Capítulo 4



n/a: me desculpem pelo atrasado... beijão


CAPITULO 4

Hermione tinha a impressão de que o seu corpo estava a transformar-se numa enorme máquina de fabricar pelos. Começando de baixo para cima, havia as pernas, mas, ela sempre tivera pelos nas pernas – e isso até é socialmente aceitável. Mesmo as super modelos tinham pernas peludas e havia nas lojas cheias de produtos adequados que se podiam comprar sem vergonha nem embaraço.
O que acontecia na parte de cima era o que aborrecia mais Hermione eram os pelos que subiam o estômago, sob a forma de flecha, em direcção ao umbigo. Os rituais que se entregava para se livrar desse pelo indesejado consumiam-lhe tempo. Cera para as pernas e para debaixo dos braços, pinças para as sobrancelhas. Teriam os homens a vaga ideia do trabalho que as mulheres tinham para se manterem bonitas?
Hermione também tinha a impressão que estava a ficar mais gorda. Já não se tratava apenas de ter aumentado uns quilos e de as roupas estarem um pouco apertadas. Muitas das sus roupas mantinham-se penduradas no armário, enquanto ela ia vivendo comum único par de calças elásticas, uma pequena selecção de camisolas e túnicas.
Krum nunca abordara o assunto. Ainda a tocava e acariciava, ainda lhe dava a mão em publico e lhe dizia que a amava. Hermione interrogava-se sobre aquilo que ele pensava. Deixou de se despir em frente dele e o hábito de tomarem banho juntos foi desaparecendo. Podia sempre perguntar-lhe directamente, como as outras mulheres, “Victor, achas que engordei?”, mas sabia que ele não mentiria, como os outros homens, porque era o homem mais honesto que conhecia, e responderia: “Sim, Mione, engordaste um bocadinho.” E como iria acabar a conversa? Podia acontecer que ele a achasse repulsiva, que a odiasse por ela se desleixar e por não amar o suficiente a ponto de preocupar com a sua aparência.
Mas a verdade é que Krum não a achava repulsiva. Gostava até bastante da actual forma do corpo de Hermione. Ela fora sempre um pouco desproporcionada, com pernas magras, costas demasiados largas e um traseiro plano, mas agora parecia mais equilibrada, com os seios mais definidos e um traseiro mais arredondado e feminino. Sabia muito bem, sobretudo quando estavam juntos e ás escuras, graças ao corpo firme, maduro e cheio, aos braços sólidos e corpulentos e às coxas suaves e macias. Era como se aquelas camadas de gordura extra lhe tivessem emprestado ao corpo uma nova vida, preenchendo mais a sua pele de 36 anos – parecia uma estudante rechonchuda de 16 anos.
Hermione tinha o cabelo mais bonito que ele mais alguma vez vira, espessas mechas de castanho que lhe desciam até à cintura, sempre brilhante, lavado e a cheirar a coisas boas. Boa parte do romance e da atracção inicial na relação de ambos crescera em torno do magnífico cabelo de Hermione. Na faculdade via aquele cabelo em todo o lado, dançando solto na cintura dela ou enrolado e preso no topo da cabeça. Aquele cabelo atormentou-lhe a alma durante seis meses. Sempre que o via, o coração parava por um instante e recomeçava a bater descontroladamente. Era como uma alarme ensurdecedor, a avisá-lo de que talvez tivesse de se cruzar com Hermione e deixá-la ver como corava, como a desejava e como isso tudo o embaraçava. Alimentava fantasia em que lhe retirava todos os pentes e todos os ganchos, vendo o cabelo espalhar-se, numa cascata densa, pela sua almofada ou pelas costas dos bancos de trás do seu carro. Queria oferecer-se para o lavar, para o pentear e cuidar dele, como se o cabelo fosse um animal de estimação, era o que achava mais maravilhoso em Hermione.
