A rotina do St. Mungus
Às cinco e meia da manhã seguinte, quando os novos residentes deram entrada, já se encontravam a postos, membros do pessoal hospitalar a fim de os conduzir aos respectivos encargos. Mesmo àquela hora da manhã já havia confusão.
Os doentes davam entrada durante toda a noite, chegando de ambulância, carros do Ministério ou mesmo aparatando. Eram vítimas de feitiços acidentais, poções mal ministradas... Tinha-se uma profunda sensação de caos organizado, movimentos frenéticos e sons esganiçados e dúzias de crises inesperadas que tinham de ser atendidas de imediato. Os novos residentes mantiveram-se em grupo preventivo, procurando familiarizar-se com o novo ambiente e escutando os misteriosos sons à sua volta.
Uma voz no meio da multidão dizia o nome Betty Lou.
Honey levantou a cabeça e disse:
- Sou eu.
O residente sorriu e estendeu a mão:
- É uma honra conhecê-la. Me pediram que a procurasse. O nosso chefe de pessoal diz que a senhora tem as notas mais altas de medicina desde sempre neste hospital. Estamos satisfeitos por estar trabalhando conosco.
Honey sorriu, embaraçada:
- Obrigada.
Kat e Virgínia olharam para Honey, boquiabertas. "Nunca pensei que ela fosse assim tão brilhante" - pensou Virgínia.
-Está pensando em seguir medicina interna, doutora Taft?
- Sim.
O residente voltou-se para Kat.
- Doutora Hunter?
- Sim.
- A senhora está interessada em neurocirurgia.
- Sim, estou.
Consultou uma lista:
- Ficará ao serviço do doutor Lewis. - Voltou-se para Virgínia:
- Doutora Weasley?
- Sim.
- A senhora vai se especializar em poções aliadas à cirurgia cardíaca.
- Sim.
- Certo. Muito boa a área. Iremos integrá-la a si e à doutora Hunter nas rondas operatórias. Podem dirigir-se ao gabinete da enfermeira-chefe, Margaret Spencer. Ao fundo do vestíbulo. - disse apontando para um imenso corredor à esquerda.
- Obrigada.
Virgínia olhou para as colegas e respirou profundamente:
- Aqui vou eu! Desejo boa sorte a todas nós!
Margaret Spencer parecia mais um trasgo montanhês do que uma bruxa. Tinha o aspecto pesado e severo, com modos bruscos. Estava ocupada atrás do balcão da enfermaria quando Gina se aproximou.
- Por favor. . .
A enfermeira Spencer levantou a cabeça:
- Sim?
- Mandaram me apresentar aqui. Sou a doutora Weasley.
A enfermeira Spencer consultou uma folha de papel:
- Um momento. Alomorra! - A porta se abriu e dela vieram imediatamente alguns artigos de limpeza e uma capa branca.
- Aqui está. Os artigos são para serem utilizados na sala de operações e sobre ferimentos. E quando estiver de serviço, cubra-os com uma capa branca.
- Obrigada.
- Oh. E isto aqui. - Fez um feitiço qualquer e entregou à Virgínia uma placa metálica que dizia "Medi-Bruxa Virgínia Weasley" - Eis a placa com o seu nome, doutora.
Virgínia a pegou e a admirou durante um longo tempo. "Medi-Bruxa Virgínia Weasley. Teve a sensação de que tinham lhe dado uma medalha de honra.
Todos os longos e duros anos de trabalho e estudos tinham-se resumido naquelas breves palavras:
A enfermeira Spencer olhava para ela:
- Tudo bem?
- Estou bem. - Virgínia sorriu. - Estou bem, obrigada. Onde posso...
- O vestiário dos medi-bruxos fica ao fundo do corredor, à esquerda. Irá fazer rondas e, por isso, vai querer trocar de roupa.
- Obrigada.
Virgínia percorreu o corredor, admirada com a grande atividade à sua volta. O corredor estava cheio de medi-bruxos, enfermeiras, ajudantes e doentes, que se dirigiam com rapidez para vários destinos.
