Desafios da Sala Viva



Todos conseguiram se reunir na Sala Viva. Entravam com muito cuidado, pois estava muito escuro. Harry teve a feliz idéia de usar o “Lumus”. Todos o seguiram. As paredes se mexiam lentamente, como muitas criaturas pequenas nela. Rony, que estava muito curioso, colocou a luz perto da parede e não gostou do que viu, se assustou e correu para trás de Hermione.
- O que é, Rony? – ela perguntou.
- Vocês sabem por que a parede se mexe? – ele perguntou.
- Por quê, Rony? – Rany perguntou curiosa.
- Porque são aranhas! – Ele gritou apavorado!
De fato, toda a parede se mexia vivamente. Porém as aranhas não saiam do lugar. Mas não só a parede, o teto também! Todo o redor, menos o caminho a que se anda. Andaram até chegar num local circular. No seu centro havia uma esfera de cristal.
- É aqui! – Hermione exclamou.
Um barulho de abrir a porta foi escutado. Todos se desesperaram. Resolveram ficar no meio das aranhas. Todos foram, menos Rony, que ficava murmurando que não iria nem morto. De repente uma teia grossa o pega e o eleva para cima. Algo aparentemente de seu tamanho o pega. Ele fica desesperado, que, quando iria gritar de horror, uma teia tapou sua boca. Então se ouviu uma voz, velha e conhecida:
- Quem está aí? – era o senhor Filtch! – Seja quem for, vou fechar a porta. As aranhas vão gostar de comer um lanchinho. Hehehehe... – e ele fechou a porta.
Todos saem despreocupados. Olham-se mutuamente. As aranhas não os atacavam. Por quê?
- Onde está o Rony? – Hermione perguntou preocupada.
- Está aqui! – uma voz rouca e melodiosa falava do alto.
Uma aranha enorme descia junto com Rony na teia. Ela pousou rapidamente no chão. Mas não era uma aranha. Era uma criatura horrorosa! Era metade homem e metade aranha. Possuía um tórax e um abdome de uma aranha, e um corpo de humano no tórax. Era muito peludo e musculoso. Tinha todos os dentes pontudos, possuía três olhos: dois normais e um no meio acima, na testa. Seu cabelo nascia na cabeça e descia até o fim de suas costas de humano. Dedos longos e magros, e unhas pontudas e negras.
Ele ou ela soltava o Rony cuidadosamente. Ele correu apressado para seus amigos.
- Calma, amigo... Não irei machucá-lo! Meu nome é Archisus! Sou uma Ratiarac. Metade humano e metade aranha. Fui criado pelos Bruxos Escolhidos Originais. Tenho milhares de anos. – ele falava simpaticamente.
- Não confiem nele! – Rony falava amedrontado. Apontava feito um louco: - Não confie nele, Harry! Ele é do mal.
- Calma, senhor Terra! – ele falou acalmando-o. – Eu estou do lado de vocês.
- É Rony! Ele está no nosso lado. Pode ficar calmo. – Rany tentou acamá-lo.
- Suponho que vieram desvendar o Enigma dos Bruxos Escolhidos... Então venham por aqui! – Ratiarac começou a andar até o centro da sala circular. Lá havia uma bola de cristal que brilhava intensamente numa cor escura e fria.
- O que é isso, senhor? – Harry perguntou para Ratiarac curioso.
- Essa é a Esfera dos Elementos. Ela identifica os novos Bruxos Escolhidos. Vamos. Cada um fique em seus símbolos característicos. – Ratiarac falou apontando alguns símbolos estranhos. Ele ajudou a cada um deles ficarem em seus devidos lugares. – sintam o poder... liberem o poder...
Hermione de imediatamente começou a brilhar numa cor amarela. Uma bola energizada nasceu acima de sua cabeça. A bola correu diretamente até a Esfera dos Elementos. Ela fica então num brilho amarelo intenso.
A próxima foi Rany. Ela começou a brilhar numa cor branca. Em cima de sua cabeça se formou um tipo de nuvem bem branca e voou lentamente até a Esfera dos Elementos. A esfera brilhou bem branca. E logo após apareceu duas cores totalmente distintas. Parecia dois líquidos que não se misturavam.
A seguinte foi Diana. Como as outras, brilhou numa cor azul claro. De seus cabelos caiam muita água. E no chão se formou uma poça. A água se levantou rapidamente e se jogou na esfera. E ela brilhou na cor azul. Depois ficou três líquidos que não se misturavam: azul, branco e amarelo.
Ratiarac falou algo no ouvido de Draco e ele fechou os olhos. Logo começou a brilhar numa cor marrom alaranjada. Nas suas mãos apoiadas no peito, saiu uma bola de areia que flutuava no ar. Ele foi lançado grosseiramente até a esfera. Esta por sua vez, brilhou amarronzada. Logo ficou as quatro cores que não se misturavam.
