uma fic sobre o sétimo ano e que leve em conta o sexto livro, é fazer com que as coisas aconteçam com normalidade... e jogar a Hermione nos braços do Harry de uma vez, bom... eu acho que seria muito superficial, uma vez que no fim do sexto livro rolou uma super cena R/H (que me deu náuseas, diga-se de passagem).
O Draco dará as caras em breve, aliás o próximo capítulo ele teria uma participação das grandes, mas eu devo mudar um pouco! Você verá!!
A Luna dará as caras no casamento!
Muito obrigado pelo elogio e pela participação, não deixe de comentar!! Beijo!
Luiza Potter: Sua figura! Você não mora em Minas, certo? Me avise, assim eu posso procurar um novo lugar para morar! Hehehe...
Bom, eu gosto muito do Rony também, o problema é que ele atrapalha (demais) em certas circunstâncias. Como eu já disse acima, por mais que eu queira fazer cenas H2, eu não quero jogá-los um sobre o outro de uma vez. Tem que acontecer devagar e aos poucos. A Hermione nutre alguma coisa pelo Rony sim, mas ela não faz noção do quanto gosta do Harry e o tanto que isso vai atingi-la!
Nossa, você me deu uma puta duma idéia!! Hehehe... muito obrigado!
E não mate o Rony! Calma, figurinha! Foi apenas um sonho... eu acho!! Hehehe... Te assustei??
E me diga, o que achou do Percy?
Adoro seus comentários, não deixe de comentar!! Ahhh, você não é de Minas mesmo, né? Hehehe... beijão!!
PS: Ainda não li Jogos Vorazes, eu vicio facilmente com qualquer coisa e esse ano eu prometi que não ficaria lendo novas histórias... estou arrependido, confesso!! =/
Helena Almeida: eu já disse isso e vou dizer mais uma vez, eu me divirto pra caralho com seus comentários!! Racho de rir do início até o fim!
Eu até ia te perguntar sobre a enquete que envolve o Snape, mas você já me respondeu e um dos únicos fatos brilhantes do Relíquias da Morte, foi o modo como ele morreu. É um personagem sensacional!
Uma perguntinha, gostou do Voldemort nesse capítulo? Ou quer me matar pela minha idéia? Hehehe... eu queria mudar um pouco o jeito dele agir e saiu isso, em sua homenagem, viu?
Nossa, nesse item 4 que você falou do Harry e da Hermione... poxa, Helena, mais uma boa idéia... Gostei de você ter relembrado da câmara secreta, no próximo capítulo algo acontecerá... e bom, se você estiver aí pra ler... acho que você vai curtir! Eu concordo que o Harry sempre foi um pobre coitado, tudo caiu nas costas dele e ele ficou praticamente sozinho. Aquela cena dele vendo a Hermione e o Rony dormindo de mãos dadas e ele ficando triste por se considerar sozinho, foi algo que me deu dó dele... e óbvio, me deu vontade de matar a JK e rasgar o livro! Aliás, vou deixar uma prévia distante abaixo para que você possa ter vontade de me matar mais rapidamente!! =)
Eu sei que foi broxante ver o Bartô Crouch... infelizmente, ele é só um... em breve terá companhia... Você verá! E acho que não ficará tão frustrada...
Me perdoe pela demora a postar, eu realmente relaxei e devo ter feito você esquecer a fic inteira, certo?? Hehehe... Não deixe de comentar, ou eu te jogarei da Arca de Noé! Beijo, Helena!
Pamy Malfoy: Menina Pamy! A senhorita sumiu! Quanto tempo! Fico muito feliz por cada observação que você fez...
Eu ainda estou um pouco preoucupado porque a fic não está do jeito exato que eu queria, sabe... sei lá, falta alguma coisa...
Fico feliz que tenha gostado da cena do Ford Anglia, ele aparecerá de novo em breve e teremos outros veículos aparecendo ao longo da fic.
Não desapareça de novo! Please! Gosto muito dos seus comentários! Beijo
PS: cadê a sua fic?
