Dementadores.



Capitulo quatro: Dementadores.

Os dois jovens, então, entraram no banheiro e ligaram os chuveiros. Verificaram bem se não tinha ninguém ali, pois aquela era a hora de fofocar sem que ninguém ao menos atrapalhasse.
-É acho que está vazio – disse Rony aliviado.
Os dois se sentaram dentro da água e mudaram o assunto do corredor, que havia sido Hugo Ching.
-Eu acho que este ano Voldemort está tramando alguma coisa muito pior do que das outras vezes, sinto isto.
-Pois é. Meu pai havia me dito que ele está fazendo um exército de comensais com o maior número possível deles.
-Antes de o jornal ser extinto, li no Profeta Diário, que Azkaban havia informado que um de seus prisioneiros estava se comportando estranhamente. O prisioneiro é Rico Mudlet Ridle. Ele era o filho postiço do Lorde das Trevas. Responsável pela morte de 38 bruxos e 6 trouxas. Uma vez que foi aluno de Hogwarts, ele já era comensal e então, deixou de informar que você – sabe – quem iria atacar outra vez. Ele era misterioso, todos sabiam que ele escondia algo. Mais no dia em que o ataque aconteceu, ele não estava em Hogwarts, e sim atacando junto aos comensais. Só aí, descobriram quem o garoto era realmente.
-Meu pai já havia me dito sobre ele. Na época em que disse, estava uma grande reviravolta, pois Rico havia fugido de Azkaban. Era uma grande chance de você – sabe – quem se refazer e voltar. Mais no final, graças ao Olho-Tonto ele voltou a Azkaban. Olho-Tonto o achou em uma pequena cabana, – invisível a olho nu e sem magia – dentro do território de Hogsmead. Moody só conseguiu pegar Rico, embora uma boa parte de comensais estivesse na cabana, mas eram muitos contra apenas ele. Havia ido sozinho, pois não esperava encontrar comensais dentro de Hogsmead.
-Estran...
TRABUM!
Um estrondo ecoou pelas paredes do banheiro vazio. Os meninos pararam de falar, e se levantaram para ver se avistavam alguém. De repente.
POFT!
Novamente um som esquisito ecoou pelos cantos do banheiro. Rony se assustou e pegou um fio, que mais pareça um pedaço de barbante cor de carne, do bolso de sua veste. O fio cor de carne era apenas uma Orelha Extensível, a qual Fred e Jorge haviam produzido aos montes a dois anos atrás. O fio cor de carne se estendeu em direção aos canos nas paredes verde oliva do banheiro.
-Eu ach...
-Psiu. Quieto. Estou tentando ouvir o que está acontecendo aqui!
Rony começou a ouvir um grito de uma menina bem no fundo, quase imperceptível. O grito começou a ficar cada vez mais alto e agudo. De repente um outro estrondo pairou sobre o ar. Os dois olharam novamente aos canos, mais não havia nada. Viram a sombra de uma silhueta perfeitamente recortada em cima de suas cabeças. Harry se afastou, e Rony gritou o mais alto possível.
-Ai não grite seu ruivo miserável – disse uma menina, com certeza pelo que parecia era um fantasma. Meus tímpanos irão ficar doendo por mais de uma semana por causa disso.
-Quem é você? Pra me chamar de ruivo miserável sem ao menos eu te ter visto uma vez na vida?
-Meu nome é Frida Morghan. Depois que morri, fiquei conhecida como Frida que geme. Sou irmã da Murta que geme.
-Você é irmã daquela sardenta de cabelo ruim? – Disse Rony assustado.
-Sim sou irmã da Murta. Também a acho uma sardenta de cabelos ruins. Vocês não precisam me elogiar pela minha beleza. Sei que imaginam como eu era linda quando viva.
-É. Por uma fração de segundo eu pensei que você fosse uma reencarnação da Murta, só que um tanto quanto mais feia e chata – disse Harry num tom irônico.
-Pombas. Como pode esses bruxos de hoje estarem tão burros a questão de beleza quanto antes? Só sei de uma coisa, não quero perder meu lindo dia pelos canos discutindo com dois bruxinhos de meio frasco. Tchau para vocês seus dois bruxos sem conhecimento nenhum – disse Frida saindo rapidamente pelos canos de que veio.
-Nossa! Já não bastasse aquele professor arrogante, vem essa fantasma nada simpática encher nossas paciências.
-Pois é. Agora vamos indo antes que outro fantasma venha nos perturbar aqui. Eu acho que essa ida ao banheiro já demorou demais para um simples banho não é?
Os meninos desligaram o chuveiro, juntaram suas vestes, as vestiram e partiram para os dormitórios guardar o material, cujo tinham usado na aula de DCAT.
Rony queria continuar o assunto, mas parecia que Harry estava tão avoado, que era melhor ter continuado a falar com as maçanetas enferrujadas nas portas de madeira sujas.
