A nova parente
Quando Harry saiu pela barreira da estação 9 e 1/2, que levava os estudantes de Hogwarts ao mundo dos trouxas, viu tio Válter com uma cara aflita. Diferentemente de todos os anos, tio Válter só estava com Duda (cuja cara estava completamente vermelha e inchada).
Harry foi se dirigir a Rony e Hermione para desejar boas férias. Mas antes que pudesse chegar até estes, tio Válter o puxou:
-Ande estamos com pressa!
Harry gritou um adeus fraco e distante aos amigos. Chegaram no carro e
tio Válter arrancou com este antes de Harry fechar a porta, fazendo com que este notasse que realmente estavam com pressa.
Harry não deixou de reparar que não estavam indo pelo caminho que ia em direção a casa na Rua dos Alfeneiros, 4. Ousou a perguntar:
- Mudamos de casa?
- Não – respondeu Duda.
- Então por que estamos vindo por aqui? E por que tia Petúnia não
veio?
- Minha mãe vai ter neném.
- Como?
- Foi isso mesmo que você ouviu, garoto – falou tio Válter entre os
bigodes – E não faça mais perguntas. Ah, o que está acontecendo com esse trânsito hoje, hein?
Harry prendeu o riso quando percebeu que Duda não estava gostando muito da idéia. E também se segurou para não perguntar se tio Válter não sabia, morando em Londres desde que nasceu, que o trânsito era um inferno numa segunda-feira em plenas 11 horas da matina.
Ate chegarem na maternidade ninguém deu um pio (exceto Duda que agora soluçava impulsivamente).
- Esperem aí que eu vou ver onde Petúnia está. – falou tio Válter.
Harry e Duda esperaram em pé, muito nervosos para se sentarem. Tio
Válter apareceu logo:
-Venham conhecer, venham. Ela é linda!
Harry para não contrariar o tio, que estava ardendo de felicidade e, para
implicar com o primo, foi correndo. Este, no entanto, ficou imobilizado.
-Venha Duda! Vamos! Mamãe está te esperando! O que há de errado
com você? Não quer ver sua mãe?
-É Duda, vamos conhecer sua IRMÃZINHA – zombou Harry, já
longe do tio.
Duda foi marchando que nem um soldado.
Chegando no quarto, Harry pôde ver tia Petúnia (que estava parecendo uma morta-viva) e uma menininha em seus braços que conseguira pegar o pedaço mais feio da mãe (o que era difícil de se encontrar) e, o mais feio do pai.
-Vai se chamar Petuninha – anunciou tia Petúnia, agora virando-se
para Duda, que mal tinha entrado no quarto – Venha Eduardo. Não quer conhecer sua irmã?
-Eduardo? EDUARDO? Você nunca me chamou assim. E se quer
saber odeio, essa garotinha nojenta. NOJENTA. – e Duda saiu correndo pelo corredor, parecendo um elefante ambulante.
-O que está esperando Harry? Vá falar com seu primo. – mandou tio
Válter.
Harry saiu, mas não foi atrás de Duda, ficou ouvindo atrás da porta:
-Isso é só uma fase. Um ciuminho bobo. – falou tia Petúnia
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Dois dias se passaram e, tia Petúnia já estava de volta na rua dos Alfeneiros.
Duda emagrecia quatro kilos por dia, porque não descia para comer. Só
comia seus “reservatórios” de bala.
Quando a mãe chegou e foi falar com ele que ainda o amava, Duda caiu
no choro. Tia Petúnia tentou acalma-lo, mas Petuninha chorou! Tia Petúnia não teve como não ir atende-la. Estorou o show! Duda disse que ninguém gostava dele e arma o maior escândalo!
-Calma filho – tentou falar tio Válter.
Depois de assustar Petuninha e a vizinhança inteira, Duda se acalmou.
Tia Petúnia o convenceu a comer, mas é claro ele estava morrendo de fome! Comeu quatro panelas de miojo, três peixes fritos com geléia de amora e batatas fritas.
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Depois de um mês Petuninha já não era mais novidade, pelo contrário já era uma encheção de saco, porque vomitava, chorava a noite inteira e não gostava de barulho!
Mas apesar de tudo, Petuninha era o único Dusley de que Harry gostava um pouquinho. Ela parecia gostar dele também e ela servira para dar alguma moral no Duda.
O tempo rolou como água. E já estavam na metade de Julho, quando Harry foi perceber que por incrível que parecesse ele estava realmente se
divertindo.
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