O Mestre dos Raios



Capítulo 11

O Mestre dos Raios

A sala do Diretor da Gainea era uma sala quadrada e pouco iluminada, cheia de artigos antiquados e peças que pareciam em profunda decomposição, tão velhos quanto a idade de quem os possuía, mesmo assim havia um vigor no olhar do professor de Tradições Arcaicas que demonstrava que coisas escondidas ele tinha em excesso. O mistério contido no professor e a sombriedade dele transparecia na sala, talvez um sinal de que ele já estava no fim da sua vida ou de que uma malícia secreta era ocultada na face velha do professor. O fato é que ele não olhava para Robson com um olhar amigo, mas sim com uma raiva muito provavelmente pelo que o aluno fez á sua casa. Robson prestou maior atenção ao professor e ele se vestia totalmente de negro, o que parecia um exagero visto a escuridão da sala.
- Sente-se. - disse o professor calmamente. - Creio que a vice-diretora já tenha falado muito com você, mas eu tenho um pouco mais. O que você fez é repudiável para um aluno de qualquer série, ainda mais do primeiro ano, sendo assim não serei leve na pena. Aliás, mal começou o ano e o senhor conseguiu perder 100 pontos para a Gainea, não sei se você sabe, mas as vitórias contam pontos aqui em Magfia, e os erros fazem perder pontos. Acredite que eu não serei um bom professor para você, eu ficarei de olho em você cada segundo dos nove anos que você poderá passar por aqui. Por mais que você seja filho de um professor não terá regalias e será tratado igual ou pior do que os outros alunos. Você provavelmente quer saber qual é a sua detenção não?
- Gostaria. - disse o garoto sem tirar os olhos do professor.
- Para mostrar que você não é diferente de ninguém aqui dentro e para gravar isso na sua mente você terá de usar isto e terá que comparecer na cozinha para fazer a limpeza á noite. Você sabe o que é isso? - perguntou o professor.
- Isso é um chápeu. - “e por sinal ridículo” pensou Robson.
- Ridículo, isso mesmo. - repetiu o professor como se interpretasse o que o garoto pensou. - Mas isso não é só um chapéu, ele vai ser seu cão guia e seu regulador. Eles eram usados antigamente para domesticar elfos domésticos, eles tinham pensamentos muito aventureiros como o seu, sendo assim esse chapéu a cada pensamento fora da linha que você der ele vai te dar uma dor na cabeça que vai te guiar enquanto durar sua detenção até você entender que aqui não é um playground e sim uma escola.
- Mas, professor... - começou o garoto.
- Não se preocupe, isso é para o seu bem, eu já consultei a vice-diretora, e entre as lágrimas de decepção com você, ela concordou com essa detenção. - disse Wenceslau com um sorriso cruel no rosto. - Você vai ter que usar ele o dia inteiro enquanto durar a detenção.
- Mas... - tentou novamente Robson.
- Mas? - olhou ameaçador Wenceslau. - E nunca mais prejudique a minha casa. Está dispensado. Não esqueça o chapéu.
Robson saiu furioso da sala com o chapéu na cabeça e teve a primeira dor do Chapéu da Domesticação, foi como se enfiassem espadas e comprimissem seu cérebro ao mesmo tempo lhe impedindo de ter raiva do professor e de si mesmo. Caiu de joelhos no chão, mas se levantou logo e procurou a sala de Metamorfia onde já estavam todos enfileirados e sentados e o professor começava a falar. Ao verem o aluno com um chapéu bordado, com rendas e bolinhas coloridas ninguém abafou o riso e apontavam dando gargalhadas do aluno que entrava a sala. Ele certamente seria a chacota do dia, com alguma sorte ele seria motivo de risos durante uma semana.
