O Seqüestro



Capítulo 36: O Seqüestro


Harry entrou na sala de Karen, com Adriana em seus calcanhares, muito feliz. Karen sorriu ao ver a expressão de constrangimento no rosto de Adriana.
-Tudo bem, Adriana. Deixe-o entrar. – disse sorrindo.
Adriana deu com os ombros e saiu fechando a porta.
-Devia contratar uma nova assistente. – sugeriu Harry.
-Ela só está fazendo o trabalho dela.
-Então... Estamos sozinhos nesta sala? – perguntou ele indo à direção dela.
-Não exatamente. – respondeu ela, antes de Harry começar a beijar seu pescoço. - Harry! Estamos em ambiente de trabalho e se entrar alguém.
-Já entrou. – disse alguém.
Harry soltou Karen rapidamente. Era Caio Smith.
-Oi... Caio! O que faz aqui? – perguntou Karen surpresa, ajeitando as vestes.
-É que... Precisava falar com você, mas... Vejo que está ocupada. – disse constrangido.
-Não foi nada de mais. – respondeu ela, dando um tapa nas costas de Harry.
-Vejo que voltaram. – disse ele.
-É! Voltamos.
Os três ficaram se fitando alguns minutos em silêncio.
-Karen! – chamou Adriana a porta. – Posso falar com você um instante?
Ela balançou a cabeça.
-Com licença. – disse ela fechando a porta ao sair.
Harry tentou se descontrair olhando os grandes quadros postos nas paredes.
-Te desafio. – disse Caio rapidamente.
-O que?
-Um jogo de Quadribol. Quem ganhar... Leva a Karen.
-O que? – perguntou indignado.
-Você é surdo, Potter? Ouviu o que eu disse.
-Acontece que Karen não é um troféu. Ela já escolheu com quem quer ficar e não vai depender do resultado dessa disputa, para ganhar o coração dela. – disse firme. – Eu não preciso dar uma de idiota só por que a vi com outro.
Caio observou irritado, saindo da sala tão rápido que quase derrubou Karen ao passar.
-O que... O que aconteceu com ele? – perguntou ela.
-Dor de cotovelo. Vamos pra casa? – perguntou sorrindo.


****


-Eu não acredito que ele disse isso! – exclamou Karen.
-Disse.
Harry e Karen tinham acabado de colocar Carolyn na cama e já estavam se preparando para dormir também. Só que a proposta que Caio fez a Harry logo cedo, havia tirado boa parte do sono deles.
-Sabe Harry. Deveria pensar no lado dele. Você também faria à mesma coisa se me visse com outro. Como fez uma outra vez.
-Eu?
-Você!