O “homem-aranha” chegou perto de Rony que acabou por deixar as pernas bambas. Falou algo no ouvido dele, que Rony suou. Ele se afastou e ficou olhando. Os quatro que já foram, estavam brilhando menos mas, não se moviam com os olhos fechados. Rony tentou se acalmar e fechou os olhos. Ele imediatamente abriu os braços e começou a brilhar numa cor verde. E de suas mãos saiam folhas e à frente de seu peito se formou uma bola de folhas que voaram imediatamente para a esfera. Ela brilhou como das outras vezes e voltou nos líquidos heterogêneos.
Harry era o último. Ratiarac chegou sorrindo. Encostou a boca no ouvido de Harry e falou.
- Agora, feche os olhos. E comece a se transformar num Bruxo Escolhido. Automaticamente, seu corpo fará isso, como os outros. Mas, apesar de tudo... relaxe! – ele falou e se afastou.
Harry fechou os olhos, e rapidamente sentiu uma forte pressão em sua cabeça. Ficou assustado, porém não pôde fazer nada. Ele começou a brilhar, em uma luz vermelha. Suas mãos juntas e ao lado direito do seu corpo, criaram uma esfera em chamas que foi lançada para a bola de cristal. Ela brilhou na cor vermelha e depois brilhou intensamente em branco, fazendo Ray e David colocarem seus braços na frente dos olhos para não cegarem.
Todos os corpos que haviam brilhado caem no chão graciosamente. Eles abrem os olhos lentamente à medida que a luz vai diminuindo. Quando deu para ver, observaram que em frente ao corredor havia aberto uma porta de onde vinha uma luz ainda branca. Se levantaram e começaram a caminhar para dentro da porta.
- Sinto avisar-lhes, mas só os Bruxos Escolhidos podem entrar! – Ratiarac falou advertindo.
David olhou com um rosto em chamas, porém Diana que estava perto dele, estava séria e, com delicadeza, trouxe o rosto de David para si. Ela lhe dá um beijo intenso e vívido. David começa a chorar.
- Eu te amo! – David falou.
- Eu também... – nesse instante Diana começa a chorar, porém toda séria. E ambos se abraçam.
Harry e Rany, Draco e Ray e Hermione e Rony fazem o mesmo. Muitos beijos são feitos antes de “entrarem em seus destinos”.
- Rany, não quero te perder de novo! – Harry falou quase chorando.
- Não vai, Harry! Prometa para mim que não vai morrer! – Rany falou caindo em lágrimas, porém não séria. Ela transmitia um péssimo estímulo.
- Que é isso, Rany?! Nós não vamos morrer... não pense assim! – Harry tentava levantar a cabeça dela para reanimá-la.
- Certo, certo! – Ela falava transmitindo, agora, apoio.
- Ray, se por acaso eu... – Draco falava com dificuldade. Ele não era capaz de chorar, demonstrar sentimentos. Mas era óbvio que queria chorar.
- Psiu! Não fale isso! Você vai estar aqui comigo e vamos Ter dois times de futebol! – Ray tentava reanimá-lo sorrindo e chorando muito.
- É! – Draco falou a abraçando.
- Hermione... vamos conseguir, não vamos? – Rony perguntava ainda abraçado a Hermione.
- Claro que vamos! A nossa probabilidade de conseguir nos encontrar de novo é de... sei lá! Rony, escuta. Nós vamos nos encontrar de novo, vamos nos casar, Ter uns dois ou três filhos e ele vão ser muito felizes junto a nós dois! – Hermione falava chorando.
- Desculpe, interrompê-los... porém devem entrar agora... vocês não têm muito tempo... – Ratiarac apressou-os.
Todos os quatro casais deram seus “últimos” abraços e todos deram boa sorte. Harry, Rany, Draco, Hermione, Diana e Rony entraram na porta que brilhava muito. Andaram pouco até chegarem numa sala semicircular onde havia seis passagens muito curiosas. Uma ardia em chamas e ficava logo no canto esquerdo dos garotos. Ao lado direito dela, havia outra cujo ventava muito. Ao lado dessa, havia outra que tinha muita areia flutuando. Ao lado, havia outra que estava jorrando água como uma cachoeira. Continuando, havia outra cheia de folhas e cipós. E ainda a última, que tinha vários dispositivos que saiam raios elétricos que acabavam se cruzando.
- Acho que cada um de nós devemos ir por um caminho diferente... – Diana falou analisando sua “cachoeira”.
- Claro que não! Não deixarei minha Mione ir sozinha... – Rony falou todo orgulhoso.
- Rony, sei me cuidar muito bem sozinha... Mas devemos ir, rápido... Pode ser que haja alguém vindo por aí! Vamos. – Hermione falou alto.
Nesse momento todos passaram pelas portas.