- Sente-se Robson. - falou o professor olhando para o estranho chapéu do garoto. - Como eu dizia. Meu nome é Basileu Leucoplasto e eu leciono Metamorfia. Que como vocês descobrirão é uma matéria muito divertida, visto que podemos transformar os objetos e até o corpo. Simiocorlum! - tranformou um caderno do aluno sentado á sua frente em um macaco que ficou pulando sobre os alunos e adquiria diversas cores diferentes. Ele conseguia arrancar gargalhadas dos
alunos com as maluquices. A cabeça sobre a qual ele ficou pulando mais foi a de Robson com o estranho chapéu que ardia sobre sua mente e ameaçava fazer doer de novo, até que o professor disse: Finito! Ou como disse pode mudar o corpo como os Animagos. Geralmente para se lecionar Metamorfia tem-se a capacidade de se tornar um animal. Os animagos são bruxos que tem a habilidade de se transformar em animais pelo tempo que quiser, para isso é necessário muito treino, habilidade e regulamentação. Atualmente no Brasil existem 18 animagos registrados, dentre eles eu. - e com um toque da varinha se transformou num grande Guepardo, ameaçadore bonito, veloz, porém com o limitado tamanho da sala não pode mostrar sua velocidade e voltou a sua forma de bruxo novamente com aplausos dos alunos. - Espero que vocês tenham gostado e agora vamos á aula. Peguem seus livros e abram na página 5, o capítulo é Transformações Simples, vamos treinar transformações simples de objetos pequenos, como mudança de cor, criação de manchas, curvatura e outras pequenas mudanças com feitiços simples. O que nós treinaremos hoje é o de manchas. Estou distribuindo bolas entre vocês, façam duplas e tentem usar o feitiços assim, Cataporum! - disse o professor mirando a varinha para uma bola azul e ela se encheu de manchas coloridas. - É um feitiço muito simples, mas que requer atenção dos iniciantes, agora, ao treino. - e passou distribuindo as bolas entre os alunos. A aula era entre Gainea e Anangangala, sendo assim Robson reparou a presença de Pedro entre os alunos e ele vinha pra perto para ser sua dupla.
- Eai cara, o que é isso na sua cabeça? - perguntou o amigo interessado.
- Faz parte da minha dentenção, isso me dá uma dor de cabeça terrível. - disse Robson sentindo leves contrações ao dizer isso.
- A Efigênia foi mais leve comigo, eu vou ter que ir na estufa de Herbologia todas as tardes podar as plantas e regá-las com muito cuidado. - disse Pedro sorridentemente.
- Sorte sua, o Juscelino foi bastante cruel comigo, você viu as risadinhas do pessoal na hora que eu cheguei? Agora eu vou ser o palhaço da escola. - disse Robson olhando para os lados.
- Garotos, menos conversa e mais trabalho. Tomem. - disse o professor e lançou a bola para os garotos.
- Sabe Rob, o pior não é nem o chapéu, mas não sei se você percebeu mais ele é cheio de rendas e bolinhas, parece que usaram o Feitiço de Manchar nele. Fala pro Basileu que você não precisa praticar esse feitiço, você já tem pronto. - disse Pedro entre risos.
- Cala a boca Pedro. - disse Robson com raiva de si. - Cataporum! - vociferou para a bola e ela se encheu de manchas coloridas, uma façanha que o professor comemorou e aplaudiu.
- Vejam essa, ficou ótima Robson. De primeira né? - o garoto afirmou com a cabeça. - Deixe-me ver sua varinha. Ótima, bordo e pena de fênix, 25 centímetros, essa varinha vai ser muito útil na minha matéria senhor Queiroz. - disse com um sorriso para o aluno.- Mas agora vamos continuar a aula, parem os treinos, eu quero que treinem para a próxima aula, espero melhores resultados do que esse. - disse indicando uma bola de um aluno gordinho e tímido que havia feito apenas um pontinho pequeno na bola.
