Capítulo 5



CAPITULO 4

Estava já a escurecer quando Gina saiu do trabalho, para comprar os ingredientes para o jantar comemorativo da mudança prometido a Draco e Harry. Viviam juntos á uma semana e ainda não sabia nada sobre eles. Tinha saído muitas vezes e decidira passar o resto do tempo no quarto, mas altura de fazer amigos chegara.
No dia em que chegou, ambos a ajudaram, mas nada entusiásticos, a transportar os pertences dela, metidos em sacos e caixas. Deixaram-na depois entregue ás suas coisas durante o resto da tarde, enquanto ela desfazia as malas no espaço agora ainda mais reduzido, de vez em quando aparecia um dos rapazes a oferecer chá ou café.
Era engraçada esta ideia da partilhar a casa com desconhecidos, pensava Gina. Via-se televisão na mesma sala, usava-se a mesma sanita e a mesma banheira, partilhava-se o frigorífico, cozinhava-se no mesmo fogão… Gina já tinha partilhado outros apartamentos e achava que as primeiras noites eram sempre estranhas e solitárias. Sentira Harry e Draco pouco á vontade enquanto tentavam continuar a vida de todos os dias. Embora não estivesse na sala com eles, sabia que o simples facto de haver uma terceira pessoa lá em casa desequilibrara a dinâmica das suas rotinas nocturnas.
Era neles que Gina pensava o dia todo, com um arrepio, lembrando-se que um daqueles homens estranhos, mas agradáveis, podia ser o seu destino. Parecia uma tolice ela sabia disso, mas o destino aparecera-lhe sempre de modo muito óbvio e ela aprendera a acreditar nele sem perguntas. A única questão que lhe atormentava a cabeça que o destino deixara para ela própria resolver era a de saber qual dos dois homens seria “o tal”. Como a resposta não cairia certamente do céu, tinha passado a semana inteira á procura de sinais reveladores.
Por vários motivos não podia fitar-se nas aparências, se bem que ambos fossem, cada um à sua maneira, muito atraentes. Harry tinha um ar bem estruturado e de cabelo desalinhado de um aluno de 18 anos. Era alto e de compleição agradável, tinha porte atlético, e tinha uns lindos olhos verdes, cabelo negro e espesso. Mas era um pouco “crescido” de mais para o seu gosto, com muitos maneirismos, reservado e demasiado cavalheiro. Gina tinha impressão que ele ficaria chocado se ela pedisse uma cerveja num bar e de que a ideia que ele tinha de romance envolvia lindos bouquets de flores e idas surpresas ao teatro – mas, credo!, ela gostava de homens duros prontos para tudo, que não tratassem as mulheres como “senhoras”.
Analisou uma caixa de malaguetas vermelhas e verdes, brilhantes, e maravilhosamente deformadas, tentando perceber-lhes a firmeza, enquanto completando o seu destino.
Para Gina fazer compras desta maneira era terapêutico. Draco estaria mais perto do que Gina consideraria “o seu tipo”. Tinha aspecto magro e ligeiramente subalimentado de que ela gostava, tornado mais evidente com o seu cabelo louro e pelas roupas largas. O rosto era afilado, com os ângulos bem definidos e olhos azuis acinzentados e redondos, dado-lhe um ar espertalhão, mas de certa forma, meigo. E, além disso, tinha uma daqueles sorrisos maravilhosamente preguiçosos, que começavam num dos lados da cara antes de o outro conseguir acompanhá-lo. Sexy.
Chegou, nessa altura, ao balcão das carnes.
- Olá, Gina! – O homem do talho ofereceu-lhe um enorme sorriso quando ela se aproximou. – O que vai ser hoje?
- Olá, Pete. Queria meio quilo de peitos de frango, se faz favor, sem pele.
- Então o que vais cozinhar hoje? – Perguntou, queria sempre saber os seus projectos culinários.
- Oh, nada de especial, vou assar o frango no forno.
- E vais fazer o teu próprio molho?
- Claro – Gina sorriu – não é o que faço sempre?
- Quem é o felizardo que convidas hoje?
- Os meus novos companheiros de apartamento. Estou a tentar causar boa impressão.
Gina pendurou os sacos de compras nos pulsos e dirigiu-se para o seu novo apartamento
~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Harry não sabia dizer se Gina bebia vinho ou cerveja e, por isso, escolheu vinho e cerveja. Gostaria tanto que Gina não cozinhasse essa noite. Não estava mesmo com disposição para ser agradável, mostrar-se interessado e entrar na conversa; queria apenas em frente ao televisor, fumar um cigarro e beber cerveja sem falar com ninguém. Seria divertido um jantar com a nova companheira de apartamento mas não naquela noite, no dia seguinte estaria bem.
Pensou quais seriam os temas de conversa entre ele, Draco e Gina ao jantar. À medida em que pensava no assunto, ocorreu-lhe que pouco sabia de Gina. Tinha evitado falar com ela o mais possível e não sabia sequer a sua idade, em que sítio de Londres trabalhava ou se tinha namorado – por algum motivo esperava que não tivesse. Tudo o que sabia era o seu nome, que gostava de mel no chá e que conduzia um horrível austin allegro e que era, de facto, muito atraente. Não era uma Cho, claro, não era um espécime magnífico com ar de anjo oriental como Cho. Mas Gina era bastante bonita, pequena, sexy e fofinha. Tinha voz doce, nada ameaçadora, e nunca vestia calças – isso era uma coisa que Harry gostava numa mulher. Mas, por algum motivo que desconhecia, Gina fazia-o sentir desconfortável.
A banca de flores chamou-lhe a atenção – era uma mancha agressiva e colorida que contrastava com o Outono cinzento e com as árvores já sem folhas e decidiu que, afinal, compraria flores para Gina. Ela tinha pago o jantar e era de supor que não tivesse muito dinheiro. Escolheu três peónias bonitas – não queria que a oferta parecesse um convite.
O acto de comprar as flores pareceu despertar-lhe no cérebro uma reacção química calmante e Harry sentou que o seu humor melhorara.
Permitiu-se sorrir, começando a encarar com alguma expectativa a novidade de uma refeição caseira e de uma conversa com uma rapariga bonita.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Bigadão a todos os que tão lendo a fic

Bigada pelas reviews e pelos comentários

Bejão

Para a semana mais mione e krum

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.