Choros e Despedidas



Capítulo 38: Choros e Despedidas


Um estrondo foi ouvido atrás da porta e seis pessoas entraram na sala sem bater.
-O que...? Ah!– falou Rony assustado, percebendo que Karen não estava sozinha. - Bom Dia, Profº.
Dumbledore balançou a cabeça sorrindo. Harry, Rony, Hermione, Neville, Luna e Cleber retribuíram o sorriso.
-Desculpe Karen. Eles... - disse Adriana desajeitada. Karen balançou a cabeça triste e Adriana saiu logo depois.
-Fizemos tudo que pediu Karen. Agora precisamos de explicações. – falou Harry sentando-se na cadeira ao lado de Dumbledore.
-Eu... Vou deixar vocês conversando. – disse Dumbledore fazendo menção de se levantar.
-Profº! Não, quero que fique. O Sr. precisa ouvir também.
Dumbledore ajeitou os óculos e voltou a sentar.
-Acabamos de ouvir, que você mandou publicar instruções para proteger as famílias das forças das trevas. O que ta acontecendo? – perguntou Hermione se aproximando da mesa.
-Bom... Recebi uma carta algum tempo atrás que revelava o Quartel General dos Comensais da Morte. – Dumbledore se ajeitou melhor na cadeira. – Nessa noite quando o Ministro foi seqüestrado resolvi investigar...
-Quem havia mandado a carta? – perguntou Neville.
-Não havia nenhum nome. Mas... Acabei descobrindo hoje. Bom, a pessoa estava certa, realmente aquele era o Quartel General deles. Acabei chegando exatamente no momento mais importante da conversa. William apresentava Dione Luxcel para a “equipe” deles.
-Foi por isso que não contou na sala de reuniões. – disse Rony.
-Exatamente. Ela é uma espiã. Clabbe e Goyle estão juntos também, cuidam do ministro.
-Descobriu o paradeiro dele? – perguntou Rony.
-Não. Eles aparataram então não deu pra saber. Depois ele... - respirou fundo fechando os olhos. – pediu para que amaldiçoassem Pâmela ou a seqüestrassem. Por ela ser mais próxima de mim. Disse que era só uma questão de tempo para que Carolyn Potter esteja morta.
-Droga! – exclamou Cleber esmurrando a parede. Rony foi até ele murmurando ‘Fica calmo!’
Harry abaixou a cabeça pensativo, enquanto Hermione segurava seu ombro.
-Chamei o Profº Dumbledore para cuidar do cargo do ministro enquanto ele estiver fora. Temos que tomar providências urgentes. Acredito que William cumpra com a sua palavra. É o seguinte... Cleber... Você cuida da Carolyn e da Pâmela junto com o Steven. - ele balançou a cabeça decidido e saiu da sala. – Rony, como lhe disse antes você cuida das buscas atrás do ministro com alguns aurores. Hermione pode acompanhá-lo. Neville e Luna tentem me manter informada da busca. Eu e Harry cuidaremos da Dione e... do William. A guerra começou... De novo.
Todos balançaram a cabeça em resposta, se entreolharam e saíram da sala. Dumbledore e Harry continuaram sentados.
-Bom, cuidarei do que você me pediu antes que seja tarde. Talvez o Primeiro Ministro já saiba do ocorrido, graças a alguma destruição causada por bruxos. Tenham um bom dia. – disse ele saindo da sala deixando um Harry fitando o chão pensativo.
Karen encarou-o por longos segundos.
-Porque não me contou dessa carta? – perguntou ele de repente. Havia raiva em seus olhos.
-Eu...
-Achei que fazia parte dessa história também. Afinal, somos casados.
-Acontece que estávamos separados na época.
-Então era isso. Era por causa disso que você estava vasculhando um mapa.
Karen olhou pra ele nervosa.
-Depois me usou para abrir o livro.
-Bom... Em primeiro lugar eu não usei você eu apenas...
