A Reconciliação



Capítulo 35: A Reconciliação


Carlos se separou dela alguns centímetros e ainda com os olhos fechados, mas, com um ar sonhador, disse:
-Você beija tão bem quanto antes. – abrindo os olhos logo depois. – Nunca esqueci você. Nunca amei a Susan como amo você.
Havia esquecido completamente do que fazia ali. De que fora mandado por William e estava a trabalho. Principalmente que devia esconder a marca negra, só que já era tarde.
-Carlos, diga que... Que você não é um... Um... - disse ela apontando para a marca, ao se afastar dele.
-Karen! Eu posso explicar. Fique tranqüila, eu... Eu não vou machucá-la.
-Mentiu pra mim, esse tempo todo. Para quem está trabalhando?
Ele não respondeu.
-Claro! É óbvio! Está trabalhando pra ele, não é? Sempre foram amigos. Foi você que alterou aquele balaço para atingir o Harry. Como pôde?
-Eu... Eu não fiz por mal. Karen, eu ainda te amo. Fiz isso tudo por amor.
-Amor? Matar a pessoa que mais amo parece ser amor pra você? Poupe-me!
-Por favor, me perdoe. – sussurrou.
-Prometa uma coisa. Não volte atrás dele. Você não nasceu para ser um comensal. Fique longe dele, só me prometa isso. Se não... Terei que manda-lo para Azkaban
-Não posso prometer isso. Mas, tome cuidado... É tudo que posso te dizer. Eu ainda amo você. – e aparatou.
Karen olhou transtornada para todos os lados na esperança de vê-lo, mas não havia mais nada ali.


****


-Então ele era um comensal? – perguntou Rony surpreso.
Karen balançou a cabeça, estava muito abalada.
-Harry ainda não teve nenhum sinal de que vai acordar. Parece que ainda vamos continuar tendo um auror a menos.
-Fique quieto, Rony! Não importa se temos ou não um auror a menos, o que importa é que Harry está mal e... - disse Hermione, que olhou para Karen, que esta parecia não importar nenhum pouco com que falavam. – Karen! Você está bem?
Ela balançou a cabeça, uma lágrima teimou em cair.
-Mamãe! – berrou Carolyn ao vê-la.
Carolyn correu até ela e a abraçou fortemente.
-Cadê o papai? – perguntou ela preocupada.
-Bem, querida. – respondeu Karen sem voz.
-Não quer beber um chá? – perguntou Hermione
Karen respondeu que não com a cabeça.
-Karen! Ta na hora de acabar com essa história de vez. Vamos o Profº Dumbledore vai lhe contar. – falou Rony.
Ela olhou intrigada.


****


Era muito cedo, os corredores estavam praticamente vazios e apenas os passos dos dois ecoavam pelo corredor.
-Eu não sei o que é que Dumbledore quer me dizer, mas, é piada. Rony, eu não quero descobrir nada agora. Chega! – disse ela se virando para voltar, estava desanimada.
-Sinto muito, mas precisa vir comigo. – disse ele puxando-a.
Rony murmurou algo inaudível à gárgula que começou a se mexer. Não bateu na porta, apenas foi entrando.
-Rony! Cadê a sua educação. Bom dia, Sr. – disse Karen.
Dumbledore contornou sua mesa e olhou fixamente para os dois.
-O que devo a honra dessa visita inesperada?
-Professor! Abra o jogo com Karen. – disse Rony rispidamente.
-Jogo?
-Isso mesmo, sobre o livro e tudo o mais. Precisamos acabar logo com o William enquanto a tempo. Ele já feriu um de nós e não vamos deixar isso escapar.
-Sr. Weasley. Não está falando coisa com coisa.
-Profº! Precisa contar a Karen algo que ela já devia ter descoberto há muito tempo. Todos já sabem menos ela. Ela precisa saber disso para acabar logo com o William. – disse Rony nervoso.
Karen olhava para os dois intrigada.
-Pois muito bem. O Sr. Weasley tem razão. Você já está preparada, Karen.
-Preparada pra quê?
-Karen, você já leu o livro que herdou? – perguntou Dumbledore parecendo preocupado.
-Não! Quero dizer, eu nunca precisei fazer muita coisa com ele. Bom, não totalmente...
-Sabe por que o livro é poderoso? – perguntou Rony.
-Não, exatamente.
-Salazar Sonserina foi o único bruxo que conseguiu descobrir uma poção que pode transformar você num fantasma, não um fantasma como esses que vagam por Hogwarts. Um fantasma que pode roubar o poder de um grande bruxo poderoso.
-Mas, isso não é arte das trevas?
-Não... Exatamente! Pois, depois de passado o poder para o seu corpo, ele deve passar para um outro bruxo, não importa se está morto ou não. Só que depois disso ele morre, para nunca mais voltar.
-Onde entra meu livro nessa história?
-Rowena tentou detê-lo de preparar esta poção. Então preparou uma outra, que não o deixasse morrer.
-Então...
-William quer ressuscitar Lord Voldemort. Só que pra isso... Ele precisa do SEU livro para conseguir preparar a poção para que ELE, não morra. Por perder seu mestre antes do Lord mostrar como ser um comensal e saber reunir seguidores, William não saberia como reagir perto de você, então a mataria. Ele não é mais o próximo herdeiro, não é? Terminando com a sua vida e a de Carolyn, ele seria o herdeiro.
-Essa é a importância de você e Harry estarem juntos. Se estiverem juntos Carolyn nunca seria tocada e William nunca teria a menor chance de terminar com a sua vida e a de Harry. O amor constrói barreiras contra o mal e você sabe disso.
Karen observou os quadros dos diretores de Hogwarts pensativa.
-E se mentíssemos para nós mesmos que estamos juntos, mas não estamos.
-Como assim?
-Fingíssemos que estamos juntos, mas, não temos nenhum contato.
-O livro sente. Aquele livro é mais inteligência do que qualquer um de nós. Acha mesmo que poderia mentir para o livro?
-Eu só tentei.
-Karen, agora você já sabe a real intenção de William. Pense no que realmente quer. Harry e Carolyn vivos ou mortos?


