VIII



----------------------------------Mansão Malfoy-----------------------------------  



Abri meus olhos lentamente, a sala estava escura, não havia nada, nenhum móvel. Lembrava-me apenas de estar em uma praça chorando e depois acordei aqui. Passos foram se aproximando e eu tentei ir para trás, mas minha barriga não permitia um movimento brusco.


 - Que bom que acordou, Sangue-Ruim – Uma voz fria e rouca falou, Voldemort se aproximou de mim e eu senti os pelos da nuca se arrepiarem com o medo. – Faz quase um mês que você está dormindo.


 - O que? Estou aqui há quase um mês? – Minha voz saiu frouxa e esganiçada.


 - Sim, você tem que ver como a Ordem da Fênix está te procurando feito barata tonta, meu informante disse que o Potter está quase enlouquecendo, ele disse que o Grande Harry Potter estava até pensando no suicídio.


 - Você está mentindo! Harry nunca se mataria! – Minha barriga se contorceu e eu me dobrei com a dor.


 - Narcisa me garantiu que seu parto será em breve. – Olhei assustada para ele.


 - Nem pense em tocar no meu bebê. – Minha voz diminuiu para um tom ameaçador.


 - Não o machucarei, não é minha intenção.


 - Então o que quer?


 - Granger, por mais triste seja para mim dizer isso, eu estou ficando velho e preciso de um herdeiro.


 - Meu filho...


 - Sim. Nada mais emocionante do que um filho contra o próprio pai.


 - Não se atreva! – Eu gritei furiosa.


 - Tente me impedir. – Ele disse e saiu por uma portinha, eu olhei e Pettigrew deu um pequeno sorriso na minha direção e eu ignorei-o com nojo.


                Os dias pareciam não passar, minhas dores só aumentavam. Senti uma contração mais forte do que as outras e um grito escapou pelos meus lábios. Narcisa Malfoy entrou e colocou uma toalha molhada na minha testa.


 - Rabicho, avise ao Lorde que está na hora. – O homem baixo saiu correndo e a loira olhou para mim. – Vou contar até três e você empurra.


 - Como é? – Pedi confusa.                                                                            


 - Seu bebê vai nascer. – Hora de entrar em pânico, pensei.


 - No três. Um, dois, três... – Fiz força e senti minhas pernas amolecerem. – De novo. – Continuei repetindo isso pelas próximas três horas até ouvir um pequeno choro. – É um menino, o Lorde das Trevas ficará satisfeito. Vou lava-lo e já o trarei para você o alimentar. – Ela saiu com um pequeno embrulho nos braços, meu filho. Meu corpo tentava se recuperar do parto e eu só queria ver meu menino. – Aqui está. – Narcisa me entrou o embrulho azul e saiu.


                Ele era pequeno, muito pequeno, o cabelo era preto e apontava para todos os lados, ele abriu os olhos e eu me deparei com duas esmeraldas incrivelmente verdes brilhantes olhando para mim. Eu sorri e dei meu dedo para ele segurar, com um pouco de dificuldade amamentei ele até ele voltar a dormir.


 - Bem vindo ao mundo, Tiago Sirius Potter. – Ele sorriu em seu sono e eu fechei os olhos desejando que Harry viesse nos salvar logo. 

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