-Quer saber Karen esquece. Se você não quer contar nada pra mim, tudo bem. – disse levantando-se.
-Do que você ta falando?
-Karen, eu cansei de avisar você de que se continuar bancando a heroína do planeta, vai acabar morrendo.
-Você ta chapado, é? Sabe que o que eu mais quero é matar o William. Nem sei por que estou discutindo com você por uma bobagem. Já disse que não contei da carta porque a recebi quando estávamos separados.
-Só que já faz mais de uma semana que estamos juntos e você não me contou por quê?
-Eu não sei Harry. – respondeu ela fracamente.
-O que mais precisa me contar que não contou antes?
Karen pensou bem. Tinha sim algo para contar a ele, não era assim tão importante agora. Mas talvez fosse importante pra eles.
-Estou esperando, Karen! – disse nervoso.
Ela o encarou.
-Quer saber Harry! Vai se ferrar e me deixe em paz. – disse saindo às pressas da sala, encontrou Adriana sentada na mesa ao lado da porta. – Viu Dione Luxcel por aqui?
-Bom, a vi do hall. Mas, por aqui não.
-Obrigado. – disse saindo apressada pelo corredor tinha que acabar com aquela garota rápido.
Lá estava ela parada na porta do escritório de Rony que evidentemente não estava lá.
-Dione! Dione Luxcel! – chamou Karen.
A garota a fitou assustada.
-Deseja alguma coisa comigo... Sra. Potter. – disse desdenhosa.
-Venha! – ordenou ela tentando parecer calma.
Dione a seguiu até a sala de Karen e esta fechou a porta ao deixá-la passar.
-Sente-se, por favor. Deseja alguma coisa pra beber?
-Não, obrigado. – respondeu ela gentilmente sentando-se no lugar oferecido em frente à mesa da chefa. – Não entendo por que me chamou aqui, Sra. Potter.
-Não precisa me chamar de senhora pode me chamar de Karen.
-Então ta... Karen.
-Chamei você aqui pela seguinte questão. Tem algo que precisa... Me contar?
Ela não compreendeu direito.
-Não entendo.
Karen sorriu.
-Por o caso não sabe onde o ministro se encontra?
-Não! – tratou em responder rapidamente.
-Pense melhor. Não se lembra de nada mesmo?
-Não! - tornou a respondeu.
-Deixe-me ajuda-la então. – Karen levantou o braço direito apontando para a porta e pode ouvir o trinque da porta fechando.
-Por que não se ajuda? Se contar tudo direitinho, posso diminuir sua pena em Azkaban. Conta logo onde colocou o ministro!
-Eu não sei onde o ministro está eu juro! – disse ela e tentou aparatar, caindo no chão aos pés de Karen.
-Tentaria não aparatar se fosse você. – disse ela assoprando os dedos. –Anda garota, fala. – Dione bateu contra a parede deslizando até cair no chão. – Sei que trabalha pra ele. Não sou idiota, descobri tudo. Fala logo o que ele anda tramando.
-Não sei onde o ministro está... Ele pediu pra ti vigiar. Disse que vai seqüestrar sua filha e a sua amiga. É tudo que sei.
-Tem certeza?
Ela balançou a cabeça.
-Onde eles então nesse momento? Onde eles estão?!
Dione continuou imóvel no chão.
-FALA! – gritou Karen soltando um feitiço nela que a fez gritar de dor.
-Em Londres. Não sei exatamente... Só sei que é bem longe daqui. – gemeu ela.
-Ótimo! Obrigado por me ajudar em nada.
Nisso Dione voltou a bater na parede com um baque.
-Logo alguém virá pra levá-la. Detesto gente espiã. Tem sorte de não matar você.
Karen destrancou a porta e nesse momento Harry entrou para levar Dione.
-EM BREVE WILLIAM VAI ACABAR COM VOCÊ! – gritou Dione levantando com dificuldade.
-É o que veremos! – disse ela sentando na sua mesa. Harry não a encarou, apenas pegou Dione pelo braço e a carregou para fora da sala.