#FLASHBACK#


- O QUE ESTÁ FAZENDO? –gritou ela.
Harry não lhe deu atenção e socou o garoto de novo, puxando a varinha das vestes, apontando para o coração dele.
-HARRY, PÁRA! – gritava Karen tentando parar Harry. Barris rolava no chão ensangüentado. –
-ELE ESTÁ SE APROVEITANDO DE VOCÊ! – gritou ele com raiva.
-NÃO! NÃO ESTÁ! – gritou ela, empurrando ele no chão. – ELE SÓ ESTAVA ME CONSOLANDO.
-Consolando? Está aproveitando da situação para te beijar. Sei que ele gosta de você. – levantou e segurou o braço de Karen.
Barris veio na sua direção e deu um soco em Harry, que cambaleou pra trás.
-PAREM OS DOIS! – gritou ela os separando – Parem! Deixem de ser criança. Vai para a ala hospitalar, Michael.
O garoto olhou feio para Harry e obedeceu a garota, saindo para o castelo.
-Como você é ridículo, Harry! Ele não estava se aproveitando de mim. Como sabe que ele gosta de mim? – perguntou zangada.
-Eu ouvi sua conversa com ele em Hogsmeade. – Karen fitava o chão.
-Anda ouvindo minhas conversas?
-NÃO! SÓ OUVI SEM QUERER AQUELE DIA! – gritou ele. – PORQUE ESTÁ ZANGADA? VOCÊ NÃO GOSTA DELE.
-QUEM DISSE? – respondeu ela gritando mais alto que ele. - SÓ PORQUE FIQUEI COM VOCÊ, NÃO QUER DIZER QUE EU NÃO GOSTE DELE!
-EU DUVIDO! – gritou agarrando ela pela cintura, estava a fim de fazer aquilo há dias. – Eu acredito em você agora. Sei que não o beijou quando estávamos juntos. Desculpe por chamá-la de... Bom, você sabe do que estou falando. - Os dois se fitaram por longos minutos. -Mesmo que não estamos juntos sei que me ama. - sussurrou ele, sem tirar os olhos dela. – Eu não esqueci você, Karen! O que acha que pensei quando a vi beijando outro garoto? Senti tanta raiva que... Pensei... Que tinha me esquecido de verdade agora. – disse ele, suas respirações se tornaram ofegantes. – Eu Te Amo!
-Não sei Harry! – começando a chorar. – Eu não sei se consegui te esquecer... Sempre quando te vejo com Djéssica eu... Fico com raiva, mas... Depois eu...
Karen passou sua mão pelo rosto de Harry. Harry a segurou com mais força e a beijou, sentia falta daqueles lábios quentes. A garota se deixou levar pelo beijo e enlaçou seus braços no pescoço dele. Ele aprofundava cada vez mais o beijo, mas a soltou de repente.
-Acho que você está tentando me usar. – gritou ele. - Primeiro você sempre diz que não me ama, mas depois diz que sim. Você só pensa em você mesma, Karen Mitzel. Nunca decide nada na sua vida. Eu não sei por que estou dizendo isso, mas... Quer saber? Eu amo a Djéssica, prefiro mil vezes ela. Volte a falar comigo, quando realmente me quiser. O que eu quero é que seja nunca mais. – se virou e começou a andar a passos largos para o castelo.
-Ótimo então! Tudo bem! Dá próxima vez não venha com papo furado pra mim, Potter! EU TE ODEIO! – gritou ela bufando de raiva.


#FIM DO FLASHBACK#

-Bom... Na verdade... É! – disse ele. - Mas, Michael mereceu. – indo até o banho, Karen o ouviu abrir o chuveiro.
Karen riu, pôs seus óculos e começara a ler o livro que pegara sobre a cômoda. Harry voltou do banho, com uma toalha amarrada na cintura, secando os cabelos com uma outra.
-Porque está lendo há essa hora? – perguntou ao observá-la.
Sentada à cama, Karen vestia seu habitual camisão largado, ajeitando a franja, atordoada, a todo o momento, pois seus cabelos estavam presos em um coque malfeito, no que deixava vários fios soltos. Lia atenciosamente, os óculos caindo na ponta do nariz, deixando-a cada vez mais bonita.
Parecia não ter ouvido a pergunta que Harry fez a ela. Harry pulou em cima da cama dando um susto em Karen, o livro voou longe, ele riu.
-O que aconteceu? – perguntou agarrando o livro no ar.
-Estava lendo, não percebeu? – respondeu puxando o livro rapidamente da mão dele, abrindo-o novamente.
-Oh me desculpe estressadinha.
Harry voltou para o banheiro.
-Ah, desculpa, Harry! É que eu... Me... - só quando Harry deu as costas pra ela, que então percebeu que ele estava seminu. – assustei.
O marido não deu atenção ao seu comentário, então continuou se vestindo. Ela largou o livro sobre cômoda com cuidado e seguiu até ele, com a voz fraca.
-Sabe que quando estou lendo, gosto de ficar em silêncio. – Karen entrelaçou seus braços pela cintura dele de surpresa, percebeu que Harry ficou todo arrepiado.
-Dá pra me soltar? – perguntou ele gentilmente.
Continuou acariciando o seu peito nu, com o queixo encostado no seu ombro.
-Eu te amo! – cochichou ela.
Ele se virou indo até a cama, se atirou em cima dela e observou Karen olhando espantada.
-É uma boa hora para demonstrar. – desafiou batendo a mão esquerda no travesseiro ao seu lado.
Ela observou o homem quase despido em cima da cama, ainda molhado pelo banho que acabara de tomar. Karen contornou a cama, sem tirar os olhos dele. Deitou-se ao seu lado.
-Está esperando o que? –perguntou Karen se curvando para cochichar no seu ouvido.
Harry respondeu sua pergunta com um profundo beijo.


