Briga, confissão e conselho.
Capítulo 7 – Briga, Confissão e Conselho.
Os dias e semanas com Hermione estavam passando cada vez mais rápido e o dia de ir para a Toca deveras chegava. Passaríamos as festas lá e voltaríamos a Hogwarts só no próximo mês.
Eu podia dizer que minha amizade com Hermione estava em meio a flores, se não fosse pelo último domingo antecedente a casa dos Weasley. Estávamos conversando enquanto caminhávamos saindo da aula de Poções.
- O que você acha de passarmos a tarde no lago? – Propus a ela, que sorriu, mas logo pareceu se lembrar de algum empecilho.
- Poxa, Harry, eu não posso. Prometi passar a tarde com o Brandon. – Lembrou-se me causando certa irritação. Eu deveras estava me esquecendo que não era seu proprietário, mas não tinha culpa de querer passar todo o tempo com quem eu amava. – Me desculpe.
- Tudo bem, deve ser bom passar à tarde com quem se gosta. – Rebati aziumado e ela pareceu nem notar.
- É... – Disse distraída enquanto uma exacerbação subia em minha mente num súbito movimento.
- Pensei que não o amasse... – Comecei numa voz dura.
- Ele é meu namorado, Harry. Eu pelo menos deveria tentar! – Rebateu ela confusa.
- Está bem, boa sorte então. Tá se enganando. – Disse com raiva dando-lhe as costas.
- Por que você está falando assim? Qual é o seu problema? – Ela perguntou se aproximando de mim irritada.
- Eu já disse! Eu me preocupo com você! – Quase cuspi as palavras diante dela.
- Mas nunca foi de se preocupar com quem eu namoro ou não.
- Mas é diferente agora! – Disse tentando achar um subterfúgio.
- Por quê?
- Esquece! – Eu disse dando-lhe as costas novamente e me preparando para sair, mas ela foi mais rápida e virou-me para si.
- Não, agora me diz. O que mudou Harry? Por que passou a se importar tanto? – Ela perguntava tão próxima de mim que eu mal podia respirar.
- Eu sempre me importei. – Retruquei tentando me afastar, todavia ela não permitia.
- Não como agora! Parece até o Rony, dando uma de irmão ciumento! – Ela disse num meio sorriso, que de certa forma eu não notei e me vi em demasiada irritação.
- EU NÃO SOU SEU IRMÃO! – Gritei fora do controle a ela que me olhava com total espanto, com as lágrimas prestes a saltar. – QUER SABER? FAZ O QUE QUISER, GRANGER! PROMETO NÃO ME IMPORTAR. – Gritei novamente, agora percebendo seu estado. Algo eu meu peito parecia me apunhalar a cada lágrima dela que rolava.
- Vá embora, Harry. – Ela me pediu magoada, contudo hesitei.
- Hermione... Eu sinto muito... – Sussurrei parecendo voltar ao meu estado normal, mas já era tarde.
– Vá, Harry! - Disse numa voz dura e eu simplesmente a obedeci.
Entrei irritado no dormitório fazendo um estrondo com a porta, não devia haver ninguém ali. Chutei meu malão diversas vezes até notar que um ruivo me fitava assustado.
- RONY, O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? – Brami a ele que permaneceu barbarizado, me fazendo ter um grande arrependimento.
- Eu só vim buscar minha capa. – Ele disse mostrando o objeto como se tivesse que me provar que falava a verdade. – O que houve, hein Harry? – Ele me perguntou ao ver que eu me acalmava aos poucos.
- Sou um idiota, briguei com a Hermione. – Confessei me sentando na cama de frente para ele que me olhava compreensivo.
- Sou seu melhor amigo, não sou? – Ele questionou me fazendo não entender.
- Claro, por quê? – Perguntei desconfiando.
- Então por que não confia em mim? Por que não assume de vez que gosta dela, Harry? – Me assustei, olhando-o em silêncio. - Eu tenho notado que você não dormiu durante todas as noites quando ficaram sem se falar.
- Ela é minha amiga... – Comecei tentando disfarça.
- Diz a verdade, Harry. – Ele pediu e eu o fiz.
- Tá, eu a amo. Ainda assim, que diferença faz? – Indaguei sem esperanças. – Eu fui um idiota com ela e além do mais, ela namora o Brandon.
- Eu não sei quem a Hermione ama, Harry... – Ele começou me fazendo perder o fio de esperança que eu tinha. – Mas eu nunca a vi se dedicar tanto a alguém como ela faz com você...
- Coisa de amigo, Rony...
- Não, Harry. A Hermione nunca me olhou do jeito que ela te olha, parece que só vocês dois entendem o que o olhar do outro quer dizer... Confesso que nunca entendi. – Era verdade. – Não desiste, Harry. Não sem falar a ela o que você sente.
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