****


Um homenzinho de longa peruca prateada, retratando em um pequeno quadro a óleo encardido do outro lado da sala pigarreou alto.
-Para o Primeiro-Ministro. É urgente que nos encontramos. Profº Dumbledore.
O Primeiro-Ministro olhou horrorizado ao quadro. Havia tempos que não tornara a ganhar vida.
-E quem é Dumbledore?
-Diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, ele quer a resposta, ministro.
Ele não respondeu fitou o quadro e então disse relutante.
-Diga que o recebei.
Voltou, então, depressa à sua escrivaninha, endireitando a gravata. Mal se sentara e se recompusera para aparentar uma expressão descontraída e impassível, ou assim esperava um clarão de chamas muito verdes apareceu na abertura sob o console da lareira de mármore. Ele observou, tentando ao demonstrar surpresa nem preocupação, um homem alto emergir das chamas, rodopiando como um pião.
-Como vai, Primeiro-Ministro? – saudou o homem com um sorriso bondoso estampado no rosto.
O Primeiro–Ministro não respondeu.
-Sou Alvo Dumbledore, Diretor de Hogwarts. Escola que ensina magia.
-E o que devo a sua visita... Professor?
Dumbledore respirou fundo.
-Claro que deve conhecer Cornélio Fudge, Ministro da Magia.
-Se refere a aquele homem que sempre emerge das chamas também?
-Exatamente. Bom, como acho que ele deve não ter avisado. Um perigoso bruxo está à solta, partidário de Lord Voldemort que já deve ter ouvido falar. Como já disse, ele é perigoso e tende a tramar meios de ferir uma funcionária no Ministério.
-E por que não a demitem?
-Por que é a única que pode acabar com isso. Mas na verdade, não vim aqui falar sobre ela...na verdade precisava falar sobre Cornélio Fudge.
O primeiro ministro não disse nada, então Dumbledore continuou.
-Cornélio Fudge foi seqüestrado hoje, pelo bruxo de que acabo de lhe falar. Precisava avisá-lo de que... Precisam ter cautela. Sem o Ministro da Magia algumas medidas deverão ser tomadas. Antes que a comunidade bruxa vire um caos. Ficarei em seu cargo pro algum tempo até a hora que Cornélio seja encontrado.
O Ministro ficou pensando nas palavras do bruxo. Achou estranho alguém desconhecido falar o que deve fazer naquelas circunstâncias.
-Já tem alguma idéia de onde esteja?
-Na verdade não. Todos estão a sua procura. Quanto a isto não será preciso se preocupar. Então, qualquer coisa estranha que acontecer nos próximos dias... Tenha certeza que é ele. Tentarei cuidar para que isso não aconteça, mas acho que... Talvez algo fuja dos meus domínios.
O Ministro balançou a cabeça.
-Tem mais alguma coisa que posso fazer?
-Bom, só tente avisar o seu mundo desses perigos, não contando a existência dos bruxos, é claro, não queremos que ninguém morra, não é mesmo? – Dumbledore se virou para sair. – Ah! Cornélio o avisara quando voltar. Tudo voltara ao normal novamente... Eu espero. Foi um prazer conhecê-lo, nos veremos daqui a alguns dias, vou tentar lhe manter informado. - disse enquanto tirava um saquinho de dentro das vestes jogando seu conteúdo na lareira. – Até mais, Ministro. – emergindo nas chamas verdes esmeralda.


****


Karen adentrou em casa horas depois. Encontrou um Harry pensativo deitado no sofá.
-Pensei que seu expediente acabava às onze. – disse ele rapidamente sem olhá-la.
-E acaba. –respondeu atirando o molho de chaves em cima da mesa de centro. – Só que resolvi sair às nove. Cadê a Carolyn e o Bil?
-Coloquei os dois na cama agora a pouco. A Sra. Weasley já tinha dado o jantar pra ela.
-Hum. Sabe que Bil não pode dormir na cama com Carolyn! Ele é um cachorro pode... – respondeu ela com os olhos fechados, havia se atirado no sofá mais próximo. – O que tem pra comer?
-Nada.
-Nada? Pensei que você ia fazer o jantar hoje?
-Desculpa, Sra. estressada. Só que como eu estou sem fome, esqueci que precisa fazer o jantar. - respondeu sarcástico.
-Olha aqui, Harry. Se eu não contei pra você era por que eu tinha os meus motivos.
-Ta bom, me poupe dessa, Karen!
Karen olhava indignada pra ele. Harry resolveu encara-la e seus olhos se encontraram por uns instantes. Até que ele resolveu desviar.
-Desculpa Harry. Eu me esqueci de contar sobre a carta. Juro que te contaria. Me desculpa! Eu até tinha me esquecido dela. Eu juro!
Harry não se mexeu, continuou fitando o teto pensativo. Karen se levantou do sofá e se jogou em cima dele.
-Ai, Karen isso dói! – gemeu ele.
-Desculpa. – disse sorrindo, Harry continuava sério. – Você fica bonitinho sério sabia?
Ele voltou a fitar o teto.
-Qual é Harry, eu to tentando te alegrar.
-Pois não tente! – disse bravo.
Karen colocou a perna direita entre as pernas dele, enquanto beijava seu pescoço. Minutos depois ela sentiu que ele estava gostando. Suas respirações se tornaram ofegantes. Até que Karen provocava beija-lo, tocando seus lábios bem de leve.
-Vai me beijar ou não vai?
-To esperando você toma uma atitude.
Ele a segurou de jeito roubando lhe o beijo tão desejado. Como ele a desejava. Quando viram já estavam se amando como um casal apaixonado, como se nunca mais tivessem se visto ou se tocado.


