A Casa dos Mitzel



Capítulo 14: A Casa dos Mitzel


Harry estava radiante, nunca estivera tão feliz em tão pouco tempo. Ele e Karen passaram o baile todo, juntos sem se soltarem um minuto sequer. Naquela manhã, todos iriam dormir até mais tarde, pois não haveria aulas para os alunos do quinto, sexto e sétimo ano, porque logo todos estariam indo para suas casas para passar o Natal. No café da manhã, que seria um pouco mais tarde, Karen foi até a mesa da Corvinal atrás de sua irmã e Pâmela.
-Ai vem a Excelentíssima Alteza. Como foi à noite? – perguntou Pâmela sorrindo, quando Karen se sentou defronte a ela.
-Muito boa se você quer saber! Ótima! – disse Karen sorridente.
-Viu só? Eu disse pra você que se voltasse com Harry, seu pai não ia vim buscá-la tão cedo. – Theury lhe deu um cutucão. – Que é?
Um homem de aspecto simpático, alto, moreno, de olhos muito verdes e cabelos pretos, aparentava ter uns 30 ou 25 anos, vinha até elas.
-Falei isso cedo de mais? – perguntou Pâmela forçando um sorriso para o recém chegado. Karen se virou levando um susto.
-Pai! O que...?
Ele se inclinou e abraçou as duas filhas, uma depois da outra.
-O que está fazendo aqui? – perguntou Karen atordoada.
-Vim busca-la. Anda vá fazer suas malas. – respondeu ele sempre sorrindo.
-Pai, esta é Pâmela Collins, é nossa colega. – disse Theury para mudar de assunto, Karen estava com uma expressão de incredulidade no rosto. – Pâmela, este é o nosso pai... Alan Mitzel.
-Muito Prazer! – disse bondosamente, se curvando para beijar a mão de Pâmela.
-Pai! Menos! – disse Theury, fazendo o pai largar a mão da garota.
-Só estou tentado ser gentil com suas amigas. Karen! Vamos! Preciso conversar com você. Foi muito bom vê-la, Theury. Sua avó mandou um abraço, foi um prazer conhece-la Srta. Collins - Pâmela sorriu, Karen pelo contrário bufou de raiva e seguiu o pai para fora do Salão. Seu pai a levou para um lugarzinho um pouco mais adiante das escadas, para não serem ouvidos.
-Uma escola bonita que é Hogwarts, não é? – disse Alan olhando tudo a sua volta.
-É! Nada mal. – exclamou Karen séria.
-Querida, você deve ter recebido a carta, onde dizia que eu viria para te buscar.
-Claro que não recebi... Com certeza deve ter sido interceptada. – disse azeda.
-É! Você deve ter razão. Mas não tinha nada de mais mesmo.
-Pai! Diga-me... Porque está tentando arruinar minha vida? Aqui é o lugar onde eu queria descobrir anos atrás. Aqui eu tenho amigos e... Pessoas que me amam de verdade.
-Querida! Entenda uma coisa... Hogwarts não é segura pra você. Tem que voltar pra casa comigo, sua avó está esperando você no Brasil. É o melhor lugar onde deve ficar. Aqui não é o seu lar. Seu lar é em casa com a gente.
-Aquele lugar parece um hospício, se você quer saber. Desde que mamãe morreu tudo ficou diferente. Eu me lembro perfeitamente que a casa era mais bonita, mais alegre, mas... Agora ela não é meu lar. Aqui eu encontrei pessoas que também se sentem incompletas, por não terem um membro na família.
-Karen, não é hora de discutir se sua casa é boa ou ruim pra você. Eu não grite comigo mocinha, eu sei o que é bom pra você e digo que isso É bom pra você. Voltar pra casa comigo.
-Mais...
-Nada de mais, Karen! – Alan parou de falar e olhou para alguém que estava às costas da filha. Ela se virou e deparou com Harry, parecia atordoado, porque Karen conversava com o pai em português.
-Harry! Por favor, não me deixe voltar pra casa, por favor. – disse abraçando ele com força.
-Quem é seu amigo, Karen? – perguntou Alan sorrindo. - Não vai apresentá-lo?
Ela se endireitou e olhou para o pai séria.
-Harry, este é meu pai Alan Mitzel. Pai, este é Harry Potter meu... Namorado.
-Muito prazer! – disse Harry estendendo a mão.
Karen fechou os olhos achando que o pai ia brigar com ela, mas pelo contrário, ele sorriu para Harry e apertou a mão dele.
-O prazer é meu, Sr. Potter. Sinto muito em dizer, mas Karen está indo para casa agora. Está convidado a ir visitá-la qualquer dia desses. – sorriu mais radiante, se voltando para ela. – Nos vemos depois, querida. Vou ir conversar com Dumbledore. Foi um prazer conhece-lo, Sr. Potter. -
Sorriu dando as costas para os dois, que o olhavam atordoados.
-Isso não está acontecendo! Primeiro a melhor noite de nossas vidas e agora tenho que ir pra casa. – disse Karen nervosa.
-Karen! Calma! A gente pode dar um jeito! – disse Harry.
-Que jeito, Harry? Ele acha que esse é melhor pra mim.
-Você... Quer ir mesmo?
-Não! – ela o abraçou. – Eu te amo! – sussurrou ela.
-Eu também.
Lágrimas correram dos seus olhos.
-Tenho que arrumar minhas coisas, a gente se vê.
-Vou esperar você! – dando um beijo dela.
-Está bem! – respondeu fracamente.


