Nothing Strong Enough
Nothing Strong Enough
I’ve tried to forget, I’ve tried to forgive… I’m sorry but there’s nothing strong enough in your words and nothing good enough in your actions… And I’m sorry but I must be stronger than you if I want to keep my heart unbroken.
Lilian se esgueirou pela porta da sala de Transformações contando com a possibilidade quase inexistente de a professora McGonnagall não a notar. Sammy nunca saía da sala, ainda mais com aquela cara de quem havia recebido um tapa.
— Sam, o que foi? – perguntou a ruiva, amparando a menina, que parecia meio enjoada
— Sirius disse que vão me deter... – A garota abraçou a ruiva. – Ah, Lily, eu não posso pegar mais uma detenção... Eu não tenho mais noite vaga para perder com detenção. E tem os treinos de Quadribol, também... Lil, o que eu faço?
— É por causa do fio da camisola da Missy? – perguntou a amiga.
— É – respondeu Samantha. – Por quê?
— Eu assumo – disse Lilian. Samantha sentiu o queixo cair. Fechou a boca e engoliu em seco.
— Mas, Lil, você pode perder seu cargo de monitora-chefe... – objetou a outra. – Isso vai ser um rombo enorme na sua ficha e...
— Samantha, você fez isso pra me proteger – disse a ruiva, como quem encerra um assunto. – Eu me responsabilizo, tá? É coisa minha.
A morena abraçou Lily com uma força muito maior do que o habitual. A ruiva tranquilizou-a e, assim que puderam, voltaram à sala.
*-*- No Fundo da Sala, Canto Esquerdo (Marotos) -*-*
Tiago tinha se recuperado do choque de receber a detenção, mas não suportava a idéia de ver Samantha recebendo uma também. Lupin, no entanto, se mostrava irredutível.
— Não adianta, Tiago, você não estava lá para afirmar que não foi Samantha, e eu vi o fio na mão dela – repetiu Remo pela centésima vez. – Um fio não ia se soltar sozinho e ir parar na mão da namorada do Sirius por engano.
— Ouvi meu santo nome em vão? – perguntou Sirius, esticando o pescoço e entrando de penetra na conversa.
— Eu estava tentando convencer o Aluado de que não foi a sua namorada que despiu Melissa – explicou Tiago.
— Ei, Sam e eu estamos em p.e., ainda, não apressem as coisas! – exclamou Sirius.
— P.e.? – repetiu Lupin, confuso. – Que diabos é p.e., Almofadinhas?
— Período de experiência – disseram Tiago e Sirius juntos. Sirius prosseguiu. – Acho que os trouxas chamam de... “ficada longa”.
— Voltando ao assunto – retomou Tiago. – Aluado, libera a Sam!
— Vixe, Pontas, e tem como? – replicou Sirius. – Sammy...
O sinal tocou e os três se ergueram para sair. Lilian foi até os três, afobada, e pediu para falar a sós com Remo. Tiago deu de ombros e saiu, mas Sirius fitou a menina por tempo suficiente para receber uma piscadela.
— Diga, Lily – pediu o monitor, jogando a mochila nas costas e segurando os livros da garota.
— Sobre Missy... – murmurou ela.
— O que tem Melissa? – perguntou Lupin.
— Remo... – Lilian ficava com a voz cada vez mais baixa. – Remo, sabe...
A professora McGonnagall chamou a ruiva, e, pedindo a Lupin para falar com ele no final do dia, ela se retirou para o escritório de Minerva.
*-*- No Escritório da Prof. McGonnagall -*-*
Lilian entrou no aposento com medo. A mesa de madeira escura e as cortinas vermelhas a deixavam apreensiva. A professora sentou-se, os óculos quadrados dando-lhe uma austeridade temível. Ela sinalizou e Lily sentou-se.
— Senhorita Evans – disse McGonnagall, cruzando os braços. – A senhorita se ausentou da aula sem permissão do professor. Sabe que isso configura um delito de comportamento, não sabe?
— Mas não passível de detenção, professora – replicou Lily. – Nem a mim, nem a Samantha.
— Falando na senhorita Holmes... – tornou a professora. – Quero que descubra se foi ela quem despiu a senhorita Henley.
— Não, senhora – disse a ruiva, baixando a cabeça. – Fui eu, professora. Creio que me excedi, e estou disposta a pagar pelas conseqüências de meus atos.
— A senhorita, senhorita Evans? – Minerva parecia incrédula, e suspirou. – Ah, Lilian...
— Melissa não sabe, ela pensa que foi Sam... Mas não foi... Sinto muito, professora. Creio que... vou perder o distintivo, certo?
A professora pensou a respeito por longos minutos, enquanto Lilian torcia as mãos de nervoso, e, por fim, disse:
— Não, Lilian. – A ruiva ficou aliviada. – Preciso de você como monitora, e pode crer que já estávamos observando a conduta de Melissa Henley... A mãe dela pediu que a corrigíssemos se pudéssemos. Uma detenção fará bem a ela. Mas não posso...
