"Confusões e Deteções"



O mês passava rápido, e o campeonato de quadribol estava só começando.

O time de quadribol da grifinória estava se saindo muito bem nos jogos; e o primeiro confronto com seus eternos adversários Sonserinos estava aproximando-se cada vez mais. Porém o time da Grifinória não estava preocupado com esta partida, pois estavam treinando muito durante todas as semanas, e seus desenvolvimentos progrediam para muito melhor.

Por outro lado, o quarteto de amigos estava mais preocupado com o encontro que teriam com Firenze, pois até agora não tinham conseguido uma chance de irem à floresta proibida procurá-lo.

Apesar de tudo Harry e Gina estavam muito bem, entre eles mudara apenas a aproximação, que se tornara mais intensa e todos em Hogwarts já notavam o que se passava; só os dois é que não assumiam logo de uma vez que eram feitos um para o outro.

Eles passavam todo o tempo juntos, se divertiam, riam, conversavam, enfim... Mione como sempre, vivia pegando no pé dos dois dizendo que tinham de estudar para os NIEM`s, então eles sempre estudavam, juntos, até mais tarde no salão comunal, pois não havia outro horário nos dias que tinham treino.

- Gina, como é que se faz isso aqui mesmo? – Perguntou Harry muito confuso com todas aquelas explicações difíceis do seu livro de transfiguração.

- É bem simples... – E Gina começou a lhe explicar tudo o que estava escrito no livro só que de uma forma mais fácil.

- Por que eles não escrevem assim nos livros? Com você explicando fica tudo muito mais fácil! – Exclamou ele inconformado.

- Não é tão difícil assim Harry! – Exclamou Gina displicentemente.

- Não imagina; é suuuper fácil! – Harry disse em tom de deboche, completando com a voz um tanto mais séria. – Como você consegue saber tanto assim de transfiguração?

- Bom Harry, isso é o mesmo que eu lhe perguntar: Como você consegue saber tanto assim de defesa contra as artes das trevas? – Finalizou ela com um sorriso, fechando seu livro de transfiguração e pegando outro de adivinhação.

- Ah, não! Por hoje já chega vai! Já estou cansado de tanto estudar, por favor, Gina é só hoje vai! Nós treinamos muito hoje estou cansado! – Implorou ele com cara de misericórdia, e pegando delicadamente em suas mãos.

- Está bem, então por hoje chega, porque eu também já estou muito cansada. Mas amanhã vamos ter de estudar isso viu! E não vale fugir da obrigação!

- Ah... Isso! Graças a Merlin! Mas sabe de uma coisa? Você fica igualzinha a Mione quando fala desse jeito. – Harry disse isso elevando as mãos ao céu, se levantando e andando rumo ao sofá que ficava de frente à lareira.

- Hei não fala isso nem de brincadeira viu! E... O Sr. Cansaço não vai ir dormir não? Não estava tão cansado? – Disse ela indo se juntar a ele no sofá.

- Bom se for pra ficar aqui mais um pouquinho com você antes de ir dormir eu adio um pouco o meu precioso sono. – Disse ele meio sarcástico.

- Seu bobo! – Disse Gina dando um tapa no ombro de Harry.

Então começaram uma disputa entre eles. Gina lhe dava tapas e Harry se defendia deles e ria da cara dela que se tornava cada vez mais vermelha. A disputa continuou até que já muito cansada Gina se rendeu e Harry segurou firmemente seus braços, finalizando com um abraço.

Eles ficaram assim, meio que “deitados” (Gina apoiada, de costas, no peito de Harry) e abraçados enquanto conversavam. Gina estava adorando ficar ali com Harry, afinal era ótimo estar nos braços aconchegantes dele.

- E então Ruivinha; preocupada com o jogo contra a Sonserina?

- Não, nem um pouco! – Disse ela com voz muito confiante.

- Nossa que confiança! Posso saber o motivo de tanta confiança?

- Bem, além de todo o time estar indo muito bem nos treinos; digamos que vou estar bem preparada e muito bem protegida também!

- Como assim bem protegida? – Disse ele se fazendo de desentendido, mas no fundo sabia muito bem do que Gina falava, ele estaria lá protegendo-a, como fizera desde o início da temporada.

- Oras; bem protegida!! Com meu irmão mais velho Rony e meu melhor amigo de todos; o grande herói dos últimos tempos, Harry Potter, quem poderá me fazer mal??? – Disse ela narrando tudo sarcasticamente.

- É você tem toda razão! Com um amigo tão bom assim quem vai querer se meter com você não é? – Disse ele entrando na brincadeira e querendo se engrandecer.

- Nossa! Que convencido! Meu Merlim; dê-me paciência para agüentar um Sr. Convencido andando do meu lado!

- Ah, então você me acha convencido? – Disse ele fingindo-se de indignado.

- Bom na verdade, só de vez enquanto. – Gina disse com a cara mais séria que conseguiu.

- Nossa é mesmo?! – Harry disse agora sério também.

- É!

- Nossa! É assim que se conhecem as pessoas. – Disse ele disfarçando tão bem que Gina pensou ser sério. – Não quero mais falar com você; eu sou muito convencido e você não vai querer ficar com um convencido, neh. – Harry finalizou soltando-a e afastando-a de si.

- Nossa; é assim então ta bom! – Disse ela séria, com um aperto no peito começando a se formar dentro de dela, e já se levantando do sofá para ir para seu dormitório.

Harry achou que ela estava brincando e não fez nada, até que percebeu que ela levara a sério a brincadeira e estava indo embora mesmo.

- Hei, espere! Eu estava brincado Gina, não tava falando sério; olha, eu não quis te magoar, me desculpe, por favor! – Harry disse tudo muito rápido, e apreensivo pela reação dela; enquanto ao mesmo tempo segurava o braço da garota de expressão decepcionada à sua frente. Com certeza daria qualquer coisa para não vê-la com aquela expressão novamente; não para ele.

Então depois dessas palavras a expressão do rosto de Gina foi mudando ela foi despertando do transe em que se encontrava, e finalmente percebendo que o moreno à sua frente esperava ansioso por uma resposta dela.

- Ah; então ta! Tudo bem então!

- Uff, que ótimo! Fiquei preocupado, achei que você tinha ficado muito decepcionada comigo, pensei que não fosse mais querer me ver, nem falar comigo, pensei que... – Desabafou ele envolvendo-a num abraço apertado rodopiando-a no ar, e dizendo tudo muito rápido, sem parar nem para respirar.

- HARRY!

- O que?

- Calma, está tudo bem agora, eu estou aqui e não vou deixar de te ver nem de falar com você, por causa de nada! – Gina o tranqüilizou com suas doces palavras; passando as mãos nas costas dele em sinal de conforto.

- Você foi a melhor coisa que já me aconteceu até hoje, sabia?! – Disse ele parando de rodopiar com ela e se afastando um pouco de Gina para poder olhá-la nos olhos.

Gina apenas sorriu ternamente em reposta, em seguida Harry pegou-a no colo num gesto bem rápido levado-a de novo para o sofá, onde voltaram à posição que estavam anteriormente agora um pouco mais quietos e muito atentos à lareira, que balançava suavemente suas chamas.

- Está ficando tarde. – Disse Gina piscando languidamente os olhos e se aconchegando melhor nos braços de Harry.

- Já está com sono, Ruivinha? – Disse ele ajeitando mechas dos cabelos, cor de fogo, de Gina, para que pudesse encostar melhor seu rosto no da garota.

- Digamos que um pouquinho! – Disse ela encostando o rosto dela no de Harry também. – E você não está com sono não?

- O quê? – Disse ele meio atordoado, pois sua mente estava se desligando do mundo, devido ao tão doce e delicado toque do rosto de Gina no seu, toque este que tanto ansiara e que agora finalmente estava provando.

Quantas vezes não sentira ciúmes ao ver Gina com seus outros namorados, e a vontade de partir para cima deles sempre era contida com a ajuda indireta de Rony, pois ele sempre separava Gina deles quando os viam juntos demais da conta.

Porém não viram mais nada naquela noite, pois adormeceram ali mesmo, naquele sofá, abraçados, juntinhos como nunca estiveram antes.
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Os primeiros raios do Sol daquela doce manhã, logo vieram acariciar sua face como que num aconchego. E foi só então; após abrir os olhos lentamente como se estivesse acordando de um sonho, é que ele percebeu que era tudo realidade.

Ele e Gina tinham adormecido no sofá na noite passada, e ela estava maravilhosamente linda em seus braços. Gina estava de olhos fechados, os cabelos todos caídos como uma cascata para o outro lago, de frente para ele que a segurava em seus braços, firme e ao mesmo tempo delicadamente.

Ela parecia mais uma deusa, sem contar que em seu rosto brincava um sorriso maravilhoso, que a deixava com uma feição ótima de que estivesse tendo um sonho maravilhosamente mágico. Então lentamente Harry começou a passar a mão delicadamente no rosto de Gina que sorriu ainda mais...

- Harry... – Disse ela sorrindo carinhosamente assim que sentiu o toque da mão de Harry em seu rosto.

- Infelizmente parece que está na hora de acordar.

- É?... Mas o que agente ta fazendo aqui? – Disse ela meio tonta, agora reparando ao seu redor, e vendo que estavam no sofá do salão comunal da grifinória.

- Parece que agente pegou no sono e acabou dormindo aqui mesmo.

- Por Merlim! Que horas são? – Perguntou ela completamente atordoada e começando a se levantar do sofá.

- Calma Gina! Deve estar cedo; afinal ninguém desceu ainda! – Disse Harry tentando mantê-la por perto um pouco mais. Porém Gina já se levantava e se encaminhava até as escadas dos dormitórios rapidamente. – Espere Gina! Eu vou com Você!