"Doutor Keenan... SO Três... Doutor Keenan... SO Três".
"Doutor Talbot... Sala de Urgências Um. Stat... Doutor Talbot... Sala de Urgências Um. Stat". "Doutor Engel... Quarto 212... Dr. Engel... Quarto 212".
Virgínia aproximou-se de uma porta onde se lia Vestiário dos Medi-Bruxos e abriu-a. No interior encontrava-se uma dúzia de medi-bruxos trocando de roupa, uns mais despidos que outros. Dois deles estavam completamente nus.
Voltaram o olhar para a porta quando essa se abriu.
- Oh! Peço... Peço desculpa - murmurou Virgínia, fechando a porta às pressas. Permaneceu ali, sem saber o que fazer. Alguns metros mais abaixo viu uma porta onde se lia Vestiário das Enfermeiras. Encaminhou-se até lá e abriu a porta. Lá dentro, várias enfermeiras vestiam o uniforme.
Uma delas olhou para cima:
- Olá. É uma das enfermeiras novas?
- Não - respondeu Virgínia, envergonhada. - Não sou. - Fechou a porta e regressou ao vestiário dos medi-bruxos. Permaneceu ali por um momento, em seguida respirou fundo e entrou. Tinha que fazer isso. Era uma questão de honra.
Assim que a porta se abriu, a conversa parou.
Um dos homens observou:
- Desculpa, querida. Este quarto é para medi-bruxos.
- Eu sou medi-bruxa. - respondeu Virgínia.
Olharam uns para os outros:
- Oh? Bem, hum... Bem-vinda.
- Obrigada. - Hesitou um momento e depois dirigiu-se a um lugar vazio. Olhou por um instante para os homens e depois, lentamente, começou a desabotoar a blusa.
Os medi-bruxos ali ficaram, sem saber o que fazer. Então, um deles disse:
-Talvez devêssemos hum... Dar à senhorinha um pouco de privacidade, meus senhores.
- Obrigada - agradeceu Virgínia. Ficou ali, à espera, enquanto os medi-bruxos acabavam de se vestir e abandonavam o quarto.
"Terei de passar por isto todos os dias?" - interrogou-se.
Nas rondas hospitalares existe uma formação que nunca varia. O medi-bruxo de serviço sempre encabeça, seguido do residente chefe, depois os outros residentes e um ou dois estudantes de medicina. O medi-bruxo de serviço a quem Virgínia fora atribuída erao Dr. William Radnor. Virgínia e outros cinco residentes estavam reunidos no vestíbulo, à espera dele.
No grupo encontrava-se um jovem medi-bruxo chinês, muito parecido com alguém que Gina conhecia. O chinês se apresentou e estendeu a mão:
- Tom Chang. - disse. - Espero que todos estejam tão nervosos quanto eu.
- Chang? Irmão da Cho?
- Ah sim. Você também estudou em Hogwarts? Eu estudei em Beauxatons.
Virgínia gostou imediatamente dele, embora odiasse sua irmã que sempre dava em cima de Harry.
Nesse momento, um homem aproximou-se do grupo:
- Bom dia - disse. - Sou o doutor Radnor. - Era uma pessoa de fala mansa e cintilantes olhos azuis. Cada um dos residentes se apresentou.
- Este é o primeiro dia de rondas. Quero que prestem muita atenção a tudo o que virem e ouvirem, mas, ao mesmo tempo, é muito importante que tentem parecer calmos.
Virgínia fez um apontamento mental: "Preste muita atenção, mas tente parecer calma".
- Se os doentes notarem que estão tensos também ficarão tensos e, provavelmente, pensarão que estão morrendo de alguma doença que vocês querem omitir. Não torne os doentes tensos." Lembrem-se, daqui em diante serão responsáveis pela vida de outros bruxos.
"Agora você é responsável por outras vidas. Oh, por Merlin"!