— Poupar-me de uma detenção pesada, eu sei, senhora – completou Lily. – Posso ir? Remo pode me avisar sobre a detenção.
— Falarei com Lupin amanhã, senhorita. Agora vá, ou se atrasará para a próxima aula.
Lilian agradeceu à professora e saiu do escritório, correndo para a aula de Poções.
*-*- Aula de Poções, Terceiro Tempo -*-*
Sirius havia terminado a poção de conversão que Slguhorn lhe pedira, e Samantha também. Tiago apenas esperava a sua marinar por tempo suficiente para ele engarrafá-la e entregá-la ao professor. Lucy já havia saído. Quando o maroto se ergueu para entregar a poção, Lilian irrompeu pela porta, atrasada, arrancando um leve som de escarro de nojo do professor. Tiago pousou a poção e manteve-se sentado, dizendo a Sirius que iria depois. O amigo deu de ombros e saiu com Sammy.
— Quer uma ajuda, Lily? – perguntou Tiago, prestativo.
— Ei, Remo, qual é a poção? – perguntou a ruiva, sem dar atenção ao outro rapaz. Fulo da vida, Tiago tacou os livros na mochila e limpou o caldeirão, deixando o frasco na mesa do professor e saindo, raivoso.
*-*- Dormitório Masculino, Muitas Horas Depois -*-*
Samantha e Sirius estavam trancados ali havia pouco tempo. As aulas do dia já haviam terminado e Sam parecia desconsolada com – pensava Sirius – a perspectiva iminente da detenção.
— Sammy, por favor, pare de chorar – pediu o Maroto, pela vigésima vez. – Por favor, Sam, meu amor, você está me assustando...
— Sirius, eu não... – A voz da garota estrangulou em sua garganta e ela se comprimiu ainda mais contra o peito do rapaz.
— Samantha, eu quero cuidar de você, mas eu não posso fazer nada se você não quiser ajuda! – exclamou ele, exasperado. – Eu sou perfeito, mas não sou adivinho.
— Um homem perfeito também deveria ser adivinho – disse ela, erguendo a cabeça, enxugando as lágrimas e sorrindo.
Sirius enlaçou a menina, suspirando, aliviado. Samantha realmente sabia assustá-lo quando queria. Ele se ergueu e disse à menina que iria atrás de Lupin, mas a garota o impediu com um beijo. Não podendo resistir, ele se deixou levar, esquecendo a detenção enquanto sua boca era comprimida pelos lábios macios de Sam.
*-*- Sala Comunal da Grifinória -*-*
Lilian correu, apressada, certa de que, se não corresse, acabaria por não encontrar Lupin e ele, fatidicamente, deteria Samantha. Adentrou a Sala Comunal ofegante, se amparando na parede, tonta. Remo, Tiago, Alice, Frank e Lucy estavam sentados perto da lareira, conversando animadamente. Samantha e Sirius desciam as escadas, completamente absortos um com o outro. Lily foi até o monitor, tocando-o no ombro e pedindo para falar com ele. Em particular.
— Diga, Lil – pediu ele, cansado.
— Remo, hoje, na aula de Transfiguração... – Ela estava tonta, afogueada, e mal se mantinha de pé. –Remo, eu tinha que te falar...
Lilian não conseguia respirar direito, então, temendo que a garota desmaiasse, ele a enlaçou apertado, afastando os cabelos de seu rosto.
— Lily, o que houve? – perguntou ele, preocupado.
— Dói... – Ela gemeu. – Eu não... consigo... respirar...
Sabendo que Lilian fizera natação durante metade de sua vida e respondia bem àquele tipo de problema, Lupin encostou a garota na parede e soprou fortemente dentro de sua boca, os lábios colados aos dela. Ela abriu os olhos, apoiando-se no rapaz, agradecendo em um fio de voz.
— Eu... puxei... fio... – E depois ela se calou, respirando suavemente, quase desacordada nos braços do amigo.
Remo, entendendo o que ela tencionava, admirou-se. Sabia que não fora Lily e, no entanto, ela assumia a culpa sem hesitar. Virou-se para os outros, ainda segurando o corpo quase inerte da ruiva.
Desejou não tê-lo feito logo depois.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-Tiago/Lily - Samantha/Sirius - Lucy/Remo - Alice/Frank-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Traduzindo o título e o subtítulo do capítulo:"Nada Forte o Bastante"
"Eu tentei esquecer, eu tentei perdoar... Desculpe-me, mas não há nada forte o bastante em suas palavras e nada bom o bastante em suas ações... E desculpe-me, mas eu devo ser mais forte que você se eu quero manter meu coração inteiro."
Aqui está o cap. 3... Thank you pelos comentários, eu juro que respondo assim que eu puder.
^ ^ Kisses ^ ^
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