****


Karen remexia em suas coisas em busca de um livro, que pedira em prestado a Hermione sobre feitiços há algumas semanas.
Quando abriu a gaveta do guarda roupa, onde sempre guardava seus livros mais importantes, preferia esconde-los a deixá-los a mostra em uma estante. Uma caixa de madeira, com um grande brasão de Ravenclaw prateado, chamou-lhe a atenção.
Lembrava nitidamente como foi contada sua existência no seu antigo quarto em sua antiga casa.

#FLASHBACK#


Já tinha se passado dois meses que novamente voltara para sua casa no Brasil, deixando Harry, seu grande amor, para trás.
Tinha a nítida impressão de que tudo passava muito rápido e que parecia que havia se passado centenas de anos.
Estava parada na sacada do seu quarto, observando o movimento da vizinhança, quando a imagem do rosto de Harry teimava em invadir a periferia de sua mente.
Ainda não contara ao pai que estava grávida, esperava o momento certo para contar.
Uma batida na porta acordou-a de seus maiores devaneios.
-Karen! Posso conversar com você? – perguntou Alan enfiando a cabeça por entre uma fresta que abrira da porta. Ele não esperou resposta e entrou no quarto.
Karen reparou que o pai trazia uma pequena caixa de madeira.
-Sente-se, querida. – pediu ele sorrindo.
Ela obedeceu, sentou em sua cama, enquanto o pai puxava uma cadeira para ficar frente a frente com ela. Soltou um longo suspiro, lançou a ela um grande sorriso. Fitou uma foto animada de Shirlei, que Karen sempre deixava junto a cômoda e outro porta retrato vazio, que geralmente havia a foto animada de Karen e Harry se beijando.
-Vejo que retirou a foto do...
-Pai! Por favor! Não quero falar dele agora.
Ele voltou a olhar a foto da esposa.
-Sua mãe era linda, não é? Você e Theury são iguais a ela. Determinadas, inteligentes, bravas... -Alan soltou um risinho. – Karen! Nunca lhe disse isso. Mas... Eu e sua mãe também brigávamos muito. – disse francamente.
-Mas, sempre disse que eram felizes.
-E éramos. – ele olhava pensativo para a foto ainda. Karen percebeu que seus olhos estavam marejados, assim como os seus também. Falar sobre a mãe parecia deixar os dois, com mais saudade do que nunca.
-Às vezes penso como teria sido, se sua mãe não tivesse sido uma herdeira. Se tivesse que dar atenção apenas em nós e não naquele livro. Se não tivesse sido morta pelo sanguinário do William. Seriamos mais felizes, não é? – as lágrimas começaram a cair dos olhos de Karen e Alan. – Sempre soube que deixa-la para trás, era um grande erro. – ele fez uma pausa. Limpou algumas lágrimas que caíram. - Por mais que brigássemos, por mais que... Nos separávamos, eu sempre estive do lado dela. Por isso, Karen... Nunca deixe seu grande amor para trás... Nunca o deixe desprotegido... Pensando que ele pode se cuidar sozinho, por que... Quando você perde alguém que ama muito, não existe um feitiço que possa trazê-lo de volta. – Alan fitou a filha, grandes lágrimas caíam silenciosas dos seus olhos. – Se foi... E tudo que não pode dizer a esse alguém tende a ficar guardado com você para sempre. – Ele suspirou cansado. – Depois que vi o corpo dela no chão, depois que percebi que ela se fora para sempre eu... Queria ter ido junto com ela, queria ficar junto com ela onde ela estivesse. Mas não podia deixar para trás, duas pessoas que precisavam de mim mais do que qualquer coisa. Então percebi que... Todo o amor que senti por ela, todos esses anos, foi levado com ela para o túmulo e que nunca me apaixonaria por alguém de novo. Nunca amaria alguém como amei a sua mãe.
Por um momento nem Karen, nem Alan se atreveram a falar. As lágrimas continuavam a cair dos olhos dela.