****


Durante aquele dia e toda a semana, o ministério e até mesmo a comunidade bruxa virou de pernas pro ar. A paz e a tranqüilidade dos últimos anos haviam se esvaído de tudo e todos. Carolyn e Pâmela tiveram de ser seguidas por dois aurores aonde fossem. Cleber havia se prontificado em cuidar das duas em tempo integral. Fudge não havia sido encontrado em parte alguma de Londres. Karen por outro lado, não saía mais do seu escritório, pensando na melhor maneira possível, de encontrar alguém desaparecido a mais de uma semana. Tanto esforço em vão, pois depois disso, várias outras pessoas também foram seqüestradas. Além, de serem registrados vinte pessoas dominadas pela maldição imperius, incluindo aurores, vários objetos aprendidos e até mesmo um inferi. Assim como também, Karen havia lido no jornal de domingo, uma mulher havia desconfiado de algumas atitudes do marido e antes que pudesse informar alguém, o comensal disfarçado havia levado-a para o lugar onde muitas pessoas também deveriam estar confinadas.
-Eu não acredito! Mais uma dessas e estou morta. Parece que aqueles avisos não deram efeito nenhum. Eu vou acabar sendo despedida. – baixando o jornal.
-Não seja boba. Não podem despedir você, lembre-se que é a única que pode detê-lo. – consolou-a Harry.
-Até parece que não leu o Profeta de ontem. Karen Potter, a Chefe da Sessão de Aurores que pensa apenas na segurança das pessoas próximas dela. Só faltavam colocar escrito egoísta na testa daquela enorme foto minha que colocaram na capa.
-É... Talvez eles tenham um pouco de razão. Mas, eles fariam o mesmo se estivessem no seu lugar.
-Ah! Isso ajudou muito.
-Já disse que vai precisar de calma agora. – consolou-a segurando sua mão.
-É você tem razão. Mas... É difícil.
-Sei que é. Agora... Vamos pra casa, todos já estão cuidando do assunto. Não há mais nada que possa fazer.