- Então venha logo Harry! Ainda tenho que arrumar meu material para as aulas de hoje! – Disse ela apreensiva.

O café da manhã passou voando e quando foi perceber já estava em sua última aula, Adivinhação, onde Harry tentava persistentemente enxergar algo de revelador em meio aos traços da mão de Rony, o que na verdade estava sendo meio impossível, pois os traços eram todos muito parecidos e para Harry não tinham nada de anormal.

No entanto quando a professora veio avaliá-los os dois inventaram histórias catastróficas sobre o futuro um do outro, o que os rendeu alguns pontos, para a grifinória, por seus brilhantes desempenhos nas leituras de mãos.

- Dá pra acreditar Rony? É só agente inventar um monte de bobagens, que a Trelawney nos dá pontos, por eficiência! – Disse Harry incrédulo com o que acabara de acontecer, e que vinha acontecendo desde que começaram a ter aulas de adivinhação.

- Não, não dá não; mas bem que é legal ver a cara que ela faz quando agente começa a inventar aquelas histórias malucas. – Disse Rony rindo ao se lembrar da cara da professora.

- Mas pra falar a verdade não é com isso que estou preocupado agora Rony.

- Então o que é cara? Pode falar.

- O que mais me preocupa mesmo, é o nosso encontro com Firenze. Não vejo a hora de falar com ele e saber logo de uma vez o que de tão importante Firenze tem a me dizer. – Dizia Harry enquanto ele e Rony caminhavam rumo ao salão principal, para o jantar.

- É verdade, o que será que ele tem pra te dizer? – Perguntou Rony franzindo o cenho.

- Não faço a menor idéia, mas deve ser algo relacionado à Voldemort, com certeza. – Disse Harry com uma expressão bem carregada.

Estava indo tudo muito bem até que vira um primeiranista vindo correndo em sua direção. Ele parecia assustado e buscava o ar, intensamente enquanto falava.

- Vo... Vocês... Dois... Venham depressa! Aquela garota está com problemas! – Dizia o garotinho afobado, em meio a uma respiração e outra.

- De que garota você está falando? – Perguntaram em uníssono.

- Aquela ruiva que anda sempre com vocês!

- Gina? O que está havendo com ela? – Perguntou Harry muito apreensivo.

- Aquele... Aquele garoto loiro da Sonserina, ele...

- Malfoy! SE ENCOSTAR UM DEDO NA GINA, EU MATO ELE! – Harry disse aos gritos. – VAMOS LOGO ME LEVE ATÉ ELES!

E saíram correndo corredor afora, com Rony gritando bem atrás dos dois, para que esperassem.

Ao chegarem perto das estufas encontraram; uma grande aglomeração de gente, o que dificultou muito para que Harry e o garotinho passassem. Mas enfim chegaram onde estava a causa de toda aquela confusão.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Harry disse aos berros e ameaçadoramente para Malfoy; já se colocando ao lado de Gina e segurando firmemente sua varinha dentro de seu bolso.

- O que esse idiota te fez Gina? – Perguntou ele tentando se controlar.

Mas ela nem teve tempo de responder.

- Já veio o seu herói salvador da pátria, Santo Potter, não é pobretona Weasley?! – Malfoy disse aquilo tudo, como sempre, cuspindo as palavras.

- Cale essa sua boca imunda pra falar assim da Gina, seu ser desprezível, filho de um comensal da morte tão nojento quanto você! – Harry disse tudo de uma vez, e com muita raiva.

- Ora seu... Expeli... – Mas Gina foi mais rápida do que Harry e Malfoy juntos.

- Estupefaça! – Disse ela com muita raiva, esta que transparecia em sua face, pois Harry repara desde a hora em que chegara que o rosto da garota estava tão pálido, a sua boca tão seca como jamais vira antes.

Seus olhos estavam avermelhados, como se estivessem pegando fogo, seus cabelos estavam com uma ondulação estranha e seu corpo tremia compulsivamente, assim como suas mãos estavam tão apertadas ao redor de sua varinha que parecia mais que suas unhas estavam perfurando sua carne.

Então a passos muito apressados chegou a professora Minerva, completamente pasma com a cena que via, e parando com toda a algazarra que os alunos ali presentes estavam fazendo.

- O que está havendo aqui? – Disse a professora Minerva, muito apreensiva e mostrando uma expressão de horror na face assim que viu Draco estuporado no chão. – Por Merlim vejam só o que vocês fizeram com ele!! Detenção para os dois e 50 pontos a menos para a casa de vocês, isso por terem estuporado um aluno e monitor de Hogwarts.

- Mas professora 50 pontos? – Tentou Harry, inutilmente, argumentar.

- Sim Sr. Potter 50 pontos, de cada um.

- Mas...

- Sem, mas, Sr. Potter. E o Sr. hein Sr. Weasley? Como Monitor deveria ter tomado uma atitude! Menos 20 pontos por sua falta de atitude perante a esta situação.

- Sinto muito, professora! – Disse Rony abaixando a cabeça. A professora Minerva olhou a sua volta e finalizou.

- Alguém, por favor, leve o Sr. Malfoy para a enfermaria! – Disse ela ao ver a situação em que se encontrava Draco, pois ele estava realmente estuporado e não parecia que iria acordar tão cedo.

Rapidamente Crabbe e Goyle apanharam Malfoy e levaram-no à Ala hospitalar, onde Madame Ponfrey, com certeza cuidaria dele.

- Vocês dois; vão até a minha sala amanhã à tarde, para que eu lhes passe suas detenções. Quanto ao restante, vão todos para suas respectivas atividades, o showzinho já acabou. – Disse ela já se virando para ir embora, com passos muito apressados.

Então tudo se aquietou, e Gina começou a voltar à suas feições normais, porém continuava pálida e assim que a professora já havia desaparecido pelas portas de carvalho do castelo, começou a pender para o lado onde Harry estava.

Num gesto automático ele a pegou antes que tocasse o chão; com certeza seus reflexos de apanhador lhe ajudaram bastante nesta hora, apenas sentiu-a acabar de desfalecer em seus braços, com a expressão mais pálida e cansada, que Harry já tinha visto.

Então a pegou no colo e começou a correr, desesperadamente, para a Ala hospitalar. Sem se preocupar com nada, nem com a professora Minerva, nem com o restante das pessoas que ali estavam; nada importava mais do que ver Gina bem e para isso tinha que levá-la o mais rápido possível à Madame Ponfrey.

Logo atrás dele estava Rony que corria apressadamente, e gritava para que ele o esperasse, porém não tinha tempo a perder e não podia esperá-lo.

Chegando a Ala hospitalar, Madame Ponfrey logo veio ao seu encontro, preocupada.

- O que houve com a garota? – Perguntava ela aflita, enquanto indicava o local onde deveria colocá-la. – Por aqui, coloque-a nesta cama aqui. Mas diga; o que aconteceu com ela?

- Eu não sei direito, Madame Ponfrey, foi tudo muito estranho ela estava com uma expressão pálida e de muito nervosismo, parecia muito alterada e percebi que os olhos dela estavam avermelhados, então ela estuporou o Malfoy e depois de alguns minutos, começou a ficar fraca e pender para o lado. Foi então que eu a peguei e a trouxe para cá. – Disse ele num só fôlego.

- Isso é muito estranho Sr. Potter, muito estranho, mas eu vou cuidar dela agora. É melhor voltar para o salão principal agora, senão irá perder o jantar!

- Mas Madame Ponfrey...

- Não discuta Sr. Potter, mais tarde depois do jantar você pode vir vê-la por alguns minutos, mas agora não discuta comigo! – Disse ela expulsando Harry para fora da Ala hospitalar.

- “Isso não é justo; não podem me tirar de perto da minha Ruivinha!”. – Praguejava Harry em seu pensamento.

Aquele jantar seria longo, muito longo.
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Sentia-se muito cansada, tão cansada que não seria capaz nem de levantar uma levíssima pena. Era como se tivesse corrido vários quilômetros sem parar, e gastado toda a sua energia.

Sua cabeça estava pesando muito e seus olhos estavam começando a se fechar langüidamente; o corpo já não lhe obedecia mais, e apenas sentiu-se cair e cair, infinitamente, sem parar.

Era como se estivesse mergulhando em um poço de sangue vermelho rubro, com raios brancos por toda a sua volta, então depois de um tempo naquele estranho poço de sangue, sem fim. Sentiu finalmente um leve e refrescante vento a envolver-lhe e tirá-la daquele lugar.

A primeira coisa que viu foi um rosto jamais visto antes, porém não lhe era totalmente estranho, era como se já se conhecessem de muito tempo atrás.

O rosto pertencia a uma mulher, esta dotada de uma beleza peculiar, sua pele alva e levemente rosada dava-lhe um ar de extrema paz e calmaria. Seus cabelos vivamente ruivos ondulavam ao mesmo ritmo que a brisa leve que as envolvia.

Seus olhos eram expressivos e intensamente azuis, então logo a brisa que as envolvia tornou-se uma névoa, e sorrateiramente a mulher veio se aproximando de Gina, fazendo com que seu vestido branco de seda fina, rastejasse sobre a nuvem de névoa em que se encontravam.

Gina não conseguia se mover; nem falar qualquer coisa, estava paralisada apenas observando os detalhes da mulher a sua frente.

Então a mulher abriu um leve e sincero sorriso para Gina e pronunciou com uma voz doce e delicada as seguintes palavras:

- Estava esperando por você!

Então magicamente pela primeira vez desde então Gina abriu sua boca para dizer algo.

- Mas... Eu conheço você? – Perguntou Gina à mulher; muito confusa.

- Somos da mesma família minha querida! – Respondeu ela sorrindo fraternalmente.

- Somos? Mas eu não me lembro de tê-la visto antes!

- Eu sei; e isso é porque você realmente não me viu antes.

- Como assim?