-Quando Potter pediu permissão para se casar com você. Tive a nítida impressão de que... Estava me vendo novamente pedindo a mão da sua mãe ao Sr. Parker. Falei o mesmo que seu avô falou para mim, quando pedi Shirlei em casamento para não quebrar a tradição da família. Estava apaixonado e nada que o pai dela dissesse me faria voltar atrás. Confesso que eu mesmo não sabia como tudo aquilo acontecera tão de repente. Lembro que vi sua mãe no trem, soubera por um amigo que uma garota vinha do Brasil para estudar em Hogwarts, tinha se mudado para Londres. Ao sermos apresentados por alguns amigos, admito que não senti nada de especial, apenas percebi que Shirlei era uma garota muito legal e muito inteligente. Lembro que durante um trabalho de poções na biblioteca, eu e ela tivemos uma discussãozinha boba. – disse forçando um sorriso. – Tinha se ofendido quando... Bom, isso não vem ao caso. Nós ficamos... E... No dia seguinte estávamos namorando. Brigamos muitas vezes, tanto enquanto namoramos, quanto na época de casados. – Karen percebeu que tudo que acontecera com seu pai e sua mãe, acontecera com ela e Harry. – Nos separamos algumas vezes, mas parecia que o nosso relacionamento voltava muito melhor e mais feliz, o resultado dessas voltas inesperadas, foi você e sua irmã. Eu amo muito vocês e não quero que sofram o que sofri no passado.
Alan respirou fundo.
-Tem alguma coisa que precisa me dizer?
Karen pensou algum tempo, talvez aquele fosse o momento certo para contar o que estava acontecendo de tão grave, nas circunstancias atuais.
-Afinal, deve ter acontecido alguma coisa para depois de separados, para que você se comunique normalmente com o Potter. Além de ele demonstrar grande hesitação e felicidade, não por saber que ficara com raiva ao ouvir você gritar com ele no telefone e sim em saber que está tudo bem com você e a criança.
Karen arregalou os olhos ao ver o pai sorrir para ela.
-Como...?
-Fui casado com a Herdeira de Rowena Ravenclaw, é normal que saiba. É por isso que vim aqui falar com você e lhe entregar isto. – dando a ela a caixa de madeira que trouxera consigo. Agora olhando atentamente para a caixa, Karen percebeu que havia um grande brasão de Rowena Ravenclaw na tampa. – Sua mãe ganhou de presente da sua avó quando Theury nasceu. Obviamente não sabia que teríamos outra filha e que ela seria a herdeira. Achei que devia fazer o mesmo com você. Sua avó também descobriu que sua mãe estava grávida por intuição de herdeira. – acrescentou sorrindo radiante. – Se sua mãe estivesse viva, também daria isso para você, quando estivesse grávida do seu primeiro filho. Abra! Veja o que é.
Ela obedeceu e abriu. Dentro dela havia uma tiara de prata, pedras preciosas e brilhantes, com certeza diamantes, brilhavam em torno da tiara. Parecia que a um canto fora gravado Ravenclaw nela.
-A primeira vez que a usou foi logo que Theury nasceu, no batizado dela. Essa tiara tem muito poder. Foi com ela que conseguimos cuidar de você e da Theury. Ela forma um elo de proteção sobre a família do portador da tiara. Por isso que as herdeiras escolhem dar as suas herdeiras a tiara, quando elas estão esperando um filho. Pois a partir dali, ela teria formado uma família. Além de dar muita inteligência a pessoa que a utiliza.
Se não quiser usar, não tem problema. O elo paira sobre a família, mesmo que você não use, no entanto que estejam juntos, caso contrário, o elo se quebra.
Ela não falou nada, ainda olhava a tiara atentamente.
-Karen! Eu entenderei se não quiser voltar a ver o... O Harry. Mas, pense no bem do seu bebê, ele ou ela precisa de proteção agora mais do que nunca e o fato de você usar a tiara longe do Harry, não adiantaria nada. Precisa tomar uma decisão, mas saiba que... - Alan segurou a sua mão, Karen encarou-o. - Vou estar com você, para o que der e vier. Não gosto do Potter, admito. Mas preciso pensar no seu bem e não no meu orgulho bobo.
Ela balançou a cabeça em resposta, uma lágrima rolou do seu olho direito.
-Ah! Pai! – e o abraçou fortemente.