***Hermione***

Ao passar pela porta elétrica, Hermione se encontrava num longo corredor escuro. Nos cantos da parede havia pequenas lâmpadas guiando o escuro. Eram diminutas e amarelas. Ela seguiu receosa pelo caminho estreito. Ao fim, chegou no meio de um imenso clarão num bosque. Havia umas poças de água, parecia Ter chovido. Uma coisa ainda mais assustadora: Estava de noite. Eles haviam entrado pela manhã. Hermione caminhou pelo clarão com a varinha em punho.
Nesse instante ouviu ruídos. Um tal de “ploc, ploc, ploc”, assustava-a cada vez mais que ficava mais alto. Esse barulho acontecia em intervalos de três, depois dava um intervalo de dez segundos, e continuava, o que fazia-a ficar mais temerosa. Estava tudo escuro. Via alguns clarões na floresta.
De um canto do bosque, entre duas árvores, apareceram, lentamente, criaturas redondas. Parecia um pufoso. Porém era menor. Era menor, possuía um sorriso maravilhoso, Olhos grandes e de várias cores do arco-íris. Possuía orelhas flexionadas e com alguns traços negros. Um grande nariz arroxeado, e todos eram amarelos. Hermione achou aquelas criaturas maravilhosas. Chegou perto delas e as convidou para acariciá-las, porém elas se afastaram um pouco e ficaram com raiva. Pularam algumas vezes, fazendo o “ploc” de sempre. De repente, seus olhos ficam apertados de raiva e seus pêlos ficam eriçados. Dos três que haviam ali, apareceram mais dez. Todos atacaram Hermione com choques cada vez mais fortes. Depois de uma série de choques , Hermione corre como louca pelo bosque. Corre por entre as árvores, porém elas se fecham para ela.
Não podia correr, muito menos se esconder! Decidiu enfrentar.
- ESTUPEFAÇA! – Gritou ao bando reunido. Porém, eles desmanchavam o grupo e se refaziam. – Ai, Merlim! Me ajude! Me dê uma idéia!
Os monstrinhos iam se aproximando cada vez mais, ainda mais vinham andando lentamente, fazendo Hermione ficar desesperada. Mas de repente lhe vem uma idéia na cabeça. Corre por entre eles, e acaba pisando em alguns, leva um choque e cai no chão. Alguns deles ficam pulando em cima de seu corpo e fazendo alguns ruídos de satisfação. Hermione se levanta rapidamente e corre. Sua roupa estava preta. Seus lábios estavam roxos, e suas pernas davam sinais de que iriam lhe derrubar novamente. Passou pelas poças e foi derrubada no chão por um que, estrategicamente, estava deitado no chão. Todos os bichos a rodearam. Eles estavam soltando faíscas, preparando o bote para o golpe final. Os animais soltam rajadas mais fortes sobre Hermione. Mas no momento do choque, ela se levanta e fala:
- PROTEGO MÁXIMA!!! – Uma bola mágica a rodeia.
Então, como estavam sobre a poça d’água, os bichos tomam um choque mil vezes mais forte e caem estatelados no chão. Hermione se levanta do chão receosa de cair. Olha para aquelas criaturas e sorri com satisfação. Anda um pouco pelo local sem saber onde ir.
Abre-se, de repente, um portal. Hermione passa por ele. Do outro lado, ela se vê limpa e se sentindo muito bem. Olha o local onde está agora. Havia um pequeno lago, e seis estátuas. Uma delas acabava de acender-se em amarelo. Hermione reconheceu as figuras das estátuas: eram os primeiros Bruxos Escolhidos. A estátua que acabava de acender-se era a sua. Quer dizer então que ela já concluíra a tarefa?
Nesse instante o lago brilha intensamente. Hermione vai ver.

