Prólogo
Prólogo
Tristeza. Desamparo. Desespero... Era isso que traduzia Hermione nos últimos anos.
Mais um dia que seguia. Mais um dia que ela estava lá, prostrada ao túmulo de Ronald Weasley. Lágrimas incessantes rolavam silenciosas pelos olhos distantes da mulher. Família, amigos... nada fazia parte da vida dela mais. Era só ela e Ronald. O que havia restado dele: memórias.
Todos os dias a mesma rotina, o mesmo desespero, as mesmas angustias, medos. A culpa de tê-lo deixado partir a consumia. De não estar perto quando ele precisou.
Nem mesmo a presença de alguém que, há meses, a observava com afinco foi notada. Ali ela vivia tudo que lhes foi roubado pela morte.
Seu observador não aguentava mais vê-la ali, tão perdida. Tantas cenas que presenciou naquele mesmo cenário.
Potter e a esposa haviam ido ali por diversas vezes, ela gritava, chorava, gritava mais alto e dizia que queria ficar sozinha, velando o túmulo do marido. A primeira vez que a viu a cena era diferente: estava acompanhada dos pais, chorava muito – ele não entendia como ela ainda possuía lágrimas para derramar -, eles a abraçavam com carinho, mas nem isso a fez sair de lá. Ao ver aquela cena ele esqueceu o motivo pelo qual estava ali. Deixou as flores, as quais depositaria sobre a lápide de sua mãe, escorrerem pelos dedos.
Depois daquele dia não conseguiu deixar de pensar como aquela cena era torturante. Ver Hermione Granger, Weasley, tão desprotegida e frágil não se encaixava no mundo onde ele sempre viveu. Várias semanas transcorreram e ele ainda não tinha a tirado dos pensamentos. Voltou ao cemitério, no mesmo horário. Ela estava lá. Ajoelhada, acariciando a foto do morto. Lágrimas nos olhos inchados.
Sentiu ânsia, por ela. Pela situação. Não podia ser real, não podia ser, ali, a Hermione que ele conheceu. Aparatou a mais rápido possível, como uma criança fugindo de algum castigo.
Na semana seguinte a encontrou na mesma situação. Dessa fez não fugiu, ficou ali, observando-a. Várias horas se passaram até ela ir embora. Olhos inchados, cabelos revoltos, cabeça baixa, esquelética. Outra onda de ânsia. Dessa vez seguida por um vômito seco, não tinha nada para sair do estômago. Ainda não tinha a visto de frente e, sinceramente, não estava preparado para o que viu.
Fazia exatamente cinco meses desde a primeira vez que a vira naquele cemitério. Nas últimas semanas ela era presença constante em sua mente. E ele não conseguia pensar nela lá, sozinha. Tinha ao menos que ficar de longe, observando-a. Velando – como ela fazia com o marido morto – a dor de Hermione.
Não existia mais gritaria. Ninguém mais aparecia para tirá-la de lá.
Já estava quase no horário dela ir embora. Sempre caminhando. Ele foi atrás. Não sabia se era o certo a fazer, estava envolvido demais para pensar no que seria certo ou errado.
Ela foi para casa, caminhando por todo o caminho. Longo caminho. Não foi necessário se esconder. Ela não olhava para os lados. Não olhava para nada.
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Bom gente, ai está o começo. Eu pretendia postar tudo de uma vez, mas acho que ainda vou demorar um bocado para acabar, então resolvi colocar em partes.
Ela será um tanto quanto dramática - =* - mas espero que gostem. E ela foi inspirada na música de mesmo nome (Só Sei Dançar Com Você - Tulipa Ruiz), então se quiser ter uma vaga ideia de como vão andar as coisa, é só ouvir!
Por favor, comentem!!! Mesmo que seja para falar que ficou um lixo, mas nós (que escrevemos) precisamos saber o que vocês estão achando.
E obrigada pelo comentário, Leleu_Mione.É isso! Conto com o apoio de vocês para continuar postando!
Bjs.
Comentários (3)
Já percebi que vai ser uma fic super tensa! Vou continuar lendo para ver o que é que vai acontecer! BeijosAngel_S
2012-11-05Continua, vai dar uma ótima história na minha opinião, está muito bom o prólogo, e eu ouvi a música, muito perfeita, combinada, peo menos com o que li, com a história, bom eu só queria incentivar você, entao por favor continua, quero ver o que acontece!
2012-09-26continua, por favor!!! Acho que eh uma otima historia!!! Vc nao vai desistir nao ne?!?!
2012-09-18