Umbridge diretora



O dia seguinte começou sem surpresas. Os gêmeos tentaram fazer certo estardalhaço quando Rebecca saiu do dormitório, mas a cara ameaçadora que ela fez para os dois foi tão assustadora que eles resolveram não desafiá-la. A calmaria do dia, porém acabou logo no café da manhã com a chegada do correio coruja.

_Tá tudo bem Mione? Você tá meio pálida... – Rebecca notou o crescente nervosismo da amiga. Rony também não parecia muito tranqüilo.

_O que vocês têm? O que é que saiu no Profeta hoje? – Harry sabia que ficar mudo depois de receber o Profeta Diário era um comportamento que os amigos apresentavam sempre que uma bomba estourava.

_Er... Não é nada... – tentou Hermione.

_Como não é nada?! – Rebecca se levantou da cadeira e estendeu o braço para pegar o jornal das mãos da amiga. A notícia não era nada boa:

“VOCÊ – SABE – QUEM ENFILTRADO HOGWARTS HÁ ANOS”

_Que maluquice é essa?! – Rebecca falou impaciente. Harry que se adiantara na leitura chamou a atenção da amiga para o começo da reportagem.

“Graças a um jovem aluno da conceituada Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Draco Malfoy, há alguns dias foi revelada a verdadeira identidade da misteriosa garota que surgiu no castelo há dois anos atrás. Trata-se de Rebecca Riddle, neta Daquele – que – não - deve – ser - nomeado! O mais surpreendente da história é que Alvo Dumbledore, diretor da escola, estava completamente ciente de tal fato, e mesmo assim permitiu que a perigosa herdeira dos poderes malignos de Você – Sabe - Quem convivesse com uma centena de jovens e indefesos bruxos e com sua principal vítima: Harry Potter! Como se não bastasse ele tenta abafar o caso espalhando o absurdo boato de que o Lord das trevas em pessoa está de volta! O que será que pretende o velho Dumbledore...”

_Eu não acredito! Como essa história foi vazar?! – Harry se perguntava nervoso.

_Como você acha, Harry?! Foi o Malfoy! – respondeu Rony vermelho de raiva.

_Não pode ter sido ele. Dumbledore proibiu que ele falasse qualquer coisa. Vocês notaram em quem assina a reportagem? – Hermione apontou para o nome que aparecia imediatamente antes do inicio do texto: - Rita Skeeter! Ela deve ter contatos aqui dentro! Isso é um furo de reportagem! Era lógico que o Profeta iria querer espalhar isso, e principalmente o Ministério. Faz tempo que eles estão tentando derrubar o Dumbledore do cargo!

_Parece que agora você se deu mal, Riddle... – a voz irritante de Draco Malfoy foi ouvida ao lado da mesa deles. Rebecca não teve tempo de se defender.

_Cai fora daqui Malfoy! Faz tempo que eu tô com vontade de arrebentar a sua cara! Deixa a Rebecca em paz! – Christian vinha cumprimentar a namorada quando ouviu a leitura e o comentário de Draco.

_O que é, Sullivan? Não agüenta ouvir a verdade? Sua namoradinha tá ferrada agora!

Christian já preparava o soco que daria em Draco e este se preparava para fugir, mas foram interrompidos pela voz ríspida da vice- diretora: - Não faça isso senhor Sullivan! Ou terei que mandar os dois para detenção! Senhor Malfoy, volte para sua mesa, agora! O senhor também, senhor Sullivan! Não queremos mais confusão aqui na escola por favor!

_Eu vim apenas falar com a Rebecca... – tentou Christian.

_Eu sei! Faça isso mais tarde! – falou severa. – Vão logo para suas mesas! E sem discussão! – completou ao ver os rostos alterados dos dois rapazes que saiam dali.

Rebecca permanecia inerte a tudo a sua volta. Desde que Harry pegou o jornal de sua mão e começou a ler ela estava imóvel, com os cotovelos sobre a mesa e a cabeça apoiada nas palmas das mãos. Ela sentiu um toque carinhoso em seu ombro.