-HARRY! Da pra voltar a real e falar comigo? – Rony já estava impaciente de falar com as maçanetas.
-Ah... Sim. Diga.
-Você não acha que Rico Mudlet Ridle...
-Pare de falar dessas coisas em pleno corredor. Este lugar é um pouco arriscado demais para falar sobre Lord Voldemort. – No que o garoto disse o nome daquele que não deve ser nomeado, por um segundo a luz do corredor inteiro se apagou, e se ouviu um grito que era tão alto que foi possível escuta-lo por toda extensão de Hogwarts. Por um instante sua alma parecia ter se congelado por inteira. Os garotos não sabiam o que havia acontecido. Ele tinha derrubado todos seus livros no chão. Inclusive sua varinha. Quando ele ouviu ruídos, apalpou o chão, tentando achar a varinha, sem sucesso. O corredor estava tão escuro quanto uma noite de inverno. Então, Harry se ajoelhou e gritou.
-Lumus!
Uma enorme luz branca se acendeu na ponta de sua varinha, e então Harry a pegou e segurou tão firme que parecia que iria quebrá-la. Ainda com a ponta da varinha acesa, Harry a apontou para um canto do corredor, mais ali nada havia. Então, apontou para o outro. Seis, talvez sete, estranhas criaturas, recobertas por uma longa capa preta, se aproximavam dos dois. As criaturas pareciam não ter rosto nem qualquer outro membro que aparecesse pela capa. Harry sentiu uma frieza entrar pelo seu ouvido, o congelando por dentro, e então, por um momento pareceu ser a pessoa mais infeliz do mundo. Só aí, descobriu que as criaturas eram dementadores. Ele pulou pra trás, se afastou um pouca mais e gritou:
-Expecto Patronum!
Um raio prateado saiu da ponta de sua varinha, mais nada aconteceu. O dementador chegou mais perto, agora, ele estava a uns 30 centímetros de seu rosto. Harry se desesperou. Tentou achar uma coisa que lhe fizesse muito feliz dentro de si, e gritou de novo:
-Expecto Patronum!
Um raio mais forte, maior, e ainda mais brilhante saiu de sua varinha, o dementador foi pra trás, mais ainda não foi o sufuciente para espantá-lo.
O dementador veio com mais força, derrubou Harry no chão, e então estava prestes a dar o beijo, quando Harry sentiu um cala frio entrar em seu corpo, num momento ele tentou pensar em todas as coisas boas que ele ainda lembrava. Lembrou de quando Hagrid veio lhe buscar para entrar para Hogwarts. Aquele dia ele havia ficado tão feliz quanto qualquer outro de sua vida até então. Ele se afastou do dementador, segurou a varinha firme, e gritou mais alto:
-EXPECTO PATRONUM!
Um veado prateado muito brilhante saiu de sua varinha, e então, foi em cima do dementador, o espantando pra longe. Quando Harry se virou o dementador estava a cinco centímetros da boca de Rony, e então, Harry acenou com a varinha para Rony. O veado foi correndo e pulou no dementador, o jogando longe. Quanto aos outros dementadores, Harry não precisou nem movimentar a varinha, eles já se foram antes disso. A luz do corredor foi acendendo aos poucos novamente, e todos os outros que ali estavam ficaram traumatizados. Rony levantou, mudo, com os olhos arregalados e a cara de espantado mais assustadora que ele já havia feito na vida. Harry não quis mais conversar no corredor, também, mesmo que quisesse, iria ter que falar sozinho, pois Rony ainda estava parado lá atrás.
-Venha Rony! Daqui a pouco o almoço vai ficar pronto, temos q nos arrumare descer para o grande salão! – Harry disse.
Rony correu, e ainda mudo continuou a andar junto a Harry. Os dois pararam em frente às escadas que mudam, e ali ficaram parados, esperando uma delas virar para chegar ao quadro da mulher gorda.
Harry sentiu uma coisa entrar em seu corpo, e sair rapidamente.
-Nossa, mais o que aconteceu com você, ruivinho? Até parece que viu um fantasma! –Disse Nick Quase Sem Cabeça num tom irônico.
Quando Harry puxou o ar para falar o que havia acontecido, o fantasma já havia atravessado a parede repleta de quadros. Quando Harry se deu conta, a escada já havia parado em frente ao quadro da mulher gorda, dali a pouco ela já iria voltar. Então, ele puxou Rony, e subiu a escada correndo. Ele abriu a boca para falar:
-Cabeça de Dra...
A escada começou a mudar novamente. Harry gritou a senha novamente:
-CABEÇA DE DRAGÃO!
Então o quadro se abriu, e Harry pulou para dentro do salão comunal. Mais Rony ficou parado em estado de choque na escada. Harry gritou seu nome, mais ele parecia estar tão surdo quanto às molduras. Harry entrou no salão. Depois de um tempo, Rony chegou bravo.

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