****


-O que? – exclamou William furioso. – A primeira coisa que pedi pra fazer antes de sair daqui. Você é patético!
-Concordo plenamente. – disse Susan lixando as unhas.
-Eu disse que isso não ia dar certo! – falou Carlos nervoso.
-Acontece que pelo menos, deveria tentar que desse tudo certo. Pelo menos descobriu alguma coisa?
-Sim! Já que perguntou. – disse sonhador. – Karen ainda me ama.
William o empurrou. Carlos caiu sentado em cima de uma poça.
-Idiota! Se você fosse o grande amor da vida dela, era com você que o livro se abriria e não com o Potter.
-É sério? – perguntou Susan assustada.
-Pelo visto é sempre a última, a saber, não é? - perguntou Carlos sarcástico, já se recompondo.
Susan lhe lançou um olhar desdenhoso.
-Qual é o próximo plano agora, já que o idiota Müller acabou com o último? – perguntou Susan zangada.
Foi a fez de Carlos lhe lançou um olhar peçonhento.
-Vamos descobrir informações de dentro do Ministério agora, vamos esperar para que... Karen Mitzel diga a eles o que fazer.
William sorriu.


****


Tinha passado uma semana, em que Harry se encontrava inconsciente na enfermaria próxima ao campo de Quadribol. Karen fazia questão de ficar próxima a ele, para que a primeira pessoa que ele deveria falar fosse ela. Já estava escuro, Karen era a única pessoa acordada naquela enfermaria. Pensava no que faria se voltasse com Harry, pois estava com medo de perdê-lo. Não sabia se deixava tudo acontecer naturalmente. Harry suspirou profundamente e então suas pálpebras até àquelas horas fechadas, foram se abrindo devagar. Karen sorriu ao perceber que finalmente ele acordaria. Ele quis levantar um pouco a cabeça, mas o peso das bandagens em sua cabeça o fez deitar novamente.
-Você está bem? – perguntou ela se aproximando da cama.
-Estaria bem, se não tivesse um monte de porcarias em volta da minha cabeça e uma pessoa, extremamente irritante, do lado da minha cama.
-Pelo jeito não está.
-Posso saber o que faz aqui?
-Cuidando de você. Se você acordasse, quem iria contar o que aconteceu?
-Eu já sei o que aconteceu. Fui atingido por um balaço.
-Por culpa do Carlos.
-O que? – uma pontinha de esperança renasceu dentro dele. Finalmente, não a veria com ele.
-Isso que ouviu. Ele era um...
-Um o que?
-Um... Comensal. – disse rapidamente.
Harry fingiu não ter ouvido.
-Harry, deixa de ser ridículo.
-É isso que dá confiar em pessoas que nunca mais viu na vida.
-Não tem graça, Harry. – disse ela aborrecida. – Preciso contar uma coisa importante.
-Ótimo! Mas, primeiro... Pode tirar essas bandagens da minha cabeça.
Karen riu baixinho.
-Está bem!
Uma vez retirada às bandagens, Karen contou a ele toda a história que Dumbledore lhe contara. Cortando a parte de que deveriam voltar a ficarem juntos, para sobreviverem.
-Eu já sabia. – deixou escapar.
-Já sabia? Porque nunca me contou?
-Por que era um segredo. Na verdade, quando descobri essas coisas todas, nós tínhamos brigado, então não pretendia contar nada a você.
-Ah!
Os dois ficaram em silêncio alguns minutos, apenas ouvindo os roncos dos pacientes na enfermaria. Karen pensou bem no que ia falar.
-A gente precisa voltar! – disseram os dois timidamente, um para o outro.
Os dois se olharam intrigados.
-E... - continuaram os dois juntos. – Ah! Pára de falar junto comigo.
-E se der errado? E se continuarmos brigando como cão e gato? – perguntou Karen.
-Precisamos correr o risco. Não podemos dar importância às brigas bobas que temos. O que importa agora é... Pensar na sobrevivência da NOSSA filha juntos, ta legal?
Karen balançou a cabeça.
-Eu ia dizer isso pra você antes, mas... A gente acabou discutindo. – continuou ele cabisbaixo. – Fico feliz de ver que você teve uma reação normal.
-Como assim?
-Achei que ia brigar comigo de novo. A verdade é que...
Harry estava a poucos passos de dizer um “te amo” pra ela, quando a curandeira abriu a porta arrastando os chinelos sorrindo.
-Que bom que acordou Sr. Potter. Está se sentindo bem?
-Ótimo! –respondeu se afundando na cama.
-O que queria dizer Harry?- perguntou Karen.
-Acho melhor a Sra. voltar pra casa. O Sr. Potter precisa descansar agora. – interrompeu a curandeira de novo.
-Faça o que ela diz Karen. Diga a Carolyn que estou bem.
Karen balançou a cabeça e murmurou alguma coisa como, “até mais!”.


