Briga no Expresso...
O Expresso Hogwarts saiu da estação às onze horas como sempre, e daquela vez, Clear sentou-se desde o início com Willow e Matt. Sam veio, tempos depois, para chamá-la para a cabine dos monitores chefes.
- Já estamos atrasados.
Ela foi até ele e quando ele foi lhe dar um beijo desviou o rosto, inventando uma desculpa qualquer. Ele ficou calado, e continuaram andando em silêncio até o vagão dos monitores.
- Desculpem o atraso – disse ela – Tivemos que cuidar de uma garota... ela estava totalmente deprimida, chorando sem parar e tentou se matar, a coitada – mentiu.
Por entre os olhares de surpresa e pena que encheram a cabine ela viu que Riddle sorria. Ele não acreditou nela. E quando seus olhos se encontraram, ela acabou sorrindo também.
Por fim, cada um deles iria patrulhar os corredores, em intervalos de dez minutos. Clear quase matou o professor por isso.
Na metade da viagem, uma garota loira da Sonserina chamou sua atenção e disse que o professor Slughorn a esperava em sua cabine, para um almoço com o “Clube do Slug”. Muito contrariada, ela se arrastou até lá, vendo Sam amarrar a cara por não ter sido convidado.
Havia cerca de dez alunos espremidos na cabine, e o professor ocupava quase dois assentos. Ela entrou, hesitante, e depois de um tempo, achou melhor ir embora.
- Hã, eu... acho que é melhor eu voltar para a minha cabine.
Ela deu meia volta e a porta se abriu no exato momento em que ela esticou o braço para a maçaneta. Qual não foi sua surpresa ao encontrar ali, Tom. Ele parecia sempre surgir nessas horas.
Ela se perdeu em seus olhos no instante em que se encararam, e, mesmo estando quase colados um no outro, nenhum ousou se mexer. Pareciam não se dar conta de que havia mais de dez pessoas assistindo à cena. Depois do que lhes pareceu um milhão de anos, a garota loira falou:
- Vocês não precisam, sei lá, fazer a ronda nos corredores? – perguntou mal-humorada. Ela olhava para Tom como se fosse agarrá-lo a qualquer momento, e Clear se irritou com isso, mas disfarçou.
- Bem lembrado – murmurou – Com licença, Tom.
Ela saiu da cabine, e sabia que ele viria atrás dela. Sentiu o gosto da vitória por ele preferir ficar com ela a com a Sonserina loira, mas que não durou muito. Ele andou atrás dela em silêncio até que ela resolveu parar de fingir que ele não existia.
- Oi, Tom – ele não respondeu – Já entregou o presente do professor?
- Não, não com tantos alunos ali – ela se virou.
- Por que não? – ergueu uma sobrancelha, desconfiada.
- Todos iam começar a lhe dar abacaxis, e eu não conseguiria... o que eu quero – ela sorriu.
- Eu sabia que você estava armando alguma coisa.
Riddle abriu a boca para dizer algo, mas alguém atrás de Clear o fez calar novamente. Era Sam. E em seu rosto uma expressão de completa raiva e incredulidade.
- Clear! Achei que estava no Clube do Slug – disse lentamente.
- E estava. Mas estava muito chato e tão apertado que era difícil até respirar, quanto mais comer alguma coisa... Então resolvi sair.
- É, estou vendo. O que está fazendo com ele?
- Nada. Estávamos conversando.
- Sobre o quê?
- Coisas – ela deu de ombros.
- Que tipo de coisa?
- Droga, nada, Sam! Nada importante. Só... coisas! – disse irritada. Ele começou a retrucar, mas ela interrompeu – Por que você não confia em mim? – ele ficou quieto, então ela continuou – O que eu fiz para você suspeitar de mim? Quando foi que eu traí sua confiança?
- Nunca, mas...
- Nunca! Então será que você podia ser um pouco menos ciumento? Eu estava conversando com ele, não estava fazendo nada de errado. E quer saber? Eu já cansei.
- Cansou? – ele agora estava decididamente surpreso – Cansou de quê?
- Desse seu ciúme idiota! Cansei, cansei de você, quero terminar!
Ele ficou mudo por um instante, engoliu em seco, e se recuperou.
- Ah, é? Ótimo! – gritou dando meia volta.
É melhor assim, pensou ela, eu nunca devia ter começado isso para começar... Só o fiz para deixar Tom com ciúmes. Não era mesmo para dar certo.
- Eu, hum, sinto muito pela briga – disse Tom, tentando sem sucesso esconder o sorriso que se formava em seus lábios, contra a sua vontade.
- Fale a verdade, você adorou me ver terminar com ele!
- Por que teria gostado? – e agora o sorriso saía vitorioso em seu rosto.
- Como eu posso saber? Mas você estava sorrindo o tempo todo, enquanto nós, hum, discutíamos.
- Pense como quiser, Manchester – disse ele, com seu ar superior – Agora, com licença. Eu tenho que ir – E, dando meia volta, desapareceu pelos corredores.
N/A:Minhas mais sinceras desculpas...mais algo deu errado no site,e eu não consegui nem postar os proximos capitulos,nem ler os comentarios,nem ler as fics...simplesmente não consegui entrar...mas para me redimir...vou postar dois de uma vez só,esse e mais um hehe...
Novamente desculpem o atraso!!!!
E continuem comentando,e deixem suas fics,porque eu leio todas...
Bjuss
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