1º de setembro



1º de setembro
*cinco horas e trinta e três minutos da manhã*
- Lilían, acho melhor você acordar, para ter bastante tempo para se arrumar e arrumar as suas coisas, tenho certeza absoluta que você deixou tudo para a última hora! – disse minha mãe, um tanto calma... Calma?? Eu disse calma?? Acho que ela é o ser mais Zen do mundo!
- Anda Lílian! Acorda filha! – Ela não gritou, nem puxou minha colcha, muito menos assoprou no meu ouvido, acho melhor acordar e ver se ela está bem, isso está me assustando muito!
- Bom dia mãe! – disse, ainda deitada, e com o rosto virado para a direção oposta a da minha mãe, pra falar a verdade, nem os olhos abri, só falei.
- Bom dia filhinha! Vou sentir tanto a sua falta, fala direito com a sua mãe! – Isso foi o suficiente para que ela tirasse a minha colcha. Cansei de brincar disso, levantei.
- Vou me arrumar, ok??
- ‘Tá’ bom... – Algo de estranho está acontecendo com a minha mãe, ou será a gravidez que a está deixando muito sentimental? São apenas quatro meses e meio, mas a barriga dela já apresenta certo volume, e está bem arredondada, será que estarei aqui em tempo de ver meu irmão nascer? Ficarei um tempão longe dos meus pais, confesso que a saudade está batendo, e eu ainda estou dentro de casa! – Lílian, você está bem?
- Estou sim..
- Não parece, você estava pensando em alguma coisa, será que você pode compartilhar essa coisa comigo?
- Eu só estava pensando que vou sentir muito a sua falta, do papai e acho que até do monstro!
Minha mãe só deu uma gargalhada, perante o meu comentário, será que ela não sente tudo o que passa pela minha cabeça??
- Você está rindo do que mãe?
- Não estou rindo de nada não, vai escovar seus dentes vai, e aproveita e toma logo um banho, tem gente aqui com cheirinho de galinha frita! – Galinha frita? Ela me chamou de galinha frita? Isso não dá pra aguentar, minha própria mãe me chamando de uma coisa dessas. Vou logo tomar meu banho, porque o tempo costuma voar!

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*seis horas e vinte e sete minutos da manhã*

Sai do banheiro, acho que fiquei quase uma hora lá dentro, e coloquei minha roupa, depois de uns três minutos, mentira 22, acabei me decidindo por uma saia jeans com algumas pregas na frente, uma regata branca e um bolero de tricô violeta que minha avó fez pra mim. Ao contrário do que a minha mãe disse, eu já estava com tudo arrumadinho, só faltava mesmo era separar as coisas que eu levaria na mão, ou seja, só a minha gata, a Amélia, e a minha varinha, que por sinal, nem sei aonde botei! Depois do café eu procuro.

*nove horas e dezenove minutos da manhã*

O.K.! estou em total desespero, daqui a pouco meu pai já vai estar me chamando para ir embora e eu não posso sair sem a minha varinha.
- Lílian, o que falta para você ficar calma? – Perguntou meu pai, acho que aqui o único nervoso é ele, ta bom, parei.
- Pai, se eu falar, você não vai me matar? – Fiz a melhor cara de cachorrinho sem dono possível.
- Eu não te mataria nem que eu estivesse no meu quadragésimo dia num manicômio! – Ele nem precisa ir prá lá, para que eu diga que ele é louco.
- Aminhavarinhasumiu
- O quê? Fala mais devagar por favor. – Agora quem fez cara de cachorrinho foi ele, há há.
- A minha varinha sumiu! – Eu quase gritei ao dizer isso, sério.
- Ai meu Merlin! Accio varinha da Lílian! – dito isto a varinha veio voando na direção dele, foi mais fácil do que eu imaginei! – Espero que isso sirva de lição para que você tome mais cuidado com as suas coisas.
- Pode deixar pai, muito obrigada, te amo! – Dei um abraço super apertado nele.
- De nada minha flor. Agora pega vai pegar a sua gata e desça com as suas malas, eu ainda quero passar em um lugar antes da estação.
- Tudo bem.

Achar a Amélia não foi uma das coisas mais fáceis do mundo, apesar dela ser bege consegue se camuflar facilmente pela casa, coube ao monstro achá-la.
Entramos no carro, mais ou menos dez e meia, meu pai disse que não daria para passar aonde ele queria no meio do caminho, mas depois que soube que era só na casa dos meus avós, nem fiz tanta questão.
Chegamos na estação de trem quando falavam cinco minutos para as 11:00, não preciso dizer que nós estávamos atrasados, não é??
Atravessamos a plataforma, não foi a minha primeira vez, mais a sensação foi muito diferente, afinal, esta é a primeira vez que estou indo para Hogwarts. Bom, acho que finalmente chegou a hora das despedidas. Minha mãe deu um forte abraço em mim, pediu para que eu me cuidasse e blá blá blá. O mesmo fez meu pai, mas durante o abraço que ele me deu, ele disse pra mim:
- Não se esqueça da nossa conversa, ok??
Sorri a ele em resposta.
Quando entramos no trem, meus irmãos meio que me abandonaram, seguiram felizes em direção aos amiguinhos deles e esqueceram que eu existo. Ótimo! Terei que me virar sozinha. Sorte a minha que encontrei um vagão que não estava muito cheio, só tinha uma menina de cabelos castanhos, com olhos cor de mel, que estava acompanhada por um gato de pelos brancos, que saiu de perto dela e venho se ‘agraciar’ perto da Amélia.
- Matias, volta pra cá! – Ela disse, meio que envergonhada.
- Não, tudo bem, não há nenhum problema, contando que daqui a alguns meses eu não seja presenteada com vários filhotinhos de gato. – Ela riu – Meu nome é Lílian, é o meu primeiro ano e o seu nome é?
- Marjory, prazer Lílian. É meu primeiro ano também, eu sou de família trouxa, e pra mim tudo isso é maravilhoso.
- A minha tia também é trouxa e sempre foi elogiada por sua Inteligência e coisas mais.
- Nossa, eu só espero que tudo isso ‘valha a pena’, porque esse ano eu iria passar de lobinha para a tropa escoteira.
- Você ia passar de que para o quê? – o.O
- Bom é uma longa história, coisas trouxas, sabe?
- Não, não sei não! – Começamos a rir
- Vou te explicar......
A conversa com Marjory foi super legal, ela é bem legal, nos demos super bem para as primeiras horas.

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