_Não se preocupe, Rebecca... Todos sabíamos que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria. Você precisa confiar em Dumbledore, querida. Agora mais do que nunca...

Rebecca levantou o rosto e eram visíveis as lágrimas que começavam a surgir em seus olhos. – Eu confio nele, professora. Só não sei quanto tempo vou agüentar essa situação. Não terei paz mais nenhum segundo, e a senhora sabe disso...

_Bem... Você tem seus amigos e Harry é um deles. Isso com certeza vai mudar a opinião pública a seu respeito. Muitos dos alunos continuaram seus amigos mesmo depois de saber da verdade. Não se importe com os outros. Não é possível agradar a todos. Nem Harry consegue agradar a todos!

O burburinho que era ouvido de todos os cantos do salão principal foi sumindo aos poucos, o que chamou a atenção do grupo. Todos os alunos desviaram sua atenção do jornal em suas mãos ou do grupo a que pertenciam Rebecca e Harry para a grande mesa dos professores no canto do salão. Cornélios Fudge entrara no castelo sem ser percebido e agora falava com Dumbledore e com a professora Umbridge. Ele se virou por um instante para os alunos e ficou imóvel enquanto o diretor acenava para a professora McGonagal chamando-a para junto de si. Ela olhou preocupada para os quatro amigos e, sem dizer nada, partiu.

O burburinho reiniciou enquanto a professora se encaminhava em direção ao Ministro da Magia. Rostos confusos se viravam da mesa dos professores para a mesa da Grifinória e depois para outros rostos para fazer comentários. A mesa da Sonserina era a única que tomava seu café alegremente como se nada tivesse acontecido. Draco levava consideráveis colheradas de cereal em direção a sua boca enquanto olhava satisfeito para a mesa rival. Os poucos segundos em que seu olhar se cruzou com o de Rebecca foram suficientes para que uma dezena de copos explodissem sobre aquela mesa sujando de suco todos os alunos que estavam em volta do monitor da casa. Seu sorriso desapareceu por alguns instantes enquanto ele tentava entender o que havia acontecido, mas reapareceu quando ele viu Rebecca, Harry, Rony e Hermione saindo descontentes da mesa.

Christian se dirigiu rapidamente em direção ao grupo. Quando os alcançou segurou Rebecca por uma das mãos chamando a atenção da garota para si.

_Rebecca... Não fique assim... Vai ficar tudo bem... – disse carinhoso.

As lágrimas que a garota segurava a tanto custo desabaram e Christian a enlaçou em um abraço reconfortante. Hermione fez sinal para que Rony e Harry a acompanhassem e deixassem o casal sozinho. Eles a acompanharam de cara feia.

_Não acredito que ela prefere ficar com ele e não conosco!

_Rony, por favor! Ele é namorado dela! – indignou-se Hermione.

_E nós somos os amigos dela! O que é que ele tem a ver com isso tudo?! – Harry explodiu.

_Harry! Ela não está nos trocando por ele! Dê um tempo a ela. Isso está sendo muito difícil e seria pior se ele virasse as costas para ela agora. Nós como amigos deveríamos estar contentes em saber que ele gosta mesmo dela!

Os três atravessaram o buraco do retrato da torre e foram aos seus dormitórios pegar seu material. Apesar da confusão era possível prever que as aulas seguiriam normalmente. Eles seguiram para as salas de aula e viram quando Christian se despedia de uma Rebecca um pouco mais calma. Depois de um beijo afetuoso era possível distinguir até um sorriso em seus lábios. Hermione esperou a amiga se aproximar e se espantou ao ver que havia ficado sozinha.

_Ué! Harry e Rony estavam segurando seu material, mas acho que eles já foram. – disse confusa.

_Não tem problema. Qual é a primeira aula mesmo?

_Poções...

_Ah não...

_Pois é... Olha eles ali! Ei! – elas se apressaram em direção a eles. – Por que não nos esperaram?