****


Karen esperava seu pai no Saguão de entrada. Parecia estar chateada, Harry foi até ela e a abraçou.
-Vou sempre escrever pra você, está bem? – disse Harry.
Ela balançou a cabeça.
-Não fica assim, logo eu irei vê-la de novo. Eu prometo!
Dizendo isso a beijou, um beijo apaixonado como se você o último beijo de suas vidas.
Alguém pigarreou a suas costas e eles se soltaram, era Alan.
-Bom, é melhor você dizer adeus a ele, Karen!
-Ah! Eu vou com vocês até a estação. – disse Harry constrangido.
-Ah! Tudo bem! Vamos?
Alan pegou o malão de Karen e juntos foram até a estação de Hogsmeade.
-Acho que é um adeus, não? – perguntou Karen forçando um sorriso. - Espero que a gente se veja mesmo algum dia desses. – se voltando para Harry enquanto seu pai colocava o seu malão dentro do trem.
-Eu não vou te esquecer, ta? Eu te amo! – disse Karen quase chorando.
-Você sabe que não é um adeus. Logo nos veremos de novo assim que eu puder, tenha certeza disso.
Karen balançou a cabeça.
-KAREN! Vamos? – gritou seu pai.
-Já estou indo.
Karen e Harry se abraçaram e depois sem se importar que o pai de Karen estivesse os observando, eles se beijaram intensamente. Ele não queria soltá-la, porque justo agora que estavam juntos, Karen tinha que voltar pra casa? Abraçaram-se com mais força e Karen entrou no trem, dando um último olhar em Harry.
-Vou escrever pra você assim que puder. – disse Karen. -Dê um adeus para Rony e Hermione por mim. – Karen abaixou a voz. – Sentirei muito a sua falta.
Harry balançou a cabeça triste.
-Se arrumar outra namorada enquanto estiver fora, eu ficarei sabendo. – disse sorrindo fracamente.
-Pode deixar, eu não vou fazer isso de novo.
Os dois riram e o trem começou a andar. Karen fechou a porta e sorriu para ele. Harry segurou sua mão e sibilou.
-Eu te amo!
-Eu também te amo!
Eles encostaram os lábios por alguns segundos.
Harry a soltou e sorriu acenando pra ela, até que ela desapareceu de vista na primeira curva.
-Preciso de você, Karen! – murmurou ele.
-Ele gosta muito de você, não é? – perguntou Alan para Karen.
-Sim! – respondeu séria. Podia sentir um pouco de alegria, achava que com aquela indireta ele ia dar a volta por cima.
-Anda, vamos procurar um lugar.
Estava enganada.
-Ah... Claro!