- Raios! Raios meus queridos, essa é minha paixão. Saibam que os raios são os grandes transformadores nesse planeta, foram eles que formaram os primeiros seres vivos e com eles podemos transformar tudo. Sendo assim, vou ensinar-lhes durante meu curso o poder dos raios. Vejam essa demonstração. Santelmunun Focus! - uma nuvem começou a surgir na abóbada da sala. A sala mesmo sendo subterrânea continha uma visão do céu de lá de cima através de janelas encantas, e essas agora mostravam ao invés do céu limpo que havia antes, um acúmulo de nuvens carregadas que lançavam todas raios sobre a varinha do professor. A varinha de Basileu ficou carregada de luz dos relâmpagos e se preparou para disparar sobre uma massa de carvão que ele colocou sobre a mesa. Ao empunhar a varinha e lançar o feitiço o raio se laçou sobre a massa dando um brilho cegante depois do qual houveram alguns segundos de brancura extrema e uma visão completamente diferente da anterior que havia sobre a mesa. Sobre ela havia uma taça de diamante limpa e muito bonita que ofuscava o olhar de todos, parecia que de dentro de si emitia-se toda a luz acumulada na varinha durante o feitiço. Era incrível. - Vejam, esse é um feitiço muito avançado para o nível de vocês, mas mostra onde pode-se chegar. A partir do carvão que contém carbono em sua composição, nós bruxos através de um agitar da varinha e magia podemos transformá-lo em diamante. Contudo, isso é proibido em condições normais, a venda de carvão e produtos que possam ser utilizados no Feitiço de Santelmo é restrita e para se fazer esse feitiço tem que se ter a autorização da Presidência Bruxa como essa daqui que tenho em mãos e foi dada a Magfia a muito tempo atrás. Obrigado, é só isso por hoje e treinem para um dia poderem enfim utilizar todo o poder dos Raios.
Todos os alunos saíram calmamente da sala e se dirigiram para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas de Juscelino Zambak comentando sobre as façanhas vistas na aula anterior, todos se impressionaram sem excessão. Ao fim do grupo de alunos estavam Robson e Pedro conversando.
- Que você achou da primeira aula? - perguntou Pedro.
- Ah, eu gostei. Mas tô preocupado com essa minha detenção, como eu faço pra fugir dela. Ai! - nesse momento veio a dor de cabeça, parecia que cada pensamento seu estava sendo vigiado.
- Que foi? - perguntou Pedro.
- A pontada de novo, é porque eu falei em fugir da detenção, esse chapéu me tira a liberdade. Ai! - de novo a pontada. - Que droga! Ai! Agora não posso dizer nem pensar nada! - disse com raiva.
- Você tá muito hilário com esse chapéu, me desculpa. - disse Pedro contendo o riso.
- Ah, cala a boca. Ai! - de novo a pontada veio.
- É melhor você ficar quieto, se não quer sofrer. - disse Pedro enquanto desciam mais escadas para chegarem a sala mais profunda e no mais subterrânea de Magfia.
A sala de Defesa contra as Artes das Trevas era uma sala totalmente diferente da anterior, não haviam janelas encantadas para mostrar o céu lá de fora, não havia muita iluminação, a não ser algumas velas flutuantes e negras no ar. Haviam carteiras enfileiradas na sala e nos cantos duas estantes com crânios, partes de corpos, vidros com emulsões mágicas de cores estranhas compunham um cenário sombrio para a aula que mais prometia naquele dia. Todos os alunos estavam calados quando fecharam a porta atrás deles, o professor Juscelino esperava com sua capa escura, tão escura quanto sua pele naquela sala obscura.
- Estão atrasados dois minutos! - disse o professor severamente. - Espero que isso não se repita, eu gosto de minha pontualidade na minha aula. Agora, sentem-se. - disse o professor olhando para todos os alunos, principalmente para Robson com o chapéu rendado de bolinhas.
- “ Você já percebeu que nos últimos dias as pessoas falam pra você sentar toda hora, o que será que eles tem contra em te ver de pé? - pensou Robson consigo mesmo. - Talvez eles me achem grande de mais pra minha idade. - brincou consigo mesmo enquanto uma injusta pontada lhe afincava o cérebro.”
