We Just Are



We Just Are

I'm far away from you, I'm turning back, I'm losing my days. I don't care of your feelings 'cause you don't care about my. Don't worry about my heart, because I'm fixing it the way I can. And the help didn't come from you. Now, we can't pretend what we are not. I'm sorry about the reflection on your mirror. We just are.

Tiago entrou na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas pouco antes da chegada do professor. Percorreu com os olhos as primeiras carteiras do lugar, onde normalmente se sentavam Lilian e as meninas, mas nenhuma delas se encontrava ali. Remo também não estava no "fundão", o lugar dos Marotos, e o único lugar vago ficava estrategicamente entre Sirius e... Frank. Mesmo tendo Liz dito que ele também estava com Lily, a raiva que ela sentia de Remo ainda superava em mil partes a que ele sentia pelo outro. Com um suspiro, ele se encaminhou para o local vago e sentou-se, cumprimentando Frank com um frio "oi", e Sirius com um efusivo "Almofadete, meu cachorro preferido!". O professor entrou na sala logo depois e, feita a chamada, começou a aula. Tiago abriu o livro, colocando-o de pé à sua frente e virando-se para Sirius.

— Almofadinhas... Cadê a Lilian? – perguntou Tiago em um sussurro.

— Não sei, Pontas – respondeu Sirius.

— Mas, Almofadinhas, ela não estava no Salão Principal? – replicou o outro, fingindo prestar atenção na aula.

— Não sei, Pontas, eu não vi! – exclamou o Maroto, impaciente.

— Tiago... – começou Frank, se inclinando quase imperceptivelmente para o amigo.

— Não me amola, Longbottom! – falou Tiago.

— Senhor Potter, queira por favor fazer silêncio! – exclamou o professor, mal-humorado.

— Perdão, senhor – retrucou ele, de cabeça baixa.

O professor retomou a aula, enquanto Tiago tentava persuadir Sirius a contar onde estava Lilian.

— Almofadete! Eu sei que você sabe onde 'tá a ruivinha! Cara, você nunca me escondeu nada! Eu só quero saber onde ela 'tá, quero conversar com ela, saber o que está havendo... – disse Tiago com a voz baixa.

— Tiago, pela tricentésima vez só nessa aula, EU NÃO SEI ONDE ESTÁ SUA BENDITA RUIVINHA! – disse ele num sussurro mortalmente feroz.

— Tiago... – murmurou Frank novamente.

— Longbottom, CALE A BOCA! – exclamou Tiago, consideravelmente audível.

A sala ficou em silêncio, enquanto o professor virava-se.

— Senhor Potter, retire-se da minha sala. – disse o professor. – Agora! – completou ao ver que o Maroto abria a boca para contestar.

Sem ter escolhas, Tiago jogou o livro na mochila e saiu.

Excelente!, pensou ele, com raiva. Acabou-se! Que droga, o que o Almofadinhas tem na cabeça? Cocô de hipogrifo? Eu não vou matar a Lilian, caramba... Ele estacou, um espasmo de percepção passando por seu rosto. E se ela estiver com o Aluado?! Ah, Aluado, você me paga, seu projeto de lobo, você me paga!

*-*- Na Enfermaria -*-*

Lupin passou os olhos pelo local. Estava quase vazio, à exceção de um corvinal com uma torção no braço e uma menina do primeiro ano da Lufa-Lufa com furúnculos brotando por todo o rosto. Madame Pomfrey tratava dela, e a escondeu atrás de um biombo logo em seguida. O corvinal dormia a sono solto.

— E então, Lil, já está melhor? – perguntou Remo.

— Já estou bem. – respondeu a ruiva sorrindo.

— Uhm... Então eu vou pra aula; agora que perdemos Defesa Contra as Artes das Trevas, vou pra de Poções. Tenho que tentar falar com o Tiago, tentar explicar... Poxa, somos amigos desde o primeiro ano, eles sabem que eu sou... – mas ele parou bruscamente de falar. – Tchau, Lil! Se cuida!

— Remo, péra aí! – exclamou ela, mexendo apressada no bolso da capa. – Toma. – Ela entregou um pingente com um pequeno unicórnio para o rapaz. – É da Lucy... tá comigo há algum tempo, ela me pediu pra guardar enquanto ela treinava... Devolve, por favor, pra ela...