***Diana***

Diana acabara de sair de um longo corredor com luzinhas azuis guiando o caminho. Como Hermione, saiu cuidadosa. Olhou ao redor. Havia um grande e negro lago à sua frente. Aos lados havia serras imensas impedindo a passagem. Do outro lado do lago imenso, havia uma passagem brilhante. Sentiu em sua alma que era para encaminhar-se para lá. Porém, era arriscado nadar por um lago desconhecido à noite. Tentou se transformar, porém não conseguiu!
Não havia jeito. Tinha que atravessar o lago. Pulou na água. Estava muito fria àquela hora da noite. “Espera aí! Não estava de manhã quando vimos para cá?” Diana pensou estranhada. Começou a nadar. Sentiu uns calafrios na sua espinha, como se algo estivesse-a avisando de algum perigo. Continuou um pouco mais rápido: gostaria de acabar logo com tudo aquilo. Sentiu algo bater em sua perna e sentiu dor logo após. Estava ardendo muito! Será que ela cortou-o? “LUMUS” ela falou e a varinha acendeu. Colocou-a debaixo d’água e respirou fundo, mergulhou. Reparou em seu pé. Estava profundamente cortado. Sentiu a água vibrar forte. Olhou rapidamente atrás de si. Não havia nada.
Mais uma vez sentiu a vibração. Olhou para o outro lado. Viu alguns pequenos peixes se afastarem assustados com ela. O fôlego acabou e voltou para a superfície. “Não acredito que foi aqueles peixinhos!” Pensou Diana. Fez o feitiço “Cara-de-Bolha” e voltou para baixo.
As vibrações se tornavam mais fortes. Diana ficava cada vez mais assustada. Nesse ataque de “terrorismo”, ela percebeu afastar-se uma sombra maior. Parecia um sereiano. Tentou nadar até onde a sombra nadara. Mas, ela foi pega por algo pegajoso pelos pés e foi arrastada para o fundo. Ela desesperou-se. Tentou tudo para se desvencilhar-se. “KORCKIPUS” Diana falou em pensamento. A água levou uma rajada paralisante. Por uns cinco segundos, a criatura paralisou. Tempo suficiente para sair de suas garras. Virou-se contra o inimigo.
Era uma mulher com rabo de sereianos. Possuía cabelos negros, bem negros. Possuía olhos grandes e azuis claro. Estava desnuda, apenas cobria os seios com duas grandes conchas. Também tinha sobre a cintura, um tipo de cinto cheio de patas de polvo. Era pálida. Seus cabelos esvoaçavam com o andar das águas. Quando ela pôde se mexer correu rapidamente para um lado e desapareceu. Diana ficou procurando-a por alguns minutos.
Mais uma vez foi arrastada, desta vez para cima pega pela sua cabeça. Desesperou-se. Quando ia usar a varinha, a mulher lhe soltou. Quando percebeu, Diana já estava perto da superfície. Saiu debaixo d’água e percebeu que já estava na metade do caminho para sair dali. Continuou a nadar sem querer saber o que aconteceria.
Num determinado período do lago, bem à frente de Diana, algo brilhou muito forte. E desse brilho vindo debaixo d’água, saiu a mulher “sereiana”. Ela estava, desta vez, com os olhos fechados. Estava de braços estendidos, como se quisesse abraçar a loira molhada.
- Quem é VOCÊ? – Gritou Diana com receio ao querido “abraço”.
- Olá, humana! – A mulher, cujo cabelos estavam, dessa vez, esvoaçando com o vento, falou doce.
- QUEM É VOCÊ? – Diana gritou mais uma vez, não agüentava mais o medo que lhe percorria cada veia e cada artéria de seu corpo.
- Se quer tanto saber... – seu braço direito suspendeu ao lado direito, e o braço esquerdo acompanhou o direito. Parou e fez um arco no ar e que, à medida que andava, fazia um arco-íris. E ainda com os olhos fechados e o arco-íris no ar: - Meu nome é Alqüíria!
- E O QUE VOCÊ QUER DE MIM, ALQÜÍRIA? – Diana gritou.
- Sou uma criatura criada pela Bruxa Escolhida original, Anaid Yoflam. E meu dever é acabar com toda a ameaça contra a memória dos Bruxos Escolhidos. – Falou ela com olhos fechados.
- MAS EU PRECISO PASSAR POR VOCÊ ATÉ AQUELE PORTAL! – Diana falou quase a chorar e apontando o Portal logo após o lago.
- Será que você merece isso? – Alqüíria falou ainda de olhos fechados, o que deixava Diana com mais medo. – Vou acabar logo com você! YADACTU MERECTU IMPERIU! – Ela falou.
Na mesma hora, cinco gigantes tentáculos saíram das águas. Diana saiu a nadar o mais rápido possível. Porém, os tentáculos a agarraram ligeiramente.
- ahhh! – ela gritou. Pegou sua varinha e encostou à pele da criatura. – KORCKIPUS! – Os tentáculos soltaram-na.
De repente, a água parecia descer. Diana olhou para baixo. Ela estava em pé, em cima da água. “O que está acontecendo aqui?” Tornou a olhar Alqüíria, ela estava flutuando no ar. Seus cabelos esvoaçavam com o vento frio e cortante. Diana estava tremendo. Desta vez de frio. Olhou para os tentáculos gigantes, eles estavam paralisados. Olhou Alqüíria, parecia que não a viam. “Será que estou morta? Ahh! Não! Não posso morrer assim...” começou então a caminhar sobre a água com receio de cair.
Faltava apenas alguns metros até o solo quando Alqüíria abriu seus olhos azuis e grandes demais para seu rosto, parecia um elfo doméstico. Virou-se para encarar Diana e falou gritando:
- DIANA MALFOY! – Gritou. – Você vai pagar por Ter pisado aqui! – Nisso a “sereia” levanta as duas mãos juntas e fala algo inaudível. Diana se vira rapidamente. E das mãos dela saem Jatos muito fortes de água. Diana tenta se defender com as mãos mas é arrastada até a margem do grande lago.
Diana se levanta tossindo com tanta água engolida. Mas um sorriso logo sai de seu rosto.
- Por que está sorrindo? Você não poderá passar pelo portal sem me vencer primeiro! – Alqüíria falou gargalhando.
- Quem disse que iria sem acabar com você, mulher-peixe? – Diana fala sorrindo lindamente. Alqüíria logo muda a cara para um rosto de pavor. – TRICKS! – Na sua varinha saem faíscas de eletricidade. Alqüíria começa a nadar o mais rápido possível com medo da ação de Diana. Diana coloca sua varinha em contato com a água e atinge o destino. Alqüíria toma um choque muito forte e cai quase que completamente queimada na água, junto com o enorme polvo e ainda algumas outras criaturas da água.
“UFA! Terminei meu trabalho!” pensa ela. E então atravessa o portal. Lá é surpreendida por Hermione que a abraça.