****


Quando Karen chegou em casa, já era tarde da noite. Sua avó se encontrava sentada em uma poltrona, na sala.
-Finalmente chegaram! Karen! Senti muitas saudades sua. – disse sua avó a abraçando.
-Também senti a sua vovó. – sorrindo fracamente.
Sua avó era uma senhora Baixa, um pouco gordinha, seus cabelos eram branquinhos e estava sempre com um sorriso bondoso nos lábios.
-Então... Como está sua irmã?
-Bem!
-Ótimo então! Fiz alguns bolinhos de chuva, se quiser alguns estão em cima da mesa, só não coma muitos, quero que tenha apetite quando o jantar estiver servido.
-Não obrigado vovó! Vou pro meu quarto! – disse forçando um sorriso.
Sua casa estava exatamente como deixara. Vários quadros enfeitavam a sala de estar. Não havia televisão, para os trouxas não desconfiarem que no seu povoado tivesse bruxos, então não havia eletricidade. Karen já conhecia tudo isso, porque tinha uma amiga trouxa e já estudara o estudo dos trouxas na época em que estudava no Brasil. Na estante de livros onde Karen já havia lido todos, se encontrava fotografias bruxas dela, sua irmã, seu pai e sua avó. Odiava as fotos de quando era criança. Deu uma olhada a sua volta e subiu as escadas para o seu quarto, estava muito triste para aparatar.
No corredor era sempre a mesma coisa quadros de paisagens lindas que mexiam, e vários vasos de plantas, sua avó adorava plantas. Andou lentamente por ele, respirou fundo e abriu a porta do quarto. Era o único lugar da casa que fora um pouco mexido. Suas coisas não estavam arrumadas como deixara, sua cama estava com lençóis limpos e o chão brilhava muito. Todo aquele tempo que esteve fora o elfo devia ter arrumado. Karen largou suas coisas na cama e foi até a janela da sacada, que se encontrava aberta. As luzes estavam acesas em todas as casas e nas ruas. Não sabia se era porque estava muito triste ou se era porque a casa estava quieta demais, mas um vento frio passou por suas costas fazendo-a se arrepiar. Fechou a janela e olhou para o seu quarto mais uma vez. Tirou suas coisas do malão e colocou em seu devido lugar. Procurou uma roupa e foi até o banheiro tomar um banho.


****


- Perde-la mais uma vez é dose. – dizia Harry no Salão Comunal da Grifinória para Rony e Hermione.
-Não se preocupe Harry! Pode ser que o Profº Dumbledore a deixe visitá-la. – disse Hermione.
-Espero que tenha razão!
-O que vai acontecer agora? Você vai procurar as Horcruxes... Sozinho? – perguntou Rony curioso.
-Acho que sim!
-E a Karen? Será que o pai dela vai contar tudo a ela? Qual foi a sua impressão dele? – perguntou Hermione.
-Eu não sei! Mas parece ser um pai legal. Só acho que não gostou muito de mim. Acho que estava só tentando agradar a filha quando apertou a minha mão e sorriu.
-É um mau começo! – comentou Hermione pensativa.
-Por quê? – perguntou Rony.
-Pelo que você me falou, ele adora a filha caçula. Vai ver é por isso que ela é difícil, o pai dela não deve concordar tão rápido com os namorados dela. Sabe? A mais protegida.
Harry ficou pensativo.