— Lily, ela nem quer me ver... – murmurou o Maroto.

— Então pede pra Liz – respondeu Lilian. – A Lucy ama esse pingente.

— Tá – disse ele, por fim. – Tentarei.

O rapaz deixou a enfermaria olhando para o pingente em sua mão. Estava tão absorto pensando em tudo que acontecera naqueles dois dias que nem percebeu que estava andando de encontro à outra pessoa, que também estava totalmente distraído.

— Não olha por onde anda, não?! – perguntou Tiago massageando a cabeça, ainda sem saber com quem tinha trombado.

— Des... Tiago! Tenho que falar contigo. – disse Remo, ao ver que era Tiago a pessoa.

— É Potter, Lupin. É algo importante ou urgente? – perguntou se levantando.

— Importante e urgente – disse o maroto. – É sobre ontem, sobre a Lilian......

— Não precisa me dizer que vocês estavam se amassando por aí, Lupin; isso eu já sei! – exclamou ele, furioso, jogando a mochila no outro ombro.

— Pontas, é sério, eu preciso falar com você, dá pra me escutar? – Lupin estava se exasperando.

— Graças a Merlin, EU NÃO TENHO NADA PRA FALAR COM VOCÊ! – vociferou ele, tirando Lupin de sua frente com um empurrão que quase derrubou o monitor.

— TIAGO! EI, TIAGO! – gritou Lupin.

— Qual é, Lupin? Já não te disse que eu não tenho nada pra falar com você? Olha, fica com a Evans, eu tenho todas as garotas desse colégio aos meus pés! Você e ela se merecem! – falou Tiago.

— Faz um favor, então? – pediu Lupin.

— Diga e eu penso se o faço ou não... – respondeu o moreno.

— Entrega esse pingente pra Lucy. A Lilian me pediu pra entregar pra ela, mas ela não quer me ver nem pintado de ouro, então... Entrega pra ela pela Lily? – perguntou Remo segurando o pingente.

— Ah, sim, claro! Agora, além de tudo, vou dar uma de coruja! Pombas, por que você tem que me meter nos SEUS problemas, Lupin?

— É pela Lucy, Ti... Potter! – Ele estendeu a mão, oferecendo o pingente ao Maroto.

— Não, você disse que era pela Lily – sibilou Tiago.

— A Lucy ama esse pingente...

— Me dá isso aqui, então! – Ele tirou o pingente da mão do monitor e guardou-o no bolso das vestes. – Faço isso porque eu realmente GOSTO da Lucy, Lupin, não por você ou pela... – Tiago ia falar um palavrão, mas respirou fundo e deixou passar. – Evans.

— Eu vou pra aula de Poções. Passar bem, Potter. – Remo fez o favor de falar Potter com um tom irônico na voz.

Tiago rumou à Sala Comunal, na esperança de entregar logo o pingente para Lucy. Encontrou a garota indo pra aula de Poções, correndo, pois já estava atrasada.

— Hey, Tiago! Falou com a Evans? – perguntou ela.

— Não, ela nem estava na aula... Encontrei o Lupin agora há pouco e ele me disse pra te entregar esse pingente. – Ele estendeu o pingente. – Parece que estava com a Li... Evans.

— Ah... – Ela pareceu se abalar um pouco, e Tiago viu lágrimas se formarem nos olhos da menina. Ela piscou e murmurou: – Obrigada, Tiago...

— Lucy, o que houve? – perguntou ele, preocupado. – Você não 'tá bem? Eu posso dizer pro professor, não tem problema, ele vai entender...

— Não... Não, não é nada, Tiago... – Ele a olhou duramente e ela fraquejou, atirando-se nos braços dele. Durou apenas alguns segundos, e logo ela se recompunha, sorrindo, puxando-o para a aula. Eles caminharam pra aula e perceberam que seria em dupla: Remo estava com Frank; Sirius, com Natália, uma corvinal, então resolveram fazer a aula juntos.

— Eu ia falar pra ele que ela 'tá na enfermaria... – falou Frank.

— Ficou doido? Pirou? Se ele me visse lá eu teria dois segundos antes de ver um raio verde na minha direção! – disse Lupin.