****


Alguns dias depois, que se passaram todos aqueles acontecimentos. Harry voltara pra casa com vida novamente e disposto a reconquistar Karen da forma tradicional. Comprou suas rosas favoritas e um presente para Carolyn. Tocou a campainha duas vezes e lá estava ela, vestindo uma calça que justava as suas curvas e uma regata branca.
-Oi! – cumprimentou ela sorridente. – Aconteceu alguma coisa?
-Não! Quero dizer... Passei aqui pra trazer este presente a Carolyn. – disse ele encabulado. - Estas rosas são pra você. – entregando o ramalhete.
-Que gentileza, Harry. Não precisava. São lindas.
-Não tão lindas quanto você.
Karen sorriu.
-Papai! - gritou Carolyn alegre a suas costas.
-E aí, Carolyn? Trouxe isto pra você. – disse ele se ajoelhando.
-O que é?
Seus olhos brilharam quando ela olhou para a porta.
-Um cachorro! – disse correndo para acariciá-lo.
-Um cachorro? Onde pensa que vai colocá-lo? – perguntou Karen observando a filha brincar com um cachorro muito parecido, ou talvez um terrier marrom.
-Ele não é um cão comum. Ele é um Crupe.
-Mas e os trouxas?
-Relaxe! Peguei uma licença no Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. O rabo já foi cortado e já está tudo sobre controle. Achei que se Carolyn gostaria de ter um cãozinho.
-Até que é uma boa idéia. – disse Karen, indo até a cozinha para colocar suas flores numa jarra.
-Que nome vai dar a ele? – perguntou Harry sorrindo.
-Você escolhe pai.
-Eu? Ta bom então. Hum...que tal...Bil Billy?
O Crupe latiu de felicidade.
-Parece que ele gostou. – disse Carolyn. – Obrigado, pai.
-O que acha de levarmos o Bil pra passear? – perguntou Harry.
-É uma ótima idéia. – respondeu Carolyn que não largava mais O Crupe. – Vamos, mamãe?
Karen que observava os dois de longe.
-Não!
-Ah! Anda Karen! O que custa? – perguntou Harry.
Ela pensou um pouco.
-Ta bom, eu vou. – disse ela por fim.
-Finalmente. – disseram Carolyn e Harry juntos.
Os três caíram na gargalhada. Enquanto Carolyn brincava com o crupe mais a frente, em direção a praça perto de suas casas, Karen e Harry iam logo atrás lentamente. Caminhavam sérios sem darem nenhuma palavra. Aquilo tudo fez lembrar um pouco de Hogwarts, no dia em que trocou um beijo com Karen.