****


Quando chegaram em casa por volta das vinte horas, foram saudados com fortes abraços da filha. Karen se desvencilhou da filha e olhou para Pâmela e Cleber sentados no sofá sérios. Ela estranhou os dois, não estavam brigando, ainda por cima estavam sentados no mesmo sofá e seguravam as mãos como se fossem namorados.
-Estão namorando? – perguntou Karen sorrindo pela primeira vez naquele dia. – Não acredito! Estou tão feliz por vo...
Pâmela olhou para Carolyn pensativa.
-Carolyn, vá lá pra cima, subo logo pra colocá-la na cama. – Karen ouviu Harry dizer atrás de si.
-Até mais! Vamos Bil! – disse Carolyn para os presentes e subindo as escadas correndo, latidos informava que Billy subia junto.
-Karen eu... Preciso ti contar uma coisa.
-Bom, acho que esse não é um bom momento para interromper, mas... Preciso testar vocês para saber se são vocês mesmos. Não acham? – perguntou Cleber forçando um sorriso. -Qual foi a primeira coisa que falou para mim quando nos conhecemos? – perguntou Cleber a Karen.
-Saia da frente, seu idiota. – respondeu Karen séria, Harry deu uma risadinha.
-E Você, Potter?
-Vocês já namoraram?
-Certo! – respondeu Cleber. – Continue.
-Bem, como eu ia dizendo... Tenho que contar duas coisas pra você Karen... E pra você também Harry, claro. Uma boa pra mim e uma ruim pra você Karen. O que quer primeiro?
Pâmela se levantou e foi até ela que continuava imóvel na sala. Ela imaginou o que poderia ser de ruim, já que estava passando por situações muito ruins.
-A Boa primeiro! – respondeu relutante.
-A boa é que... Eu e Cleber estamos namorando e bom... Vamos morar juntos. – disse ela forçando um sorriso triste. Pâmela segurou a mão da amiga com força.
-Que ótimo! Finalmente encontrou a pessoa certa. – disse feliz, mas temendo a notícia ruim. - E a ruim?
Ela respirou fundo.
-Bom, é que... Fui transferida para um outro hospital e... Karen eu vou me mudar...
-Pra onde?
-Pros Estados Unidos.
-Ta brincando comigo, não é?
Ela balançou a cabeça negativamente, uma lágrima rolou do seu olho.
-Não! Eu não vou deixar você ir. Por que foi transferida?
-É bem complicado. Me desentendi com uma funcionária e acabei sendo transferida. Eu não pude evitar. Ela tava falando de você... Minha melhor amiga. Karen vou sentir muito a sua falta. Só que eu... Eu não posso deixar de ir. Me abraça?
Karen abraçou a amiga fortemente. Estava em estado de choque. Por que justamente agora que precisava tanto de alguém ela vai embora.
-Eu nunca vou me esquecer de você.
Karen sentiu um aperto na garganta e tudo que pensava era como seria a sua vida agora. Sem sua melhor amiga para apóiá-la.


****


-Finalmente Carolyn dormiu. – disse Harry cansado ao entrar no quarto naquela noite. – Karen o que houve?
Karen chorava baixinho, sentada na beira da cama. Ele foi até ela e a abraçou.
-Vai ficar tudo bem. Não é o fim do mundo. Pâmela não morreu e ainda vão continuar se vendo.
-Não como agora. – disse ela chorando. – Ela é minha melhor amiga, Harry.
-Eu sei. Quem sabe você arruma outra amiga. Quero dizer... Continua amiga da Pâmela e tudo só...
-O que? É esse o conselho que você me dá? Ninguém será igual à Pâmela. Ninguém! – mais lágrimas rolaram dos seus olhos. – Ninguém!
-Sei disso. Eu não quis magoar você mais ainda.
-ME DEIXA EM PAZ, HARRY! – disse ela indo até o banheiro.
Trancou-se no banheiro e sem querer se olhar no espelho, Karen desabou a chorar. Sabia que não era o fim da sua amizade, mas sentia um vazio como se nunca mais pudesse ver a sua melhor amiga de novo. Era algo incrivelmente estranho.
Torcia muito que a amiga se desse bem com alguém. Que tivesse filhos, se casasse, mas nunca pensava em ter que se separar dela. Muitas pessoas poderiam achar que isso tudo era loucura chorar por alguém que nem vai se importar com você. Estão erradas. Poderiam ser amigas mais se amam e nunca iam se esquecer uma da outra, todas as coisas boas que passaram juntas, as risadas, as brincadeiras, as conversas e segredos. Poderiam se passar muitos anos e elas talvez nunca mais se vejam, mas Karen nunca ia esquecer dela, nunca. Talvez se não fosse a amiga lhe dar forças ela não estaria nem casada com quem realmente a amava. Doía pensar nisso, mas precisava pensar. Não devia ter brigado com Harry naquele momento, mesmo que sua amizade com Pâmela fosse tão grande, Harry estaria ali para protegê-la e ele só queria consolá-la.
Karen abriu a porta do banheiro enxugou as lágrimas e correu para abraçar Harry, que ficou surpreso quando a esposa o beijou.
-Desculpa Karen! Eu sinto muito.
-Eu te amo!