_Não queríamos ficar segurando vela! – falou Rony rispidamente.

Com um baque mais alto do que o necessário Harry colocou o material de Rebecca sobre a mesa.

_Nossa! Obrigada! – disse olhando assustada para Hermione.

_De nada...

Enquanto os dois garotos tomavam seus lugares a frente delas Rebecca leu nos lábios de Hermione a palavra “ciúmes” seguida de um sorrisinho sapeca que a deixou meio confusa. Em seguida o professor Snape entrou na sala de aula...



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_Alvo, como isso foi acontecer? – perguntou o Ministro preocupado.

_Rebecca é uma ótima garota, mas por ser amiga de Harry Potter tem algumas inimizades na Sonserina. Uma delas deixou a notícia escapar... – falou em tom irônico. – Sabíamos que isso aconteceria um dia.

_Mas justo agora! – Fudge secava gotas de suor que insistiam em rolar por seu rosto.

_Eu sempre achei que aquela garota traria problemas a escola! Está no sangue dela! – intrometeu-se a professora Umbridge.

_Dolores, Rebecca é ótima. Nunca nos deu mais problemas do que qualquer um dos alunos. Harry Potter nos dá muito mais trabalho que ela... – falou McGonagal.

_Me desculpe, Minerva. Mas eu coloquei Dolores aqui para ficar de olho na garota e em Harry, e ela me disse que ela arrumou confusão com um dos alunos logo no primeiro dia de aula!

_Ela estava defendendo alguns alunos do primeiro ano... – falou calmamente o diretor. – Mas foi punida por isso, e já cumpriu a detenção.

_Ela derrubou um aluno da Corvinal da vassoura durante um treino. E alguns alunos disseram que ela os ameaçou no vestiário. Além disso ela contratou aqueles gêmeos como pagens!!!

_Ora, por favor!!! Isso não é verdade!!!

_Acalme-se, Minerva.- ponderou Dumbledore. – Cornelius, Rebecca é vítima das circunstâncias. Ela provocou um rapaz um tanto quanto vingativo e ele resolveu contar o que sabia. Ela já esta sendo hostilizada por alguns dos alunos, mas não podemos esquecer que ela é tão vítima de Voldemort como Harry e tantos outros. Alguns alunos estão com medo dela e a interpretam mal. Os gêmeos Weasley não são exatamente exemplos de comportamento. Eles agiram do mesmo jeito há anos atrás quando Harry foi considerado herdeiro. Ela não mandou que eles fizessem isso.

_De qualquer maneira, Alvo, as coisas saíram do controle e eu precisarei tomar providências...



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As aulas correram mais tensas que o normal. A reunião tomou quase toda manhã, de modo que as aulas de Transfiguração e Defesa Contra as Artes das Trevas não foram ministradas. O almoço foi extremamente silencioso, a não ser na mesa da Sonserina, que parecia muito animada. Ao fim do dia, quando os alunos se preparavam para o jantar, mais uma surpresa.

Tlin, tlin, tlin... O som de talher batendo em um cálice foi ouvido. Todos silenciaram, já que na hora do jantar todos estavam mais acostumados com a história e a conversa estava aos poucos retornando ao tom normal.

_Hum, hum... – Umbridge limpou a garganta. Só então os alunos perceberam que o diretor não estava mais lá. – A partir de hoje eu serei a nova diretora desta escola. – ignorando a conversa que se iniciou diante desta notícia ela continuou: - A professora McGonagal continuará a ser a vice-diretora de Hogwarts, mas devo dizer que as coisas serão muito diferentes agora. – ela olhou fixamente para Rebecca e dela para Harry. – Aqueles que gostam de espalhar boatos maldosos pela escola, espalhar o medo e a insegurança serão duramente punidos. Não haverá vez para arruaceiros, e os maus elementos serão observados de muito perto...

Uma sensação péssima tomou conta de Rebecca, principalmente depois que muitos alunos se viraram para ela zangadíssimos...

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