- Somos de tempos diferentes minha querida Gina, digamos que de tempos razoavelmente diferentes.

- Me desculpe, mas eu estou muito confusa e não entendo o que está me dizendo.

- Eu sou de um tempo Gina; que está muito antes do seu. Mas isso é o que nos torna tão próximas.

- Como você sabe meu nome? Se eu nem sei o seu? – Questionou Gina cada vez mais confusa.

- Meu nome é Mirian, e você é Gina minha descendente de muitas gerações só de homens. Você é a sétima filha de uma família de seis garotos, é a ruiva que estive esperando durante todos esses anos.

- Como você sabe de tudo isso? Como sabe quem sou? Se, está tudo tão a frente do seu tempo?

- Sei, porque fui eu quem escreveu esta profecia minha querida!

- Como assim? Que história é essa de profecia?

- Estamos muito mais ligadas do que você pode imaginar Gina! Nos veremos de novo muito em breve minha querida!

E dizendo isso, tudo a sua volta se escureceu e sentiu como se estivesse rodopiando muito, muito rápido mesmo, e em um só solavanco arregalou os olhos e se sentou abruptamente na cama, da Ala hospitalar, em que estava.

Ela estava arfante, seus pulmões clamavam por ar, precisava respirar e ainda sentia-se cansada, mas agora era um pouco menos que antes.

- Hei Ruivinha respire fundo e acalme-se, está tudo bem, agora você só precisa descansar um pouco mais, porque Madame Ponfrey já lhe deu uma poção revitalizadora muito boa. – Disse ele se levantando da cadeira ao lado da cama de Gina.

- Harry me abraça?! - Disse Gina encarando-o nos olhos. – Por favor! – Finalizou pausadamente.

- Nem precisa pedir Ruivinha! – Disse ele meio surpreso com a atitude da garota, pois ele nunca lhe pedira isso assim tão seriamente.

Os dois ficaram abraçados durante um tempo consideravelmente longo, e durante esse tempo foi como se Harry estivesse lhe passando a energia que estava lhe faltando, e ficaram assim até a hora em que Gina se acalmou e voltou ao normal.

- O que aconteceu comigo Harry? Por que eu estou aqui na Ala hospitalar?

- Na verdade nem eu sei ao certo o que aconteceu. Só me lembro que estava discutindo com o Malfoy e você foi mais rápida que eu e ele, juntos, e o estuporou. Depois disso nem sei; foi tudo muito rápido numa hora você estava lá ao meu lado normalmente, e no segundo seguinte você estava desfalecendo, só tive tempo suficiente para te apanhar e trazê-la até aqui.

- Sei; mas foi assim mesmo que tudo aconteceu? – Perguntou ela confusa.

- Foi; por quê?

- É que eu não me lembro de nada. Só de um sonho muito estranho que tive, na verdade era como se eu tivesse caído num sono profundo e não fosse mais acordar. – Disse Gina perdida em meio a seus confusos pensamentos.

- Não se preocupe com isso agora Gina! Você precisa se recuperar para podermos voltar a nossas atividades diárias. – Disse ele brincalhão, ao que Gina sorriu pela primeira vez desde que acordara.

- Só você mesmo para me fazer rir agora Harry! – Disse ela sorrindo carinhosamente.

- Você me deu o maior susto sabia Ruivinha? É sério! Eu fiquei muito preocupado com você. – Disse ele agora muito sério, acariciando delicadamente o rosto dela, no que Gina automaticamente fechou os olhos por um rápido momento.

- Mas sobre o tal sonho estranho que você falou. Do que se trata? – Perguntou Harry; agora muito curioso.

- Foi muito estranho por que, não parecia um sonho, parecia real. Era como se eu estivesse vivendo tudo aquilo de verdade. Eu estava no meio de uma névoa e havia uma mulher lá comigo...

- Mulher? Que mulher?

- Era uma mulher muito bonita, tinha os cabelos ruivos ondulados, e olhos azuis muito expressivos. Ela estava vestida de branco e disse que se chamava Mirian.

- Mirian, bonito o nome dela!

- É; é bonito mesmo. Ela me disse também que... Que era... Minha antepassada. Sabe; ela já sabia quem eu era e qual era o meu nome antes mesmo de eu dizer qualquer coisa.

- Como é? Ela disse que é sua antepassada e já sabia quem você era antes de você dizer?

- Isso mesmo! E ela ainda me disse que estava me esperando há muito tempo, e que estamos mais ligadas do que eu possa imaginar.

- Como assim, ligadas, Gina? – Perguntou Harry meio confuso com as informações.

- Eu também não sei Harry; porque isso foi à última coisa que ela me disse, depois disso eu acordei, e não deu para perguntar mais nada. Na verdade nem sei se isso foi real mesmo ou se foi só mais um sonho igual a todos os outros.

- É, mas talvez possamos pesquisar sobre essa sua antepassada. Sabe; só pra você esclarecer se ela existe mesmo ou não.

- É isso é uma ótima idéia.

- Vou pedir para Hermione me ajudar na pesquisa, e vamos começar amanhã mesmo.

- Está na hora do senhor ir para o seu dormitório Sr. Potter! Já está muito tarde e a Srta. Weasley precisa descansar um pouco mais. – Disse sabiamente Madame Ponfrey, que entrara tão sorrateiramente, que eles nem perceberam sua presença.

- Mas já Madame Ponfrey?! – Protestou Harry contrariado.

- Sim Sr. Potter, já! – Disse ela um pouco mais severa.

- Está bem. Então pelo menos eu poço me despedir dela antes de ir? – Disse ele com um olhar pidonho.

- OK Sr. Potter; mas nada de demoras hein! – Disse a enfermeira se dirigindo à sua sala novamente.

- Antes que eu me esqueça Gina; Rony e Mione te mandaram um beijo. Eles ficaram aqui comigo até agora, mas tiveram que ir se preparar para fazer a ronda. – Disse Harry encarando Gina profundamente.

- Então diga a eles que eu mando muitos beijos para eles. – Disse ela sorrindo docemente.

- Pode deixar eu digo sim, mas espero que você saia logo daqui, afinal como eu vou me divertir sozinho?! E como vamos jogar contra a Sonserina, no sábado, sem você?? – Disse ele fazendo cara de abandono.

- Ai, coitadinho! – Disse ela acariciando a cabeça de Harry, já que ele havia se sentado a beira da cama.

- É eu sei; mas falando sério agora. Gina até agora não entendi o que aconteceu com você.

- É; nem eu entendi direito, até onde eu sei, acho que Madame Ponfrey me deu a tal poção revitalizadora e me recuperei um pouco, mas até agora também não entendi o que houve comigo.

- Ta, mas vê se cuida direitinho de você viu mocinha. Quero vê-la bem, muito em breve. – Disse ele já se levantando para ir embora.

- Obrigada por se preocupar comigo Harry. – Disse Gina segurando de leve o braço dele. – Obrigada mesmo.

- Você nem imagina como eu me preocupo com você Ruivinha. – Disse ele enquanto dava um beijo na testa dela e lhe acariciava os cabelos. Em seguida rumou para fora da Ala hospitalar.

Assim que Harry saíra de lá e fechara aquelas portas, a Ala hospitalar tornou-se fria e sombria novamente. Não se sentia confortável ali, não gostava da sensação solitária do lugar.

Porém logo a dedicada enfermeira veio ao seu encontro, trazendo consigo um frasco transparente que continha um líquido verde e viscoso.

- Aqui está a sua dose de poção revitalizadora. – Disse a enfermeira entregando-lhe gentilmente um copinho com um pouco do líquido do frasco.

- Obrigada. – Disse Gina meio que a contra gosto, e engolindo tudo em meio a uma careta, pois o gosto da poção não era muito agradável.

- Oh, imagine! Mas, bem querida, tem alguém que quer falar com você. – Disse Madame Ponfrey apontando para a porta que acabara de se abrir, mostrando assim a figura serena do querido diretor de Hogwarts.

- Professor Dumbledore?! – Perguntou ela admirada. – O senhor?

- Sim, eu. Espero não estar atrapalhando seu trabalho Papoula. – Disse ele dirigindo-se a Madame Ponfrey.

- Imagine, não é incomodo nenhum, afinal a paciente acabou de ser medicada.

- Bem então será que eu poderia falar com ela, a sós, apenas por alguns minutinhos?

- Mas é claro que sim, Alvo.

- Então muito obrigado.

- Com licença, fiquem a vontade. – Disse ela se afastando novamente até sua sala.

- E então, como se sente Srta. Weasley? – Disse Dumbledore se sentando ao pé da cama.

- Bem professor.

- Eu fiquei sabendo que você esteve metida em uma confusão com certo aluno da Sonserina, que conhecemos muito bem...

- Sim professor, mas eu posso explicar...

- Acho que nós o conhecemos o suficiente para saber que a Srta. não teve culpa de nada, não é verdade?! – Disse ele olhando por cima de seus óculos de meia lua, com um ar de riso.

Gina respondeu com um sorriso em resposta.

- E... Também soube que você andou fazendo um feitiço tão rápido que ninguém foi capaz de acompanhar seus passos. O que com certeza fez com que você viesse parar aqui. – Finalizou serenamente.

- Na verdade eu nem me lembro direito do que aconteceu professor, foi o Harry que me contou algumas coisas. E pra ser sincera, nem sei por que vim parar aqui.

- Talvez seja porque você se zangou muito e ficou muito alterada, então isso pode ter feito você se descontrolar e usar quase todas as suas forças naquele feitiço. Então, talvez por isso você tenha ficado fraca o suficiente para desfalecer e ser trazida para cá por seu “amigo”, o Sr. Harry Potter. Certo?!