— Eu tenho dó dele, da Lucy também, mas eles não querem nos ouvir... Talvez amanhã todos estejam de cabeça mais fria e nós tentaremos explicar de uma vez por todas. A Liz nem me olha na cara, e quando olha parece que eu fico congelado pela frieza do olhar dela... – Frank estava realmente abatido.

— Calma, cara! – disse Remo dando umas palmadinhas nas costas do amigo.

— Hoje vocês vão me preparar uma poção um tanto complicada... – começou Slughorn, o professor.

— Ai, por que eu vim pra esta aula? – murmurou Tiago.

— Porque eu te arrastei pra cá – disse Lucy, sorrindo. – Ah, Tiago, nem se preocupe, o Slughorn fala muito, mas tá na cara que a poção é simplezinha...

— Pra você, com certeza – resmungou o Maroto, mal-humorado. – Você é a melhor preparadora de poções que eu já vi, e ainda é a queridinha do professor – disse ele, azedo.

— Ah, nem comece! Você vai fazer isso, e vai fazer certo!

Afastado dos dois, Lupin sentia o coração ser esmagado pouco a pouco. Tiago fazendo Lucy sorrir daquele jeito, como se ela estivesse...

— Apaixonada por ele – disse Frank, como que lendo os pensamentos do amigo.

— Ah, Frank, você sabe como é ruim saber que ele faz ela sorrir e eu não posso fazer nada! E tudo por um maldito mal entendido! – resmungou Remo.

A porta da sala se abriu e por ela Liz entrou.

— Licença, professor Slughorn, eu e a Professora McGonagall estavamos conversando, por isso me atrasei – E vê que não tinha ninguém sozinho pra fazer dupla com ela. – Posso me sentar junto com o Tiago e a Lucy? – pediu ela.

— Claro, claro, minha querida! Eles te explicam a poção de hoje! – respondeu o professor.

Liz andou até onde estavam os amigos e se sentou ao lado de Tiago.

— E aí? Qual é a poção? – perguntou ela.

— Pergunta pra Lu... Ela que é a Mestra das poções! – disse Tiago, fazendo as garotas rirem.

— Então, Lucy? – perguntou Alice, sorrindo.

— Poção de Desilusão – respondeu Lucy, debruçando-se sobre Tiago e pegando umas folhas de mandrágora no estojo de preparação de poções do rapaz. Lupin, na outra mesa, baixou a cabeça e começou a cortar com violência as ervas que Frank ia lhe dizendo.

— Ah, essa é fácil! – exclamou a outra garota. – Tiago, posso pegar as folhas também?

— Ei, isso é ingrediente básico de todos os kits de poções! – exclamou ele. – Cadê as de vocês?

— Usamos para... – E as duas desataram a rir.

— Senhoritas Hills e Forensci, silêncio é essencial para completarem a poção! – brigou o professor.

— Me desculpe Senhor, não irá mais acontecer – disse Liz.

— É bom que não aconteça mais mesmo! – falou Slughorn.

— Eita! Tem gente que tem que me explicar pra que usaram as folhas! – brincou Tiago.

— A gente vai te contar... Mas não agora – falou Lucy.

— É bom mesmo, porque, afinal, o Maroto aqui sou eu! – disse Tiago, fazendo as duas rirem.

— Ah, Tiago, nunca alguém vai te superar! – disse Liz o abraçando.

— Você é o melhor amigo que alguém pode ter! – falou Lucy, o abraçando também.

— E vocês são as melhores garotas do mundo. – Ele sorriu e deu um beijo na bochecha de cada uma.

A reação foi bastante instantânea. Lupin, que tinha se abaixado para pegar um pedaço de pele de ararambóia, bateu com a cabeça na carteira, quase derrubando o caldeirão. Frank, meio pasmo, meteu a mão no caldeirão para evitar que ele caísse, queimando-se feio. Sirius, que erguera os olhos, se engasgou, tossindo consecutivamente durante um minuto e meio, até que Natália o desengasgou. Tiago, no entanto, sem parecer perceber, afagava os cabelos das meninas e brincava com eles, enquanto as duas preparavam a poção, quando recebeu um bilhete, de Sirius, provavelmente.

"[S] Ficou doido, foi? O Frank se queimou e o Lupin bateu a cabeça! E eu quase morri engasgado! Qual é! Sei que quer se vingar, mas as garotas também; você não pode estar com elas!