Quanto mais o Dr. Radnor falava, mais nervosa Virgínia ficava e, quando este terminou, a sua autoconfiança tinha desaparecido totalmente. "Não estou pronta para isto!" - pensou. - "Não sei o que estou fazendo. Quem disse que eu podia ser medi-bruxa? E se eu matar alguém?"
O Dr. Radnor continuou:
-Ficarei à espera de relatórios minuciosos de cada um dos seus doentes... Análises, poções aplicadas, tudo. Entendido?
Houve um murmúrio de "Sim, doutor".
- Há sempre trinta a quarenta doentes sendo operados de cada vez. É dever de vocês certificarem-se de que tudo está devidamente organizado para eles. Agora, vamos dar início à ronda da manhã. À tarde repetiremos a ronda.
Tudo parecia ser tão fácil na faculdade de medicina. Virgínia pensou nos quatro anos que ali passou. Eram cento e cinqüenta estudantes, entre os quais apenas quinze bruxas. Nunca mais iria esquecer a primeira aula de Anatomia Macroscópica. Os estudantes tinham entrado numa enorme sala de azulejos brancos, com vinte mesas dispostas em filas, cada uma das quais coberta com uma toalha de papel amarelo. A cada grupo de cinco estudantes fora atribuída uma mesa.
O professor disse:
- Bom, retirem as toalhas.
E ali, à frente de Virgínia, encontrava-se o seu primeiro cadáver. Ela temia desmaiar ou sentir-se indisposta, mas sentia-se estranhamente calma. O cadáver tinha sido conservado, o que de certo modo o tinha afastado um passo da humanidade.
No início, os estudantes tinham procurado ser silenciosos e respeitosos no laboratório de anatomia. Mas, incrivelmente para Gina, ao fim de uma semana comiam sanduíches durante as dissecações e faziam brincadeiras atrevidas. Era uma forma de autodefesa, uma recusa da sua própria mortalidade. Davam nomes aos cadáveres e tratavam-nos como velhos amigos. Virgínia esforçou-se para agir do mesmo modo que os outros alunos, mas a princípio fora difícil. Olhou para o cadáver sobre o qual trabalhava e pensou: "Eis aqui um bruxo que tinha casa e família. Ia diariamente para o seu trabalho e, uma vez por ano, gozava férias com a mulher e os filhos. Provavelmente adorava quadribol e gostava de cinema e teatro, e ria e chorava, e via os filhos crescerem e partilhava as alegrias e tristezas deles, e tinha grandes e maravilhosos sonhos. Espero que os tenha realizado a todos..." Uma tristeza agridoce apoderara-se dela, pois ele estava morto e ela estava viva.
Com o tempo, até mesmo para Virgínia as dissecações se tornaram rotina. "Abram o tórax, examinem as costelas, os pulmões, o pericárdio que envolve o coração, as veias, as artérias e os nervos.
Grande parte dos primeiros dois anos de medicina foram passados memorizando longas listas, a que os alunos se referiam como recital orgânico. Primeiro, os nervos cranianos: olfatório, óptico, oculomotor, troclear, trifacial, abducente, facial, auditivo, glossofaríngeo, vago, requidiano e hipoglóssico.
Os dois últimos anos de medicina foram mais interessantes, com cursos de medicina interna, cirurgia, pediatria, obstetrícia e poções, e a trabalharem no hospital local. "Lembro-me da altura..." - pensava Virgínia.
- Doutora Weasley... - O residente chefe olhava para ela.
Virgínia avançou. Os outros residentes já haviam ido por um corredor.
- Já vou. - respondeu precipitadamente.
A primeira parada foi numa ala ampla e retangular, com fileiras de camas em ambos os lados do quarto e um pequeno estrado próximo de cada cama. Gina esperara ver cortinas separando camas como nos dormitórios de Hogwarts, mas aqui não havia privacidade.
O primeiro doente da residência de Gina foi um homem idoso de semblante pálido.
Dormia e respirava profundamente. O Dr. Radnor aproximou-se dos pés da cama, estudou o gráfico ali colocado, em seguida dirigiu-se para o lado do doente e, suavemente, tocou-lhe no ombro:
- Senhor Hudson?
