Dois pequenos grandes segredos

DOIS PEQUENOS GRANDES SEGREDOS

Terça-Feira, 12 horas e sete minutos. Ainda na sala de Defesa contra as Artes das Trevas.

De repente, uma coruja bate na janela com um envelope amarrado em sua pata.

Severus, como se já soubesse do que se tratava, dirigiu-se à janela onde a coruja o aguardava. Quando abriu, viu um envelope que tinha as mesmas características daquelas de seu amigo Dumbledore. Sim, é de Dumbledore. (Pensava Severus).

Seu rosto tomou uma expressão nada amistosa. Quando finalmente terminou sua leitura, a fúria em seus olhos era vista de longe. Por fim, largou a carta com desprezo, e determinado, deu seu giro de calcanhares, com firmeza, como se tivesse um acerto de contas a fazer. Saiu da sala.

 

Hermione, que ainda estava na sala recolhendo alguns papéis que caíram em baixo de sua carteira, havia visto tudo o que se passara diante de seus olhos, e estava definhando de curiosidade. Com certeza, o mestre não a vira. Merlin, o que poderia estar escrito naquela carta? O que o deixara tão furioso? pensava a garota. De súbito se viu correndo, como uma menina descobrindo algum segredo importante. Pegou a carta em suas mãos. Dumbledore? (sim aquele tipo de carta, a letra verde e aquela grafia elegante não poderia ser de mais ninguém...) Ela leu em voz alta:

Querido Severus,
Sinto lhe informar que já é a hora. Bem você sabe o que quero dizer não é?
Qualquer dúvida fale com Minerva, afinal ela é a única que pode lhe auxiliar. Sem mais para o momento... Um eterno abraço,

de seu confidente:

                           Alvo Dumbledore.


Hermione não conseguia entender o fundamento daquela carta nem como ela tinha influenciado tanto no mau humor daquele seu professor de Defesa contra as Artes da Trevas. Mesmo assim, decidiu que ia investigar, afinal a situação não estava deixando-a confortável,
Colocou o papel em sua vestes e saiu daquela sala da forma mais discreta, para que ninguém suspeitasse de algo. Quando chegou à torre de Grifinória encontrou sua amiga Gina Weasley com olhares sonhadores. Quando Gina a viu deu um enorme sorriso e Hermione começou a professar o que lhe deixara naquele estado, a amiga disse que Harry tinha lhe pedido em namoro, com flores e tudo mais o que uma menina poderia querer. Ela aceitara, afinal esperava por isso desde que o conheceu. Hermione com uma leve gota saindo de seu olhos disse:

- Gina que maravilha, minha amiga! Como desejo que dê tudo certo entre vocês, e sei que dará!!!! - disse abraçando-a.

- Ah, Hermione, eu sei! Poxa, você é uma menina tão admirável! Queria que tivesse um sortudo que lhe fizesse tudo e mais um pouco do que Harry me faz..

- Sei Gina, hahaha, muito engraçado, sabe que não tenho muitas intenções para com os meninos, certo?

- E o pior é que sei sim... - disse Gina desapontada.

- Acho que ainda não encontrei a pessoas certa. - falou Hermione, com receio.

- É verdade, parece que nenhum está a seu nível. - Gina falou, com um sorriso instigador, como que ironizando o deszelo de sua amiga para com garotos.

Mas quando Harry apareceu convidando-a para passear, ela esqueceu de tudo, como se no mundo só houvessem aqueles dois. Juntou-se a ele, e deixou Hemione sozinha, a qual não achara nada mau. Estava satisfeita de se encontrar só. Tinha muitas coisas para pensar....

Pegou o pedaço de papel, e o releu, como que tentando achar algo que poderia não ter notado......

Leu até o momento em que.....

- Ah, Merlin....................por Salazar, não acredito....


Hermione, com tanta pressa de sair da sala de aula, esqueceu-se que deixara seu caderno sobre a mesa, mas isso não era nada deparado à folha que se encontrava acima deste: era um pedaço de pergaminho em que ela havia desabafado férvidamente quando recebeu aquela bronca do seu horrível professor...

SIM CAROS LEITORES, ELA, NÃO PODENDO FALAR NADA, (AFINAL ERA APENAS UMA ALUNA), RESOLVEU DESCONTAR TUDO NAQUELE PERGAMINHO. XINGOU SEU PROFESSOR DE TODAS AS FORMAS POSSÍVEIS...

Na mesma hora, Hermione saiu correndo, com esperanças de que ninguém e que, principalmente, Severus não o tivesse lido. Abriu, com força, a porta e assustada viu...

Snape estava lendo o papel que há pouco estivera sobre seu caderno...

Ele estava de costas, mas ela sentia a Fúria exalando dele....

Quando menos esperava, ele se virou...

Encarando-a...



[continua...]  

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