****


-AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!! – gritou Karen assustada.
-Cala a boca! – disse cobrindo sua boca.
-O que você ta fazendo aqui? – perguntou Karen, para o garoto mais chato que já conhecera na vida, seu vizinho Andrei Jones. - Quem autorizou você a subir?
-Ninguém. Subi pela sacada.
-Como ficou sabendo que eu voltei?
-Vi seu corpinho lindo na sacada.
Karen revirou os olhos.
-E ai? Como é a escola lá nos “states”. – perguntou olhando todo o quarto dela. Andrei era seu “amigo” desde criança, era da pele morena, os cabelos pretos, olhos levemente verdes, um garoto muito bonito. O único problema é que ele era e sempre foi muito chato.
- Não é nos Estados Unidos, é Londres! – corrigiu com raiva.
- É! Você me entendeu. – disse sentando na cama dela.
- É um ótimo lugar! Ótimo mesmo! – disse tristemente, lembrando em Harry.
- Conheceu alguém interessante?
- Conheci! – respondeu sorridente. – Harry Potter.
- O menino-que-sobreviveu? – perguntou surpreso.
- É! Esse mesmo!
- Nossa! Interessante! – falou sorrindo malicioso.
- Que foi? -perguntou desconfiada.
- Nada não! A Kalliana tava procurando você, aí eu vim.
- Meu pai não me deixa mais falar com ela, esqueceu? Ela trouxa!
- Ela é uma trouxa mais é sua amiga, devia falar com ela.
- É! Você tem razão! E ai? O que andou fazendo?
- Nada! Só usei magia fora de casa umas... - disse contando nos dedos. - duas vezes nessa semana.
Karen balançou a cabeça censurando-o.
-Anda! Vamos dar uma volta?
-Hoje não! Não estou nenhum pouco afim. Se for isso que você queria, pode ir embora.
-Não... Não era só isso. – disse chegando mais perto dela.
-Pode caí fora, Andrei. – apontando a varinha pra ele.
-Droga!
-Cala a boca e caí fora!
-Vem cá! Você ta namorando, não ta?
-Estou! Por quê?
-Nada, não! Até mais, Karen!
-Até mais! –respondeu forçando um sorriso, quando ele desceu pela sacada. - Ridículo!
Karen aparatou na cozinha.
-Oi Sid! – cumprimentou ela, o Elfo doméstico. Era da família há muito tempo.
Quando Karen entrou, ele fez uma leve reverência.
-Como vai Srta.?
-Vou muito bem, Sid? E você? – perguntou alegre, levando um bolinho de chuva a boca.
-Muito bem, Srta.!
Ela sentou-se à mesa comendo seu bolinho em silêncio.
-Sid!
-Sim, Srta? – perguntou este que fazia o jantar apressado.
-Já sentiu falta de alguém?
-Srta! Isso não é coisa que se pergunte para um elfo, Srta. Mas sim Srta. Sid já sentiu falta de alguém, da Srta, enquanto esteve fora.
Karen sorriu fracamente.
-O que tem pro jantar?
-O favorito da Srta...hum...Carne assada.
-Hmmmm...Foi a vovó que pediu, não é?
-Sim, Srta Karen.
-Até mais, Sid!
Karen aparatou de novo, só que dessa vez na sala. Sua avó se encontrava sentada fazendo crochê. Ela se sentou e observou a avó fazer um belo guardanapo, muito séria.
-Algum problema, Karen? – perguntou ela repentinamente.
-A Sra... Sabe o que meu pai tem na cabeça?- perguntou ela.
Sua avó riu fracamente.
-Seu pai me contou que você tinha um namorado em Hogwarts.
-Ah! Ele disse? – perguntou constrangida.
-Disse! Querida, sente aqui perto.
Karen obedeceu e se sentou perto da avó.
-Você está apaixonada por este garoto?
-Claro! Muito.
-Saiba que eu estarei com você. Já conheci os Potter e sei que você está em boas mãos.
-O que quer dizer, vovó?
-Que eu aceito você namorar quem você quiser querida. Estou dando a maior força para que você seja feliz com a pessoa que você escolher. – Karen abraçou sua avó.
-Obrigado!
Karen subiu as escadas. Entrou em seu quarto e fechou a porta. Olhou pela janela, a lua brilhava, estava muito quente.
“Não faz nem um dia que estou aqui e já sinto sua falta. Será que está pensado em mim também?” Pensou Karen.