O doente abriu os olhos:
- Huh?
- Bom dia. Sou o doutor Radnor. Estou apenas a verificar como vai o senhor. Passou bem a noite?
- Foi razoável.
- Sente dores?
- Sim. Meu peito dói.
- Deixe-me ver. - Quando terminou o exame, disse:
- Está se recuperando bem. Mandarei a enfermeira dar-lhe uma poção para acabar com as dores.
- Obrigado, doutor.
- Logo à tarde voltaremos a vê-lo.
Afastaram-se da cama. O Dr. Radnor voltou-se para os residentes :
- Procurem fazer perguntas que obtenham como resposta um sim ou um não, para que o doente não se canse. E procurem animá-lo. Quero que estudem o gráfico e façam apontamentos. Voltaremos aqui esta tarde para ver como ele está. Mantenham um registro constante das queixas mais importantes de cada doente, a atual doença, doenças anteriores, histórico familiar e histórico social. Bebe, fuma, etc... Quando tornarmos a fazer a ronda, terão de me entregar um relatório do progresso de cada doente.
Avançaram para a cama do doente seguinte, um homem com cerca de quarenta anos.
- Bom dia, senhor Rowling.
- Bom dia, doutor.
- Esta manhã sente-se melhor?
- Não. Durante a noite, acordei várias vezes. Dói o meu estômago.
O Dr. Radnor voltou-se para o residente chefe:
- O que é que a protoscopia mostrou?
- Não há sinais de qualquer problema.
- Faça-lhe todos os exames possíveis novamente. Stat!
O residente chefe anotou no bloco.
O residente que se encontrava ao lado de Virgínia sussurrou no seu ouvido:
- Julgo que sabe o que significa stat. Shake That Ass, Tootsie!" - cuja tradução é Mexe esse cu, filho!
O Dr. Radnor ouviu e retrucou:
- Stat vem do latim, statim. "Imediatamente".
Nos anos futuros, Virgínia iria ouví-lo falar essa expressão muitas vezes.
O doente seguinte era uma mulher idosa que tinha sido submetida a uma poção reanimatus.
- Bom dia, senhora Turkel.
- Quanto tempo irão me manter aqui?
- Não muito tempo. Em breve irá para casa.
E dirigiram-se ao doente seguinte.
Repetiram a rotina várias vezes e a manhã passou rapidamente. Viram trinta doentes. Após cada doente, os residentes escreviam freneticamente notas, esperando ser capazes de as decifrar mais tarde.
Uma doente, no entanto, era um quebra-cabeça para Virgínia. Parecia gozar de perfeita saúde.
Quando se afastaram desta, Virgínia perguntou:
- Qual é o problema dela, doutor?
O Dr. Radnor suspirou:
-Não tem qualquer problema. Ela é uma hipocondríaca. E para aqueles que esqueceram o que lhes foi ensinado na faculdade, os hipocondríacos são pessoas com mania de doença. É o seu passatempo favorito. Eles gostam de saber que estão com má saúde. Dei-lhe baixa seis vezes no ano passado.
- Nossa! - exclamou Gina.
Avançaram para o doente seguinte, uma idosa com máscara respiratória que estava em coma induzido pela poção mortíferus.
-Teve um ataque qualquer. - explicou o Dr. Radnor aos residentes. - Está em coma há seis semanas. Aplicamos doses de Mortiferus a cada semana. Os sinais vitais dela estão enfraquecendo. Não há nada mais que possamos fazer por ela. Semana que vem vamos parar de aplicar a poção que a mantém viva e desligaremos as máquinas.
Virgínia olhou chocada para ele:
- Desligarão?
O Dr. Radnor disse, gentilmente:
- A comissão de ética do hospital tomou a decisão esta manhã. Ela é um vegetal. Tem oitenta e sete anos e está cerebralmente morta. É uma crueldade mantê-la viva e, por outro lado, estamos acabando com as finanças da família. Ela não tem mais nenhuma chance de se recuperar, mocinha. Irei vê-los na ronda desta tarde.
