Against Eachother
Against Eachother
I'm sorry… It was not supposed to happen. Are we fighting against eachother? Are we trying to hurt eachother? I can't find the purpose of this situation. Couldn't you tell me? I'm asking for help 'cause we are stuck here, and we cannot move… Why is your hand just going away?
Lucy, contendo bravamente as lágrimas, encarava os dois, em estado de choque. Samantha, no meio das escadas, tentava se desvencilhar de um Sirius estupefato. Tiago era apenas fúria, de cima a baixo, de cabo a rabo, de fio a pavio, indo e voltando duas vezes. Frank e Alice simplesmente não sabiam o que fazer, enquanto a menina segurava Lucy, porque ela parecia propensa a cair, e o rapaz continha Tiago a muito custo. Lupin deu um passo à frente, ainda segurando Lil, e abriu a boca para falar, mas Lucy foi mais rápida:
— E eu... pensei em confiar em você. – Ela não parecia triste, apenas sentida, enquanto as lágrimas fluíam, indiferentes. – Pensei que você fosse diferente, Remo, mais fiel. E pensei que você, Lily – a ruiva ergueu a cabeça, os olhos desembaçados, mais firme –, fosse uma amiga minha. Esse é o problema de ser boazinha.
Ela virou o rosto, correndo escada acima e batendo a porta do dormitório feminino com força. Alice seguiu-a, temendo que ela fizesse alguma besteira. Lupin nem teve tempo de revidar o olhar gelado que a garota lhe lançou. Samantha, desvencilhando-se de Sirius, foi até Lily, perguntando, em um murmúrio, para Remo:
— O que houve? Você nunca a beijaria... Você ama Lucy com todas as suas forças, Remo.
— Lily passou mal – respondeu ele no mesmo tom de voz. – Fiquei com medo que ela se asfixiasse, e...
— Samantha! – exclamou Sirius, exaltado. – Saia de perto desse traíra! Ele acabará tirando você de mim, também!
Samantha virou-se para Sirius com um ódio tão profundo gravado nos olhos que o Maroto se encolheu, mas logo recuperou a postura antiga. Ela ergueu a cabeça, impetuosa, e replicou:
— O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta, Sirius! Eu não sou sua propriedade; não aja como se eu fosse! Eu posso fazer o que eu quiser, até mesmo beijar Lupin, se ele não se opuser! Então, com licença, mas eu estou junto aos meus amigos, que precisam de mim!
— Então vê se me erra, Samantha! – retrucou ele, raivoso.
— Com muito prazer! – Ela voltou-se para Lilian e baixou a voz até um sussurro. – Tudo bem, Lily, isso vai passar...
Tiago, bufando de raiva, sentiu-se ser puxado por Sirius e foi, sem resistência, para o dormitório masculino. Lupin o traíra, e ele não conseguia admitir isso. Atirou-se na cama e ouviu o amigo trancando a porta.
— Ele dorme do lado de fora – disse Sirius. – Pombas, como o Aluado pôde fazer isso?
— Comigo e contigo – completou Tiago. – Almofadinhas, ele tá burro ou o quê?
— Sei não, Pontas... E justo a Lilian? Qual é, pensei que ele gostasse da Lucy!
— Eu também – comentou o Maroto, carrancudo. – Ei, e o Frank?
— Deixa ele lá – respondeu o outro, enfiando o pijama com raiva. – Até parece que você não conhece a figura; vai defender Lupin até a morte.
— Então ele que durma junto com o namoradinho dele – replicou Tiago, sarcástico. – Boa noite.
Sirius murmurou um som afirmativo e uma resposta ininteligível, deitando depois. E sabia que não conseguiria dormir.
*-*- No Dormitório Feminino -*-*
Alice consolava Lucy com todos os argumentos que tinha. A morena se debulhava em lágrimas, quase se afogando, e gemia de ódio e dor. Liz murmurou, compadecida:
— Lucy, se acalme... Vai ficar tudo bem...
— Não vai ficar tudo bem! – exclamou ela, histérica. – Meu namorado e a minha melhor amiga, Alice! Você acha realmente que, algum dia, vai ficar tudo bem?! Eu odeio os dois, eu os odeio, Liz, odeio com todas as minhas forças!
— Enquanto você os odiar, nunca superará, Lu – replicou a outra, gentil.
— Eu não quero vê-los nunca mais! Nunca mais, Alice, nunca!
E ela caiu novamente num choro compulsivo, sem poder parar de soluçar, até que adormeceu. Alice, por mais que não quisesse, também se chocara e estava magoada com Lupin e Lilian. O que, afinal, passara pela cabeça daqueles dois?
Nem no seu dia mais perturbado, Lily teria feito isso. Será culpa do Remo?
Mas, sabendo que nada podia fazer, a não ser ficar ao lado de Lucy, a garota deixou-se cair na cama e adormecer.
*-*- Na Sala Comunal -*-*
— Eles trancaram a porta – murmurou Frank, deprimido. – Acho que teremos que dormir por aqui.