[T] Hey, Almofadete! Olha só: eu, Liz e Lucy somos amigos, se eles entendem errado problema é deles. E se você morresse afogado, eu teria que aturar o Pedro sozinho, então, no mínimo, eu ia te salvar. A Liz disse que nós não passamos de bons amigos, e não aqueles que são só para as boas horas! Deixa eu preparar minha poção!"

— Eu juro que, se ele está fazendo isso pra me provocar, ele não sai impune dessa! – murmurou Remo.

— Cara, eu também 'tô mal, a Liz também 'tá lá, mas eu acho que estamos exagerando, digo, eles sempre foram amigos, e não temos que nos preocupar tanto assim... Pelo menos por enquanto! – disse Frank.

— Não precisamos nos preocupar?! – sibilou Lupin. - Qual é, elas são nossas namoradas!

— Foram – replicou Frank. – Não esqueça do seu papel na Sala Comunal. – Ele olhou para as mãos queimadas. – Cara, isso vai começar a latejar... Tá pronta a poção?

— Ahm... Tá... – O monitor passou a mão pelos cabelos, que estavam caindo sobre o olho, e saiu com ela manchada de vermelho. Frank assoviou.

— Enfermaria, ou estou muito enganado? – perguntou Frank.

— E lá vamos nós fazer companhia a Lilian... – Ele suspirou e colocou a poção em um frasquinho. – E, por falar na Lil, cadê a Samantha?

Tiago estava observando as duas garotas terminarem as poções, quando olha para Lupin, que passa a mão pelos cabelos e sai com ela manchada de vermelho.

— Terminaram? – perguntou ele.

— Sim... – respondeu Lucy, sorrindo.

Eles colocaram em um frasquinho e entregaram para o professor.

— Cara, cadê a Samantha? – perguntou ele.

— Não vejo ela desde ontem – respondeu Liz.

Então Tiago se lembrou de duas cenas: Sammy com eles quando viraram animagos ilegais e o gato em que tropeçara mais cedo.

— Bom, eu vou à enfermaria; estou com um pouco de dor de cabeça – disse o Maroto.

— Nós vamos contigo! – falou Liz.

— É, Tiago, nós vamos com você e de lá vamos almoçar. – Lucy sorriu.

— Tudo bem, vão almoçando e eu já vou. A Madame Pomfrey dá um jeito rapidinho; não quero incomodar vocês! – disse ele, já que só iria pra saber o que houve com Remo. As garotas, no entanto, mostraram-se obstinadas, e ele cedeu.

Remo jogou os livros na mochila, saindo com Frank rumo à Enfermaria. Os dois passaram por Tiago, mas nem se preocuparam, saindo correndo e chegando lá em poucos instantes. Lilian, estirada na cama, parecia dormir. Lupin explicou a situação para Madame Pomfrey, e ela os aconselhou a ficar de repouso. Lily, ouvindo tudo, abriu os olhos verdes e fitou os amigos deitados ao seu lado.

— O que houve? – perguntou ela, reprimindo um grito logo em seguida, ao ver a bandagem suja de sangue que Remo tinha na cabeça.

— Não foi nada...

— Claro que foi! O que houve?

Lupin estava meio drogado por causa de uma poção anestesiante, e sentiu vagamente a mão quente da menina acariciando-lhe a face. Ele a puxou para junto de si, entre carente, raivoso e atordoado, e tocou com os seus os lábios dela. E Tiago, junto a Lucy, na porta da Enfermaria, viu.


*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-Tiago/Lily - Samantha/Sirius - Lucy/Remo - Alice/Frank-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Traduzindo o título e o subtítulo do capítulo:"Nós Apenas Somos"
"Eu estou muito longe de você, eu estou virando as costas, eu estou perdendo meus dias. Eu não me importo com seus sentimentos porque você não se importa com os meus. Não se preocupe com meu coração, porque eu o estou consertando da maneira que eu posso. E a ajuda não veio de você. Agora, nós não podemos fingir o que não somos. Desculpe-me pelo reflexo em seu espelho. Nós apenas somos."

Ah, sim, claro, claro, antes que eu me esqueça: Minha primuxinha querida trabalhou nesse e está trabalhando nos próximos capítulos comigo. Thank you, Luisa!!

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-Tiago/Lily - Samantha/Sirius - Lucy/Remo - Alice/Frank-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

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