Dr. Radnor se afastou e Virgínia voltou-se para olhar novamente para a doente. Ela estava viva. "Dentro de algumas horas estará morta. Iremos desligar a máquina esta tarde. Isso é assassinato!" - pensou Virgínia não entendendo a lógica dos médicos.
Nessa tarde, depois de terminada a ronda, os novos residentes reuniram-se na saleta do andar superior. A sala continha oito mesas, um velho televisor a preto e branco e duas máquinas que forneciam sanduíches já ressequidos e café amargo.
As conversas de cada mesa eram quase idênticas.
Um dos residentes disse:
- Examinem a minha garganta, por favor. Está inflamada?
- Acho que estou com febre. Me sinto mal.
- O meu abdomen está inchado e mole. Tenho apendicite.
-Sinto uma dor esmagadora no peito. Só peço a Merlin para que não esteja a ter um ataque cardíaco e não precise tomar nenhuma dessas poções que são feitas aqui!
Kat entrou na sala. Tinha vindo pelo método tradicional, afinal não se sentia à vontade aparatando. Olhou por toda a sala e seu olhar parou na mesa onde Gina e Honey estavam sentadas.
- O que aconteceu? - perguntou.
- Acho que está tudo bem. - respondeu Honey.
Ambas olharam para Virgínia:
- Eu estava tensa, mas agora estou relaxada. Estava nervosa, mas me acalmei. - Suspirou: - Foi um dia longo. Ficarei feliz por sair daqui e me divertir logo à noite.
- Eu também - concordou Kat. - Que tal jantarmos e depois irmos ao cinema?
- Ótima idéia.
Um funcionário aproximou-se da mesa:
- Doutora Weasley?
Virgínia levantou a cabeça:
- Sou eu a doutora Weasley.
- O doutor Wallace quer vê-la no gabinete dele.
"Por Merlin, o administrador do hospital! O que eu fiz?" - pensou Virgínia.
O funcionário ficou à espera:
- Doutora Weasley...
- Já vou. - Respirou profundamente e levantou-se:
- Vejo vocês mais tarde. - disse em tom ressequido.
- Por aqui, doutora.
Virgínia seguiu o funcionário. Entraram no elevador e subiram até ao quinto andar, onde se situava o gabinete do Dr. Wallace.
Benjamin Wallace estava sentado à sua mesa. Levantou a cabeça quando Virgínia entrou:
- Boa tarde, doutora Weasley. - disse abrindo um sorriso.
"Bem, um sorriso. Não deve ser coisa tão ruim."
- Boa tarde.
Wallace suspirou:
- Bem! É o seu primeiro dia e já causou uma enorme confusão aqui hein?
Virgínia olhou para ele, intrigada:
-Não... Não compreendo.
- Soube que esta manhã teve um pequeno problema no vestiário dos medi-bruxos.
- Oh. - "Então é este o problema!"
Wallace olhou para ela e sorriu:
- Suponho que tenho de organizar alguma coisa para as medi-bruxas.
- Íamos ficar muito agradecidas.
- Entretanto, se quiser pode se vestir com as enfermeiras...
- Não sou enfermeira - respondeu Virgínia com firmeza. - Sou medi-bruxa.
- Claro, claro. Bem, iremos providenciar novas acomodações, doutora.
- Obrigada.
Entregou a Virgínia uma folha de papel:
- Aqui está seu horário. Ficará de serviço nas próximas vinte e quatro horas, a partir das seis.
- Olhou para o relógio. - O que quer dizer, daqui à meia hora.
Virgínia olhou para ele, boquiaberta. O dia dela tinha-se iniciado às cinco e meia da manhã.
- "Vinte e quatro horas?"
- Bom, trinta e seis, na verdade. Uma vez que, de manhã, irá fazer novamente a ronda.
"Trinta e seis horas! Será que irei agüentar?"
Em breve iria saber.
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