****


Duas semanas depois Pâmela e Cleber já haviam arrumado toda a mudança para a sua nova casa. Karen e toda a família foram se despedir dos dois.
-Então é isso. – disse Cleber. – Cuide-se Potter. – apertando a mão de Harry. Deu um abraço em Carolyn e então se voltou para Karen. – Pois é... Quero que se cuide bastante, Karen. Acho que a guerra continua não é mesmo? E você e Potter talvez sejam as únicas pessoas que possam salvar o mundo. Desejo sorte, por que vai precisar de muita. Eu gosto muito de você. – e abraçou-a. Karen não resistiu e uma lágrima caiu.
-Cuida muito bem da Pâmela!
Enquanto isso Pâmela se despedia de Carolyn e Harry.
-Cuide-se Harry. Cuide da sua família também e não se esqueça da gente. – disse ela abraçando Harry.
-Pode deixar.
-E você baixinha... - disse ela se ajoelhando para falar com Carolyn, Pâmela começou a chorar. – Vou sentir falta de você. Cuide-se. – e abraçou-a.
-Por que você tem que ir? – perguntou ela chorando.
-Eu preciso Carolyn. Prometo que volto. Em breve. Prometo que onde eu estiver vou cuidar de você e da sua mãe, eu prometo.
Carolyn balançou a cabeça obediente. Pâmela se voltou para Karen.
-Pensava em ir embora sem se despedir da gente, é? – disse alguém ao longe. Rony, Hermione e Andrew vinham até eles.
-Boa sorte na sua nova casa, Pâmela! – desejou Hermione. Enquanto Rony apertava a mão de Cleber.
Depois de Pâmela dar tchau a Rony e Andrew, ela voltou a olhar para Karen que derramava lágrimas silenciosas.
-Detesto despedidas. – disse Karen tentando limpar as lágrimas.
Pâmela forçou um sorriso e abraçou a amiga.
-Eu te adoro, ta? Eu nunca vou me esquecer de você. Promete que vai escreve sempre pra mim?
Karen balançou a cabeça.
-Hey. Sabe que não é um adeus.
-Sei disso, sei disso. – murmurou. -Vou sentir sua falta.
-Também vou sentir a sua. - as duas se abraçaram.
-Pâmela! Temos que ir. – sussurrou Cleber.
As duas pareciam não querer se soltar.
-Olha, quero que cuide bem da Carolyn e do Harry, está bem? E de você também. Visite-me sempre que puder que então, eu farei o mesmo. A nossa amizade não acaba aqui. Você ainda será a madrinha do meu filho e assim que puder mando o convite para o meu casamento com o Cleber.
As duas se desvencilharam e se encararam chorosas.
-Seremos sempre as três amigas loucas de sempre. Eu, você e Theury. Não se esqueça disso. – disse Karen.
Elas se abraçaram novamente.
-Vamos Pâmela! – disse Cleber dentro do carro já.
-Me escreva. – disse ela sorridente entregando um pedaço de pergaminho na mão de Karen. – Não se esqueça. Eu te adoro!
-Eu também! – murmurou Karen em resposta.
Pâmela entrou no carro e Cleber deu a partida. Todos começaram a acenar e Karen só parou no momento em que o carro deu a primeira curva e Pâmela desapareceu de vista.
Karen segurando a mão de Carolyn abraçou Harry voltando a chorar com o pedaço de pergaminho que ganhara firma da mão.



N/A: Oieee
Desculpe de novo. Vocês devem pensar o seguinte: ‘Ela sempre pede desculpa e diz que não vai demora pra posta, mas depois demora um século pra atualiza. ’
É chato, eu sei. Só que eu tava continuando os outros capítulos e não deu tempo de beta esse. Ainda mais que eu tava meio que sem criatividade pra escreve alguma coisa e por culpa das provas não dava tempo da minha pessoa beta esse capítulo.
Sobre o Cap:
Ele é meio(totalmente) fora da casinha. Só que eu achei importante pra fic escreve ele. Baseado em fatos reais. 

Ah!
E aí?? Como foi a estréia de HP? Adorei o filme. Só que falta eu olha mais algumas vezes para poder dizer se é o melhor dos 5. 


*Capítulo dedicado a Pâmela, que sei que não vai lê-lo. Mas vai deixa saudades ;~

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