#FIM DO FLASHBACK#

Porém o grito de Harry no andar de baixo chamou sua atenção.
-KAREN! ANDA LOGO! RONY E HERMIONE JÁ ESTÃO INDO.
Karen encontrou o livro perto da caixa, ignorou-a e saiu correndo em direção da porta.
-Valeu pelo livro, Hermione.
-Quando precisar é só me pedir. - disse Hermione sorrindo.
-Vamos indo então. – disse Rony por fim. – Andrew! Vamos logo!
Carolyn, Andrew e o crupe Bil desceram as escadas, as crianças riam alto aos latidos do, pelo menos, quase cão.
-Que foi pai? – perguntou Andrew risonho.
-Nós já estamos indo.
Andrew foi para perto da mãe.
-Não posso brincar com a Carolyn mais um pouquinho? – perguntou ele a Hermione.
-Sabe que não, querido. Eu e seu pai precisamos trabalhar amanhã. Amanhã vocês brincam na casa da sua avó.
Rony olhou do filho a Harry e Karen.
-A gente se vê amanhã.
Karen se esgueirou e abriu a porta para eles.
-Até amanhã, Carolyn. – disse Andrew, Carolyn assentiu com a cabeça.
-Até mais. – disse Hermione a eles e estão saíram.
Harry se atirou no sofá. Carolyn correu para o quarto e Karen fechou a porta, seguindo para a cozinha, logo depois Harry a seguiu.
-Por que demorou tanto para descer? - perguntou ele.
Ainda estava chocada com o que seu pai lhe contara na época, era triste lembrar.
-O que?
-Você me ouviu!
-Ah! Claro! Bom... É... Que encontrei algo de incrível importância no armário.
-É mesmo? O que era?
Ela não respondeu de imediato. Talvez esperasse um outro momento para contar.
-Mamãe! Pode subir aqui?
-Já estou indo, querida! – disse ela não dando atenção a que Harry havia falado. Ele a encarava curioso.


