O Baile de Máscaras



O dia seguinte ocorreu tranquilamente, Ron e Hermione conseguiram enganar-se e ficaram amigos como sempre. Eles não esqueceram, bem pelo contrário, mas decidiram que era melhor assim, já que eram amigos e tinham que conviver diariamente. Depressa chegou o dia do Baile e Ron acordou bem-disposto. Vestiu-se e saiu do dormitório mas encontrou Hermione e Ginny a falarem na Sala Comum e parou para escutar...
- O que vais levar para o Baile? – perguntou Ginny.
- Tu não dizes, por isso eu também não, mas posso dizer que ninguém vai me reconhecer.
- Como podes ter tanta certeza?
- Vou usar o Feitiço da Voz. Conheces?
- Não.
- É um feitiço que faz com que a nossa voz altere e modifique-se completamente...
Ron entrou na sala.
- Bom dia. – disse ele, indo-se embora para elas pensarem que ele estava a ouvir.
Ron pensou: ”Oh, o Feitiço da Voz. Que ideias que a Hermione tem. Vá lá que pelo menos nessa aula de Feitiços estive atento e sei como utilizar em mim.”
Durante o dia, os alunos andavam todos muito agitados com o Baile de Máscaras. Principalmente, as meninas que não paravam de andar a falar de fatos e com quem iam.
À tarde, Ron foi para o dormitório se vestir e quando acabou olhou-se ao espelho, vendo o resultado: estava com camisola preta, calças pretas e o manto com capuz preto também. O manto com capuz tapava-lhe a cara. Conseguiu o resultado que queria e usou o Feitiço da Voz. Estava irreconhecível. Parecia um dementor.
Às oito horas, desceu e já havia muitas pessoas prontas. Chegou ao Salão Principal e estava cheio. Como a festa ainda estava no princípio, decidiu ir beber uma cerveja de manteiga sozinho, já que não dava para reconhecer ninguém. Mais tarde, quando a música melhorou e como não encontrava mesmo ninguém foi à procura de alguma “princesa” para lhe fazer companhia. Só que como ele escolhia se haviam tantas? Até que avistou um “princesa dark”, isto é, era uma menina vestida de viúva negra. Estava toda de preto tal com Ron. Tinha um vestido justo sem mangas com uma grande racha, com umas luvas até ao antebraço, botas altas, cabelo apanhado, mas muito natural com caracóis definidos e uma máscara que tapava os olhos.
Ron não fazia ideia de quem era, mas estava linda.
- Posso lhe convidar para dançar, donzela? – perguntou ele.
- Claro.
Levantaram-se e foram dançar. Naquele momento, estava a dar uma música calma e eles tiveram que se aproximar um do outro para dançarem. Ela tinha as mãos ao volta do pescoço dele e ele tinha as mãos ma cintura dela. A meio da música, Ron olhou para ela e de repente viu nos olhos dela desespero e carência, ficou sem saber o que fazer. Então ela aproximou-se ainda mais e encostou a cabeça no peito dela e ficaram assim a dançar por muito tempo, falando às vezes sobre a vida de cada um.
Ron que já não podia dançar mais, perguntou:
- Queres ir lá fora?
- Vamos. Aqui está muito calor.
Dirigiram-se aos jardins de Hogwarts. Ela pensava: “O que estou aqui a fazer sozinha com um desconhecido?” e Ron pensava: “Isto não é normal...que estou a fazer? O que ela tem que desperta algo em mim?”.
- Como te chamas? – perguntou Ron
- Ah...podes-me chamar Nany e tu?
- Podes-me chamar Lius.
Após uma longa conversa e verem que existia química entre eles, acabaram por beijar-se. Era um beijo inesquecível, mas não romântico, já que não sabiam quem estavam a beijar. Era um beijo misterioso, então deixaram-se conhecer pela boca que era explorada pelas suas línguas quentes e unidas. Ron parecia estar a adorar “conhecê-la”. Ele nunca tinha gostado tanto de beijar alguém como aquela menina, ela parecia que tinha a boca, os lábios, o sabor, tudo perfeito. Ron sabia que até podia nunca saber quem ela era, mas nunca esqueceria aquele beijo. Era diferente de todos os que já tinha dado e ele sabia disso, mas se calhar era pelo simples razão que ele estava sozinho a beijar uma menina que não fazia a mínima ideia de quem poderia ser. Não é que ele tivesse beijado muita gente, porque só tinha beijado Lavender e dado o selinho a Hermione, mas a Lavender ele tinha a certeza que não era. De repente, ela afastou-se dele sem perceber porque estava a fazer aquilo e só conseguiu ver por debaixo do capuz uns olhos verdes brilhantes e confusos, porque depois foi-se embora a correr.
- Espera, Nany. – gritou Ron.
Nany parou e voltou-se para ele.
- Não me esquecerei de ti. – gritou ela, mas de repente ele ficou parado. Ele pereceu-lhe ter conhecido aquela voz, mas não conseguiu perceber de quem era por causa da brisa de vento que vagueava na escuridão da noite. Ron, apesar de não saber quem ela era, tinha sido tocado pelas últimas palavras de Nany. Ron foi para o dormitório e adormeceu sem ter dúvidas que nunca iria esquecer aquela noite.

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