Os quatro estavam reunidos em volta da lareira, meio cabisbaixos. Lupin era, de longe, o mais triste, e Lilian, a mais abalada. Não queria ter ferido Lucy, nem Alice, ou Sirius. Tiago não importava tanto assim, mas também doía. Ainda sentia-se um tanto tonta, mas não muito. Frank partiu uma barra de chocolate em pedaços e deu um a Lilian.
— Você não comeu nada no almoço, que eu vi – disse o rapaz. Lilian mordiscou o doce, abatida. – Remo, Sam, peguem, também.
Eles comeram o chocolate e se animaram um pouquinho. Lupin se ergueu, ajudando Lily e Samantha a fazerem o mesmo, e comentou:
— Ali, atrás da estátua... – Ele apontou uma tapeçaria um tanto puída e muito velha. – Ali há uma câmara grande, com alguns estofados, e tudo... Podemos dormir lá, conjurar as roupas, e tudo. Meninas, vocês vão subir?
— Vamos dormir com vocês – respondeu Samantha, firme, mas cansada. – Não quero ter que encarar Lucy e Liz e dizer que eu sou culpada de tudo isso.
— Mas você não é – replicou Lilian. Sam fez um gesto de pouco caso com a mão. – De qualquer forma, podemos ficar, meninos?
— Claro – responderam os dois em uníssono.
Lupin virou-se para a tapeçaria e tocou-a com a ponta da varinha, murmurando palavras estranhas e sem sentido em seguida. A tapeçaria se enrolou, revelando uma parede sólida de pedra, que ele atravessou, seguido pelos outros três. A câmara era realmente grande, de pedra, alta e um tanto gelada. Uma lareira jazia apagada, e Frank a acendeu. Lilian e Sam transfiguraram os estofados em camas e Lupin conjurou um despertador. Depois, com um boa noite cansado da parte de cada um, eles adormeceram. Ou quase todos. Lupin manteve-se acordado, e Lilian também. Era ruim demais para ser real.
Acordaram na manhã seguinte, os olhos marcados por olheiras, roídos de cansaço e pesadelos desconexos. Frank mal mantinha-se de pé, e Samantha não queria se levantar. Lilian e Lupin, sem muitos floreios, disseram que, se os outros quisessem, podiam permanecer ali; os dois pediriam a um elfo que subisse com alguma comida. Frank recusou, terminantemente, mas Sam não fez objeção. Os três saíram, deixando a tapeçaria baixada, mas a parede desencantada. Toparam com Lucy e Tiago no meio do caminho. O rapaz consolava a garota, que se entregava ao abraço, fragilizada demais para repelir o colega. Lupin passou reto; era demais para ele, demais, mesmo... Lilian, percebendo, abraçou o Maroto, dizendo, compadecida:
— Nada de mais, Remo – Ele suspirava fundo –, nada de mais... Lucy vai superar, vai te ouvir.
— Eu não quero, Lilian... – Ele tocou a face da ruiva. – Se ela não pôde acreditar em mim, nem ao menos me ouvir, é porque ela não confiava o suficiente. Eu ia contar, mas...
— Ela não está preparada, não, mesmo. Melhor esperar que ela digira a idéia de falar com você novamente, e, depois, você pode tentar contar a ela.
— Não, Lilian – Ele parecia decidido. – Não posso, Lil, não posso... Queria ser sortudo como o Pontas e poder dizer que você me ama... Você é tão compreensiva, e acredita em mim...
— Eu não gosto do Tiago! – exclamou a ruiva, revoltada. – Frank, vamos lá, temos que pedir a um elfo...
— Eu vou – disse o rapaz. – Fique aí. – Ele baixou a voz. – Remo precisa de você.
Lilian concordou com a cabeça, saindo do meio do corredor e indo para perto da parede, ainda nos braços de Remo. Ele agia um tanto estranho, mas Lily não estava em posição de recusar um contato amigável, mesmo que fosse um tanto...
— Evans! – exclamou Sirius, saindo pelo buraco do retrato. – Onde está Sam...
Nem que quisesse ele poderia ter continuado a frase. A cena mais estranha de sua vida desdobrava-se a sua frente. Lucy nos braços de Tiago, Lilian nos braços de Remo... Tudo trocado!, pensou ele. Ai, meu Merlin!
— Lilian! – gritou ele. – Tiago!
Os dois subitamente perceberam a cena e se separaram de Remo e Lucy. Lilian estava com os olhos faiscando de raiva. Por algum motivo, ela estava simplesmente morrendo de ódio de Sirius.
— O que foi, Black? – perguntou ela, sibilante.
— Cadê Samantha? – replicou ele, indo para junto de Lucy e Tiago.
— Se ela quisesse te ver, já teria visto – retrucou Remo, um tanto rude. – Lily, vamos, logo estará no horário de aula e ainda não tomamos café da manhã.
— Vamos... – Ela apoiou a cabeça no peito do Maroto e saiu com ele, caminhando com o braço dele passado por seus ombros.
Eles desapareceram numa curva do corredor, e Sirius voltou-se para Lucy e Tiago. A menina parecia mais abalada ainda, e Tiago não conseguia articular muita coisa.
— Pontas, o que Remo falou vale para a gente também – disse Sirius.