- Bom; com certeza foi exatamente isso que aconteceu, agora sim consigo me lembrar de tudo com mais clareza, fiquei tão descontrolada com aquilo que o Malfoy tinha me dito que nem percebi nada, quando fui ver já tinha lançado aquele feitiço nele, e também já estava, desfalecendo, como o Senhor mesmo disse.

- É então foi mesmo isso, não é?

- Sim; foi sim!

- E também sabe por que aconteceu tudo isso com você?

- Bom; não professor nem faço idéia do que possa ser! – Disse meio desconsertada.

- Você tem um dom minha querida; e ele está aí desde quando você nasceu, e bom, provavelmente vai continuar aí para sempre também. Mas isso não vem ao caso agora. O que realmente importa é que você precisa aprender a lidar com ele, e saber como aproveitar-se melhor dele.

- Eu tenho o que professor? Um dom? Como assim um dom? – Gina questionou-o muito confusa.

- Sim minha querida, você tem um dom que pouquíssimos bruxos, em todo o mundo têm, nem mesmo eu o tenho.

- Mas como eu posso ter algo assim e nem saber que tenho?

- Ás vezes nós temos as coisas e não sabemos que as temos, mas nem por isso deixamos de tê-las e de usá-las quando preciso.

- O Senhor tem razão professor; mas que dom é esse que você está falando?

- Bem minha querida, nunca reparou que você é dotada de uma sorte e proteção incrivelmente incomum? – Dumbledore fez uma pausa e ao observar a cara de desentendimento da menina continuou. – Lembra-se de todas as vezes que você escapou das brincadeiras que seus irmãos mais velhos armavam para você?

Ela fez sinal de positivo com a cabeça, então ele continuou.

- E se lembra de tantas e tantas vezes que escapou de tremendas enrascadas? E de como conseguiu se livrar de seu antigo namorado, o Sr. Thomas, sem magoar ninguém?

- Sim professor; realmente tive muita sorte na maioria dos acontecimentos de minha vida, mas... Sabe, no meu primeiro ano aqui em Hogwarts... Não acho que tive muita forte.

- Sim, sim... Ainda me lembro muito bem do acontecido Srta. Weasley, mas pense um pouco comigo, será que você realmente não teve muita sorte? Vejamos... Você foi levada para dentro da câmara secreta, porém Harry a encontrou e a salvou da morte, em seguida tirou vocês todos de lá com a ajuda de minha fênix. Eu não chamaria isso de falta de sorte. – Disse ele sabiamente, olhando-a por cima dos óculos de meia lua.

- O Senhor tem toda razão, acho que sou eu que só costumo ver o lado ruim das coisas. Mas mesmo assim, ainda não entendi. O que minha sorte tem haver com tudo isso?

- Simples minha querida, pense um pouco! Qual o dom que você conhece que dá ao seu possuidor proteção e sorte, além é claro de muitos de seus poderes? – Ele disse isso sorrindo ternamente, pois sabia que agora tinha acendido uma luz na cabeça de Gina. – Bem, creio que agora eu possa ir... Você precisa descansar, o jogo de vocês será no sábado e seu time precisa de você, principalmente um... Certo capitão, de cicatriz na testa. – Disse ele piscando marotamente para ela, o que fez com que Gina corasse um pouco.

- Mas é melhor eu ir mesmo antes que Papoula me expulse daqui, para que você possa finalmente repousar. Tenha bons sonhos! – Disse Dumbledore se retirando da Ala hospitalar, deixando para trás uma Gina cheia de pensamentos.

Porém ela estava tão cansada que logo caiu no mais profundo sono, onde nada existia além da profunda escuridão da noite.
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Assim que chegou ao salão comunal da Grifinória Harry foi direto falar com Hermione.

- Hermione! – Disse Harry afobadamente, assim que entrou pelo retrato da mulher gorda.

- Calma Harry; está tudo bem? – Questionou ela preocupada.

- É mesmo cara está tudo bem? Porque você ta com uma cara péssima. – Disse Rony, que também estava lá.

- A Gina acordo... E... – Harry não conseguia nem terminar as frases, porque estava muito cansado e precisava de ar.

- Acalme-se Harry, venha e se sente aqui. – Disse Mione enquanto conduzia-o até uma das poltronas que ficava em frente à lareira.

- Está bem. – Disse ele se sentando.

- Agora vai Harry, conta pra gente o que você quer nos dizer. – Disse Rony encarando-o incisivamente.

- A Gina acordou, e ela me contou que teve um sonho meio estranho, com uma mulher, que se chama Mirian. E Gina disse que no sonho essa mulher disse a ela que...

- Que o quê, Harry? – Insistiu Rony começando a preocupar-se.

- Que ela era antepassada da Gina, ou seja, sua também Rony.

- O quê? Mas eu não conheço nenhuma Mirian que seja nossa parenta. – Rony disse espantado.

- O pior é que Gina não sabe se isso tudo foi só um sonho, ou se era um sonho mais real do que o normal. Se é que vocês me entendem.

- Espere um pouco Harry. Você está querendo dizer que esse sonho da Gina pode ser como os sonhos que você tem com Voldemort? – Disse Mione pausadamente.

- Isso mesmo Mione. Então para ter certeza de que essa tal Mirian existiu mesmo, ou não. Eu tive a idéia de pesquisarmos em alguma árvore genealógica da sua família Rony. – Finalizou Harry olhando incisivamente Rony.

- Bem por mim tudo bem Harry, pode contar comigo. – Disse Rony, em seguida olharam os dois para Mione.

- O que foi? Não me olhem assim! Eu também estou nessa, é claro. – Disse ela displicentemente.

- Ótimo, por que eu não tenho nem idéia de por onde devemos começar essa pesquisa. – Disse Harry, abaixando os ombros e a cabeça.

- Não se preocupe Harry, você não sabe, mas eu sei. – Disse Mione. – Agora é melhor você ir buscar sua capa de invisibilidade, porque acho que ainda não terminamos nossa ronda noturna, não é mesmo Rony? – Disse Mione com um sorrisinho brincando em seus lábios.

- Se você diz Mione, eu concordo! – Disse Rony com o mesmo sorrisinho nos lábios.

Então foram todos à biblioteca, Harry debaixo da capa de invisibilidade, Rony e Mione andavam normalmente, como se estivessem realmente fazendo a ronda noturna.

Ao chegaram Mione os conduziu até uma estante enorme, cheia de livros grossos como Harry nunca tinha visto antes. Nem quando estivera na biblioteca pesquisando com Gina, tinha chegado até aquela seção da biblioteca.

A estante ficava no final da biblioteca, onde certamente ninguém costumava ir, a não ser Hermione é claro.

- Aqui está; meninos! – Disse Mione enquanto colocava um volume exageradamente grande e grosso, sobre a mesa onde estavam.

- O que é isso Mione? Não me diga que é com isso que você se diverte nas suas horas livres. – Disse Rony espantado e com os olhos esbugalhados.

- Nem comesse Ronald Weasley! – Disse Mione rispidamente.

- PAREM! Por favor, não comessem a discutir certo! Vamos logo ao que realmente interessa. – Disse Harry a eles, recebendo em troca um olhar furtivo, mas que ao menos os fez parar de discutir.

- Tem razão Harry. Este é um livro de árvores genealógicas das famílias de bruxos puro sangue. Com certeza a família de Rony está nele. Agora vejamos... – Disse ela enquanto abria o livro e procurava pela família de Rony no índice.

- Aqui está! Weasley... Pág. 714 – Disse Mione, com um sorriso confiante.

Após várias horas de procura, eles finalmente encontraram uma mulher com o nome de Mirian Morgan Weasley.

- É Harry, parece que o sonho de Gina não foi só um simples sonho. – Disse Mione enquanto lhe mostrava o nome inscrito no livro.

- Temos que contar isso a Gina! – Disse Rony já se levantando.

- Espere Rony! Primeiro temos que descobrir quem ela era e o que tem de relação com Gina. – Disse Harry enquanto segurava o braço de Rony.

- É você tem razão Harry. – Concordou Rony.

- Bom isso vai ser um pouco mais difícil, se bem que... Se ela foi aluna de Hogwarts, deve haver algum registro. – Disse Mione.

- Mas então onde nós vamos procurar? – Perguntou Rony.

- Nos registros de antigos alunos de Hogwarts, que fica na seção reservada. – Disse Mione fechando, em seguida, o livro e colocando-o novamente na estante. – O que estão esperando? Vamos! – Disse ela se dirigindo à seção reservada.

Após mais horas de procura eles finalmente encontraram uma pasta com registros de Mirian Morgan Weasley.

- Achei! – Disse Harry confiante.

- Finalmente! – Disse Rony.

- Deixe-me ver Harry. – Disse Mione já pegando a pasta das mãos de Harry.

- Aqui diz que ela era uma ótima aluna da Grifinória, teve notas ótimas em seus NOM`s e NIEM`s, ela se formou no sétimo ano após a fundação de Hogwarts. Na verdade não tem muita coisa não é? – Disse ela meio decepcionada.

- Bom, pelo menos já sabemos que ela existiu mesmo, e que estudou aqui em Hogwarts. – Disse Rony tentando ser confiante.

- Tem razão Rony pelo menos já conseguimos estas informações, agora, quem será que sabe mais sobre ela? – Perguntou Harry tentando pensar em alguém.

- Bom; talvez Dumbledore saiba de algo. – Disse Mione sabiamente.

- É talvez Dumbledore saiba Harry. – Apoiou Rony.

- Então amanhã bem cedo eu falarei com ele sobre isso. Por agora é... Melhor nós irmos dormir, porque já está muito tarde.

- Tem razão! – Disseram Rony e Mione em uníssono.

Então eles foram dormir, e na manhã seguinte Harry procurou Dumbledore para tentar esclarecer as coisas sobre a tal Mirian.
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O dia já tinha passado e a noite caía solenemente, iniciando-se com um belo crepúsculo. Porém nada disso estava melhorando o humor de Gina, pois estava muito entediada e não via a hora de sair daquela cama logo.