****


-Está na hora de colocar a mão na massa! – disse William com firmeza, retirando o capuz para revelar suas bonitas feições.
-O que? – exclamou Susan. – Colocar a mão na massa aonde?
William não deu atenção a Susan.
-Acabei de conversar com outros Comensais da Morte. Alguns estão dispostos a trabalhar para um Lord morto, outros não. Mas não importa, pois em breve Lorde Voldemort renascerá das cinzas e ele verá quem foi realmente leal a ele.
-Sabe que isso não vai acontecer. – arriscou Carlos.
-O que?
-Não existe um feitiço ou encantamento que possa dar vida a um ser morto.
-Aí que se engana. Existem formas que muitos discordam em usar. Para isso precisamos reunir seguidores. Alguns são novos no ramo ou não. Mas o que importa é que em breve seremos um só, um só grupo contra o bem e um grupo muito maior que eles.
-Então quem são eles e o que pretende fazer agora? – perguntou Susan.
-Comensais que ainda não foram para Azkaban. A primeira coisa que precisamos fazer é afastar alguém que sabemos que tem um poder meio improvável e ter um pouco de diversão com essas pessoas desprotegidas. – disse com um sorriso malicioso e um ar pensativo.
-Quem? Eu duvido que consiga pegar Karen e o Potter. – disse Carlos.
-Não é nenhum deles. Já disse que alguém que tem o poder de mandar em pessoas que podem nos deter.
-Se não é a Karen, só pode ser... - disse Susan contando nos dedos que um mais um era dois.
Carlos segurou o braço de William com firmeza.
-Se eu fosse você me soltaria Carlos.
-Pare com isso, William. Está nos colocando em uma roubada. Não vai dar certo.
William puxou a varinha, jogando um feitiço em Carlos, que além de soltar seu braço, bateu fortemente contra a parede.
-Não me diga o que fazer Muller. Eu sei o que estou fazendo, tenho tudo sobre controle. Se desistir do nosso trato, pode se considerar morto. Você vai fazer o trabalhinho sujo pra mim e se fazer alguma coisa errada, como fez da última vez... Bom, você já sabe o final. – disse ainda apontando a varinha para o peito dele. – Depois que vocês o pegarem, tem mais alguns desaparecimentos que devem ser noticiados e cheguem aos ouvidos da Karen.
Carlos não respondeu, esperou William se afastar para poder levantar-se. William encarou Susan.
-Isso vale para você também. Vou dar as instruções apenas uma vez. Se acontecer qualquer errinho... Tudo vai por água abaixo. É o seguinte...


****


Carlos e Susan ouviram atentamente as instruções que William lhes passou e resolveram agir naquela mesma noite.
Aparataram juntos em um beco em frente a uma cabine telefônica. Um carro se encontrava em frente, como já era esperado, onde o motorista esperava com um ar impaciente por alguém. O outro homem estava parado ao lado do carro, vigiando todas as direções, provavelmente, um auror.
-Tudo bem! Vá dar um jeito no auror, que eu cuido do motorista. – cochichou Carlos, sem desviar o olhar dos dois homens logo em frente.
-Porque eu fico com a pior parte? Onde anda o cavalheirismo hoje em dia? – respondeu Susan ofendida.
-Não reclama Susan. Você aparata mais rápido que eu. Bom, você já sabe o plano.
O auror, ainda atento a cada passo estranho, percebeu que haviam aparatado as suas costas. No momento em que se virou Susan o desarmou e rapidamente o estuporou. O motorista parecia sonolento, não percebeu a agitação. Carlos o estuporou facilmente.
-Isso foi fácil demais. – destacou Susan.
-Eu sei!
Ele olhou para a cabine e se abaixou rapidamente. Susan percebeu que sua principal vítima estava se aproximando, se escondendo também.
Cornélio Fudge cantarolava baixinho, enquanto saía da cabine. Sentiu a ponta de uma varinha em sua têmpora direita e um braço envolver sua garganta. Ele viu uma garota a sua frente com a varinha em punho. Fudge puxou a varinha e antes que pudesse usá-la, ela vôo longe de sua mão, tudo foi muito rápido.
-Eu sinto muito, ministro. – sussurrou uma voz masculina, as suas costas. Depois disso não viu, nem ouviu mais nada.



N/A: Bom, esses foram os posts do dia.
Espero naum demorar tanto pra posta os capítulos seguintes..
Fiquem atentos...
Espero que tenham gostado de todos esses capítulos e da fic em geral. Comentem!!
Beijos 

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