Na casa dos Dursley
Muito adiante dali, mas muito mesmo... Havia uma brisa agradável, e uma leve garoa.
Todos na rua se recolhiam para dentro de suas casas. Era aproximadamente 18:00 HRS.
Os imensos casarões quadrados, que rodeavam a rua dos Alfeneiros, estavam completamente sem luz. Houvera um curto circuito na manha, que apagara a cidade toda... E os técnicos ainda trabalhavam pesado para consertar as caixas eletrônicas.
Mas tudo parecera se resolver na manha seguinte, quando os moradores se deram conta de que tudo havia sido resolvido, na madrugada da noite.
- Sabe o que andei pensando Petúnia? – dizia tio Valter no café da manha. Estava cada vez mais gordo e sem pescoço... E sem falar, nos bigodes, que cresciam rapidamente de um dia para o outro.
- Fale Valter, querido – disse tia petúnia, ainda bocejando, embora seu rosto sempre parecia o mesmo. Com “aquela” cara de cavalo – o que andou pensando?
- Você já parou para pensar que aquele moleque pode estar por trás, daquilo que aconteceu ontem?
- Do que? Está falando do curto circuito, que deu na rede? Como pode pensar que nosso querido Dudoca...
- Petúnia! Preste atenção!
- Hã? Como?
- Eu não estou falando do Duda. Você acha que eu seria capaz de pensar que nosso filho... Bem, deixa pra lá... Mas o que eu quero dizer é que o Potter...
- Ah, sim o Potter! Sujeitinho desagradável – dizia tia Petúnia, interrompendo outra vez.
- Por favor, Petúnia! Não me interrompa mais.
“Mas como eu ia dizendo... Potter anda tão deprimido” – tio Valter, verificou mais uma vez se Harry não estava ali presente, ou talves escondido, escutando a conversa. “Não se alegra com nada, embora isso seja bom, mas de fato... Potter nunca foi assim... O que acha que deve estar acontecendo com o garoto, querida?”.
- Vai ver, não recebeu nenhuma carta, “daqueles seus amigos!”.
- Não... Não é essa a razão – dissera Harry emergindo debaixo da escada – Ah, e para sua informação, recebo semanalmente cartas de meus amigos.
- Arre – grunhira tio Valter – Como se atreve a falar assim com sua tia? Peça desculpas, imediatamente, se não...
Harry ignorou o tio e seguiu para seu quarto. E o Sr. Dursley não tocara mais no assunto, para surpresa de Harry.
Potter não sabia há quanto tempo estava ali, trancafiado no quarto, sem ter o que fazer.
E por falar no seu quarto, ele não estava nada arrumado. A cama estava com os lençóis revirados, seus jeans jogados no chão, e sobre a cômoda havia um calendário rabiscado, informado o dia e o mês. 31 de julho. Era aniversario de Harry.
Ao lado, estava a gaiola de Edwiges. Suja, sem comida, sem água e quase “sem” coruja nenhuma. Edwiges estava demasiada cansada, sem animo. Não comia há três dias, e estava com a garganta seca.
Seus pios fracos e roucos eram irritantes.
- É eu sei Edwiges – falou Harry – Está com fome e com sede, mas... Não posso usar magia fora da escola... Embora, a escola esteja fechada, devido ao ocorrido no ano anterior e tal... Mas mesmo que o ministério... Há esquece, e além do mais... Hei, espere aí – Harry levantara-se da cama, em direção à cômoda, onde olhava fixamente para o calendário. Harry nem acreditava que estava fazendo dezessete anos – Oba... Parabéns pra mim... Nem acredito.
Edwiges ainda piava, irritantemente.
- Ah desculpe Edwiges – Harry retirara a varinha do cós da jeans, fez um aceno breve e... – “Alohomora”
No mesmo instante as correntes presas à gaiola se soltaram levemente, e caíram no chão com um baque ensurdecedor.
Edwiges estava livre. Abrira suas belas asas e voara a um bebedouro público na praça.
Ia ser um longo dia.
Harry cantava alegremente, e ainda estava pasmo com a idéia de ter dezessete anos.
- Parabéns para mim... Parabéns para mim... Parabéns Para mim – cantava Harry alegremente. Nunca se sentira tão feliz assim.
Parabéns p... – Harry caiu em si. Parara de cantar, agora, que acordara para a realidade. Seu estomago roncava profundamente. O garoto saiu de seu quarto e juntou-se com os Dursley para almoçar, embora não tivesse sido convidado.
- Qual o motivo de tamanha felicidade Potter? – dissera tio Valter.
Harry aquietou-se.
- Vamos... Diga logo!
- Hoje é aniversario do Harry papai – falou Duda, sentado sobre o corrimão da escada – O que significa que...
- Que estou completando dezessete anos – completou Harry à mesa.
- E o que isso tem de mais? – questionara tio Valter.
- Papai... – continuara Duda – De acordo com “aquele” mundo que “voce-sabe-qual...” Harry já é maior de idade, e tem permissão pra usar voce-sabe-o-quê fora daquela escola “voce-sabe-qual”.
- É isso mesmo – confirmara Harry – tenho permissão pra usar magia fora da escola, e se vocês andarem na “linha”...
- Como tem coragem de fazer isso? Cuidamos de você com o maior carinho, desde que era bebê - disse tia Petúnia, com o pano de louça na mão – Está nos chantageando... É isso Potter.
- Considerem como quiser.
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