***DRACO***

Draco estava numa luta feroz contra um terrível, aparentemente, escavador. Ele corria atrás de Draco para todos os lados, e quando ele corria fazia o chão tremer. Num desses tremores, Draco havia caído. Pela primeira vez em sua vida estava com medo de morrer.
- QUEM É VOCÊ? – Ele perguntou encostado numa árvore frondosa e grossa.
- EU SOU O ESCAVOR! – A criatura falou com voz de monstro. Levantou sua espada reluzente e a enfiou na árvore, pois Draco havia saído a tempo. O Escavor ficou tentando retirar sua espada de lá. Ele era muito alto, tinha a aparência humanóide, com um par de olhos enormes e negros. Usava uma calça rasgada segura por um pedaço de tecido firme. Possuía cabelos eriçados e para cima. Também havia em suas costas um escudo enorme e redondo feito de pedra e alguns detalhes de ouro.
- Mas você não irá me pegar! – Disse Draco subindo rapidamente numa grande árvore na escuridão.
O Escavor finalmente conseguiu arrancar a espada da árvore. Draco estava subindo na parte mais alta da árvore, até esbarrar-se com uma cobra extremamente verde. Pegou-a pela cabeça, a cobra ficou se debatendo, e a lançou no Escavor. Ele, porém, a pegou no ar e esmagou a cabeça da cobra e a jogou fora. Olhou para cima e viu uma cabeça amarela. Viu o problema e começou a girar no chão muito rápido. Desapareceu no meio do nada sem deixar pistas.
Draco ficava com mais medo dele. Onde ele estava? “TUM”, a árvore tremeu. “TUM” novamente. E a árvore graciosamente cai no chão. Draco se mexeu para a parte que não ia tocar no chão e saiu dela. Ele havia caído perto de muitas pedras e uma pequena poça d’água. O Escavor apareceu de repente e Draco se desesperou. Começou a jogar pedras no seu inimigo. Mas aconteceu algo mais surpreendente:
As pedras estavam acabando com algumas partes do monstro que nem sentia a dor. “Como pode isto acontecer? Há algo errado aqui!” ele pensou. Até que ele percebeu que eram as pedras sim, porém encharcadas com a água da poça. Foi então que ele retirou a camisa de lã grossa e a mergulhou na poça. Esta por sua vez ficou muito molhada.
Quando o Escavor chegou perto, Draco o enlaçou com sua camisa de lã cuja mangas eram longas. O monstro caiu no chão aos pedaços. Draco sorriu. Retirou sua camisa que havia sido rasgada com a destruição do monstro, talvez alguma reação química.
- Vem me pegar agora! – Draco debochou e chutou a cabeça da criatura que logo após se desmanchou em pó. – OPS!
De repente aparece em suas costas um portal brilhante. Ele, meio envergonhado por estar sem camisa. Colocou-a assim mesmo, e ficou de fora um dos mamilos, e o resto da barriga que revelava alguns detalhes de “tanquinho”. Passou pelo portal e saiu do outro lado completamente restaurado.
Diana veio logo o abraçar.
- Inteligente! – Hermione falou por trás do abraço de Diana.
- Vocês viram? – Disse Draco quase desesperado.
- Sim, claro! Veja por aquele lago! – Disse Diana sorrindo.
- Vocês me viram pelado? – Draco falou com uma cara desesperada.
- Deixe de besteira! Pior seria se fosse uma de nós! Venha! Venha ver a Rany! – Disse Hermione.

