Prólogo



“Era uma vez, em uma terra distante…” Normalmente, histórias de príncipes e princesas começam assim. Não essa! 


Hermione é uma princesa. Enquanto milhares de garotas sonham com isso, ela simplesmente sonha em não ser. 


A maioria pensa que é maravilhoso. Frequentar bailes da alta sociedade, conhecer diversos idiomas, culturas e rapazes… Bom, a parte dos bailes e rapazes ela gostava, gostava muito… Porém, poucos sabiam o que tinha por trás disso. Ela não tinha nascido uma princesa. Talvez soe ridículo pensar, mas ela estudou para ser uma. Claro que seus pais eram os reis, mas uma princesa não nasce da noite para o dia. 


Quando menor Hermione não tinha muito tempo para brincar, e se tinha era um tempo controlado. Passou a infância rodeada de adultos conservadores e com cultura exagerada. Aprendera a falar, escrever e ler com seus três anos. Com cinco almejava ler livros que crianças mais velhas nem conseguiam soletrar. Que criança de cinco anos em sã consciência leria Romeu e Julieta de William Shakespeare? 


Hermione tinha aulas particulares com Alvo Dumbledore, o melhor e mais experiente professor da época - “Nossa filha merece o melhor que pudermos oferecer!”, os pais disseram. Dumbledore estava no castelo antes dela nascer. Estimulava a escuta de música clássica ao invés das de ninar. Embora fosse interessante e construtivo, chegava a ser entediante escutar a mesma coisa várias vezes. 


A menina não teve muito contato com crianças, sua melhor amiga era Gina Prewett, que por acaso também era sua prima, filha de Molly Prewett, fruto de um amor na juventude. O rapaz nunca soube que tivera uma filha, pois faleceu de uma grave doença… 


Gina era uma boa amiga, sempre fazia companhia a Hermione quando precisava. A escutava e era escutada, porque uma amizade que se preze mantem esse conceito, alias, qualquer tipo de relacionamento que se preze usa isso: Ouvir e ser ouvido. Ter uma boa comunicação é tudo! 


As duas se identificavam bastante. Filhas únicas, órfãs de pai - Sim, Hermione era órfã de pai, chegou a conhecê-lo, mas certas coisas o tiraram a vida. Longa história. - mesma idade (17), moravam sobre o mesmo teto, dentre outras coisas. Molly e Manuel eram irmãos, ele dois anos mais velho. 


Parecia até um tipo de protocolo, mas toda princesa que Hermione conhecia tinha um nome comprido. A do reino de Beauxbatons (na França), por exemplo, chama-se Fleur Gabrielle Analise Beatriz Delacour. Esse era um nome pequeno, se comparado a outros. A própria Hermione tinha um bem extenso, Hermione Jane Emma Annelize Sophia Diedra Jezebel Isabella Granger, também pequeno comparado a outros. 


Tinham um bom feudo e altas riquezas, fruto de terras férteis e milhares de minas de ouro esperando ser escavadas. Annelize, a rainha e mãe de Hermione, era como a presidente de um país, mas nesse caso governanta de um reino. Precisava saber governar e distribuir algumas riquezas entre a população igualmente. 


Estavam muito bem de vida. Sim, maravilhosamente bem… 


- Alteza? - um dos mineradores, responsável pela colheita de ouro nas minhas, veio de encontro à rainha, que estava tendo um café da manha com Hermione, Gina e Molly. O minerador apressou-se a curvar-se quando Annelize o encarou. 


- Diga! - ela pediu fazendo um sinal para que ele se levantasse. Não gostava muito de toda essa formalidade. 


- Me desculpe interromper a vossa refeição, mas é algo sério, caso o contrário esperaria outra oportunidade. 


- Seja breve senhor. Assim poderemos resolver logo. - ela sorriu amigavelmente. Por mais que fosse rainha, o poder supremo, quem dava a última palavra, ela gostava de tratar todos com igualdade. 


- Não pudemos evitar, gostaria de tê-lo feito, mas… 


- Ora, diga logo homem! 


Ele encarou as outras três moças presentes na mesa. Seus olhos demonstravam ansiedade. 


O ouro… O ouro acabou. Não conseguimos encontrar nem uma barra sequer. 


O sorriso de Annelize broxou até uma expressão de quase incompreensão assumir seu rosto. 


- O que? 


- Mas… Mamãe, o que faremos? - Hermione parecia estar em estado de choque. 


Sem ouro significava sem dinheiro, e sem dinheiro… Pobres? 


- Não sei minha filha… Não sei, mas… Darei um jeito! - pegou o minerador pelo braço e o arrastou para fora do castelo. 


Pelo visto o “muito bem de vida” estava prestes a acabar. Ainda tinham as reservas de ouro, mas estas não durariam para sempre…

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