#FLASHBACK#


-...E o Brasil, como é lá? – perguntou sorrindo.
-É ótimo! Devia me visitar alguma vez, seria ótimo.
-Não vou me esquecer do convite! – respondeu sorrindo.
Karen o fitou por alguns segundos um pouco séria.
-Sabe, posso te fazer uma pergunta? – perguntou ela.
-Claro! – disse sorrindo.
-Sua cicatriz não dói?
-Só quando o perigo está perto. - respondeu sério.
-Quando o perigo estiver perto? Quer dizer Voldemort não é?
Harry a olhou surpreso. Era incrível como ela não tinha medo de pronunciar aquele nome.
-Desculpe! Você-Sabe-Quem...Quero dizer.
-Não tem importância, acho que não tem porque não pronunciar esse nome.
-Pensei que não gostasse. - Disse olhando para o lago, depois voltou a fitá-lo. - Posso... Tocar... Na sua cicatriz?
-Você é quem sabe. – disse levantando a franja.
Karen tocou de leve a cicatriz.
-Tem certeza que não está doendo? – perguntou cautelosa.
-Tenho! – respondeu sorrindo.
A garota tirou os dedos, sorrindo. Os dois se fitaram por longos minutos e Harry chegou mais perto de Karen e se beijaram. Harry não sabia quanto tempo ficaram ali, só sabia que podia ter sido uma eternidade, que não queria que acabasse.
Os dois se separaram Karen o olhou e sorriu. Harry retribuiu o sorriso.


#FIM DO FLASHBACK#


Ele sorriu.
-Do que está sorrindo? – perguntou Karen curiosa, se sentando em um dos balanços, sempre vendo onde Carolyn estava.
-Lembrei de uma coisa. - respondeu se sentando também. - Da primeira vez que nos beijamos. – Harry não a fitou, mas, percebeu que ela lhe olhava.


Você pegou minha mão
Você me mostrou como
Você me prometeu que ficaria por perto
Aham
Tá certo...
Eu absorvi suas palavras
E eu acreditei
Em tudo que você me disse
É, aham
Tá certo...

Se alguém dissesse há três anos atrás
Que você iria embora
Eu me levantaria e socaria todos eles
Porque eles estariam errados
Eu sei melhor que eles
Porque você disse "para sempre"
"E sempre"
Quem diria...


– Não acha que precisamos conversar sobre...
-Se devemos ou não ficar juntos?
-É! – respondeu rapidamente. - Tem uma coisa que queria dizer antes, mas... A curandeira não deixou.
Karen riu.
-O que é?


Lembra-se quando nós éramos tao bobos
E tão convencidos e tão, tão legais
Oh não
Não não
Eu queria poder te tocar de novo
Eu queria poder ainda te chamar de amigo
Eu daria qualquer coisa

Quando alguém disse seja agradecido
Para aqueles que já não estão por perto
Eu acho que eu não sabia como mesmo
Eu estava totalmente errada
Eles sabiam melhor que eu
Ainda sim você disse "para sempre"
"E sempre"
Quem diria


Ele estava tão sério e tão pálido, que Karen achou que estaria tendo um acesso ou coisa do tipo.
-Só que... Estou com medo de... Dizer... Que...
-Me ama. – terminou ela.
-Tem que parar de retirar pensamentos da minha mente.
-É por isso que precisa aprender Oclumência.
-Só me responde uma coisa, Karen. Você sente o mesmo que eu sinto por você... Ainda? Porque se não...
-Harry eu...
-A gente pode esperar um tempo pra pensa nisso ou...
-Harry! – chamou ela segurando a mão dele.
Harry olhou para sua mão e para o rosto dela.
-Eu ainda amo você. – continuou ela.


Yeah yeah
Eu te manterei trancado em minha mente
Até nós nos encontrarmos novamente
Até nós...
Até nós nos encontrarmos novamente
E eu não te esquecerei, meu amigo
O que aconteceu?

Se alguém dissesse há três anos atrás
Que você iria embora
Eu me levantaria e socaria todos eles
Porque eles estariam enganados
Aquele último beijo
Que eu apreciarei
Até nós nos encontrarmos novamente
E o tempo torna tudo mais difícil
Eu queria poder me lembrar
Mas eu mantenho sua memória
Você me visita em meus sonhos
Meu querido,
Quem diria


-Porque demorou tanto pra dize isso?
Karen sorriu e o beijou. Carolyn deu vivas de alegria ao verem os dois juntos. Harry sorriu de alegria entre um beijo e outro, sem desgrudar seus lábios dos dela.


Meu querido, meu querido
Quem diria
Meu querido, sinto sua falta
Meu querido
Quem diria

Quem diria...



N/A: Oieee
O que acharam dessa reconciliação? Acham q eu vou separá-los novamente como eu sempre faço?
A resposta para a última pergunta só será respondida se continuarem lendo e a penúltima se comentarem. shuahsuhahsauhshua
Beijos

Letra da Música: Pink - Who Knew ( Essa musica é muuuuuuuuuuuuuuuuuuito velha só que eu vivia ouvindo ela a um tempo atrás)

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