#FLASHBACK#


-Karen eu... Eu queria me desculpar por algumas burrices que eu fiz e...
-Harry! Não fala nada, está bem? Hoje não estou com cabeça pra isso. Outra hora, ta? – forçou um sorriso sem jeito. - Eu... Já... Vou!
-Tudo bem! Boa Noite! – Karen observou ele sair cabisbaixo.
-Harry! – chamou ela.
-Sim?
Karen chegou mais perto dele.
-É... - não tinha muito que dizer. Chegou mais perto dele e meio sem jeito, enlaçou seus braços na cintura dele beijando-o. Cada vez mais profundamente, Harry sentiu uma felicidade enorme, não queria que tudo isso acabasse, seu coração batia muito forte. Karen sentiu a língua quente de Harry explorar sua boca carinhosamente, também sentiu seu coração bater tão forte que achou que ia explodir. Suas mãos passaram para o peito dele e as deles continuavam a acariciar seus cabelos. Alguém pigarreou alto atrás deles, querendo dizer que tinham platéia. Karen se separou de Harry sorrindo:
-Obrigado pela noite! – agradeceu ela.
-Não tem de que! – respondeu Harry quase sem ar.
A garota olhou para os recém chegados sorrindo e saiu pelo corredor escuro.


#FIM DO FLASHBACK#

Ela sorriu ao se lembrar de tudo.
-Karen! Posso falar com você? – perguntou seu pai na porta.
-Claro! Entra aí!
Ele entrou e se sentou na cadeira na sua escrivaninha.
-O que quer? – perguntou ela.
-Querida... Porque não me contou que estava namorando?
-Eu e o Harry voltamos ontem à noite. Eu ia contar pra você só que... Você chegou antes de eu dizer alguma coisa.
Ele ficou pensativo.
-Então querida vou direto ao assunto.
Karen esperou confusa.
-Sou totalmente contra você namorar o Potter.
-O que? – perguntou incrédula.
-Isso mesmo que você ouviu!
-Por quê?
-Potter é o Eleito. Logo Você-Sabe-quem vai estar atrás dele. Não quero que minha filha esteja aliada com uma pessoa, que pode ser pega a qualquer momento.
-Esta sendo ridículo, pai!
-Não, não estou! Só quero o melhor para você e a sua irmã.
-O meu melhor? Deve estar brincando.
-NÃO! NÃO ESTOU BRINCANDO. – gritou ele zangado. -Nunca falei tão sério em toda a minha vida.
-Se quer o meu melhor devia me apoiar e não me separar da pessoa que eu amo. Porque você só dificulta as coisas, em vez de resolvê-las? A vovó aceitou tudo numa boa, com certeza a mamãe também ia aceitar. Agora você não quer aceitar que eu encontrei alguém que eu amo de verdade.
-Se sua mãe estivesse aqui nada disso ia acontecer.
-Por quê? Porque ela iria aceitar?
-Não! Porque assim você teria proteção. Tudo ia ser diferente, você não teria nem conhecido esse rapaz, muito menos ido para Hogwarts.
-Por quê?
-Nada, filha! Nada!
-Não, pai! Fala porque eu não iria conhecer o Harry. Anda diz!
Alan olhou para a filha nervoso.
-Acho que essa é a hora!
-Hora de que?
-De você saber por que sua mãe morreu e porque realmente você foi para Hogwarts.
-Como assim? – perguntou ficando um pouco nervosa.
-Sua mãe não morreu porque ela resistiu às torturas de Você-Sabe-Quem. Um comensal a matou a pedido de Você-Sabe-Quem para... – disse sem encará-la.
Karen cobriu a boca com uma das mãos.
- Quando sua irmã nasceu, eu e sua mãe pensamos que íamos ter apenas ela como herdeira. Como sua mãe era Herdeira da Corvinal, colocou uma grande proteção na sua irmã. Porque se caso tivéssemos outra filha, não seria herdeira. Foi o que aconteceu com sua mãe, entende? Ela era a filha mais velha, sabe? Só que... Um ano depois você nasceu e percebemos que tinha habilidades que um bebê de um ano não tinha. Achamos que era normal você aprendeu a falar algumas palavras com nove meses, todas as Herdeiras passam por isso. Mas a sua irmã não. Logo percebemos que você era a Herdeira da Corvinal. Sua irmã já sabe disso, não se preocupe. – acrescentou com