Hermione nunca dera por isso. Tanto quanto lhe dizia respeito, Krum era só o dirigente da associação de estudantes, com bom aspecto, com nome búlgaro e sotaque irlandês, que ela via a afixar cartazes e comunicados nos placares, que parecia conhecer toda a gente da faculdade e que andava com Angel, uma rapariga de cabelo louro oxigenado e de rosto de bebé, a versão de uma eterna caloira. Hermione achava Krum atraente, adorava o seu sotaque irlandês, a boa disposição e o traseiro bem formado. Imaginava como um casal tão atraente e popular como Angel e Krum, era difícil vê-los zangados, imaginava uma relação sem falhas, de grande companheirismo e altamente sexual. Imaginava-os juntos, as pernas de um enroladas nas do outro, em lençóis de um branco puro secos ao sol, a morderem-se e a cravarem as unhas no corpo um do outro, ou a rirem-se juntos, num bar com os amigos. Sorria-lhe de vez em quando e ele correspondia, e não imaginava sequer que as coisas entre eles pudessem ir mais longe.
A esperança e o coração de Hermione sofreram um verdadeiro impulso durante uma conversa que mantivera com um amigo seu que era colega de Krum na associação de estudantes.
- Ela é uma vaca… – dissera ele, inesperadamente, a propósito de Angel.
ZING! Alerta!
- A sério? Sempre pensei que ela fosse simpática, a andar com o Victor e tudo. Parecem um casal perfeito.
- O tipo tem uma paciência de santo. Não sei como a suporta! Estão sempre a discutir e ela faz-lhe a vida negra. O Victor é um gajo muito porreiro e podia ter muito melhor do que ela e, aqui entre nós, acho que aquilo não vai durar muito mais. Parece-me que ela anda com outro… mas eu não te disse nada. E piscou-lhe o olho.
Hermione não precisou de ouvir mais. Os sorrisos ocasionais, tornaram-se conversas ocasionais, que evoluíram, quando Angel estava nas aulas, para almoços. E quando Krum lhe disse uma noite – depois de já andarem oficialmente a sair juntos há seis semanas – que o amigo de ambos estava tão farto de Angel e de o ouvir a falar de Hermione, que oficializou o namoro deles, Hermione sentiu uma onda de calor que nem precisou de vestir o casaco para regressar a casa.
O cabelo de Hermione correspondera ás expectativas de Victor e mesmo á poucos meses atrás, quando tinham deixado de partilhar o banho, ele ainda o lavava ocasionalmente, maravilhando-se com a sua qualidade e tamanho e com o facto de poder tê-lo nas mãos e de poder tocar-lhe sempre que quisesse.
Alguns homens preferiam os seios, outros as pernas e outros os traseiros, mas Krum era um homem de cabelos. Era o cabelo que lhe dava a volta á cabeça.
Cho também tinha um cabelo bonito e comprido – não causava uma grande impressão nem se opunha como o de Hermione, mas era sedoso e uma bonita cor de carvão. Reparara no cabelo antes de reparar nela, no verão anterior; e não demorou muito a reparar nas suas pernas longas e morenas a sair de pequeníssimos vestidos de verão e Seia curtas, nos ombros bronzeados e angulares, no rosto fino com dentes perfeitos.
Estava naquele momento a admirar o cabelo de Cho, de uma forma casual e estética, por cima do jornal, sentado por detrás da janela larga de um estúdio de dança, enfiada num top e nuns calções de Lycra.
Enquanto Hermione estava sentada, nua na banheira, a agarrar odiosamente pedaços da sua pele, no outro lado da cidade Krum cumprimentava Cho comum beijo e uma carícia nas nádegas firmes e levava-a a almoçar no seu restaurante preferido.
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Então tão gostando??

O krum a trair a nossa mione… tadinha…mas ela vai ter um final feliz descassem

Kero coments ou ñ posto mais…. Bincando mesmo sem comentários eu posto
Um beijão

**Ana.teresa**

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