- Bom dia, meu nome é Juscelino Zambak e vou dar para vocês aula de Defesa contra as Artes das Trevas. Como vocês perceberão eu posso parecer meio durão, mas posso ser amigo de vocês, desde que respeitem as regras e se dediquem a minha matéria. A minha matéria lida com aquilo que há de mais escondido no bruxo e no ser humano em geral, as Trevas. Contudo, por mais que as trevas permaneçam ocultas, há também um desejo de dominar e de ganhar poder do homem sobre o homem, do bruxo sobre o bruxo desde que a história começou a ser contada. Foi assim no Egito, foi assim em Roma e é assim até hoje. Mas ao mesmo tempo em que há as trevas há a luz. Lumus Maximus! - um jorro enorme de luz irrompeu da varinha do professor e acabou com a escuridão que prevalecia na sala, revelando além das figuras diabólicas de antes, muitas coisas melhores, onde haviam crânios agora haviam rostos completos, as paredes revelavam quadros de disputas e guerras entre o bem e o mal ao longo dos tempos, entre Luz e Trevas, onde por fim a Luz sempre prevalecia. Finalmente a luz se apagou. - Mas mesmo havendo luz é necessário que alguém a faça aparecer, e esse é o dever de vocês enquanto estudantes de Defesa contra as Artes das Trevas. Contudo, para combater o mal é necessário conhecê-lo e conhecê-lo profundamente, cada uma das suas artimanhas e malícias, em cada detalhe, pois senão você será vencido. Muitos bruxos morreram, enlouqueceram ou se desviaram para as trevas enquanto buscavam o conhecimento, por isso o cuidado tem que ser do tamanho do desafio. Minha matéria estuda as trevas, porém prega a busca da luz, por isso vamos começar hoje identificando quem é esse inimigo tão tenebroso.
Os alunos prestavam artenção a aula como se bebessem cada palavra que o professor dizia, contendo a curiosidade de perguntar qualquer coisa enquanto o professor não parasse de falar. Ele enquanto isso fazia seu discurso inicial, não como um adorador das Trevas, mas sim com um respeito enorme e um zelo que beirava a admiração, sem contudo ultrapassar o limite da razão. Era incrível que mesmo em meio áquela sala escura pudesse haver mais coisas do que os ohos enxergavam e que um mero toque á varinha revelou. O professor continuava seu discurso quando finalmente parou por alguns segundos e olhou para seus alunos.
- Professor, - levantou a mão um aluno da Anangangala, ele era magro e baixo com o cabelo todo enrolado. - qual o maior perigo que nós podemos ter? Qual o monstro mais terrível que podemos encontrar?
- Desculpe, qual seu nome? - perguntou o professor calmamente.
- Leandro, senhor. Leandro Messias. - respondeu o aluno olhando fixamente para o professor.
- Leandro e todos vocês, prestem atenção. O maior perigo que vocês podem encontrar em todo esse mundo mágico e não mágico são vocês mesmos. Cada pessoa é o maior perigo para si mesma, pois só nós conhecemos todos os segredos e mistérios do nosso próprio íntimo e só nós podemos fraquejar no momento de coragem e somos nós mesmos que podemos por um erro infligir perdas irreparáveis ao nosso próprio ser. - disse o professor enfaticamente. - Agora vamos á aula. Estou colocando essas criaturas aqui na frente, são cinco como podem perceber. Eu quero que ser reunam em trios e descrevam cada uma dessas criaturas e que digam quais podem causar mais perigo á vocês e quais são mais inofensivas. Podem consultar o livro, há uma parte dedicada á descrição de criaturas e certamente vocês encontrarão algumas dessas. Lembrem-se nem sempre tudo está revelado. Agora! Ao trabalho.
Robson, Pedro e o garoto magrelo que fez a pergunta se reuniram para fazer o trabalho. Não era uma tarefa muito fácil descrever as cinco criaturas e descobrir qual era mais perigosa e qual era mais inofensiva. Havia uma criatura verde água com orelhas enormes e olhos do tamanho de uma bola de golfe, uma barriga enorme, dentes longos afiados, a qual eles vieram descobrir depois ser um Falomado da Tanzânia. A segunda estava presa numa gaiola e voava, parecia um morcego e era vinho, mas tinha um rabo desproporcional ao tamanho de seu corpo, era de se pensar como um animal desses podia voar. O terceiro tinha um rosto amigável, mas parecia ser extremamente tímido, era de uma cor de rosa muito clara e olhos vermelhos hipnotizantes, não parecia a principio demonstrar agressividade. O quarto e o quinto tinham o tamanho do professor e pareciam ursos, sendo os dois relativamente parecidos, com excessão de que as garras da mão do terceiro eram enormes e afiadíssimas e ele não tinha dentes e o quinto tinha uma juba cheia de insetos pousados nela. O trabalho durou a aula toda e ninguém conseguiu terminar satisfatoriamente, mas todos tinham se esforçado.