***RANY***

Rany havia acabado de passar pela brecha do túnel. Tinha um grande clarão escuro, pois a lua da noite estava fechada por meio de nuvens grossas de chuva. Caminhou desnorteada pela clareira. Até ser surpreendida por passos a rodeando. Ficou assustada. Levantou a varinha e falou alto numa direção:
- REVELIUM! – Uma luz branca e rápida caminhou na direção suposta. Um homem apareceu do meio das árvores.
- Ora, ora, ora... temos uma senhorita aqui... – ele falou.
Rany o examinou: tinha olhos e cabelos negros. Estes eram lisos e sedosos. Tinha um sorriso encantador e angelical. Era moreno claro, assim como ela. “Nossa, como esse homem é parecido comigo!” pensou.
- Isso mesmo! – Ele falou sorrindo e lendo os pensamentos de Rany. – Ranany Nichols, herdeira da Ynar Slohcin. He, he, he, he...
Rany tentou ler os pensamentos dele, mas nada conseguiu, viu apenas escuridão e silêncio.
- Não adianta! Eu apenas sou uma memória. Mesmo que fosse um humano não deixaria você ler meus pensamentos, pois sei a Oclumência. E sabe o por quê? – ele falou depois de um pequeno intervalo de tempo.
- Não.
- Por que, Rany, eu sou você!
- O quê?! – cada palavra proferida por aquele homem fazia Rany estremecer.
- Isso mesmo! Eu fui criado por Ynar Slohcin alguns milênios atrás, com o intuito de ser algo que a herdeira ou o herdeiro dessa Bruxa Escolhida, fosse o maior medo oculto dessa mesma pessoa. Sei que eu não sou o seu maior medo, mas serei.
- Mas por que então você não é igualzinho a mim?
- Deveria ser do sexo oposto. Mas, sabe por que você terá mais medo de mim daqui por diante?
- Não.
- Por que eu sou o seu próprio medo encarnado na MINHA PELE! – Ele gritou e uma parte do céu se abriu de repente e rapidamente, e lá apareceu uma Lua enorme e muito cheia.
Uma chuva grossa e pesada caiu em seus corpos. Esses corpos começaram a se transformar em lobisomens. Rany gritava muito com a dor da transformação. Tinha acabado de se transformar depois de uma semana!
Dois lobisomens estavam parados olhando um ao outro. Um branco e outro negro. “O quê? Estou conseguindo me controlar?” pensou Rany reparando em suas mãos que lhe obedeciam.
“Isso mesmo, Senhorita Nichols! Vamos à luta!” veio um pensamento na cabeça de Rany dirigido somente à ela. Rany estava com medo. Muito medo!

***HARRY***

Harry havia acabado de sair do grande túnel iluminado por luzes pequenas da cor vermelha, e se deparou com uma enorme parede de planta: era um labirinto igual ao de seu torneio Tribruxo no quarto ano. Novamente iria Ter que viver a esse tormento?
Começou a passar por uma passagem e começou a andar. Ouviu um grunhido. O que será que é? Quando iria continuar a andar ele viu uma criatura horrível: era um leão com rabo de escorpião. Horrível. Rapidamente entrou na vegetação da parede. Essa criatura parou logo na frente onde Harry estava. Ela começou a sentir o cheiro dele. O focinho estava cada vez mais perto de o tocar. Pensou rápido e colocou uma flor que se encontrava ali bem no focinho dele. Ele recuou com o cheiro forte, porém com o susto, Harry caiu pelo outro lado. E viu outro monstro: Era também um leão, só que tinha as pernas traseiras de bode e rabo de dragão. Antes que esse monstro o visse, Harry voltou para seu lugar.
“O que será que aquela Mantícora e Quimera estão fazendo aqui? É muito estranho! Será que tenho que acabar com eles? Mas é loucura! Quimera e Mantícora são criaturas mortais, anti-sociais! Droga!” pensava Harry. O que será que Harry vai fazer?