Mas não era a cama o que mais lhe irritava era que ninguém, nem mesmo Rony, seu irmão, ou melhor, Harry, quem ela mais queria ver, pois sentia muito sua falta; tinham vindo lhe ver naquele dia.

Estava se sentindo abandonada por todos, então Madame Ponfrey lhe trouxe sua poção revitalizadora junto com seu jantar. Após o jantar sentiu-se mais solitária ainda, pois a noite já tinha acabado de invadir a Ala hospitalar, trazendo consigo um ar sereno e solitário.

Então resolveu voltar a fazer o que fizera durante todo o dia, dormir. Quando finalmente estava quase conseguindo pegar no sono, ouviu a porta ranger a logo depois se abrir e fechar sozinha, era como se alguém tivesse entrado, mas ela não via ninguém, foi então que se lembrou da capa de invisibilidade de Harry, com certeza era ele que viera lhe ver.

- Harry...? – Pronunciou Gina assim que sentiu que ele havia chegado perto da cama.

- Oi! – Disse ele baixinho, para que não fosse descoberto por Madame Ponfrey, enquanto tirava a capa. – Como passou o dia? E como está se sentindo? – Completou ele preocupado.

- Já estou bem melhor, acho que vou sair daqui logo, logo. Mas quanto ao meu dia, foi péssimo é horrível ficar aqui sozinha, então foi entediante. E porque você não veio me ver mais cedo? – Disse ela meio revoltada.

- Me desculpe! – Disse ele na defensiva. – Mas é que... Eu estive correndo atrás de informações sobre a sua antepassada, a Mirian Morgan Weasley.

- Ah então é esse o nome completo dela?!

- Sim.

- E o que mais você descobriu sobre ela? – Perguntou ela muito ansiosa.

- Ah, isso eu só digo depois que eu ganhar o meu beijo de retribuição. – Disse ele brincalhão, com um sorriso maroto enquanto lhe mostrava o rosto.

- Só você mesmo Harry!– Disse ela enquanto dava-lhe um beijo estalado no rosto.

- Ah sim; agora eu consigo falar muito melhor.

- Para de enrolar a fala logo Harry.

- Está bem; eu não descobri tanto assim, mas... Bom, ela estudou aqui em Hogwarts e fez parte da primeira turma que se formou aqui desde a fundação, era muito boa aluna, e... Acho que... Isso é o mais importante, Dumbledore me disse que ela tinha um dom que passou para uma pessoa através de uma profecia.

Harry fez uma pausa, esperando alguma reação da parte de Gina, mas como não houve reação alguma, ele prosseguiu.

- Esse dom parece estar ligado à talismãs. E a pessoa que ela escolheu para passar o dom dela foi...

- Eu. – Gina terminou a frase.

- É, foi você Gina. – Disse ele muito sério. - Na verdade nem Dumbledore sabe direito sobre essa tal profecia, ele disse que só você pode descobrir o que ela diz.

- E onde ela está Harry?

- Eu não sei ao certo, mas na maioria das vezes as profecias são levadas para o ministério, onde ficam naquela sala estranha. – Falou ele sem muito entusiasmo.

- Hum... Sei... Mas... Vamos lá me fala como está sendo ficar livre de mim durante esses dias? – Perguntou ela com um belo sorriso nos lábios e um tom brincalhão na voz.

- Maravilhosos! – Disse ele brincalhão também, agora completando mais sério. – Mentira! Estão sendo um tédio! – Disse ele fazendo cara de abandono, o que fez com que Gina sorrisse mais ainda.

- Então por que você não vem me visitar quando estiver com tempo livre? Sei lá, você podia falar com a Luna e pegar as matérias, trazer uns livros, agente podia estudar, assim eu não ficaria atrasada nos estudos e também me divertiria um pouco. Aqui meio solitário sabe. – Disse ela fazendo uma cara de desapontamento.

- Bom, pode contar comigo! Eu vou falar com a Luna sim, pode deixar; aí aproveito e trago uns livros pra gente estudar um pouco. Mas você já está se sentindo melhor mesmo neh?! – Perguntou Harry.

- Eu já lhe disse que sim Harry, por quê?

- É que eu me preocupo com você, Gina, e não gosto de te ver mal.

- Está bem Harry, mas não precisa se preocupar mais, agora eu estou bem; de verdade.

- Então está bem. Mas... Eu tenho uma coisa para você! – Disse ele enquanto colocava uma mão dentro das veste e tirava o...

- Meu Diário?! Onde você pegou isso? – Disse Gina muito depressa, enquanto puxava o diário das mãos de Harry.

- Hei, acalme-se! Quem me deu foi a Hermione ela achou no seu dormitório e disse pra eu te entregar; ela achou que você ia gostar da surpresa, afinal agora tem com o que se distrair enquanto estiver aqui.

- É... Bom, eu gostei sim da surpresa, mas... Você num... – Disse ela o encarando nos olhos, muito apreensiva.

- Acalme-se Ruivinha, e pode ficar tranqüila, não foi desta vez que eu descobri os seus segredos.

- Ah! Então você não...

- Não, eu não li o que está escrito aí dentro, mas vontade não me faltou viu!

- Como assim?

- É... Você passa horas só escrevendo nesse diário, que me deixa até curioso. Sobre o que você escreve? – Perguntou ele curiosíssimo.

- Bom... – Gina não sabia o que dizer, escrevia sobre seus sentimentos por ele, Harry, mas não podia dizer isso a ele. Então disse a primeira coisa que lhe veio à mente. – Sobre as coisas que acontecem no meu dia. Você sabe Harry; coisas de garotas.

- Hum... Sei... Está bem Gina, não quer me dizer então não vou insistir, mas agora eu tenho que ir, antes que Madame Ponfrey me pegue aqui com você.

- Ah, você já vai?

- Sinto muito também, mas eu tenho que ir Ruivinha. Até amanhã, e tenha sonhos lindos. – Disse ele dando um leve beijo na testa de Gina.

- Boa noite então; e tenha bons sonhos também. – Disse Gina sorrindo enquanto via Harry entrar debaixo da capa de invisibilidade e desaparecer.

Estava um pouco tensa, com tudo o Harry havia lhe dito, e ainda mais tensa com o que acabara de acontecer; como Hermione tivera coragem de pegar seu diário, a coisa mais secreta que Gina tinha, e entregar à última pessoa que ela deixaria; Harry.

Porém começou a se acalmar, afinal não acontecera nada, e Harry sequer havia lido o que ela escrevera em seu diário. Então resolveu voltar ao que estava tentando fazer antes de Harry chegar; dormir.

Os quatro dias que Gina continuou na Ala hospitalar passaram muito rapidamente, e Gina já não se sentia tão entediada assim, pois Harry sempre que podia vinha lhe fazer companhia e freqüentemente estudavam as matérias que Gina perdia para que a garota não ficasse atrasada nos estudos.

Então finalmente Gina estava totalmente recuperada e recebera então alta, o que a deixou muito alegre. Naquela manhã Rony, Mione e Harry vieram lhe buscar na Ala hospitalar.

- Bom dia Gina! – Cumprimentou Mione com um belo sorriso de satisfação.

- Bom dia! Já não via a hora de voltar, não agüentava mais ficar aqui nessa cama. – Disse meio aborrecida.

- Pense no lado bom Gina, pelo menos você ficou; alguns dias sem ter que ir às aulas do Seboso. – Disse Rony com uma pontada de inveja.

- É vendo por esse lado, até que não foi tão mau assim. – Concordou Gina.

- Além do mais com um visitante constante como “eu”, sempre por perto, não tinha como você ficar muito entediada, afinal eu sempre chego nas horas certas. – Disse Harry com ar brincalhão, querendo gabar-se.

- Mais que belo convencido isso sim! – Disse Mione. – Mas agora vamos de uma vez, acho que você já cansou de ficar por aqui não é mesmo Gina?

- Com certeza, vamos logo de uma vez. – Disse Gina já se dirigindo à saída, junto com os amigos.

Agora sim; finalmente estaria de volta à ativa!
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O jogo de quadribol da Grifinória contra a Sonserina seria logo mais à tarde, assim que terminassem o almoço, todos em Hogwarts estavam ansiosos pela partida, mas ninguém estava mais ansioso do que Harry, Gina e Rony, um jogo de quadribol era sempre emocionante, mas quando se tratava dessas duas casas em especial, a emoção tomava conta de toda escola.

Não só os alunos da Grifinória estavam animados e ansiosos como também os alunos da Corvinal e Lufa-Lufa, pois todos torciam contra a Sonserina.

Harry estava nervoso, precisava se concentrar para o jogo; tentar comer alguma coisa, Mione já havia lhe pedido para que comesse algo, mas a ansiedade não o deixava comer.

- Harry, por favor, você tem que comer alguma coisa, senão vai ficar fraco e se prejudicar no jogo. – Dizia Mione insistentemente, mas Harry sequer ouvia o que a amiga estava a lhe dizer, pois sua mente estava muito ocupada pensando em fintas e jogadas.

- Harry! – Chamou Rony.

- Oi!

- Mione tem razão Harry, coma alguma coisa logo vai. – Disse Rony impaciente.

- Não; estou sem apetite Rony.

- Olá para todos. – Disse Gina feliz da vida se sentando ao lado de Mione e de frente para Harry. – Nossa; o que está havendo aqui? – Disse Gina com cara de espanto e olhando para todos.

- É o Harry que não nos escuta e fica teimando em não comer nada. – Disse Mione furiosa.

- Não gosto de ser chata, mas você tem que comer alguma coisa Harry. – Disse Gina olhando-o repreensiva.