o olhar intrigante de Karen. - Mas já era tarde, a proteção já havia sido feita. Não podíamos colocar uma proteção em você também, porque assim não adiantaria ter colocado em Theury. Anularia, entende? Então deixamos como estava mesmo. Sua mãe ia cuidar de você com uma proteção que ela colocou em você, não era uma proteção muito poderosa. Meses depois, ficamos sabendo que comensais da morte tentariam... Roubar um livro... Que sua mãe possuía. Era um livro muito poderoso, nele tem vários feitiços e encantamentos, herança de Rowena Ravenclaw. Já sido informado que íamos ser invadidos, ela escondeu o livro em algum local, que ninguém descobriu onde é. A pedido dela... Me pediu para deixa-la sozinha e fugir com vocês duas. –Ele respirou fundo, para não chorar. – Eu não aceitei quis ficar com ela. Mas ela o enfrentou sozinha e acabou morrendo no nosso lugar. Na verdade, apenas um comensal foi atrás de nós. Ela não queria que Aquele–que-não-deve-ser-nomeado descobrisse que você é a verdadeira Herdeira e que tem poderes que um bruxo normal como eu não tem.
- Porque me... Escondeu isso? Por quê? – perguntou ela chorando. - Que poderes são esses?
- Você pode fazer magia com as mãos... Sem varinha. - disse ele nervoso. - Não contei isso a você, porque achei que se descobrisse que eu tenho que protegê-la, agora que sua mãe morreu você ia ficar zangada comigo. Como eu sei que está agora que escondi isso de você há muito tempo.
- Então... Eu... Ia procurar o livro que minha mãe guardou?
Alan balançou a cabeça.
-Theury já sabe disso... Tudo?
-Sabe! Ela descobriu quando conversei uma vez com a sua avó. Está em Hogwarts para cuidar de você.
-O que Harry tem a ver com isso?
-Se você namora-lo, Você-Sabe-Quem vai usar você contra ele, assim vai descobrir que é poderosa muito mais do que ele.
-Porque não aprende que eu o amo, não pode nos separar. Você teria largado a mamãe quando ela corria risco de vida?
Karen olhou pela janela, lágrimas escorriam o seu rosto. Sem pensar duas vezes correu até a porta e saiu correndo pelo corredor.
-AONDE VOCÊ VAI? - Gritou Alan.
-Para um lugar bem longe de você.
-O que está acontecendo? – perguntou Marília, sua avó.
-Nada! Pergunte a ele. - dizendo isso aparatou.
A rua estava vazia, tudo estava muito calmo. Karen andou até um parquinho próximo, sentou no balanço mais próximo e ficou pensativa.
“-Porque não aprende que eu o amo, não pode nos separar. Você teria largado a mamãe quando ela corria risco de vida?” Pensou Karen.
Ela sentiu um frio congelante, quando olhou para os lados dois vultos vieram na sua direção. Colocou a mão no bolso, mas não encontrou nada. Os dementadores deslizaram na sua direção. Karen gritou e sentiu como se fosse à pessoa mais infeliz do mundo. Ouviu o grito horrorizado de alguém, conhecia a voz, era sua mãe, antes de morrer.
Uma raiva que Karen não sabia da onde vinha a queimou por dentro, pensou na coisa mais feliz de sua vida, estar com Harry naquele momento. Minutos depois estava desmaiada no chão.



N/A: Eaewww td blza pessoal?
Bah, desculpem por demora pra posta
É q eu achei q realment naum estavam gostando da fic por naum deixarem nenhum coment
Prometo q agora atualizo com mais freqüência, então fiquem atentos...
Agradeço muito os coments e o carinho que vocês têm pela fic...
Sobre o cap...
Bom, ele enfrento o sogro mesmo... hehe
Agora a coisa vai complica pro lado do Harry... Vou poupar os detalhes para naum revelar o próximo capítulo.
Vlw pelo carinho e espero q desfrutem o cap...

DEIXEM COMENTS PLIXXXXXXXXXXXXXX
SOBRE O QUE ACHARAM DO CAP
TALVEZ EU RESPONDA AS PERGUNTAS


BJS BJS BJS BJS BJS BJS BJS BJS BJS BJS BJS

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.