***RONY***

Rony havia saído. Um grande clarão havia ali, porém a noite estava muito escura. Não dava para ver nada. Rony andou um pouco e acabou tropeçando em alguma coisa. Se levantou com algum esforço, tentou ver o que era, mas estava muito escuro:
- LUMUS! – falou com sua varinha em punho.
Viu que tropeçara em um pedaço de galho ou raiz. Seguiu, com a pouca luz que havia, a coisa em que tropeçou. Apontou mais adiante e viu um enorme olho.
- NOX! – falou baixo e com medo.
Mas não houve tempo: um relâmpago acabava de cair em cima de uma árvore atrás dele, e ele teve que ver uma planta horrível. Era grande e gorda, tinha três flores muito bonitas de cinco pétalas e com um pistilo grande. As flores eram vermelhas com detalhes amarelos. Suas hastes vinham de seu corpo gordo. Aliás, todo o corpo era cheio de espinhos. De trás do corpo dessa aberração saiam dois hastes finos e longos. Haviam, neles, folhas peludas com alguns espinhos. E de cada um dos hastes possuía dois olhos feitos da fruta do guaraná. Porém eram muito brilhantes. Ela possuía também várias raízes retorcidas e pedaços para fora da terra.
Ela olhava friamente para Rony. Rony não sabia o que fazer. Mais alguns raios atingiram outras árvores espalhadas pelo clarão, fazendo com que o local da luta ficasse claro o bastante.
Algo segurou o pé de Rony e foi levantado para cima rapidamente. Era uma das raízes que havia pego ele. Ele pensou rapidamente também “DIFFINDO”, e as raízes foram cortadas.
As flores se movimentaram, Rony se levantou rapidamente. “Como estou rápido hoje!” pensou consigo. As flores jogaram dardos enormes do tamanho de canetas em direção de Rony. “PROTEGO” e os dardos foram parados. “ENCARCEROUS” cordas mágicas enrolaram a planta. Ela ficara presa sem ter como sair. Rony não pensou duas vezes e lançou “INCENDIO” na planta.
A planta começara a gritar e espernear feito uma louca. Porém, aquele apelo pela vida amoleceu o coração de Rony. Nunca em sua vida tivera pena das plantas. Arrancava ervas daninhas do quintal de sua mãe sem dó, nem piedade! E talvez essa era mais uma erva daninha que estava nesse lugar para ser destruída! A planta gritava e seus olhos estavam brilhando mais do que nunca! Rony não sabia o que fazer... deixá-la morrer, ou então...
- AQUAMENTI! – E apagou todo o fogo da planta.
Ambos ficaram se olhando. Ela parecia preocupada com tudo a sua volta ao invés com seu inimigo à frente. Rony havia entendido, e com apenas uma passada de varinha (“AQUAMENTI”) apagou todo o fogo da mata. A planta parecia agradecida com o gesto do oponente e agradeceu com um sorriso muito bonito. E atrás da planta havia aparecido um portal prateado.
Rony se dirigiu para lá e sorriu para o monstro. Ela, em retribuição liberou um aroma muito gostoso, que renovou as forças de Rony. Ele atravessou o portal.
Um beijo. Foi a primeira coisa que Rony recebeu depois de atravessá-lo.
- Parabéns, Rony! Você foi demais! – Hermione o saudava abraçada.

***HARRY***

Harry suava frio no meio da moita. Alguma coisa fazia as feras permanecerem no mesmo local, mas em turnos diferentes. Então ele finalmente achou um pedaço de madeira e a jogou bem longe, porém esse longe era uns metros. Quando o pau estava caindo, ele apontou a varinha e pensou: “ESTUPEFAÇA”, e a madeira voou ainda mais longe.
Quando caiu, fez um barulho ruidoso. Mas o bastante para os monstros ouvirem, tanto a Mantícora como a Quimera correram para lá. Harry saiu e deduziu que devia atravessar esse labirinto a salvo. Começou a andar numa direção e a mesma sensação que lhe tomou conta quando estava andando no labirinto mágico no seu quarto ano em Hogwarts. Continuava a andar de varinha em punho, mas o coração aos pulos.
“Como será que a Rany está se saindo? Estou com medo... não dessas criaturas, mas dos meus amigos não se saírem bem nessa... O problema é que essas feras estão atrás de mim. Hermione... Rony... Rany... Diana... e... nunca havia pensado nisso... e... Draco também...” pensava Harry enquanto tomava a decisão de continuar em frente ou seguir à direita. Ele escolheu seguir à frente.
“ Rany... eu prometo que depois de acabar com Voldemort... ou ele acabar comigo... mas... eu não posso morrer... Não posso deixar minha Rany assim... Pensando nisso... Tive poucos amores na minha vida... primeiro foi a Cho... mas ela sempre pensava em Cedrico Diggory... Nunca pensava em mim, ou em nós... aposto que naquele beijo do quinto ano ela pensava nele...” novamente Harry pensava sem parar, como se aquele momento fosse o último momento da sua vida, o momento da reflexão. Mais uma vez era necessário seguir outro caminho. Dessa vez ele havia escolhido o caminho da direita.
“Depois, no meu sexto ano, ainda estava apaixonado por Cho. Mas depois tive a admiração por Gina, mas foi rápido, porque Rany estava começando a estar nos meus pensamentos... Ela é tão linda... Mas, na verdade... não queria pô-la em meus negócios assim... apesar que nós somos muito parecidos na vida. Eu realmente a amo... Por isso, não devo morrer nesse labirinto ridículo.”
- NÃO DEVO MORRER!!!! – Harry gritara. Só depois notara a idiotice feita.
Olhou em sua volta: atravessara o labirinto sem notar. QUE SORTE! Mas retornou aos seus pensamentos... a essa altura as feras estava correndo para pegá-lo. Resolveu atravessar rapidamente o portal.
E lá encontrou Hermione ainda abraçada a Rony.
- Potter! Parabéns! – Draco havia se levantado de uma pedra cinza e o parabenizava. – Não era necessário acabar com os monstros! Você foi muito inteligente ao jogar aquele pau para afastá-los. Sabedoria às vezes é a melhor forma de vencer a força bruta!