- Eu sei Gina, mas é que... Estou tão ansioso que não consigo comer nada. – Disse ele.

- Então está bem. – Disse ela parando de encher seu prato de comida e cruzando os braços na altura do peito.

- O que? Você não vai comer? – Disse ele preocupado.

- Não. – Disse Gina simplesmente, enquanto Mione, como sempre muito esperta, já percebia a tática da amiga.

- Como assim não vai? – Disse Harry começando a se irritar, afinal Gina não podia ficar sem comer; e se passasse mal durante o jogo e caísse da vassoura?

- Não indo... Oras; afinal se você não come, eu também não como. – Disse ela firmemente.

- Mas você precisa comer! – Disse ele incrédulo.

- Se você não precisa, eu também não preciso. – Disse ela cada vez mais firme.

- Então é simples assim? – Disse Harry cada vez mais irritado.

- É. – Finalizou Gina. Enquanto isso Rony e Mione assistiam tudo, calados.

- Mas e se você passar mal durante o jogo e cair da vassoura? – Disse Harry com a voz duvidosa.

- E se isso acontecer com você e não comigo? – Disse ela acusadora.

- Mas isso não vai acontecer comigo! – Disse ele na defensiva.

- Então também não vai acontecer comigo.

- GINA! Pare já com isso, e coma logo. – Disse ele agora bastante irritado.

- Com muito prazer, mas logo depois de você. – Disse ela com um sorriso muito doce e inocente.

- Gina... Gina... – Disse Harry olhando de esguelha para ela e com um sorriso brotando no canto de seus lábios, enquanto pegava um pouco de comida e suco de abóbora. – Só você mesmo!

- EU NÃO ACREDITO! – Disse Mione incrédula. – Como pode? Eu estou aqui tentando te fazer comer a horas e você nem sequer me ouvia, e foi só a Gina... Enfim agora você está comendo!

- Se eu soubesse tinha feito greve de fome muito antes. – Disse Rony sorrindo marotamente e completando ao olhar para Harry. – Mas acho que não ia dar tão certo assim. Não é Harry?

- Ah Rony não enche vai! – Disse ele olhando por cima dos olhos para o amigo.

Assim que o almoço terminou, eles se dirigiram até campo de quadribol, Mione seguiu para as arquibancadas, para se juntar à Hagrid, já Rony, Gina e Harry seguiram para o vestiário, para se prepararem para o jogo.

- Como se sente Gina? – Perguntou Rony assim que parou perto do armário da irmã.

- Bem Rony, por quê? – Disse ela enquanto terminava de colocar as proteções em suas mãos.

- Não é nada; é só que me preocupo com você. Afinal um jogo contra a Sonserina é sempre muito duro.

- Não se preocupe Rony, eu sei me cuidar muito bem e...

- Além do mais Malfoy não se atreveria a tocar na Gina, Rony, por que senão eu acabo com ele. – Disse Harry completando a fala de Gina, enquanto chegava perto dos dois.

- É você tem razão, ele não se atreveria, porque eu também não deixaria barato, além do mais eu ainda não engoli aquela história que fez minha irmã ir parar na Ala hospitalar. – Disse ele com revolta na voz.

Assim que Harry terminou de dar as instruções aos jogadores, se dirigiram ao campo, onde o jogo se iniciou com um aberto de mãos esmagador entre Harry e Malfoy, que este ano era o capitão do time da Sonserina.

A partida estava sendo narrada por Dino Thomas:

- Os balaços saem em disparada pelo céu, o pomo de ouro é solto, a goles foi lançada e... COMEÇA O JOGO! Gina Weasley toma posse da goles e Grifinória sai na frente. E ela passa para Colin Creev que retorna para Gina Weasley, que vai e... MARCA!... E é ponto para a Grifinória.

Toda a arquibancada foi ao delírio com os primeiros 10 pontos da Grifinória.

O jogo estava muito disputado Sonserina estava perdendo de 90X100 para Grifinória, o que não era nada animador, pois a qualquer momento eles podiam mudar o placar do jogo.

O pomo nem sequer dava as caras, e Harry já estava impaciente com essa demora, porém também estava muito preocupado com Gina, por isso sua atenção estava dividida entre selar por ela e procurar o pomo. E naquele momento ele estava exatamente seguindo aquelas cascatas de fogo quando elas pararam e lhe gritaram:

- HARRY! O POMO! – Disse Gina muito apreensiva e apontando para as costas do garoto.

Na mesma hora sem sequer dizer nada ele parou e simplesmente ouviu os tilintar das asas do pequeno pomo de ouro, na mesma hora todo o estádio até mesmo Dino pareciam ter parado de respirar para poderem observar atentamente a cena.

Harry simplesmente moveu suas mãos tão rapidamente, e sem sequer tirar os olhos de Gina, que ninguém sabia se ele tinha ou não pego o pomo; foi então que ele levantou as mãos para o alto deixando a mostra o pomo de ouro que tentava insaciavelmente escapar das mãos de Harry.

Draco Malfoy fez a pior cara de desgosto que já fizera antes, e se retirou rapidamente do campo. Enquanto isso o time da Grifinória seguiu para o chão de onde receberam aplausos de todos os presentes, menos dos Sonserinos é claro.

- Eu sabia que conseguiria; você sempre consegue! – Disse Gina toda sorridente ao se aproximar de Harry, porém foi surpreendida com um abraço de Harry, que a levantou do chão e deu vários rodopios.

- Graças a você Gina! – Disse enquanto ela sorria e logo em seguida lhe deu um leve beijo no rosto, o que fez com que seus corpos estremecessem e seus olhos se fechassem instantaneamente.

Porém eles foram interrompidos pela professora Minerva.

- Hum... Hum! – Fez a professora, limpando a garganta, o que fez com que se separassem rapidamente. – Não pensem que me esqueci da detenção de vocês dois. Mas para evitar que vocês tenham de ir até minha sala já lhes aviso que devem ir imediatamente à cabana de Hagrid, pois iram cumprir suas detenções com ele. – Finalizou a Professora Saindo em seguida, sem dizer mais nada.

- É; parece que vamos perder a festa de comemoração. – Disse Gina meio decepcionada.

- É, parece que sim. – Disse Harry no mesmo estado. – Mas pelo menos vamos cumprir a detenção com o Hagrid.

- É; pelo menos isso! – Disse Gina com uma cara de desapontamento.

- Harry será que você poderia tirar uma foto comigo? – Disse excitadíssima uma setimanista da Lufa-Lufa. Uma garota muito bonita, magra de cabelos lisos e negros como a noite, logo atrás dos dois.

- O que? – Questionou Harry sem entender nada, virando-se e olhando para Gina, como se pedindo socorro. Porém a garota parecia extasiada e com um olhar estranho, um olhar que ele nunca tinha visto antes; ele tinha um misto de ciúmes, mágoa e angústia, o que Harry não entendeu nem um pouco.

- Uma foto Harry; comigo! Por favor, é só uma! – Disse ela com um sorriso maroto e um olhar malicioso.

- Bom eu... – Disse ele olhando para Gina que estava ao seu lado e agora olhava indignada de Harry para a garota. – Qual é mesmo o seu nome?

- Oh, me desculpe pela minha indelicadeza... Lizzie Depp. – Disse a garota pegando, sem permissão, a mão de Harry e lhe dando um beijo no rosto, o qual não foi correspondido.

- Olha Srta. Depp... – Ele tentou iniciar.

- Pode me chamar de Lizzie, nada de formalidades. – Disse ela com a voz melosa de sempre.

- Está bem... Lizzie; eu sinto muito, mas eu e minha amiga Gina... – Disse ele passando o braço pelos ombros de Gina e trazendo-a para mais perto. – Estamos um pouco atrasados e se pudesse nos dar licença, eu lhe agradeceria muito.

- Ah, mas eu acho que a sua AMIGA, Gina, não vai se importar em esperar um segundinho, não é mesmo queridinha? Afinal ela é só sua AMIGA e não tem o direito de se importar com isso. – Disse Lizzie com uma cara de cínica.

“Gina estava sem reação, acho que ela não esperava por aquilo; na verdade eu não estava nem um pouco a vontade com aquela situação, e vi claramente que Gina também não. Como aquela garota tinha a petulância de vir até eles e falar naquele tom de intimidade se nem a conheciam? E ainda mais, como se atrevia a falar daquele jeito com Gina? Afinal não gostara nem um pouco da insinuação de que Gina era só sua amiga, pois na verdade quem os conhecia sabia muito bem que eles eram muito mais que isso; eram...” Mas Harry não concluiu seu pensamento, pois foi interrompido pela resposta de Gina.

- O Harry é livre para fazer o que quiser, e eu não posso decidir por ele, já que sou; como você mesma fez questão de frisar, só AMIGA dele. – Disse Gina com a voz amarga, seu sangue circulava rápido em suas veias, sentia vontade de azarar aquela garota, mas ao mesmo tempo se controlava, pois não podia fazer isso afinal Lizzie tinha toda razão quando se referiu a ela como “AMIGA” de Harry, porém mesmo assim não gostara de ouvir isso, ainda mais vindo dela.

Porém o que mais incomodava Gina era que Harry não tinha dito nada para defendê-la daquela garota oferecida, mas não sabia ela que eram exatamente pensamentos em sua defesa que passavam na cabeça de Harry naquele exato momento.

- E então Harry; tudo bem para você? – Perguntou ela já se aproximando e separando Gina de Harry, o que fez com a raiva daquela garota aumentasse ainda mais, tanto em Harry quanto em Gina.

A garota passou a mão maliciosamente em torno de Harry enquanto esticava o braço e tirava desajeitadamente a tal foto. Logo em seguida Harry se desvencilhou dela e foi até Gina que estava com a face vermelha de raiva, e olhou para Harry com uma expressão nada amigável. O que deixou Harry ainda mais revoltado com Lizzie.

