Capturada
Ela não soube quanto tempo passara ali, não havia se levantando nem ao menos para almoçar, mas quando abriu os olhos e se deparou com o céu em um tom alaranjado, descobriu que dormira demais.
Porém ela ainda não queria se levantar. Sentia a grama entrando em sua blusa, o pensamento vagando mais uma vez para longe.
Estava mais uma vez adormecendo quando ouviu alguns passos. Pensou que era algum de seus irmãos, ou até mesmo sua mãe vindo lhe chamar. Desejou que fosse para lhe avisar que Harry estava de volta... Ainda estava de olhos fechados quando sentiu mãos fechando firmemente contra seus pulsos, alguém amarrando seus pés com uma corda.
Começou a se debater e tentou gritar, mas segundos antes taparam sua boca, e um cheiro forte e enjoativo entrou em suas narinas.
Parecia que tinha algum véu em sua cabeça, tornando os pensamentos mais lerdos. Tentou ver o que acontecia, mas tudo estava embaçado. Com muito esforço, um último pensamento antes de tudo apagar surgiu...
“Harry, você não vem me salvar?”
Já era noite.
Já era noite, e nenhuma notícia do retorno deles.
Começou a se preocupar, afinal, eles partiram há um intervalo de tempo considerável, e se algo tivesse acontecido no caminho... Voldemort não se importava nem um pouco com seus comensais, mas sim com a menina.
Ele sabia que essa preocupação exacerbada com a garotinha não era normal, e tentou se lembrar o motivo para senti-la.
O que ele sabia exatamente sobre ela, fora o que Malfoy o falara? Sim, fora ela quem encontrara seu diário, mas no que isso influenciava?
A não ser que...
Foi interrompido quando bateram na porta.
Se não fosse por um bom motivo, quem quer que fosse iria pagar por ter retirado o Lorde das Trevas de seus sombrios pensamentos.
Deixou que entrassem.
Parada no batente da porta, estava Bellatrix Lestrange, com um sorriso maldoso e satisfeito nos lábios.
Sem dúvida, há algum tempo, ela fora um belo exemplar de mulher. Seus cabelos negros ainda caiam até a cintura, mas deixaram de ser sedosos para adquirirem um tom extremamente brilhante, que passava uma idéia de sujeira.
Nos seus olhos azuis, a imagem da pura loucura estava impressa. Ela nunca fora normal, mas sem dúvida agora piorara.
Mas o que importava nela, além de ser uma fiel serva, era que seu corpo, extremamente belo, conservara-se extremamente igual a quando ela se uniu a ele.
Muito útil.
“Mi Lorde...”
A voz era rouca, mas ainda tentava ser sensual.
Ele estreitou os olhos, pronto para a próxima frase, mesmo ele já sabendo qual era.
“Conseguimos”
Tudo voltou extremamente rápido, como se ligassem um rádio no volume máximo em um local onde tudo era silencio.
Seu cérebro praticamente se dobrou, ao receber várias informações de seu corpo ao mesmo tempo.
Tudo doía. Uma dor de cabeça lancinante. Sentia que os pés e as mãos sangravam.
O chão era de uma pedra fria e não polida, o que machucava mais ainda.
Abriu os olhos, mas era como se ainda estivessem fechados. Uma onda de terror a dominou.
Ela tremia de frio, de medo e de cansaço. Se a situação não mudasse logo, ela não sabia o que poderia acontecer.
Seus ouvidos captaram passos. A lembrança de mais cedo, quando passos a pegaram veio em sua mente. Eram os mesmos, mas dessa vez estavam acompanhados de mais um, mais pesado e mais forte.
Uma fresta de luz iluminou o recinto, fazendo seus olhos latejarem até se acostumarem com a luz vinda dela.
Dois vultos estavam lá. Ela só conhecia um, já tendo lutado com ele.
Mas tinha uma idéia muito nítida acerca de quem era o outro.
Ela estava lá, sem dúvida.
Mas era difícil destinguir algo além de um grande vulto jogado na escuridão.
Vários odores se misturavam na masmorra. Ele captou o de mofo, próprio daquele lugar, Éter, líquido provavelmente utilizado para fazer com que ela desmaiasse, e um outro, que tinha um terrível toque de ferro.
-Vocês a machucaram.
Bellatrix teve um espasmo tão forte, que mesmo sem estar relativamente próximo a ela, ele pode sentir.
-Oh, Mi lorde, foi Pettigrew... Creio que ele exagerou nos nós.
A voz era recortada e arfante.
-Saia, Bella, antes que eu tome alguma atitude em relação a isto.
Ela se moveu rapidamente, passos ecoaram rápidos na escada.
Voldemort se aproximou da menina.
Naquele lugar onde para qualquer pessoa normal, não seria possível distinguir nada além de formas grotescas, para ele, acostumado há muito tempo a agir a noite e a viver longe da incomoda luz do sol, tudo era perfeitamente reconhecível, cada detalhe de sua vítima.
Ela parecia um anjo derrotado. A pele branca, o belo corpo jovial incrivelmente bem formado estirado no chão, as pernas retraídas, uma pose de proteção.O cabelo vermelho bagunçado, porém vivo e sedoso. Ela tremia. Sentiu aquela típica onda de prazer vinda apenas de ele saber que as pessoas o temiam, que sua simples presença causava desespero. Mas ela foi interrompida assim que seus olhos subiram pelo corpo e se encontraram com os olhos dela. A pouca luminosidade vinda da porta parecia ter sido desviada em sua integridade aos seus olhos verdes, fazendo com que eles brilhassem de uma maneira que ele nunca vira antes, duas jóias em meio a uma face delicada, porém suja. Não era terror que residia ali. E sim compaixão. Algo dentro dele reconhecia aquele olhar, como se ele já estivesse sido direcionado a ele. Percebeu que seus lábios róseos se moviam, muito discretamente, mas ele pode decifrar o que silenciosamente, ela dizia.
“Tom...”
- Errrr... Oi!!!
Tudo bem com vocês, caríssimos leitores??? O céu ta azul, né... He he... Ta, eu tenho que pedir desculpas pela demora... Mas pensem... Veio até com capa nova... E também, poxa, eu tenho mais duas fics, passei pela semana de provas bimestrais, estudo período semi-integral... Um desconto, né...?
Mas eu sei que demorou muito mesmo, e agradeço se mesmo assim tem alguém lendo isso...
O esforço valeu a pena? O capítulo está bom???Só os comments vão me dizer, sabia???
Há há. Eu sou folgada mesmo... Mas é sério, comentem, por favor, e obrigada pelos comentários que recebi!! To meio atrapalhada, mas vou me esforçar para respondê-los todos!
Bjos!!Até o próximo capítulo!^^
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