- Vejo que se esforçaram, mas este é um trabalho que exige bastante raciocínio e uma pesquisa mais apurada, sendo assim esperarei a entrega dos trabalhos em minha sala durante toda essa semana, os três trios que me entregarem primeiro receberão 5 pontos para a sua casa. Estão dispensados e não se esqueçam, todo o cuidado é pouco. - disse o professor sério dando fim a sua aula.
Todos os alunos foram saindo vagarosamente, dando um último olhar nas criaturas e se despedindo do professor. Pedro e Robson se dirigiram para o Grande Salão, não sem antes combinar de encontrarem Leandro na biblioteca no próximo dia a tarde. No Salão encontraram uma Susana muito alegre com o seu primeiro dia de aula, ela sozinha havia ganho 45 pontos para a casa dela, que despontava na liderança com a ajuda dela.
- O que é isso na sua cabeça Robson? - perguntou Susana intrigada.
- É um chapéu, foi a minha detenção. - respondeu um emburrado Robson.
- Ele é o nosso novo elfo doméstico Susana, trabalha todas as noites na cozinha e está sendo domesticado com esse chapéu simplesmente fofo. - zoou Pedro do amigo.
- Ah, não enche Pedro. Ai! - gemeu de dor em vista da pequena pontada do chapéu. - E também não posso dizer mais nada que esse chapéu me dá uma tremenda dor de cabeça. Ai!
- Coitado Pedro, você não devia rir dele. Você não tentou tirar esse chapéu Robson? - perguntou Susana esperançosa.
- Não ainda não. - e puxou o chapéu, sem resultado e com uma dor maior que a anterior que o fez de cair de joelhor novamente. - Como eu esperava, nada. Mas eu já estou me acostumando.
- Nós vamos encontrar uma solução pra isso, não é Pedro? - perguntou incisiva ao amigo.
- Ah, sim, é claro. Mas antes ele já vai estar trabalhando efetivamente aqui em Magfia, não é Robson? - perguntou Pedro rindo do amigo.
- Fica quieto Pedro, a Cláudia tá passando com os novos amigos dela e querendo ouvir a nossa conversa. - disse Susana.
- Vocês não tiveram mais contato com ela desde ontem? - perguntou Robson.
- Eu não. - disse Pedro.
- Nem eu. Mas as garotas da Realex me disseram que ela chorou muito ontem. - disse Susana.
- Eu não estou nem aí, eu quero mais que ela se exploda. - disse Pedro.
- Vamos comer, esse assunto vai me tirar a fome. - disse Susana. E eles comeram sem mais Cláudia nos tópicos de conversa, falaram sobre as primeiras aulas, os avanços de Cláudia, as novidades da aula do Basileu, a sombria e luminosa aula de Zambak. Mais tarde foram á biblioteca pois não podiam ir lá fora passear com o resto do pessoal. Pedro foi cumprir sua detenção á tarde e Cláudia tinha que ir conversar com Zambak que preferiu lhe passar a detenção á tarde quando tinha tempo disponível, sendo assim Robson ficou sozinho e caminhou pelo interior de Magfia, olhou retratos, viu corredores, se perdou uma ou duas vezes e por fim não tendo nada de interessante a fazer foi para o seu dormitório ler o livro do Merlin, acabou por fim dormindo num sono profundo em que Basileu, Zambak e Wenceslau conversavam na surdina e Rodoberto aparecia dando ordens a eles, depois ele via Zacarias sendo preso e torturado e um jorro de luz verde. Depois não sonhou com mais nada e acordou somente na manhã seguinte com o canto do galo para mais um dia de aula.


















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