- Acho melhor nós irmos logo de uma vez. – Disse Harry puxando a mão de Gina e conduzindo-a para a cabana do guarda-caças, muito desapontado.

Durante todo o caminho eles não mencionaram sequer uma palavra; Harry até pensou em iniciar um assunto, mas desistiu assim que viu a expressão decepcionada do rosto da garota. Ao chegarem, Hagrid já tinha preparado seu arco e sua aljava cheia de flechas.

- Olá garotos, como vão?

- Bem. – Disseram em uníssono com revolta na voz.

- Hum... Vejo que estão desapontados por perderem a festa de comemoração, não é? – Disse ele com as sobrancelhas erguidas.

- É Hagrid, é por isso sim. – Disse Gina a muito contragosto, pois ainda estava com muita raiva, por Harry ter tirado aquela maldita foto que Lizzie pedira, porém o que mais a irritava era o modo descarado como aquela garota dissimulada tinha se aproximado de Harry, um modo que nem ela tinha se atrevido a se aproximar.

- Bom eu sinto muito, mas hoje vocês não vão poder participar da festa, teremos uma missão muito importante para realizar na zona leste da floresta proibida.

- Na zona leste? – Perguntou Harry, já se lembrando de que era naquele local que Hagrid tinha visto Firenze há tempos atrás, então talvez ele ainda estivesse por lá e finalmente ele e Gina poderiam falar a ele sem nenhum problema.

- Sim na zona leste Harry, por quê? – Perguntou Hagrid meio desconfiado.

- Por nada Hagrid! – Disse Gina rapidamente, para ajudá-lo, pois também já tinha pensado em Firenze. – Mas diga! Qual será nossa missão de hoje? – Finalizou com tom mais calmo e descontraído.

- Ah, é algo bem simples e não exigi muito esforço, só teremos que encontrar uma flor igual a... Espere um pouco, ela está aqui em algum lugar. – Disse Hagrid enquanto procurava a tal flor em um bolso enorme dentro de seu gigantesco casaco de peles marrom. - Ah, está aqui! – Finalizou ele ao retirar uma flor de pétalas lilases e de formato disforme, na verdade não se parecia muito com uma flor.

- O que é exatamente isso Hagrid? – Questionou Harry tentando disfarçar sua expressão de espanto, pois aquela não era uma flor nada agradável de ver e também não tinha um cheiro muito agradável também.

- Oras Harry, isso é uma flor! Eu acho que já disse isso!

- Acho que ele quis dizer para o que ela serve Hagrid. – Disse Gina tentando contornar a situação.

- Ah, mas porque vocês não disseram logo!? Ela é para Madame Ponfrey administrar uma poção contra ferimentos. – Disse Hagrid displicentemente.

- AH... Sim, agora entendi! – Disseram os dois em uníssono, em seguida se encarando constrangidamente.

Logo após Hagrid ter terminado de se aprontar e pego Canino, eles entraram na floresta proibida. Como sempre a floresta estava silenciosa, com suas árvores imponentes; e cheia de vultos estranhos.

Caminharam durante um longo percurso, no qual ninguém dissera nada, às vezes Hagrid os olhava para trás com ar de preocupação e tentava dizer algo, mas logo desistia, pois via que havia algo de errado ali.

Harry estava muito pensativo. “Por que será que o clima entre mim e Gina está assim tão... Diferente? Não consigo entender. Estava tudo perfeito, foi só aquela Lizzie idiota aparecer e estragou tudo! Mas... Será que Gina estava... Com ciúmes? Bom pelo menos foi o que pareceu - pensou ele e sorriu internamente, pois se isso fosse verdade significaria que Gina ainda não o tinha esquecido e que talvez ainda houvesse chances para os dois. - Mas não sei, também pode ter sido só impressão, mas acho que não”.

Pensava Harry, logo em seguida olhando apressadamente para o lado à procura de Gina.

- Gina!... GINA!? – Questionou-se ele ao constatar que a garota não se encontrava a seu lado. O desespero foi aumentando cada vez mais, e um aperto foi tomando conta de seu peito, afinal como fora permitir que ela sumisse de perto dele?! Além do mais ainda não tinham feito as pazes e o clima entre eles não estava nada agradável, mas isso não importava agora, o que mais importava no momento era encontrá-la.

O que houve Harry? – Disse Hagrid se virando para ver o que havia de errado. – Onde está a Gina?

Foi então que ouviu um grito estridente de pavor, que lhe trouxe bruscamente de volta à realidade, pois conhecia aquele grito, já o ouvira antes, e... Era o grito de Gina, o ouvira naquele dia tempestuoso na Toca, e em desespero lhe tomou a alma.

- GINA! – Chamou Harry, desesperado e aos gritos, já começando a correr na direção do grito, porém Hagrid o impediu, lhe segurando pelo braço.

- Acalme-se Harry, assim você não vai conseguir nada, vamos nos separar, assim a acharemos mais rápido. Eu vou por aqui e você por ali. – Disse ele lhe mostrando calmamente o caminho que deveria seguir.

- Está certo Hagrid. – Finalizou Harry, já correndo pelo caminho indicado por Hagrid.
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Gina estava caminhando silenciosamente, com a cabeça meio abaixada, vários pensamentos passavam por sua cabeça naquele momento.

“Isso não está certo, isso não pode continuar, estou me deixando envolver demais... Não quero mais sofrer, nem sei por que deixei que as coisas chegassem a esse ponto; eu não devia ter me deixado envolver tanto assim... Mas que droga! Por que estou me sentindo tão mal com aquilo que a Lizzie disse? Ela está certa, eu sou só amiga do Harry e nada mais, mas é tão difícil não sentir nada quando o vejo perto de outras garotas! Não adianta; eu ainda o amo muito, acho que nunca vou deixar de amá-lo!”

Sua mente só voltou a funcionar quando se deu conta de que tinha parado de caminhar e estava sozinha, no meio da floresta proibida. Não estava entendendo; como foi que se perdera?

Com certeza, assim como ela,Hagrid e Harry estavam tão distraídos que nem se deram conta quando se afastara do grupo. Mas e agora, o que faria? Não conhecia nada daquele lugar, afinal jamais estivera ali antes.

Então resolveu seguir a trilha que estava. Iluminada apenas pela luz da lua Gina seguiu pelo caminho, observando tudo a sua volta com muita atenção, o medo começando a tomar conta de si.

A floresta não lhe parecera tão nefasta quando entrara junto de Harry e Hagrid, mas agora ela estava sinistramente maléfica. Foi então que sentira como se alguém a estivesse seguindo, mas quando olhou para trás não viu nada.

Porém assim que se virou novamente, viu um vulto branco passando a apenas alguns metros à sua frente, foi impossível se controlar, devido ao susto, soltando assim um grito altíssimo.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!

Com o coração disparado e os olhos esbugalhados, Gina estacou paralisada, encarando a figura enevoada a sua frente. Então um vento muitíssimo forte, que fez com que os cabelos e as vestes de Gina esvoaçassem, afastou toda a névoa que havia ali, revelando assim a face da figura altiva à sua frente.

- Me desculpe se a assustei, não era minha intenção. – Disse ela com sua voz doce de sempre.

- Mirian, que bom que é você. – Disse Gina se sentindo aliviada. - Estou perdida aqui, não sei para onde ir.

- Não se preocupe com isso agora, eu estou aqui para tentar esclarecer suas perguntas sem respostas.

- Como assim, Mirian? Você irá...

- Sim, eu irei tentar esclarecer as perguntas que estão lhe deixando tão... Confusa.

- Como? – Questionou Gina inserta, porém não foi preciso dizer mais nada, Mirian segurou fortemente seu braço e tudo começou.

****

Gina viu tudo como se estivesse dentro de uma penseira. Flashes e mais flashes lhe passavam a todo o momento pela cabeça.

Viu toda a vida de Mirian como se assistisse a um filme, a viu estudando em Hogwarts, se apaixonando por Henry, um garoto da Grifinória assim como Mirian, a viu se formar, se preparar para seu casamento com Henry, a viu usando poderes mágicos, fazendo feitiços sem a varinha.

Então viu algo realmente lindo, era um colar de ouro magnífico, tinha como pingente uma pedra vermelha, em forma de coração que brilhava intensamente quando Mirian e Henry estavam juntos.

Então viu Mirian transformando o colar em duas metades que se completavam perfeitamente, os viu vivendo feliz na casa que tinham, e viu finalmente Mirian vestida de noiva em frente a um espelho de três partes, maravilhosamente bela.

Porém também a viu tendo uma discussão com certa moça, também muito bonita de cabelos negros, que lhe pareceu muitíssimo semelhante à Lizzie, e em seguida viu Mirian correr para um labirinto que ficava no jardim da casa.

Então chegando ao centro do labirinto viu Mirian tomando metade de um líquido púrpura, de um frasco transparente. Em seguida ouviu Henry a chamar e correr até seu encontro lhe segurando em seus braços, pois ela já não conseguia parar em pé.

Nesse momento Mirian conjurou uma esfera onde proclamou uma profecia, logo em seguida esta desapareceu no ar, e usando suas últimas forças ela juntou as partes do talismã e o fez desaparecer no ar também.

Então Gina viu os dois se despedirem e se beijaram pela última vez, logo em seguida Mirian acabou de desfalecer para todo o sempre. Tomado de dor Henry a tomou nos braços e a levou até o quarto que seria dos dois, a depositando suavemente na cama, e se debruçando sobre ela em meio á um choro desesperado.

Então Gina a observou atentamente, ela parecia estar dormindo, parecia que acordaria a qualquer momento, mas não foi assim que tudo aconteceu. Mirian estava linda, maravilhosamente linda com aquele vestido de noiva, parecia até uma deusa adormecida.