***RANY***

O Lobisomem branco estava quieto olhando suas mãos. O outro, negro, estava olhando o outro ameaçadoramente. A criatura negra, parecia uma sombra que ficava, agora, a circular sua vítima indefesa.
- Rany... – uma voz na cabeça de Rany falava. Era o “medo” dela. – À sua frente está um portal que leva diretamente aos seus amigos... – Rany observou que havia mesmo um portal cristalino. Ela começou a correr em quatro patas para lá. – Mas antes... – a sombra correu e ficou na frente dela mais veloz. – terá que acabar comigo primeiro.
Então o “medo” de Rany pulou para cima dela. Mordeu seu pescoço. Mas ela agiu igualmente, e ainda lhe deu um empurrão que o fez cair no caminho do portal. Ela novamente começou a correr em direção da liberdade. Porém, o lobo a pegou pelo pé e a derrubou no chão. Ele se atracou com ela, novamente mordendo o pescoço. Era a parte mais fácil para atacar, e também a mais vulnerável. Rany retribuiu o favor e o empurrou novamente. Levantou-se e correu novamente para o portal.
Foi surpreendida pelas costa e caiu de cara no chão. Sentiu gosto de sangue percorrer sua boca, amargando tudo em seu caminho juntamente com a poeira. Aquilo a fez Ter uma ira muito grande. Com um esforço rápido e incomum o tirou de suas costas. Se virou contra ele pela primeira vez. Não sentiu vontade de voltar a correr para o portal. Atacou-o pela primeira vez, arranhou seu peito largo e peludo, logo após, numa seqüência, lhe aplicou um soco, certeiro, em seu queixo que havia abaixado pela dor no peito. E com a outra mão desferiu mais um golpe com as patas abertas no estômago e o empurrou para frente com a cabeça vermelha pelo sangue que espirrava.
O lobisomem negro parecia não gostar. Limpou a boca rosnando. Rany estava com as mãos abertas, preparada para o próximo ataque. A “sombra” correu rapidamente para cima de Rany. Ela por sua vez, o pegou pelos ombros e caiu no chão, pegando impulso para jogá-lo mais para frente. A sombra estarrecida no chão, parecia não sentir seus membros responderem. Rany, novamente como uma seqüência, pulou em cima dele e lhe aplicou vários murros. Até ele parecer desmaiar.
Quando ele pareceu não dar sinal de vida, ele se destransformou. As avarias eram muitas, ele estava coberto de sangue. Rany também havia se destransformado. Limpou sua boca, meio fraca e respirando como se houvesse corrido uma maratona. Deu meia volta e caminhou para o portal depois de Ter reavido sua varinha.
- Ei, coff, coff... – a sombra tentava falar com dificuldade e se arrastando pelo chão. – Pra onde você pensa que vai? Coff, coff...
- Quem vai me deter? – Rany ironizava.
- Coff, coff... mas eu sou seu maior medo...
- Não é mais! – Rany retorquiu. – Além do mais... não mataria a mim mesmo... Bem, Tchau... te vejo outra vez...
Ela falou e passou pelo portal. E o “medo de Rany” deixou de ser seu medo e se desmaterializou.
- Rany!!! – Harry pulava em seus braços. – Você foi demais!!!
- Demais até, eu diria... – Hermione falou depois de ver que ela havia sido limpa e curada dos ferimentos pelo portal mágico. – Não quero entrar em uma luta contra você...
Todos riram. Mas um brilho vindo atrás deles tirou-os a atenção. Era muito forte e não conseguiam ver nada!
- CURVEM-SE, MORTAIS... AO PODER DOS BRUXOS ESCOLHIDOS ANCIÃOS... PREPAREM-SE PARA O NOSSO JULGAMENTO!!! –Era uma voz masculina que falava com autoridade e muito alto.

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