Hillary J. S. Lestrange: minha cara, você disse tudo! Gostaria de ser como você, ler fics de outros gêneros, como R/H, porééém... eu não consigo sabe? Me sinto travado... acho que da mesma forma que há boas fics H2, há outras tantas R/H bem escritas aqui no FeB. Eu vou tentar me esforçar a ler... mas falharei novamente! =)
Que interessante, Fred e Hermione? Cômico! Vou dar uma olhada, a curiosidade me atingiu! O Snape e a Bellatriz vão dar as caras no próximo capítulo. E o Voldemort? Gostou dele nesse capítulo? Muito obrigado pela participação de sempre! Você me estimula escrever! Beijão!
Potter Salter: a cada comentário que você deixa, eu fico felizasso! Pelo que vi na sua fic, foi seu aniversário recentemente, certo? Quero te dar os parabéns, viu? Muitas felicidades, sucesso, saúde e que você continue escrevendo dessa forma incrível de sempre!
Bom, eu fiquei muito frustrado com o Relíquias da Morte, não gosto de comentar, embora uma cena ou outra tenha me feito feliz.
Concordo demais com tudo que você disse sobre o Snape. Foi para mim, O PONTO do sétimo livro e sabe de uma coisa, eu não fiquei tão surpreso. Sempre via no Snape, um cara anti-herói.
E quanto a Gina, eu sinceramente não sei o destino dela. Não tinha pensado em matá-la até então. Pensei depois da enquete e ainda não conclui... embora não tenha nenhuma cena em mente que dê fim a vida dela. Muito obrigado pela presença de sempre, figurinha! De coração!
PS: Aguardo sua att!! =)
Gente, vou indo nessa. Muito obrigado por terem comentado. Espero que continuem comentando! É o maior estímulo que vocês me dão para continuar escrevendo. Se tiverem críticas, fiquem a vontade. É bom escutar aquilo que precisa ser mudado.
Aqui vai uma prévia de um capítulo distante, para compensar esse capítulo ruim:
– (...)Expecto Patronum! Expecto Patronum!
"Você devia estar aqui Harry! Onde está você quando eu mais preciso?"
O grupo de dementadores estava mais próximo, Luna jazia desmaiada no chão, Hermione não soltava seu braço de jeito algum. Ela tentou o patrono mais uma vez, mas sua lontra parecia mais uma minhoca muito tímida.
"Harry, por favor me ajude", ela tentou mais uma vez. Nada. Dois dementadores se aproximaram, um executaria o beijo nela, o outro em Luna. Estava acabado, era o fim de tudo. Ela não sabia quem ela era, ela não se lembrava de um pensamento feliz, todos haviam sido roubados pelos dementadores.
"Você é a bruxa mais inteligente da nossa classe, você é Hermione Granger! Como não consegue fazer um Patrono? Você pode fazer qualquer coisa!", disse uma voz conhecida na sua cabeça.
(...)
Hermione sentiu uma força interna distante. Ela estava em Hogwarts, estava treinando na Sala Precisa em mais uma reunião da AD.
"Vamos Mione, eu vou lhe ajudar" disse Harry sorrindo, o braço sobre o seu pescoço, o cheiro dele sempre tão bom. "Tente mais uma vez, vamos."
(...)
Se aquilo era ter a alma roubada não era tão ruim.
O olhar de Hermione se tornou forte. Ela não se intimidou com o Dementador a trinta centímetros de sua face. Ela não perderia para aquele bicho asqueiroso. Ela faria Harry se orgulhar.
– Expecto Patronum! - gritou Hermione.
Uma coisa muito diferente, algo muito maior e mais poderoso que uma lontra saiu da varinha de Hermione. Era um cervo.
COMENTEM!
Comentários (12)
kkkkkkk Não moro em Minas não, moro em Natal. Longe pra caralho. Eu dei dei uma ideia? Oi? What? What? ~relendo os comentarios~Ok, muitos feelings nesse capitulo. MUITOS FEELS! Primeiro... Percy Weasley, seu animal. Apenas isso que tenho a dizer u_u Como ele pode fazer isso com o Arthur T.T Segundo, *-----------------------------------------------------------------------------* Que lindos o Harry e a Mione, muito lindos. E cegos tambem, pfvr.TO SOFRENDO COM ESSE TRAILER T_T Então eu espero muita ação no proximo capitulo YA/
2012-09-04AAAAAAAAAAmei o capitulo ficoiu super legal mesmo e acv do Harry como Sr Granger demais e o proximo capitulo melhor ainda ne kkkkkkkkkkkk
2012-09-04