Quando Gina terminou de observá-la reparou que Henry encontrara o mesmo frasco de líquido púrpura, que Mirian havia tomado, e sem nem ao menos pensar ele se deitou ao lago de Mirian na cama lhe dando um terno beijo nos lábios e pegando em uma de suas mãos, ele bebeu o restante do líquido do frasco, caindo também morto na cama.

****

Gina sentiu como se Mirian tivesse retirado a mão de seu braço e a colocado novamente no mesmo lugar, porém desta vez ela não vira nada e nem tivera flash algum.

Apenas encarava o nada a sua frente como se não houvesse coisa alguma ali, seus olhos estavam vidrados e muitos pensamentos passavam por sua cabeça rapidamente, foi então que se deu conta de como era triste a história de Mirian, e lágrimas de tristeza e compaixão rolaram de seus olhos, molhando todo o seu rosto.

Só então se dera conta de que não era mais Mirian quem lhe segurava pelo braço, mas sim Harry. Na verdade o garoto estava com uma expressão muito confusa em sua face, era como se ele não estivesse entendendo nada do que se passara ali.

- Gina... O que houve? Por que você está chorando assim? – Disse ele preocupado, se aproximando mais da garota.

Ele esperou por uma resposta da garota, porém esta não veio, pelo contrário, o choro de Gina aumentou ainda mais, então Harry deu fim à distância que restava entre eles abraçando-a ternamente e encaminhando-os a se sentarem em uma grande raiz de árvore que se encontrava perto deles.

Não disseram mais nada um ao outro, e Gina apenas chorou por tudo; tudo o que estava engasgado, chorou por Mirian e também por ela, por tudo que ocorrera mais cedo na presença de Lizzie, pelo ciúme que sentira daquela garota, pela situação desagradável que tinha se estabelecido entra ela e Harry, e principalmente pelo amor que sentia por Harry e que ela pensava não ser correspondido.

Depois de um tempo, quando Gina se restabeleceu acalmando-se finalmente, é que Harry começou a falar e fazer perguntas a Gina.

- Está mais calma agora? – Perguntou ele ternamente, e vendo o sinal de positivo feito por ela, continuou a falar. – Então agora me explique como foi que se perdeu, e o que aconteceu que te fez gritar daquele jeito, e porque você estava chorando.

- Eu... Na verdade nem sei como vim parar aqui, estava distraída com meus pensamentos e nem percebi que tinha me afastado de vocês, só me dei conta depois de muito tempo quando reparei que tinha parado de caminhar. – Ela fez uma pausa para tomar fôlego.

- Daí eu fiquei muito assustada, senti que tinha alguém me seguindo, aí olhei para trás, mas não vi ninguém e quando me voltei para frente vi um volto branco passando por mim, levei um grande susto e por isso que gritei.

- E que vulto era esse?

- Depois descobrir que era Mirian, ela veio até mim e me mostrou seu passado, toda a sua história.

- Então me conte, conte tudo, eu quero saber! – Disse Harry muito curioso para saber de tudo.

- Ela estudava em Hogwarts, era da Grifinória, e foi aqui que ela conheceu um garoto, também da Grifinória, o nome dele era Henry.

- Parecido com meu nome, não é? – Questionou Harry meio confuso.

- É, mas voltando... Mirian era talismânica, conseqüentemente tinha poderes mágicos e fazia feitiços sem usar varinha, ela sempre usava um colar muito bonito de pedra vermelha, o talismã, como estava apaixonada por Henry, dividiu seu talismã ao meio dando uma das metades para ele e ficando com a outra para si.

- Então ela dividiu o talismã com ele? - Disse Harry recebendo um aceno positivo de Gina. – E ela podia fazer isso?

- Não faço idéia. – Gina respondeu e fez uma breve pausa, voltando em seguida a falar. - Mirian e Henry moravam juntos em uma linda casa, eles se amavam muito e estavam arrumando tudo para se casarem, e no dia do casamento dos dois... Uma moça muito bonita de cabelos negros; que me pareceu particularmente muito semelhante à Katie, discutiu com Mirian o que a fez correr para o centro do labirinto que ficava no jardim da casa, chegando lá ela tomou um líquido púrpura, que eu penso ser veneno.

- Ela se envenenou?

- Sim, e logo em seguida Henry chegou ao seu encontro a pegando em seus braços, ela usou o restante das forças que tinha para juntar novamente o talismã e profetizar uma profecia em uma esfera que desapareceu no ar, assim como o talismã.

- O que aconteceu depois?

- Ele a pegou nos braços e levou-a até o quarto que seria dos dois a depositando na cama, Mirian estava vestida com o vestido de noiva, e maravilhosamente linda, nem parecia que morrera, parecia mais que estava dormindo um sono profundo.

- Mas e o Henry, como ele ficou nessa história?

- Henry se desesperou e chorando ele encontrou o frasco com o restante do veneno que Mirian tomara, sem nem ao menos pensar ele se deitou ao lado dela e tomou o veneno, morrendo de mãos dadas com seu grande amor.

Harry estava cabisbaixo, e o silêncio predominou por mais uma vez entre os dois, naquele dia, porém isso não durou muito tempo desta vez.

- É uma história muito triste mesmo. – Disse Harry triste da mesma forma que Gina. – É por isso que você estava chorando? – Disse ele olhando de soslaio para Gina.

- É. – Disse ela evitando o olhar de Harry, que ela sabia, estava sobre si.

- Gina...

- O que? – Disse ela ainda evitando o olhar de Harry.

- Olha pra mim. – Pediu ele, ao ver que ela estava evitando-o.

- O que foi Harry? – Perguntou Gina agora o encarando nos olhos.

- O que foi aquilo no campo de quadribol hoje mais cedo? – Disse ele seriamente e sem desviar o olhar dela um só segundo.

- Do que você está falando? – Disse ela se fazendo de desentendida.

- Você sabe muito bem do que eu estou falando Gina! – Disse Harry mantendo seu olhar fixo nos dela.

Gina não sabia o que dizer; pela primeira vez Harry a deixara sem palavras, e aquele olhar sobre si não ajudava nem um pouco, pois já estava mergulhando naqueles lindos olhos verdes.

- Eu não sei, não sei o que houve. Eu não devia ter agido daquela maneira, a Lizzie tem toda razão...

- O que?! Aquela garota não tinha razão em nada do que disse. Ela é uma idiota e atirada isso sim! – Disse Harry com um pouco de revolta na voz, interrompendo a fala de Gina.

- É, mas... Acho que ela teve razão quando disse aquilo de eu não ter o direito de me importar, não é?! Afinal ela tinha razão quando disse que somos só amigos, e realmente amigos não devem se meter nesse tipo de assunto ou situação. – Disse Gina agora sem encará-lo nos olhos, pois se não voltaria a fraquejar e choraria novamente, e não era isso que ela queria.

- NÃO! Gina... – Disse ele pegando no queixo da garota fazendo com que ela voltasse a olhá-lo. – Isso não é verdade, é claro que você tem o direito de se incomodar com o que quiser sobre minha vida! E você sabe por que não sabe? – Fez-se uma pausa, e como Gina não expressou nenhuma reação Harry prosseguiu.

- Por Merlim Gina! Eu acredito nisso. Como Gina? Como você ainda não percebeu nada? – Perguntou ele incrédulo.

Gina abria e fechava a boca tentando dizer algo, mas não conseguia era tudo confuso de mais, não conseguia entender o que Harry queria dizer com aquelas perguntas e onde queria chegar com elas.

- Do que...? Do que você ta falando? – Disse ela contraindo o cenho, muito confusa.

- Como do que, Gina? – Disse ele ainda mais incrédulo. Afinal aquilo significava que apesar de tudo, ela sequer desconfiava que era por ela que seu coração batia mais forte, e que ele era apaixonado por ela, e por isso faria qualquer para vê-la feliz.

- Gina não dá pra acreditar que depois de tudo você ainda não percebeu que eu... – Harry parou abruptamente assim que percebeu que Gina havia entrado numa espécie de transe, pois olhos se tornaram desfocados e sem vida.

- “Você precisa do livro Gina! Vá atrás do livro dos talismãs, lá estão as respostas de que tanto precisa, eu não posso mais ajudá-la, tudo o que podia dizer lhe disse hoje. Boa sorte querida!”

Era a voz de Mirian dentro de sua cabeça; assim que Gina voltou ao normal olhou desesperadamente para os lados tentando vê-la, porém já havia partido.

- Harry... Você ouviu isso? – Perguntou ela com um tom de desespero na voz.

- O que? Do você está falando Gina? – Disse ele confuso e tentando acalmá-la.

- Ela se foi Harry, era ela... Mirian, ela disse que preciso encontrar o livro dos talismãs, que ele irá responder minhas perguntas.

- Acalme-se Gina, se é isso que você quer, nós vamos encontrar esse tal livro, mas agora se acalme. – Disse ele segurando nas mãos dela.

- Desculpe Harry, não pude ouvir a última coisa que você estava me dizendo. – Questionou ela, pois se bem se lembrava lhe parecia que ele estava querendo lhe dizer algo realmente importante.

- Não se preocupe com isso Gina, está tudo bem agora. É melhor nós irmos procurar o Hagrid, nos separemos para te achar mais depressa. – Disse se levantando e estendendo a mão para ajudá-la a se levantar também. Desistira de se declarar para ela ali, naquele momento, afinal já espera até agora, não faria mal esperar mais um pouco até o momento certo chegar.

- Hei vocês! Que bom que estão bem. Vejam o que eu encontrei! – Disse Hagrid com um grande sorriso no rosto, mostrando a eles a flor que eles deveriam ter encontrado. – A encontrei ali mais a diante, já podemos voltar ao castelo. Fim da detenção.

Os dois sorriram para Hagrid e voltaram todos juntos para o castelo.

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