— Nada que venha dele vale para a gente também! – exclamou Lucy, tremendo, entre os soluços. – Eu não vou pra aula!
Dito isso, a garota enfiou-se num canto da parede e não quis se mover. Sirius olhou, suplicante, para Tiago. O Maroto negou com a cabeça, num sinal de que aceitava a decisão da morena. Completamente desnorteado, Sirius desceu as escadas rumo ao Salão Principal. Estava tudo trocado.
*-*- Salão Principal -*-*
— Vamos, Lily, coma alguma coisa – tentou persuadi-la Frank. – Não vai suportar as aulas de estômago vazio.
— Eu não consigo – murmurou a ruiva.
A balbúrdia do Salão enchia seus ouvidos, e ela mexia apaticamente na comida, bebericando o suco de abóbora. Lupin sequer se movia, os olhos fixos no prato e o braço rijo ao lado do corpo. Lilian sentia-se enjoada, a cabeça latejava, tentando acabar com a paz que ainda existia dentro dela.
— Lil, coma – pediu Lupin. – Você vai acabar desmaiando.
— Não vai fazer diferença – replicou ela. – Ninguém vai se importar, mesmo... Ninguém gosta realmente de mim, querido.
— E eu, Lilian? – perguntou Frank, erguendo-se. – Não sou ninguém?
— Frank? – hesitou uma voz atrás do rapaz. Ele sentou-se e revelou a face de Alice. – O que está havendo?
— Nada, Alice – apressou-se a dizer ele. – Apenas...
— Lily – chamou a garota, os olhos brilhantes de lágrimas. – Algo a dizer?
Lilian suspirou, cansada, derrotada.
— Liz...
— Alice, Evans, Alice – interrompeu a outra. – Remo não é o suficiente para você? Vai querer Tiago também, e Sirius, além de Frank?
— Alice, não é nada disso – replicou a ruiva, entendendo. – Liz, por favor...
— Hills, Evans – retrucou a outra, como quem encerra a conversa. – Eu e você não temos nada a conversar, Evans. Você não entende como é ter alguém que te ama ao seu lado, simplesmente porque você não quer dar uma chance a quem você ama. Talvez por isso goste de estragar a felicidade dos outros. Frank, se você quiser falar comigo, depois da aula... tudo bem. Licença.
Ela se retirou, magoada, colidindo com Sirius no caminho. Lilian enterrou as unhas nas palmas das mãos, chorando de remorso. Se ela morresse, tudo voltaria ao normal? Lupin a abraçou, erguendo-se e a ela também. Iria até a enfermaria, tentar pegar algum calmante para a menina. A ruiva caminhou alguns poucos passos e, sem poder se segurar, desfaleceu.
*-*- Sala Comunal da Grifinória -*-*
Tiago e Lucy estavam jogando uma partida de xadrez de bruxo. Ela era muito melhor do que ele naquilo, e estava ganhando por oito peças, sendo uma delas a rainha. O Maroto moveu errado três peças consecutivas e pôde ouvir o grito de vitória da colega. Enquanto jogava, Lucy esquecia de tudo.
— Onde aprendeu a jogar? – perguntou Tiago.
— Aprendi xadrez normal com meus pais – respondeu ela, sorrindo, as lágrimas ressequidas em fio na face. – Quer mais uma?
— Ahn... Não – respondeu Tiago. – Meio cansado, sabe... Minha cabeça tá girando.
— O.k. – sorriu ela. – Então podemos passear pelos jardins e respirar um pouco de ar...
Lucy calou-se e ergueu-se abruptamente. Alice entrou na Sala Comunal com o rosto inchado e vermelho, afogueada e cansada. Tiago ajudou-a a sentar-se e perguntou o que havia acontecido.
— Lilian... – murmurou ela, chorosa. – Ela estava com Lupin e Frank... Oh, Lucy, o que eu fiz contra ela?
— Lily... Com o Aluado e o Certinho? A minha ruivinha, com aqueles dois? – Tiago parecia incrédulo e revoltado.
— Tiago, calma... – pediu Lucy, apaziguadora.
— Esquece, Lucy! Quero saber o que está havendo aqui!
Tiago irrompeu pelo quadro, pisando duro, saindo da Sala Comunal. Tropeçou em um gato que mais parecia um tigre-branco miniaturizado, que saiu da Sala com ele, sem se importar, e seguiu para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, onde ele esperava encontrar Lilian e tirar a história a limpo.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-Tiago/Lily - Samantha/Sirius - Lucy/Remo - Alice/Frank-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Traduzindo o título e o subtítulo do capítulo:"Uns Contra os Outros"
"Desculpe-me... Isso não deveria acontecer. Nós estamos lutando uns contra os outros? Nós estamos tentando ferir uns aos outros? Eu não consigo encontrar o propósito desse situação. Você não pode me dizer? Eu estou pedindo por ajuda porque nós estamos parados aqui, e nós não conseguimos nos mover... Por que sua mão está só indo embora?"
Então... Aqui, mais um capítulo, graças aos últimos comentários ^ ^ Mas os próximos vão demorar se não começar a vir comentário novo!!!
^ ^ Kisses ^ ^
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